sexta-feira, 13 de maio de 2011

É possível conter a natureza?

Aqui na Região Metropolitana, mais especificamente nos municípios de Recife, Jaboatão e Olinda, o avanço do mar tem tomado proporções grandiosas e em muitos lugares das orlas destas três cidades, não há mais faixa de terra disponível para as pessoas quando a maré está cheia. Em alguns pontos, mesmo com a maré baixa, o nível de água é alto.
Quando vim morar aqui no Recife, o avanço do mar em Boa Viagem era até o Hotel Atlante Plaza e hoje está em frente ao Edifício Castelinho, que está a mais de 1km de distância. Isso é preocupante, já que a cada dia vamos notando que o mar está vindo tomar conta do que é seu e que foi tirado pelo homem com as construções em locais inadequados.
As pessoas não se contentam em morar num bairro litorâneo e querem morar dentro do mar. Dá nisso...
A quantidade de prédios que existem nas proximidades do mar, na praia de Boa Viagem, é impressionante e causa até um espanto para aqueles que encontram uma paisagem bem diferente em outras capitas, quando há restrição de construções em relação à distância e altura.
A paisagem fica alterada e a praia cheia de pedras e sacos de areia, que são usados para fazer as contenções que nem sempre conseguem surtir o efeito esperado e deixar a paisagem agradável aos olhos.
Recife tem uma orla bonita, bem visitada e com um calçadão bem organizado, mas as interferências naturais estão cada dia maiores e comprometendo o que temos de bonito para ser mostrado.
Em Piedade, que é um bairro da cidade de Jaboatão dos Guararapes, alguns edifícios já estão comprometidos e a água do mar tomou conta das piscinas e áreas de lazer que ficavam à beira mar. Em alguns casos a situação é tão grave que só de olhar ficamos sem entender como ainda as pessoas residem em tais locais, pois o perigo de uma alta demasiada na maré pode causar estragos irreversíveis.
Em Olinda não há nem espaço para a praia e por isso não vou nem comentar. Já era...
Nossa sorte é que somos um país onde as calamidades vindas de ordem natural não são muitas e dificilmente teremos um furação ou tsunami que aumente a fúria do mar. Se isso fosse possível, acho que Recife nem existia mais, pois por onde você olhar só percebe água, seja no verão ou no inverno.
Se não é água do mar é do rio, ou as duas misturadas...

Segue o Caminho do Boi da Macuca

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