quinta-feira, 23 de maio de 2013

Cadê a Visão?

A nossa visão para o mundo fica meio turvada algumas vezes e faz com que não enxerguemos o óbvio e que realmente necessita do nosso empenho, pois se formos perceber bem, muitos momentos são perdidos por pura falta de atenção da nossa parte e isso faz com que não tenhamos sucesso em muitas investidas que ainda iremos ter na vida.
Sentimos esse mal quando não estamos completamente seguros do que iremos realizar na vida e terminamos não percebendo que os acontecimentos na verdade são todos necessários, sejam eles bons ou ruins, e fazem parte do nosso cotidiano e consequente aprendizado para a vida. Ficamos com a visão obscurecida por muitos motivos, mas a raiva é algo que nos coloca realmente em risco, pois faz com que não tenhamos capacidade de pensar nas soluções e com isso terminamos agindo pela impulsividade e falta de prumo, colocando em risco muitas conquistas que já contribuíram para o nosso sucesso e também para a nossa felicidade.
A maneira como enxergamos as coisas são importantes para sabermos a hora certa de agir, o momento certo de piscar os olhos e dessa forma limpar a nossa visão para as melhorias que em momentos de aflição e burrice não conseguimos enxergar. A sensação de cegueira faz com que nos tornemos impotentes diante de tudo e de todos e contribui para a nossa falta de capacidade e plenitude, algo que não deve existir jamais.
Estar sempre com a visão limpa e completa é a satisfação que devemos ter sempre ao nosso lado e dessa forma afastar os medos e insatisfações que não levam a nada e só nos fazem ficar incompletos e sem possibilidades de entender o nosso real sentido na vida, na nossa própria e na dos outros, pois se não entendermos que somos todos contribuintes uns dos outros, jamais poderemos limpar de vez os olhos e enxergar tudo com mais claridade e segurança.

domingo, 19 de maio de 2013

Equalize

Às vezes se eu me distraio
Se eu não me vigio um instante
Me transporto para perto de você
Já vi que não posso ficar tão solto
Me vem logo aquele cheiro
Que passa de você pra mim
Num fluxo perfeito

Enquanto você conversa e me beija
Ao mesmo tempo eu vejo
As suas cores no seu olho
Tão de perto

Me balanço devagar
Como quando você me embala
O ritmo rola fácil
Parece que foi ensaiado

E eu acho que eu gosto mesmo de você
Bem do jeito que você é
Eu vou equalizar você
Numa frequência que só a gente sabe
Eu te transformei nessa canção
Pra poder te gravar em mim

Adoro essa sua cara de sono
E o timbre da sua voz
Que fica me dizendo coisas tão malucas
E que quase me mata de rir
Quando tenta me convencer
Que eu só fiquei aqui
Porque nós dois somos iguais

Até parece que você já tinha
O meu manual de instruções
Porque você decifra os meus sonhos
Porque você sabe o que eu gosto
E porque quando você me abraça
O mundo gira devagar

E o tempo é só meu
E ninguém registra a cena
De repente vira um filme
Todo em câmera lenta
E eu acho que eu gosto mesmo de você
Bem do jeito que você é

Eu vou equalizar você
Numa frequência que só a gente sabe
Eu te transformei nessa canção
Pra poder te gravar em mim

sábado, 18 de maio de 2013

Mangue Town

As pessoas ficam metendo a Copa do Mundo na conversa das enchentes como se isso tivesse alguma relação com o problema.
Desde que me entendo de gente, o Recife é essa agonia no inverno. 
Teríamos que mudar o início da colonização da cidade e rever os atos errados que os "engenheiros" realizaram, pois uma cidade "Mangue Town" como a nossa não poderia esperar algo diferente nestes períodos de chuva.
Até hoje os "engenheiros" continuam calculando errado e a população ajuda com a sua falta de educação, jogando tudo que não presta nos canais e rios.
A Copa é a Copa. A Enchente é a Enchente. 
Não é porque a Copa do Mundo vem aí que tudo vai ficar bonitinho e sequinho...
Pensar não custa nada e muita gente não se utiliza desse dom, preferindo jogar no ventilador todas as ideias equivocadas que encontram perdidas no chão ou boiando nas águas sujas do Capibaribe.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Pandemônio na Atlântida Pernambucana

