Recife é festa o ano todo, mas neste período pré carnavalesco, a agitação toma conta das ruas do Recife Antigo e Olinda, fazendo com que a folia seja antecipada, atraindo muitas pessoas para as ruas e clubes das cidades que abrigam os maiores carnavais do Brasil.
Se a alegria prevalece, os excessos também. A quantidade de bêbados nas ruas é muito grande e a impressão que temos é que não há felicidade e diversão sem que a bebida seja a chave de tudo, fazendo com que as pessoas usem este combustível de uma forma desordenada e que termine até atrapalhando o bom proveito das diversões que escolheram para usufruir.
Nestes dias que tenho acompanhado um pouco as prévias carnavalescas, encontro pessoas jogadas no chão, andando cambaleantes, sem rumo, desordenadas, sujas e cheias de problemas que poderiam ser evitados se o consumo do álcool fosse menor.
Substituem o alimento e a água pelo álcool e fazem disso uma prática durante todos os dias que aproveitam os momentos de lazer. O turismo cresce muito nesta época do ano e percebo que a maioria das pessoas termina nem levando boas lembranças para casa, já que perdem muito tempo dos seus passeios com coisas que poderiam fazer e casa, pois a bebida termina fazendo com que fiquem muito ligadas a uma mesa de bar e terminam não conhecendo outros lugares interessantes que a cidade pode nos oferecer.
A bebida se tornou um vício desordenado e não entendo como as pessoas ainda associam este meio à felicidade e descontração, pois, para mim, mais vale você estar bem e lúcido, para aproveitar cada momento e lembrar dele com exatidão, do que passar a maior parte do tempo falando besteiras e vendo em duplicidade o que é único e não tem igual.
Vou e volto para casa tranquilo e no outro dia acordo ainda melhor, sem dor de cabeça e nem ressaca que me tire a disposição de fazer outras atividades da minha rotina e nem atrapalhe o meu trabalho.
A sensação que tenho quando vejo a loucura das pessoas na rua é que todo mundo busca apagar da memória o que a vida nos proporciona e, dessa forma, colher frutos podres de momentos que poderiam ser doces e mais saborosos.
Carnaval ainda nem começou, minha gente...
