segunda-feira, 31 de março de 2014

Sem Saída

A semana começou com um terrível congestionamento na região metropolitana do Recife, quando um grupo do Movimento dos Sem Terra resolveram parar as principais vias de acesso do Recife e Jaboatão, causando um caos generalizado e fazendo muita gente ficar de cabelo em pé diante dos compromissos da semana e também pela falta de opção para tentar fugir do trânsito que a cada dia nos mostra o quanto ainda estamos despreparados para qualquer eventualidade.
O pior não é perceber o trânsito ruim, mas notar que o protesto não tem resultado algum pois termina só prejudicando os trabalhadores e os nossos representantes políticos não são afetados por esta desordem total que acomete todos nós. Se for para protestar, que façam de maneira organizada, indo diretamente onde a solução pode ser gerada, ou seja, nos órgãos que cuidam das terras devolutas e que podem ser usadas para a desapropriação. Na verdade, a maioria das pessoas que está envolvida nos protestos nem sabe o que quer de verdade e fica somente fazendo tipo para aparecer na TV. A grande parte dos Sem Terra também é Sem Cérebro. São pessoas manipuladas por representantes sindicais espertos e que só buscam nestas ações, o caos para todo mundo, não tendo o real interesse na solução de nada.
Fiquei horas buscando alternativas de saídas no bairro de Barra de Jangada, em Jaboatão, e só encontrei lugares de difícil acesso e sem nenhuma ligação com nada. As invasões que ali existem fazem do bairro um local estranho, cheio de lixo, com ruas estreitas e muito perigo. Se na avenida principal os edifícios empresarias e complexos hoteleiros fazem a festa, nas ruas mais distantes da orla a situação é bem diferente e impera o caos e a desordem, mostrando que a possível ordenação do bairro não passa de uma capa mal organizada e feita para enganar todos nós.
Como esperar crescimento de uma região se o mínimo em infraestrutura viária não é feito e se todos os esforços são destinados para obras que vendem votos e cativam os grandes empresários, somente, deixando de lado a população que sofre a cada dia com tantas agonias. Aumentar a linha do metrô até o Cabo ninguém pensa, melhorar os acessos da BR 101 não é prioridade, criar vias de acesso que liguem Ponte dos Carvalhos até Candeias e Barra de Jangada nem pensar. 
Só aqui já dei três sugestões de melhoria, mas existem outras e outras que podem ser feitas e que nos ajudem a ter menos problemas no nosso cotidiano. Voltar para casa e esperar o trânsito melhorar é a melhor solução, pois ficar na confusão só vai consumir a gasolina e a paciência que já anda mínima com tantas situações ruins e que só nos deixam descrentes da nossa administração pública, que nunca pensa no social e faz tudo para aumentar ainda mais a desordem que enfrentamos como guerreiros de uma luta invencível. 
São tantas situações que sofrem influência de um simples protesto que se pararmos para pensar, nossa mente pode explodir de tanta informação. Vamos torcer e cobrar melhorias e esperar que os novos protestos sejam feitos de forma justa e organizada e não prejudique a grande parte da população que sofre com tudo isso. Se é para chamar a atenção, usem a inteligência e os meios de comunicação disponíveis e não destruam de forma tão gritante a vida das pessoas que diariamente saem para trabalhar e buscam contribuir com esse país tão injusto, mas que é a nossa casa.

domingo, 30 de março de 2014

Parasita

Os parasitas estão em todos os lugares, consumindo o nosso juízo e fazendo com que nos tornemos escravos da sua forma descontrolada de sugar o que oferecemos com gentileza e que sempre se transforma no interesse sem limites, onde cada ato é pensado para tirar proveito do bestinha da vez.
Só gosto de parasitas naturais, como as orquídeas, e tenho aversão total de pessoas que só querem me fazer de idiota. Afasto-me logo...
Não tenho vocação para determinadas ações, pois sempre penso que todos são capazes de realizar tudo, basta assim desejarem. Essa história de que não sei fazer isso, você faz melhor do que eu, isso e aquilo, são formas doentias de tirar proveito das pessoas que muitos enxergam como potenciais fontes de aproveitamento, de onde sempre podem tirar uma casquinha, uma informação, um favor, de forma crescente e sem limites, sem perceber que muitas vezes tiram o mais importante, que é a vida. Algumas pessoas se deixam aproveitar de tal forma que perdem o espaço das suas próprias vidas para servirem a quem tem plena capacidade de realizar tudo, mas que preferem criar várias terceirizações das suas responsabilidades, encontrando nas pessoas certas uma maneira de utilizar todo o seu poder de retenção.
Tenho muita facilidade de ser chamado para prestar favores e sinto que isso é uma forma de confiança que as pessoas depositam em mim, mas jamais deixo que tirem proveito das situações, pois quando percebo que a situação está ficando fora do controle, trato logo de afundar o barco e acabar com a festa, que estava se tornando uma rave, com uma dependência enorme de drogas pesadas, como o interesse e a necessidade predatória.
Nem todos entendem o que é solicitar um favor e sugar um favor. 
As duas situações são totalmente diferentes, pois enquanto a primeira não gera uma dependência negativa, a segunda termina consumindo a vida das pessoas e causando uma grande sensação de desânimo não para quem suga, mas para quem é sugado. O engraçado é que o parasita não percebe isso e acha que todos os limites são aceitáveis. Ele jamais se enxerga e sempre faz tudo para se aproveitar dos outros, seja por um simples prato de comida ou pelos favores e informações cada dia mais crescentes e sem fim.
Substitua todos os parasitas da sua vida por orquídeas, pois esse é um ótimo negócio. Ela suga do caule dos alimentos que precisa, mas nos devolve beleza e perfume.

