terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Xanha

"Cachorro que muito anda pega rabujo"
Essa frase era muito comum nos meus tempos de infância que servia para mostrar que a gente quando se mistura demais com o mundo termina se contaminando com as suas mazelas e pagando o preço do descuido e falta de atenção consigo mesmo.
É a popular "xanha" que tanto falamos e que é sempre associada às enfermidades que estão relacionadas ao contato mais próximo e que faz com que as pessoas troquem muitas informações, gerando uma contaminação exagerada e muitas vezes difícil de ser contida.
Também há pessoas que entram nas nossas vidas como uma "xanha" e nunca mais nos deixam em paz. Algumas trazem coisas boas, outras não e só ficam ao nosso lado para tentarem consumir o que temos de bom e isto não está relacionado a dinheiro, mas sim a paciência e atitudes, já que tentam se aproveitar a todo instante da nossa boa vontade com as suas intermináveis solicitações, muitas vezes desnecessárias.
A pior coisa do mundo é quando alguém assume um papel de predador e fica sugando tudo que podemos oferecer, como se a sua falta de capacidade de realizar atos fosse totalmente compensada pela disponibilidade inocente de quem se oferece para ajudar.
A coceira começa pequena e depois vai aumentando e se tornando incômoda, pois nunca para de existir e sempre vão surgindo outros fatores que possibilitarão novos pedidos sem que nenhuma ação seja tomada para que aquilo mude. Os predadores enxergam as pessoas como uma fonte de energia fácil para a sua fraqueza congênita. 
Quando andamos pelo mundo encontramos vários tipos de pessoas e temos que nos relacionar com todas, de forma sábia e sem que nada ruim nos aflija. Ficar acumulando as mazelas dos outros é demais e já basta a quantidade de situações que vivenciamos e que precisam do nosso apego. Cuidar da nossa coceira já é o suficiente e desgasta a nossa vida de forma significativa e por isso não é saudável ficarmos acumulando, também, as "xanhas" alheias.
Cada um com a sua bronca...

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