A cidade do Recife teve hoje mais um dia de caos por conta das chuvas e como se não estivéssemos acostumados a tanta desordem, ficamos outra vez sem chances de arrumar meios de escapar de tantos atropelos, alagamentos, acidentes e atrasos. É incrível como a cidade é sem estrutura viária e como não temos muitas opções de escapar por rotas alternativas e que possam nos levar aos nossos destinos sem que tenhamos que literalmente cair na lama e se afogar no mar de desordem que impera há muitos anos.
O lixo acumulado nos locais onde deveria escoar a água das chuvas fez com que o município se transformasse num imenso tangue de água suja, onde as doenças e os atropelos são as menores coisas que podemos esperar. Hoje passei mais de duas horas para chegar no trabalho e porque moro muito perto. Alguns nem conseguiram chegar e voltaram para as suas casas, evitando com isso algo pior ou danos aos seus veículos, já que em algumas ruas até passar de ônibus estava complicado. 
O túnel que dá acesso ao Shopping RioMar ficou cheio e vendo a foto na internet não acreditei na imagem que ilustrava um dos vários exemplos ocorridos no dia de hoje, onde até um jacaré apareceu na Avenida Caxangá, trazido pelas chuvas e causando temor às pessoas que o encontraram. 
Coitado...
Ele devia estar mais assustado que os humanos.
Na Avenida Manoel Borba, uma árvore gigantesca caiu e interditou a via de grande movimento no centro da cidade. O Derby e a Avenida Agamenon Magalhães estavam cheios de carros e de água, com o canal quase transbordando. 
Para piorar tudo, a maré estava cheia nesta manhã e a ressaca dos mares e rios se aliou às águas pluviais para fazer com que a cidade fosse acordada com muitas agonias e transtornos sem fim. Os prejuízos são muitos, muitas empresas sofreram com o resultado negativo das chuvas nas suas linhas de produção ou na área de serviços, pois muitas lojas do comércio fecharam as porta uma vez que não tinham condições sequer de iniciar o funcionamento.
A estação do Metrô de Joana Bezerra ficou cheia de água, faltou energia no meu bairro e tudo estava sem funcionar direito, deixando as pessoas apreensivas com a volta para casa, pois se a viagem de ida foi traumática, imagine o retorno?
Essa é a nossa realidade pernambucana e fica complicado ter bons dias numa cidade tão despreparada para as chuvas, pois choveu constante por algumas horas, com intervalos de estiagem. 
Isso já foi motivo para que as águas não tivessem para onde ir, nos deixando a ver navios, literalmente.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

ÔOOOPA, UPA!

As UPA's, Unidades de Pronto Atendimento, digo, Unidades de Perdido Atendimento, foram criadas para que a população tivesse melhores condições de atendimento hospitalar de urgência, mas pelo que percebemos a agonia é grande para tudo e ter um serviço digno termina sendo uma atividade fora do comum e sem chances de ter o efeito que realmente necessitava.
Faltam médicos, as pessoas esperam muito pelo atendimento, as unidades estão sempre lotadas e muitas vezes não há disponibilidade de vagas para todas as necessidades da população que ainda depende dessa modalidade de serviço para resolver suas necessidades na área de saúde.
Se hoje em dia os planos de saúde não oferecem qualidade como antigamente, imagine se formos  utilizar o serviço público, que sempre teve péssimos índices de eficácia e nunca foi capaz de suprir as reais necessidades das pessoas.
Os investimentos são poucos neste aspecto e infelizmente os governantes não enxergam isso como prioridade e terminam deixando de lado o essencial e prioritário, que é a saúde.
A maioria dos hospitais agoniza e trata seus pacientes com indiferença, gerando muitas reclamações e notícias diversas nos meios de comunicação. Sabemos que a população cresce a cada dia e também as suas necessidades, que são muitas e carecem de um atendimento melhor e mais consistente, sem as atuais falhas que encontramos nos dias de hoje.
Precisamos realmente melhorar e não ficar construindo unidades hospitalares ineficientes somente para fins eleitorais, esquecendo que a saúde está em primeiro lugar.
Hoje as UPA's são ÔOOOOOPA's!
Isso tem que mudar.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Pontal do Humaitá