sábado, 29 de março de 2014

Salvador, 465 Anos

A cidade mais negra do Brasil celebra hoje seus 465 anos de muita história e festeja com todos os brasileiros esta data tão especial e que mostra a importância do município no cenário nacional, pois hoje é berço de vários polos industriais e sede de grandes empreendimentos turísticos, além de uma grande e tradicional rede hoteleira. Salvador é a terceira cidade mais populosa do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro e isso já é um motivo para demonstrar o quanto ela é importante e representativa para os brasileiros, uma vez que sua fama de alegre e ao mesmo tempo preguiçosa ganhou o mundo e fez folclore de muitas situações.
Não há como andar em Salvador sem se deparar com o sincretismo religioso muito presente em qualquer lugar e em certos momentos a mistura de religiões é tão grande que nem sabemos ao certo qual é o orixá com cara de santo e o santo com cara de orixá. Tudo se mistifica de uma forma harmoniosa e ganha diferencial com a forma pitoresca dos soteropolitanos viverem, sempre de uma forma leve e despreocupada. Basta olhar a vida das pessoas no Pelourinho para perceber que eles querem viver de uma maneira diferenciada, sem muito compromisso, mas ganhando dinheiro, pois não vi ainda lugar para ter tanta exploração turística como lá existe. É uma forma de tirar proveito de tudo, de ganhar dinheiro a todo custo, de cobrar até pelo que não tem preço.
Gosto muito de lá, mas ainda vejo que a cidade precisa realmente evoluir em alguns aspectos, pois os anos se passam e a sujeira ainda toma conta das ruas e isso está intimamente ligado ao jeito de viver dos brasileiros, que numa falta de educação generalizada ainda tratam as suas cidades de forma desordenada e não zelam pelos seus patrimônios. Algumas raras exceções ainda encontramos, mas são poucos os municípios que possuem um padrão de organização adequado e fazem com que os monumentos sejam vistos com toda a sua magnitude e beleza.
Em Salvador há um grande acervo de igrejas, museus, casarios, artesanato e uma orla urbana de fazer inveja a muitas cidades, pelo seu tamanho e diversidade. Precisa, porém, de cuidados, pois alguns espaços estão totalmente danificados e sujos, como é o caso da Praia de Itapuã. O que acho ruim em Salvador é o acesso de alguns locais, que se tornam perigosos devido a proximidade de algumas favelas ou quem sabe por estarem distanciados de algumas áreas mais urbanizadas e movimentadas.
Falaria muito tempo sobre a cidade de Salvador, pois tenho muitas caminhadas por lá, mas isso é assunto para outros textos. Vou só finalizar dizendo que foi surpresa minha descobrir que Recife é mais velha que Salvador, doze anos para ser exato. Salvador ainda está um brotinho, mas que precisa da nossa ajuda para que os reparos sejam feitos com cautela e no momento certo, evitando que a sua beleza seja afetada pelo tempo e acabe de vez com a alegria que ela nos passa.
Feliz Aniversário, Salvador!! 

