segunda-feira, 11 de junho de 2012

Casa da Mãe Joana

A percepção das pessoas sobre o que é correto ou errado muitas vezes fica distorcida, pois as infrações e negligências são tantas que ficamos sem entender por alguns momentos o que é realmente aceitável ou não. Estacionar um carro em local inadequado, vender produtos onde é proibido, utilizar os espaços públicos como se fossem particulares, usar som em alto volume onde o silêncio deve prevalecer, são apenas alguns exemplos do que encontramos no nosso cotidiano e sem dúvida alguém já presenciou alguma situação das que descrevi.
Estava num parque público nesta semana e vi um carrinho de pipocas ser apreendido pela prefeitura, que fazia fiscalização no local e impedia a venda dos produtos dentro dos limites do parque, o que é correto, pois se deixarem a zona corre solta e terminam até fazendo “puxadinhos” para comercializar os mais diferentes itens que possamos imaginar. Houve protesto de alguns, aclamação de outros, mas o carrinho seguiu rebocado.
No outro dia, o rapaz que teve o seu carrinho apreendido, estava lá com outro equipamento, no local proibido e torcendo para que fosse apreendido novamente.
Todos precisam trabalhar e vender honestamente é algo louvável, mas precisamos ter noção de onde o nosso limite começa e termina, pois se assim não for, iremos sempre ser surpreendidos com ações que poderíamos ter evitado e com isso afastado o constrangimento e a dor de cabeça.
Conversando com o rapaz, ele nos disse que a multa para resgatar o carrinho era de R$ 400,00 e que possuem outros iguais para realizar as vendas pela cidade. Se estivessem trabalhando direitinho, não teriam problemas e certamente estariam sem gerar confusão com os guardas municipais.
O que noto é que as pessoas fazem de pirraça e terminam usando os bens públicos como se fossem seus. É comum encontrarmos ambulantes na Avenida Conde da Boa Vista usando as paradas de ônibus como suporte para os seus produtos, enquanto os viajantes ficam sem a cadeira da guarita para sentar ou se amparar da chuva e do sol.
Ontem mesmo no Parque da Jaqueira um rapaz entrou com uma bicicleta equipada com caixas de som potentes e que faziam propaganda. Prontamente o guarda o chamou a atenção, irritado, pois já tinha falado antes sobre a mesma situação. Era algo reincidente que poderia ter sido evitado, uma vez que ela já sabia da proibição de usar tal veículo naquele local, onde as pessoas geralmente vão para relaxar, caminhar, fazer um lanche ou simplesmente conversar.
No Parque Dona Lindu, os carrinhos de pipoca tomavam o lugar das pessoas que estavam brincando com os seus patins, skates ou bicicletas e podiam causar até acidentes se alguém desgovernado batesse em algum dos itens inflamáveis que ali estavam.
Se formos no Centro do Recife, notaremos como isso é real nas ruas, pois em alguns locais é quase impossível andar tranquilamente sem que os caminhos sejam impedidos pelos ambulantes dos mais infinitos tipos de produtos, sejam alimentos ou não. O que importa é vender.
Vender sim, mas com consciência e respeito ao cidadão, que também precisa das ruas, praças e outros locais públicos para o seu lazer e deleite. É terrível sair de casa e ter a impressão de que roubaram o espaço público cuja finalidade foi alterada para servir de ganha pão para os comerciantes inaptos e cheios de direitos ao contrário.
Não vou nem falar das praias que são tomadas pelos barraqueiros, pois seria algo insano de se pensar. A mistura de sons e fumaças não possibilitam neste momento um pensamento perfeito sobre este assunto e prefiro comentar em outro momento mais oportuno. Vamos nos contentar com os Parques, por hoje...

Segue o Caminho do Boi da Macuca

O São João do Boi da Macuca, na cidade de Correntes, Pernambuco, acontece anualmente e reúne grande quantidade de pessoas que buscam nos fes...