Há um lugar interessante na Cidade Baixa, em Salvador, chamado Pontal do Humaitá, que reúne a Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, o Forte de Monte Serrat e a Igreja de Nossa Senhora de Monte Serrat.
Lá encontrei de tudo um pouco e a popularidade da praia contrasta com a riqueza histórica do local, que oferece bela vista da Baía de Todos os Santos e tem restaurantes com comidas típicas e a preços convidativos.
No dia que fui, estava chuvoso e percebi pouco movimento, o que deixa determinadas áreas perigosas para o passeio sozinho, sendo melhor ir em grupo para evitar a ação de ladrões que agem na área, pois não é difícil perceber a carinha deles, assim como os olhares medidos para os turistas, planejando o ataque a qualquer momento.
Queria ter ficado até o entardecer, mas não tive coragem. Tive medo de ficar na área e ser surpreendido por algum assalto, já que dependia de transporte coletivo e as ruas que cercam o local não eram de muito movimento e fluxo de pessoas.
De certa forma percebi muitas novidades e fiquei surpreso com a diferença gritante da Praia de Boa Viagem, se comparada com a que temos aqui no Recife, pois enquanto lá o local é pobre, sem estrutura nenhuma, aqui, reúne o que há de melhor em arquitetura e lazer.
Salvador tem muito disso, pois se formos analisar toda a parte da Cidade Baixa, Comércio, Centro e Pelourinho, notaremos como a cidade cresceu, mas não se organizou. As pessoas agem de forma desestruturada, realizam atividades comerciais em locais impróprios e sujam a cidade como se não houvesse locais específicos para o descarte de resíduos.
Toda grande cidade tem seus problemas, mas em Salvador isso é bem mais gritante e as diferenças sociais causam um impacto ainda maior, pois se de um lado há prédios históricos e belos, do outro as favelas fazem a linha inversa, ainda mais por terem como aliados os morros que por lá são bem presentes e por isso fica fácil notar os altos e baixos da cidade que cresce muito e mostra muitas características bem peculiares.  
De qualquer forma, o passeio até o Pontal do Humaitá é muito interessante e mostra um pouco da história do local e da cidade de Salvador.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Sereia e a Escadaria

Bom dia...
A foto ficou boa?
Pode fotografar, eu deixo.
 
No Pelourinho é comum encontrarmos travestis circulando e trabalhando na área e cada um deles mostra uma forma diferenciada de se expor e criar o seu estilo "mulher" de ser.
Fiquei observando alguns tipos e de repente fui surpreendido pelas frases do início desta postagem quando fotografava a passagem malemolente e enfeitada de um deles, já que o vestidinho colado e a maquiagem marcada eram o destaque para o horário, pois era um domingo, na primeiras horas da manhã.
Além da "sereia", vi também a mulher do quiabo, que estava altamente maquiada, insinuante e com uma lata de cerveja na mão, gritando aos berros para todos ouvirem: "Hoje quero molhar o quiabo loco cedo!"
Bem, não preciso nem falar qual é o quiabo a que ela se refere, pois todos já devem ter entendido...
Nas sacadas das casas também é fácil percebermos tais figuras, que de tão engraçadas e pitorescas, terminam fazendo parte do local e não há como pensarmos no Pelourinho sem que tenhamos em mente determinados tipos que por lá fazem morada.
Não vou negar que em alguns momentos eles são agressivos com as suas imagens, pois não é todo mundo que gosta de ver as provocações, brigas e exposição de corpos que ocorrem por ali. Muita gente passa dos limites e isso termina sendo um meio de macular a imagem de uma área muito visitada e querida pelos turistas.
A Praça da Sé é um local famoso, mas perigoso em determinadas horas e mesmo nos momentos de maior movimento não ficamos livres das diversas situações que causam um certo constrangimento nas pessoas e invertem um pouco o sentido do turismo e de um passeio agradável.
A "sereia" que encontrei na escadaria era simpática, educada e estava indo trabalhar, carregada de bolsas, e conversava com um menino que perguntava quando ela iria lavar a roupa da casa dele.
As sereias nadam no nosso imaginário, mas algumas são reais e bem diferentes da mitologia. Nem sempre cantam suavemente e as curvas que mostram podem ser mais sinuosas do que imaginamos.


segunda-feira, 13 de maio de 2013

Clássico ou Baixaria?

Final de Campeonato Pernambucano é sempre uma grande festa, mas ultimamente tem se tornado um momento de grande tensão para toda a população que só fica aguardando as notícias ruins motivadas pelos maus torcedores, que ao invés de comemorarem ou aceitarem a derrota, ficam destruindo o que encontram pela frente, causando muito tumulto nas ruas.
Ontem quando cheguei ao Recife, a sensação era de tensão geral e as concentrações de torcedores insatisfeitos com a derrota do Sport eram várias, sempre com um foco de baderna e agitação, seja nas paradas de ônibus ou tentando realizar atos que intimidassem as pessoas que passavam pelas ruas.
Hoje vi no jornal várias notícias ruins sobre o Campeonato Pernambucano e todas elas migravam para a educação das pessoas que não sabem torcer ou aceitar uma derrota, causando grandes problemas a quem não tem nada a ver com a sua indignação e falta de prumo.
Como poderemos imaginar uma Copa do Mundo bem realizada se as pessoas vão aos estádios como se fossem para uma guerra, armados com a raiva e a força de titãs, para realizar o mal e destruir o patrimônio alheio de forma grosseira e sem medida?
Será que o futebol é isso?
Certamente não. Eu nunca gostei de futebol, muito menos de ir para estádios. Já fui algumas vezes quando criança, mas sempre me deparei com confusões e desentendimentos após o jogo, quando os perdedores não aceitam o placar e terminam querendo invadir os vestiários e administração do time para tomar satisfações com os jogadores e técnicos.
A sensação que temos é que o Clássico tão falado na verdade é uma baixaria sem limite e termina comprometendo o ir e vir de muita gente que fica assustada e não sai de casa por nada, principalmente quem reside nas redondezas dos estádios. Não levanto a bandeira para nenhum time, mas fico feliz por qualquer um que ganhe, pois sei que representam Pernambuco. Fico infeliz quando vejo pessoas sendo assaltadas, ônibus sendo quebrados, estádios sendo invadidos, ruas sendo tumultuadas e o medo imperando na cidade, que já tem problemas demais para se preocupar.
O momento é de festa, de comemoração, mas nem todos entendem isso como uma coisa boa e terminam mudando a conotação e transformando a cidade numa praça de guerra, onde times e torcedores ficam mal vistos e tidos como verdadeiros demônios, impondo medo e causando o mal.