sexta-feira, 28 de março de 2014

Segue o Som

Vanessa da Mata é versátil e muito leve nas suas composições, sempre mesclando os assuntos do cotidiano aos temas mais polêmicos e complicados do nosso ser, como o amor, a amizade, a desilusão e a separação. Seu novo álbum recria um pouco desta atmosfera, mas prima pelo ritmo para deixar as músicas mais alegres e com cara de sucesso absoluto.
Como não imaginar que um trabalho tão criativo não venha fazer sucesso?
A cada letra, das 14 músicas que o álbum traz, temos uma surpresa, seja nos arranjos que lembram o reggae ou quem sabe a música eletrônica dos anos 70, criando um clima de discoteca em alguns instantes e fazendo com que a capacidade desta artista seja vivenciada por todos nós.
A cantora pegou fama e público não por acaso, mas porque soube sempre usar a sua arte de uma forma popular, mas sendo extremamente chique e ousada nos seus shows, mostrando a sua brejeirice aliada à beleza da sua apresentação pessoal e também das interpretações que faz, mesmo quando a composição é de outro artista.
Gosto das composições dela. Acho perfeita a forma simples de dizer tudo e de mostrar um universo que nem todos observam, já que suas letras sempre trazem as situações mais óbvias que todos nós curtimos e terminamos esquecendo disso de forma descuidada.
É com muita dedicação que ela faz suas novas composições e destaco todas como especiais. Não há, em todo o trabalho, uma só que eu não tenha gostado. Os ritmos, arranjos, efeitos sonoros, letras, tudo, enfim.
Convido a todos para seguirem o som da Vanessa da Mata neste novo trabalho que ainda nem chegou nas lojas, mas que já tive o prazer de escutar e aproveitar cada música. 
Sigam o som! 

quinta-feira, 27 de março de 2014

Futebol e Celebridades

Todos nós procuramos conversar sobre assuntos que nos encantam e nos fazem evoluir, pois é difícil acreditar que alguém vá passar a vida toda só jogando conversa fora e falando besteiras sem fundamento, arrumando de vez em quando uma briga com o amigo por causa do time do coração ou discutindo com a amiga sobre a fulaninha da novela que é muito boazinha e coisa e tal.
Homens tem mais interesse por futebol e mulheres por celebridades e basta observar as conversas entre amigos e amigas para notar que algumas pessoas não possuem outro tipo de assunto para comentar e parece que a vida se resume num estádio de futebol ou nas celebridades que aparecem insistentemente nas revistas especializadas.
Isso geralmente é fruto da cultura e também do interesse pessoal que temos com o aprimoramento e evolução cultural. Se temos compromisso com isso, buscamos obter informações sobre vários assuntos e não ficamos a vida toda nos preocupando com o time que ganhou ou perdeu, ou quem sabe com a celebridade que mostrou mais a bunda esta semana nas redes sociais.
É até incoerente tantos brasileiros reclamarem da Copa do Mundo se na verdade a maioria só pensa nisso ou quem sabe até falarem de simplicidade se no pensamento só existe a idealização de uma vida de ostentação e muita futilidade, conforme observamos na maioria dos programas de TV e outros meios de comunicação.
Não vejo possibilidade de evolução sem o conhecimento e se ficarmos cada vez mais pensando em besteiras, terminaremos perdendo a noção do que realmente é bom e frutífero para nós, onde os resultados refletem em mais segurança na vida pessoal e profissional, quando podemos realmente buscar maneiras diferenciadas e inteligentes de aproveitar a vida, deixando de lado o besteirol que atinge a grande maioria das pessoas.
Futebol é paixão nacional, mas não podemos deixar que esse sentimento nos faça tapados ao ponto de só pensar nisso.
Imagine se só nos aperfeiçoarmos em assuntos superficiais e deixarmos de lado as nossas reais necessidades?
Ficaremos limitados demais e ao invés de evoluirmos pelas nossas próprias possibilidades, buscaremos a idealização da vida "daquele jogador" quem nem sabe da nossa existência. 
Vejo gente brigado por futebol, gastando fortunas com os produtos que as celebridades usam e esquecendo de que a vida é bem mais que isso. Interesse real por assuntos produtivos quase não existe e quando falamos com algumas pessoas temos a impressão que estamos falando com uma máquina programada para dominar um único assunto.
A vida nos oferece outros meios de comunicação e praticá-los no nosso vocabulário e conversas só faz bem. É bem melhor passarmos horas e horas discutindo vários assuntos com pessoas bem informadas do que passar um instante falando com alienados que só se interessam por assuntos que deveriam ocupar menos espaço nas nossas vidas.
Sinto falta de informação, de evolução, de assuntos inteligentes. Futebol e celebridades o tempo todo é para quem é especialista neste assunto, que trabalha ganhando muito dinheiro com isso. Quando é uma profissão, justifica destinarmos todo o nosso tempo a um assunto único e sem fim.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Regras do Jogo

Podemos mudar as regras do jogo da vida a qualquer momento, sempre respeitando os limites aceitáveis e que não nos façam perder o rumo ou controle das ações que iremos desempenhar. Muitas vezes alteramos tudo e mesmo assim conseguimos um resultado satisfatório nas nossas escolhas, não comprometendo tudo que foi planejado.
O que precisamos ficar atentos é ao desenvolvimento das atividades para podermos aprender com os deslizes que cometemos e que poderiam afetar o nosso desempenho, pondo em risco tudo aquilo que levamos algum tempo para conseguir ou colocar em prática.
Algumas vezes podemos estar sozinhos ou em grupo nas diversas situações que iremos desempenhar, não sendo este o impeditivo para fazer algo mais rápido ou mais lentamente. A certeza dos nossos atos está relacionada ao nosso efetivo compromisso com a solução dos fatos diversos que diariamente temos acesso e que de alguma forma nos influenciam ou nos fazem perder a cabeça.
Não precisamos seguir regras sempre, mas observá-las ajuda muito e cria dentro de nós uma certeza maior naquilo que tanto lutamos para realizar, pois se elas existem é porque alguém buscou ditar um caminho de algo que já realizaram, mostrando as opções menos árduas e suas interferências mais importantes e que podem ser facilmente esquecidas ou não percebidas por alguém menos experiente.
Situações diversas acontecem e cada uma delas nos ajuda muito na vida, embora ainda tenha gente nadando contra a maré ou fazendo o contrário de tudo que é ensinado e alertado. Mudar as regras do jogo é bem diferente de ser imprudente e se soubermos usar corretamente as cartas para um resultado efetivo, não tenho dúvida que sempre chegaremos ao nosso objetivo de uma forma adequada e com resultado, não importando se foi mais rápido ou mais demorado. 
O aprimoramento nos fará ganhar a partida em menos tempo e nos dará ótimas chances de criar as nossas próprias regras, influenciando os demais e provando para nós mesmos que somos capazes de ações cada vez mais elaboradas e eficazes.

terça-feira, 25 de março de 2014

Perguntas Vazias

Ontem um homem sentou perto de mim no metrô e a cada estação ele me perguntava se era a estação Prazeres. Eu respondia: Não. 
Na terceira vez respondi o seguinte: Está escutando a gravação? Ele confirmou que estava. E eu disse: Quando chegar na sua estação, ela vai dizer: "Estação Prazeres" e o senhor poderá descer. Não há como errar.
Minha primeira impressão foi que ele era surdo, mas mesmo que fosse o local já indicaria qual seria a estação correta, sem que a pergunta insistente e desnecessária fosse feita a cada instante. 
Algumas pessoas não prestam atenção ao mundo que estão e terminam achando ser melhor ser guiados do que trilhar os seus próprios passos. Não estou sendo mal educado ou querendo negar informações, mas acredito na percepção acima de tudo e também no fato de que muitas vezes nos acomodamos realizando atos que poderiam ser evitados se prestássemos um pouco mais de atenção ao que está muito fácil e disponível ao nosso redor. 
Em determinadas situações fica complicado ler ou perceber onde estamos, principalmente se utilizamos um ônibus ou viajamos em bairros mais afastados, mas no metrô isso é quase impossível, pois mesmo quando você não sabe ler, tem a voz alertando o tempo todo sobre a nova parada. São dois alertas: um quando sai da estação anterior e outro quando chega ao destino. Nos metrôs que já visitei, a situação foi a mesma.
O nosso metrô ainda tem uma vantagem, pois é externo e não subterrâneo. Fica mais fácil ainda não se perder e basta um olhar ou um ouvido atento para saber exatamente onde estamos e queremos ir. Este exemplo aconteceu comigo e o homem que o protagonizou era uma pessoa de média idade, mas vejo pessoas jovens passarem pelo mesmo vexame, ficando perdidos sem saber onde estão, quando o mundo todo lhes dá a cada instante as informações que precisam.
Estamos mais preguiçosos do que nunca e querendo sempre respostas prontas para aquilo que podemos encontrar sem a ajuda de ninguém. Não se trata de individualismo, mas de discernimento mesmo. Uma pessoa não aprende a melhorar as suas ações se ficar o tempo todo esperando por respostas, mas se entender o seu meio e dele retirar as melhores explicações que encontrar, solucionando os seus dias e fazendo deles os mais proveitosos possíveis.
Antes de perguntar qual é a próxima estação, abra os olhos para a vida e perceba se ela passa ao seu lado, bem pertinho dos seus olhos e ouvidos. Não fique cego e surdo diante da simplicidade da vida e aproveite bem melhor os seus dias, sabendo exatamente onde ir e vir, parar e recomeçar.
Todos irão agradecer o seu esforço.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Se Não Pode, Não Ofereça!