sábado, 11 de maio de 2013

No Vermelho

Ficamos no vermelho quando algo não está totalmente ajustado e compromete todo o nosso humor, fazendo com que tenhamos reações gritantes para assuntos pequenos.
Engana-se quem pensa que o dinheiro é o motivador disso tudo, pois geralmente quando estamos na pindaíba usamos a expressão "estou no vermelho" para qualificar a nossa total ou parcial indisponibilidade financeira, seja com gastos mais sutis ou que demandem maior investimento.
Avermelhados ficamos quando o nosso sangue corre pelas veias e faz com que a nossa ira seja maior do que a nossa paciência, violando um dos pecados capitais e até fazendo com que as pessoas se afastem da nossa companhia por não gostarem das nossas descargas de mal humor. Mas como ser paciente se na maioria dos casos as motivações são geradas pelos outros e não por nós?
O que fazer quando as pessoas usam desculpas esfarrapadas para tapar buracos arrombados e sem chances de reconstituição?
É bom mandar todos tomarem um banho, se é que me entendem...
Fica complicado para qualquer ser humano ser complacente quando as pessoas insistem em cometer os mesmos erros, ainda que tenham recebido os mais diversos avisos de atenção e conscientização que possamos imaginar.
Para deixar de lado o vermelho e ficar com uma cor mais clarinha, precisamos da colaboração de todos e dessa forma amenizar a nossa fúria que para explodir só precisa de uma chama pequena e que detone toda a nossa mágoa e acúmulos ruins.
Se o bolso fica furado com as dívidas, pior ainda é quando a mente fica embaralhada com as ideias e não consegue formalizar o que de bom a vida tem e como é cheia de saídas e opções, as quais não são descobertas facilmente por nós devido ao grande exagero de acontecimentos que colocam em risco toda a nossa força e determinação.
Viver e sair do vermelho é tarefa complicada, mas precisa ser feita para que não estoure de vez todas as nossas veias e comprometa a nossa saúde de uma vez por todas.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Precisa Avisar?

Alguns avisos que encontramos, nos mais variados locais, seriam desnecessários se existisse educação e conscientização com a conservação do mundo em que vivemos, pois é incrível a grande capacidade de destruir e o pequeno talento para preservar que a maioria dos cidadãos possui.
Sujar as ruas, paredes e locais comuns é uma prática tão usual que fica difícil não ser notada no cotidiano de cada um de nós, pois a cada piscar de olhos estamos vendo a ação do homem e como ele não tem um pingo de compromisso nem com ele mesmo, afinal, todos nós iremos usufruir de muitos espaços, estejam eles limpos ou sujos.
Os depósitos de lixo são usados como enfeites e as ruas como alegorias do descaso e da falta de educação de uma população que deveria zelar por um patrimônio comum e que muitas vezes é tombado e tido como especial.
O que entristece é ver a sujeira nos locais e os avisos sendo desrespeitados e tratados como lixo também, nos fazendo pensar que a população além de mal educada é analfabeta, pois nem ler um aviso sabe. Vejo crianças sujando também e o pior, com a anuência dos pais, que são os mentores de toda a bagunça.
Como podemos esperar dias melhores e mais organizados se ainda estamos despreparados para o mínimo das ações e como pensar em evolução de um país que nem conhece as melhores formas de preservação da sua história e tradições?
Se não tomarmos cuidados urgentes, nossos patrimônios estarão à deriva e sustentados por vigas, como acontece em muitos casarios que vi na cidade de Salvador, que ao invés de preservar, gasta fortunas com contenções que não resolvem nada e ainda deixam registrada a nossa incompetência em garantir o nosso futuro histórico, apegado às tradições mais antigas e que são tão importantes para todos.
Conversando com uma guia no Museu da Misericórdia, em Salvador, ela me mostrou alguns projetos que estão parados e que demandam de patrocínio e incentivo governamental para serem postos em prática.
Conter o avanço do tempo é algo  bem difícil e se não formos logo, desde cedo, praticando a civilidade e a organização, ficaremos danificando mais cedo o patrimônio que ainda teria muito tempo para se mostrar bonito e atrativo aos olhos inquietos que todos nós temos.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

As Coisas Não Precisam de Você...