Oferecer serviços que jamais serão realizados conforme descrito é algo que virou moda hoje em dia e, principalmente, no setor público é que notamos este tipo de ação que só deixa de cabelo em pé quem precisa dos tais diferenciais que só existem no papel ou nos anúncios mentirosos que enganam a população e fazem com que fiquemos com a cara no chão, esperando por respostas que não aparecem ou quando existem nos deixam ainda mais irritados, pois da forma como é mostrado parece que os culpados somos nós.
Oferecer remédios de graça, com entrega em domicílio ou quem sabe atendimento com hora marcada não é algo muito fácil de acontecer, ainda mais quando a maioria da população necessita da saúde ou depende dos planos de saúde e postos médicos cada dia mais lotados e sem um atendimento adequado.
O único atendimento público que recebi e que foi pontual foi o recadastramento biométrico do sistema eleitoral, mas do resto sempre tive as minhas restrições, embora por alguns momentos eles possam me surpreender com os picos de eficiência e os declives acentuados de incapacidade.
Se para votar nos nossos representantes o atendimento é VIP, deveríamos ter o mesmo tratamento após as eleições. Seria uma retribuição da confiança que depositamos em vários políticos que fazem de conta que se preocupam com o Brasil que administram e terminam provando para todos nós a sua forma impiedosa de mentir e enganar.
Se não podemos oferecer algo é melhor não criar esperanças na população ou quem sabe realizar serviços mais básicos, mas que realmente funcionem e atendam a quem precisa. O necessitado não quer saber se o remédio dele pode ser levado em casa, ele quer ter o remédio. O doente não quer prioridade no atendimento, mas sim a existência deste. Padecemos de um mal que é o descaso e sempre achamos que tudo deve ser assim mesmo ou está bom porque é público. Nada disso. 
A população precisa cobrar os seus direitos corretamente, mas fazer a sua parte também. Não adianta pedirmos algo se não temos evidências da nossa necessidade e brigar por direitos se ainda nem os conquistamos. Jamais poderemos oferecer amor se dentro de nós ele não existe ou quem sabe a compaixão se não sabemos olhar do lado.
O exemplo dos serviços públicos se aplica a todos nós e devemos perceber isso também na rede privada, pois mesmo pagando estamos recebendo os piores resultados nos serviços oferecidos, especialmente daqueles que são especializados e fazem do seu ofício uma forma de escravidão, onde deixam as pessoas aprisionadas da sua ineficiência e também da sua falta de compromisso. 
Nada é de graça totalmente. Se o serviço público oferece isso ou aquilo à população é porque impostos foram arrecadados e se as empresas particulares cobram cada dia mais caro é porque estamos consumindo e pagando os abusos ofertados. 
Não ofereça rosas se os espinhos são mais presentes. O perfume pode feder e a situação ficar feia...
Transforme as sobras em algo realmente construtivo. Tenho certeza que as mudanças serão grandiosas se estivermos vigilantes aos detalhes que nos rondam.

domingo, 23 de março de 2014

Descanso Necessário

Nosso corpo necessita de um pouco de descanso sempre e ainda mais quando estamos passando por momentos de grande esforço físico e mental. Percebemos que precisamos parar um pouco quando o nosso corpo manda alertas para que tenhamos mais cuidado com as nossas ações, passando a escolher os momentos e formas de entrar num clima de relaxamento e que nos fará conseguir novamente as energias perdidas e que tanto precisamos para viver os dias com mais alegria.
Ao acordarmos iniciamos um novo ciclo de ações, onde cada fato contribuirá para os nossos dias e serão decisivos para que fiquemos de pé novamente para outras e outras investidas que poderão nos trazer uma bela sensação de vitória ou a terrível agonia da fraqueza que insiste em derrubar o nosso estímulo e nos faz cativos de muitos outros males, já que a vitalidade é sempre a melhor forma de nos sentirmos bem e com a plena consciência de que estamos vivos e felizes para enfrentarmos tudo com muita coragem e sem nenhuma restrição.
Restrições não faltam quando estamos indispostos e cansados. Só conseguimos sair desses momentos de tristeza quando temos meios de emergir ou pessoas especiais que nos mostrem o caminho, com uma mão apertada e um abraço revigorante para nos dar. Só o fato de ter um conforto adequado, da pessoa certa, no instante preciso, nos faz perceber que a vida merece um pouco mais de paciência e não precisamos ficar o tempo todo achando que já chegamos ao final do caminho, onde as sensações não possam ser mais possíveis e o calor humano não tenha mais validade.
Sabemos que a vida é difícil, mas tudo é complicado. O que é fácil é porque alguém descomplicou. Num momento paramos para pensar em tudo que podemos ter e como é bom nos deixarmos levar pelas alegria da vida, mesmo que em momentos pequenos e que nos possibilitem apenas uma visão simples de um contexto bem maior e ainda não totalmente acessível aos nossos olhos descrentes e sem forças.
Aliviar o cansaço é a melhor maneira de nos livrarmos dos problemas, trazendo para nós somente o que é bom e que merece ser vivido.

sábado, 22 de março de 2014

Crisântemo

Ele bebeu, bebeu
Tipo vencedor
E depois riu, riu
Como o Bira do Jô
Cumprimentô
Todo mundo à la vereador
E subiu o morro estilo viatura
Ele nos deu, nos deu
Toda a fé de um pastor
Depois sumiu, sumiu
Deixando só a dor
Ignorou o aviso
Devagar com o andor
E flertou por sobre a vida dura

Trafegou aéreo, dançou sério, pala
Serpente rasteja, credo, pobre mestre sala
Cigarro no bolso, barro, für elise embala
No solo onde impera, qualquer bonde é vala, vai
Toma outro drink, se é o que lhe resta
Toma outro drink, a vida é uma festa
Viaja Almyr Klink, faz eterna sua sesta vai
Nem deu tempo pra dizer, pai bye

E a vida é só um detalhe
A vida é só um detalhe
A vida é só um detalhe
A vida é só um detalhe
É tudo, é nada, é um jogo que mata
É uma cilada
A vida é só um detalhe
A vida é só um detalhe

Padeceu, desceu
Como na seca, flor
E nóiz seguiu, seguiu
Juntando o que restou
Uns retrato, disco
Foi morar de favor
Bem quando vi que o mundo é sem
Calma
Aconteceu, teceu
Como deus desenhou
No que surtiu, surgiu
Um peito sofredor
Era rato, bicho, mofo, fedor
Mais saudade, que é sentir fome com a Alma

E na ceia migalhas, no júri mil gralhas
Não jure, quem jura mente, pra sempre, fé falha
Vida, morte, números, ãh, de neguinho
Aqui é cada um com a sua coroa de espinhos
Qual a sua droga? TV, erva?
Qual a sua droga? Solidão, cerva?
Onde você se esconde? Onde se eleva, hein?
O que é seu, em terra de ninguém?

E a vida é só um detalhe
A vida é só um detalhe
A vida é só um detalhe
A vida é só um detalhe
É tudo, é nada, é um jogo que mata
É uma cilada
A vida é só um detalhe
A vida é só um detalhe

Era dia de Cosme, madrugada
Chovia lá fora
De repente alguém chama
"Jacira, sou eu, Luiz"
Pressenti, Miguel morreu
O que mais poderia ser?
Além do mais, meu coração já estava apertado
Prevendo desgraça
Na festa do terreiro, a certa hora, o erê subiu
E quem desceu foi seu sultão da mata
Me chamou e disse
"Pegue os meninos e vá pra casa
Disse: "Prepare o coração e seja forte, vá? "
Levantei, abri a porta e a desgraça se confirmou
Uma briga, o tombo
O seu Zé do doce socorreu
Seu Zé é a representação do estado no Jardim Fontális
Talvez ainda até hoje

Notícia pra dar, vaquinha pra enterrar, Domingo
Justo eu, que me criei sem pai
Perder o pai já é uma tragédia
Perdê-lo na infância é sentir saudade
Não do que viveu, mas do que poderia ter vivido
O enterro, a volta
O olhar do menino marejando, pensando longe
Sem entender
E o meu coração apertado, sem conseguir explicar
O tempo foi encaixando tudo
Os pertences dele sempre no mesmo lugar
O velho chinelo abandonado respondem
"Ele não vai voltar"
Os dias são escuros mesmo com sol quente
O silêncio de Miguelzinho cala
Cada vez mais fundo no peito da gente
Quando o pai morre
A gente perde a mãe também
Eu já sabia o que era isso
Como pode alguém morrer no mesmo dia que nasceu?

Composição: Emicida

sexta-feira, 21 de março de 2014

A Morte Veloz

Lembro quando o Ayrton Senna morreu. Estava em casa, em Garanhuns, num domingo de sol, assistindo TV. Foi uma cena inacreditável para todos, já que a esperança que o esportista campeão depositava no coração dos brasileiros era bem maior do que a tristeza de não poder mais contar com a sua agilidade e velocidade nas pistas de corrida da Fórmula 1.
Se ele estivesse vivo, ainda seria muito jovem e completaria hoje 54 anos. Talvez ainda estivesse realizando as suas disputas e trazendo para o Brasil muitas vitórias, como sempre fez. A verdade é que o mito ficou e todos lembram com muito carinho da sua fisionomia e ações para o desenvolvimento de um esporte que não tem muita tradição no Brasil e envolve altos investimentos e patrocinadores.
Quando eu era criança tinha fascínio pela fórmula 1 e adorava ver aqueles pilotos com as suas roupas cheias de etiquetas e que formavam um time de patrocinadores de alto padrão. Foi tanta a admiração que minha mãe mandou fazer dois macacões para mim, um vermelho e um branco, cheios de etiquetas. 
Queria ter guardado alguma foto daquela época para ilustrar o texto de hoje, pois a roupa só me fazia bem e quando eu andava na rua com ela chamava a atenção das pessoas que sempre perguntavam a minha mãe onde ela tinha comprado. A costureira que fez caprichou nos detalhes e eu fiquei realmente a cara dos pilotos de Fórmula 1.
As marcas famosas dos pneus, bancos, lubrificantes e também da moda ficaram conhecidas tendo os seus nomes divulgados nos carros, capacetes e nas roupas dos pilotos que ficaram imortalizadas e hoje são expostas em várias partes do mundo. 
Em Maio iremos relembrar 20 anos da morte do Ayrton Senna e neste ano algumas homenagens já ocorreram como foi visto no desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro, quando a Unidos da Tijuca interpretou uma corrida maluca, tendo como personagem principal o brasileiro que fez história.
A data celebra o nascimento, mas não há comemoração. Somente boas lembranças e tristeza por ele não estar mais entre nós. 