As coisas não precisam de você
Quem disse que eu tinha que precisar?
As luzes brilham no Vidigal
E não precisam de você
Os dois irmãos
Também não precisam
O Hotel Marina quando acende
Não é por nós dois
Nem lembra o nosso amor
Os inocentes do Leblon
Esses nem sabem de você
O farol da Ilha
Só gira agora
Outros olhos e armadilhas...

quarta-feira, 8 de maio de 2013

O Foco Perdido

Esta semana tentei fotografar a Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem e tive dificuldades de encontrar um ângulo que não mostrasse os edifícios que agora a cercam. Só consegui fazer uma foto parcial, pois as interferências urbanas impossibilitavam uma imagem completa do monumento.
Assim como acontece com os locais, a nossa vida pode sofrer interferências e não ter a possibilidade de um retorno de determinadas ações que antes realizávamos e agora estamos impedidos, seja por qual motivo for. O pior é quando ficamos impedidos pelos rancores e falta de cuidado, já que isso acarreta uma série de barreiras que deixam as pessoas afastadas e sem possibilidade de obter bons ângulos e com isso guardar imagens saudáveis dos momentos vividos.
Aparecem interferências diversas todos os dias e cada uma delas tem um significado, seja para nos testar ou para nos fazer perceber se o momento que vivemos é propício ou não para a nossa felicidade. Nem sempre a alegria está nas pessoas e nas posses que temos, mas nas vivências que acumulamos durante o passar dos anos e que são importantes para cada um de nós.
Se a nossa visão fica obstruída por algum detalhe maior do que o normal, cabe a nós buscar uma solução, um ângulo diferente, para contemplar o momento e fazer dele uma promessa, uma nova perspectiva e com isso um novo meio de aproveitar o momento, mesmo que não da maneira original.
Algumas situações permanecem intactas por muito tempo, mas outras não. As mudanças são constantes e podem refletir de maneiras diversas na vida de cada um de nós, seja para o bem ou para o mal.
Vamos ajustar a máquina, mudar o foco, direcionar melhor o nosso olhar e dessa forma encontrar o sentido do que se perdeu ou ficou obscuro demais para ser observado com nitidez e sem interferências ruins.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Caminhando e Pensando...


No último domingo fiz uma atividade que nunca mais tinha realizado, que era fazer uma bela caminhada pela Praia de Boa Viagem e com isso arejar a mente cansada dos dias exaustivos e problemáticos. Acordei logo cedo e fui, ainda com o sol nascendo, para a orla do meu bairro e constatei que devo realizar mais vezes este exercício e que as reflexões e pensamentos que ajustamos a cada passo dado são de grande valia para os nossos dias, já que num ambiente livre de agonias conseguimos pensar melhor e rever alguns conceitos ou atitudes que tomamos diariamente.
Vi muitas coisas durante a caminhada, mas o que mais me chamou a atenção foi a beleza do meu bairro e como a natureza tem interferência direta com a nossa alegria, pois voltei para casa com uma energia boa, vinda do sol e dos pés descalços, já que andei uns 6 km pela beira mar sentindo  as pequenas ondas refrescando a minha mente, pois a água parecia subir e arejar os pensamentos ainda não arrumados para aquele dia.
A maré estava baixa e dessa forma a Praia de Boa Viagem fica com os arrecifes expostos e bem propícia para banhos calmos e sem o perigo da maré mais alta que toma conta de algumas áreas com mais intensidade.
Notei também que a vida na orla não acaba nunca, pois enquanto muitos estão dormindo, outros já começam a montar suas barracas ou ainda estão por ali, após uma noite de farra, esperando o nascer do sol. Vi várias pessoas fazendo isso e, para minha surpresa, a maioria eram adolescentes que nem tinham saído das fraldas ainda. Bebendo e nitidamente cansados de uma noite intensa de muitas alucinações.
Percebi que muitas pessoas conhecidas do bairro ainda continuam fazendo suas caminhadas como outrora e era como se eu estivesse voltando para uma atividade que não deveria ter deixado no esquecimento, uma vez que todos os sábados e domingos era sagrado caminhar um pouco e receber logo cedo a energia do sol para recompor o que havia perdido durante a semana de muito trabalho, estudos e desgaste mental.
Voltei para casa e percebi que ainda eram 7 horas da manhã. O dia ainda estava começando e eu já tinha vivido tanta coisa, visto tantas belezas e contemplado com alegria a magnitude da natureza. É importante aproveitarmos cada momento e dessa forma construir bem os nossos dias, pois nem só de preocupações vive a nossa mente. Precisamos de um pouco de alívio para saber que o melhor da vida podemos ter sem muito esforço, basta termos disposição e atenção aos detalhes para aproveitar tudo com muita intensidade e sabedoria.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Desaforos