quinta-feira, 20 de março de 2014

Tempo em Movimento

Estamos cada dia menos preparados para entender as ações do tempo, seja em que aspecto for, pois observamos, ajustamos e terminamos ficando cativos deste fenômeno que só nos faz pensar que somos incapazes de conseguir disponibilidade para tudo que iremos realizar, num dia, numa semana, num mês, num piscar de olhos.
O tempo vai passando tão rápido que nem entendemos onde ele quer chegar e se estamos integrados a este contexto louco e que nos faz pensar na nossa incapacidade de resolver tudo adequadamente e com folga para o pensamento e para a verificação da exatidão, buscando com isso explicações para novas ações, com menos atropelos e mais planejamento.
Nossa falta de tempo nem sempre é em vão e reside na inexistência de observação, de planejamento e de ações concretas e construtivas para conter o nosso maior inimigo. Prefiro tornar o tempo o meu aliado e não gosto de realizar nada sem o planejamento adequado, onde eu possa pensar nas consequências e possibilidades de adaptações e melhorias, afastando aquela sensação de que falta algo para bem longe dos meus pensamentos. 
Aproveitar os espaços livres do nosso dia para dedicar à eles um pouco do nosso estudo, onde o resultado esperado seja a execução de ações cada vez mais eficazes e menos atropeladas é algo que deve ser praticado sem limites. Há tempo para tudo e basta que tenhamos a certeza do que fazemos para escolhermos as melhores maneiras de disciplinar as nossas "horinhas de descuido" e dessa forma evoluir verdadeiramente e sem chances de retrocesso.
O tempo remete à evolução, ao crescimento e não devemos jamais permitir que ele se transforme num momento entrópico e que nos faça ficar pensando no que deixamos de realizar, quando na verdade o pensamento adequado seria a lembrança do que foi amplamente realizado e obteve o sucesso pretendido.
Aguardar que o tempo faça tudo é idiotice e aquela história de que o "tempo sepulta tudo" só serve para os mortos. Nós, vivos, precisamos evoluir com ele e só deixar que isso mude quando estivermos sem chances reais de contribuir com o nosso destino.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Apatia

Demonstrar motivação e ânimo devem ser ações bem naturais, pois se forem realizadas de forma diferente terão a conotação de um teatro mal ensaiado, onde o risco de descobrir que o time de participantes da nossa peça da vida, na verdade, não possuem talento algum para assumirem as suas atividades e responsabilidades.
Nem sempre estamos motivados e acredito que este fator não depende de nada e nem de ninguém, somente de nós mesmos. Encontrar diariamente a inspiração para novos desígnios e fazer dela o espírito eficaz que nos coloca num patamar de destaque é uma tarefa árdua, muitas vezes fácil, por outras impossível. Não podemos, porém desistir da nossa motivação, pois é ela que nos mantém vivos e nos faz perceber as saídas para tantos caminhos desencontrados e ações mal resolvidas.
Não gosto de pessoas que interpretam uma motivação que não existe e, graças à Deus, sinto isso de longe e me afasto logo. Gosto da verdade, do compromisso com o correto, da motivação verdadeira. Ninguém será feliz nas suas escolhas se não estiver com a motivação ajustada para dar andamento nas diversas atividades que a vida lhes apresentar. Podemos até interpretar uma motivação, mas um dia erraremos o texto ou a fisionomia ensaiada, mostrando para todos o nosso real valor, talvez um que não seja útil para ninguém, nem para nós mesmos.
Tudo que realizamos deve ter um sentido, uma inspiração. Não adianta passarmos pela vida com apatia, falta de foco e descrença. Agindo assim, acabamos com nós mesmos, com nossos conhecimentos e deixamos no chão todas as possibilidades de melhoria e mudança tão essenciais para os nossos destinos.
Tudo precisa de uma motivação para acontecer, mesmo quando achamos que os acontecimentos são naturais ou automáticos. Mesmo nos mais básicos acontecimentos, há a interferência da motivação e dela não podemos fugir, pois será melhor tê-la como nossa aliada do que como inimiga.
Sejamos verdadeiros na nossa motivação, encontrando, dessa forma, a real essência do nosso sucesso. Tenham certeza de que os aplausos não serão por cada apresentação, mas infinitos e com direito a bis.