Muitas vezes falamos desaforos somente pelo impulso que o momento nos proporciona, mas esquecemos que muitas palavras ditas machucam as pessoas e fazem com que elas pensem duas vezes antes de realizar novamente uma atitude ao nosso favor, por acharem que serão em vão ou que não causaram a impressão que imaginavam na satisfação daqueles que nos acompanham e estão próximos durante todos os dias das nossas vidas.
Depois da palavra dita, da besteira falada, fica difícil para nós ter um novo vigor para melhorar as nossas ações e sentimentos, pois a mágoa termina sendo mais forte que a alegria e os desaforos ficam mais visíveis do que as boas lembranças.
Cada vez que realizamos uma ação contrária à felicidade dos relacionamentos, edificamos uma casa sem alicerce e com grandes chances de ruir em pouco tempo, ficando, também, vulnerável aos ventos mais fracos.
Cada palavra bem dita, bem proferida, é força que sustenta e nos faz perceber que nossas ações não foram em vão e construirão sempre boas percepções de tudo que iremos vivenciar, já que nem sempre a nossa vida é feita de realidades e em alguns momentos temos que pensar no futuro que ainda não existe para termos melhores dias e alegria de verdade.
Machucar alguém com palavras é terrível, ainda mais quando temos a certeza de que fizemos tudo para que a felicidade fosse perfeita e possível para ambos. Nem todos conseguem enxergar a realidade como ela é e terminam só pensando que o mundo gira em torno de si próprio, quando na verdade tem interação com muitas outras pessoas e coisas.
Ignorar tudo isso e pensar que a vida é exclusiva para nós, é algo que não pode existir na nossa vida e se não estivermos com esta certeza bem plena no coração, ficaremos incapazes de ter relacionamentos duradouros e também de fazer as pessoas felizes, pois se visualizar algo bom se torna cada vez mais complicado, imagine entender a problemática da vida e todas as suas interferências.
Desaforos desaforados não levam a nada e podem causar um impacto bem maior do que imaginamos na vida de todos nós.  

domingo, 5 de maio de 2013

Pelos Trópicos

Uma verdadeira viagem musical pelos Estados do Brasil foi o que a cantora Andreia Dias fez no seu novo álbum, que mistura um pouco dos ritmos que fazem parte do cotidiano do brasileiro, e dessa forma conseguiu realizar um trabalho alegre, cheio de melodias e com letras bem interessantes.
Seus dois álbuns anteriores eram mais contidos em relação às sonoridades, mas neste ela consegue testar vários ritmos e nos mostrar as variedades de cada artista que participou com ela do projeto.
Sentimos em alguns momentos que estamos escutando várias cantoras, pois as mudanças ocorridas com as influências musicais de cada região, fazem com que ela se torne várias  e não somente uma. Talvez tenha sido esta a intenção e certamente teve bom êxito, pois cada melodia consegue ter o seu efeito e representar bem as suas regionalidades.
Gosto de novidades e quando percebo um trabalho tão bem elaborado, fico feliz e esperançoso com o cenário musical nacional, pois fica claro que um bom artista não precisa estar apegado à uma grande gravadora para realizar um trabalho representativo e digno de aplausos. 
Do regional ao eletrônico, Andreia nos mostra seu som, sua voz, sua criatividade, seu talento sem fim e faz com que as 12 faixas do CD passem voando e tenham gostinho de quero mais, mais e mais.
Como ela mesma diz na música Xuxu Beleza: "Eu não me acho e tenho certeza..." Realmente é isso que sinto, pois os elementos que ela reuniu neste trabalho significam muito para a música brasileira e fazem com que possamos valorizar mais os artistas que ainda não são muito conhecidos pelo grande público. Nada disso remete Andreia ao esquecimento e as nuances da sua voz e ritmos serão lembradas pelos trópicos, numa temperatura alta e em grande rotação musical.
Uma audição imperdível e com a cara do Brasil!

sábado, 4 de maio de 2013

Recolha!

Todos os dias quando saio para trabalhar, faço malabarismos para não ficar pisando nas fezes que os inúmeros cachorros depositam nas ruas, especialmente no período da manhã, quando os seus donos saem com elas para uma voltinha.
Na verdade sujos não são os cachorros, pois a naturalidade deles faz com que não tenham modos educados de convivência, mas dos seus donos que não recolhem a sujeira das ruas e fazem com que muitas pessoas terminem pisando nos monumentos indesejáveis, ora duros, ora moles, mas com cheiro insuportável.
Fico só observando e a quantidade de pessoas que passa com os cachorros e muitas delas levam grandes quantidades de animais. Devem ser cuidadores, pois hoje em dia esta profissão é bem mais notável do que imaginamos.
Este é só um exemplo, mas encontramos vários outros em vários lugares e o Recife não poderia ser diferente, pois a educação das pessoas ainda passa longe e ter consciência para realizar determinados atos ainda é algo que precisa ser trabalhado na mente das pessoas para que a vida em sociedade seja mais plena e cause menos transtornos.
Pisar num monte de fezes de cachorro não é nada, o ruim é ver homens fazendo isso nas ruas e inacreditavelmente em locais de muito acesso e visibilidade. Basta observar as imediações do Cais de Santa Rita, nas margens do Rio Capibaribe, para perceber isso e verificar com mais intensidade tudo o que as pessoas são capazes de realizar.
Na calçada do meu condomínio, as próprias pessoas que lá residem levam os seus cachorros par deixarem o local todo sujo e contribuir para que muitos inconvenientes sejam notados quando o assunto é limpeza e conservação.
Outro dia fui entrar no meu carro e me deparei com um monte de fezes bem na porta e não eram de cachorro, eram humanas. A educação passa longe de muitas pessoas e essa problemática social é bem mais gritante nas cidades grandes, onde nem todos percebem o direito dos outros e as normas de convivência em sociedade.
Como era bom se todas as fezes que estivessem nas ruas fossem levadas para a casa dos donos dos cachorros e, assim, eles percebessem na prática como é ter um ambiente sujo e fedorento.
Se já não for assim, pois a prática de casa vai às ruas...
Senhores donos, recolham as fezes dos seus cachorros e deixem a cidade mais limpa!
Todos nós agradecemos.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Missa com Sotaque

Na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Largo do Pelourinho, podemos ter a oportunidade de assistir a uma missa com o legítimo sotaque baiano, onde os instrumentos usados são os mesmos das bandas de axé e terreiros de candomblé, tornando os cantos mais alegres e bem recebidos por todos.
Tive a oportunidade de assistir a esse ritual diferenciado e gostei do que vi, pois somente o som lembra o candomblé, mas os santos católicos são os que se tornam presentes em todas as partes da missa que segue o roteiro tradicional ditado pela igreja católica.
Mesmo assim não vi a igreja cheia, pois em muitos casos o som atrai mais pessoas que fogem das missas tradicionais, onde as músicas mais pausadas tornam o momento mais reflexivo e acolhedor.
Vi muitas pessoas dançando e se empolgando com o som, desvirtuando um pouco o sentido da fé e dando prioridade ao balanço e toque dos tambores.
É uma forma de renovação, sem dúvida, e que combina direitinho com Salvador, por ser uma capital de grande domínio negro e carregar as raízes africanas desde os primórdios da colonização do Brasil.
O coral era formado por negros e todos vestiam roupas coloridas e que refletiam o espírito do ritmo e dos seus ancestrais. Era inevitável as pessoas pararem para fotografar, para entrar no local e com isso sentir um pouco do espírito que tomava conta de todos e fazia da missa do domingo um espetáculo diferente e inesquecível. 

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Figuras Irritantes

Encontramos em Salvador algumas figuras irritantes, que podem ser vistas em qualquer lugar, mas nesta cidade possuem um poder maior de fixação e colam feito chiclete no pé de todos nós.
Vamos começar falando da mais popular, que são os Vendedores de Fitinhas, que ficam recepcionando as pessoas e tentando a todo custo vender colares e pulseiras por preços estratosféricos e que não refletem a realidade das coisas. Eles ficam chateados quando dizemos logo de início que não queremos as fitinhas e insinuam que não somos humildes por não querermos aproximação com eles.
Como querer se na verdade eles aparecem de todos os lados e o passeio pelo pelourinho se torna uma agonia se pararmos para dar atenção a todos?. Sem contar que muitos intimidam pela aparência suja, jeito malandro e odor desagradável.
Vamos falar um pouco das Ciganas, que atacam em frente ao Mercado Modelo e ficam querendo ler a sua mão a todo o momento e inventando as histórias mais incríveis para ganharem uns trocados, nem que seja de forma mágica, quando ele some sem que percebamos.
Os Pedintes são muitos e fico me perguntando se estão naquela vida por preguiça ou falta de oportunidade, pois se de um lado não possuem dinheiro para comer, como alegam, sobra recursos para fazerem trancinhas nos cabelos e fumarem seus cigarros incontáveis, sem deixar de lado, claro, o cheiro forte de bebida. Será que a fome é de cana e tabaco?
As Baianas são loucas por dinheiro e se liberamos um pouco, elas tiram foto, sorriem e dão informações. Se não liberamos o preço tabelado, que é R$ 5,00 pelas fotos, elas torcem o nariz, nos ignoram e nem olham para nossa cara. Sou a favor das baianas profissionais, pagas pela prefeitura, para que tirem fotos com os visitantes e acabem de vez com este cartel de rendas, colares e antipatia.
As prostitutas se oferecem a todo tempo e não é difícil passar por algumas delas sem que uma cantada mal dada seja dada, na tentativa de ganhar uns trocados pelo sexo fácil e perigoso, já que a maioria delas dá medo só de olhar. São, na maioria, mulheres feias, desajeitadas e sujas e que somente uma secura de anos justificaria o sexo com alguma delas.
Os Capoeiristas só faltam pegar no seu braço e obrigar você a dar um dinheiro em troca de uma foto, por uma apresentação que é feita na rua, para que todos vejam. Eles gritam logo que aquilo é um trabalho e precisa ser remunerado, causando um certo constrangimento às pessoas que desatentamente registram alguma fotografia.
Os meninos de rua são muitos, de todos os tamanhos, caras e bocas. São malandrinhos, falam palavrões e insinuam ataques a todo o momento; só não fazem o pior porque a polícia está em todos os locais do Pelourinho e só isso já demonstra o perigo que está circulando e que de certa forma estamos protegidos pela ação constante dos policiais, dia e noite. Imagine se fosse menor? 
O Pelourinho seria um lugar intransitável e perigoso.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Solar do Unhão

O MAM - Museu de Arte Moderna da Bahia, mais conhecido como Solar do Unhão, é um complexo arquitetônico bem preservado, com um café luxuoso e uma igreja transformada em sala de exposições.
Há a galeria com a exposição permanente de obras e também a que recebe diversas exposições durante o ano e que podem ser visitadas em todos os dias da semana, exceto às segundas-feiras.
A dificuldade de lá é o acesso, pois só é fácil para quem for de carro. Quem estiver a pé, torna-se um pouco complicado nos dias de menos movimento, já que perto de lá há uma favela enorme de um lado e do outro a Marina Bahia com toda a sua sofisticação, mostrando que de contrastes vive uma grande cidade, especialmente Salvador. Linhas de ônibus quase não circulam pelo local e temos que andar um pouco até a parada mais próxima.
No pátio do Solar do Unhão, temos a impressão, por alguns momentos, de que a favela ao lado é na verdade uma instalação, uma obra de algum artista e que se tornou habitável por um número grandioso de pessoas. É tão gritante que termina sendo harmônica.
Não percebi perigo para os visitantes e acredito que não há disputa de local por ali, já que, de certa forma, o Solar do Unhão possibilita um certo refinamento aos moradores que vivem em situação precária de habitação e saneamento. Não é para qualquer um ter um museu de arte como vizinho.
Andando além da igreja do complexo, encontramos o Parque das Esculturas, o qual retrata a visão de vários artistas locais e nacionais sobre a Bahia e sobre a arte contemporânea. Lindo e ótimo para ser apreciado, com detalhes e sem pressa.
Perto da Marina Bahia há uma pequena praia que é habitada por pessoas, digamos, ecléticas, que gostam de fumar um baseado e mostrar atitudes diferenciadas como tomar um banho de argila ou realizar um longo alongamento na areia do mar. Eles também realizam atividades simples, como jogar futebol e vôlei, não vamos generalizar...
Gostei do local pela beleza arquitetônica, pelo visual que proporciona da Baía de Todos os Santos, pela arte.
Não gostei da mobilidade, como acontece em muito locais de Salvador. Um espaço para ser visitado durante o dia, especialmente se estiver desprovido de transporte particular. As redondezas estavam esquisitas no dia que fui e cada figura que passava por mim esfriava o meu coração e me fazia pensar duas vezes em realizar um novo passeio por ali.
Ficou a boa lembrança de um local lindo, mas cheio de interferências urbanas complicadas, pois viadutos, favelas e ruas estreitas são muito fáceis de serem encontradas.

Segue o Caminho do Boi da Macuca

O São João do Boi da Macuca, na cidade de Correntes, Pernambuco, acontece anualmente e reúne grande quantidade de pessoas que buscam nos fes...