terça-feira, 18 de março de 2014

Doenças Populares

Assim como a gripe e a conjuntivite, os cabelos coloridos são uma doença que ainda resistem algumas semanas após o carnaval, pois esta é a fantasia mais barata que muitas pessoas encontram para fazer um diferencial no período festivo. Os cortes, cores e desenhos feitos no couro cabeludo são bem lembrados, sendo bem fácil encontrar estas criaturas no nosso círculo de convivência e trabalho.
As mais diversas formas de aproveitar a vida podem nos deixar marcas ou quem sabe comprometer a nossa existência, onde as lembranças e sequelas são bem maiores do que um monte de tinta desbotada nos cabelos. Alguns pegam doenças, outras engravidam, mais alguns morrem. A cada ano percebemos isso nos mais variados espaços festivos e basta olhar as páginas policiais dos jornais para notarmos que nem sempre as festas são o espelho da alegria e da descontração.
O carnaval é um pequeno exemplo, mas outras formas de divertimento também carregam dentro de si vários aspectos ruins que podem ser vistos antes, durante e depois das grandes sensações que cada pessoa escolhe para viver.
Nem todos voltam deste mundo imaginário e terminam comprometendo a saúde de uma maneira tão drástica que fica complicado saber ao certo onde cada um vai ter a capacidade de resolver seus problemas e voltar a ter dias melhores e mais construtivos.
O cabelo vai perdendo a cor, mas a nossa saúde permanece, independente as interferências que recebeu. Brincar e aproveitar a vida de forma consciente e compromissada com os dias que virão é algo mais produtivo do que ficar destruindo as nossas energias e com elas não poder mais contar nos momentos de maior necessidade. Tudo deve ser realizado com muita consciência para que o esquecimento momentâneo de uma festa popular não possa comprometer toda uma vida que ainda temos para desfrutar.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Cópia Aperfeiçoada

Num mundo como o nosso, onde muitas criações já foram realizadas para mudar as nossas vidas, é cada dia mais difícil a inovação, a qual dá espaço ao aperfeiçoamento e aprimoramento de técnicas ou coisas.
A sabedoria não está muitas vezes em criar, mas em desenvolver meios que tornem as criações mais adaptadas ao momento atual do homem. Imagine se ainda estivéssemos usando ou praticando o que foi criado há tempos atrás?
Teríamos uma vida difícil, pouco produtiva e infeliz. Os computadores mudaram e as roupas também, o que ainda não mudou muito foi a forma das pessoas usarem os seus cérebros para o desenvolvimento emergente, pois nem sempre encontramos muitas formas de utilizar o que já é conhecido, possibilitando que um retoque simples possa causar um impacto diferente que nem sempre representa uma mudança, mas um ajuste de algo que poderia ter sido feito de forma melhor.
As descobertas da ciência estão cada dia mais difíceis e as mudanças que encontramos em outros ramos não geram muita novidade e por algumas vezes mostram um retrocesso, já que percebemos muitos itens sendo desenvolvidos com uma qualidade inferior do que antes era feito. Basta observar a durabilidade de algumas coisas para percebermos que as cópias nem sempre terminam sendo um aperfeiçoamento, mas um problema.
Pagamos mais caro pelo que não presta e usamos muitas vezes uma cópia mal ajustada de algo que poderia ser melhor. Nos apegamos à criatividade, mas deixamos o nosso espírito de capricho no lixo quando permitimos que o melhoramento seja colocado em segundo plano, dando espaço ao vexame e falta de princípios.
Aperfeiçoar o que é bom é uma ação realmente produtiva, mas deixar algo que não tem o menor brilho com cara de valioso é uma tarefa ainda mais sublime e que nos faz reconhecer em nós a capacidade de melhorar o que de alguma forma ainda não está chegando ao seu resultado esperado.
Imagine se mesmo ruins, ficássemos praticando os mesmos atos?
Temos que aperfeiçoar mesmo...

domingo, 16 de março de 2014

Meu Mundo

Onde é o fim do mundo?
Meu mundo só tem começo
Meus desejos não têm fim
Desejo o fim da guerra
Cantando pela paz
Cada um faz o que pode
Cantar nunca é demais
Minha voz bandeira branca
Quer cantar em qualquer cor
Qualquer língua
Qualquer hora
É tempo de falar de amor...
Meu mundo só tem começo
Meus desejos não têm fim
Trovejo com meus próprios olhos
Tropeço nos meus próprios passos
Vou pelo instinto, sinto
Não conto compassos
Não entro no jogo
Não faço aposta
Dentro de mim mora um anjo que vive
Do jeito que o diabo gosta


Composição: Ceumar

sábado, 15 de março de 2014

Eu Sou Normal

Algumas situações ocorrem nas nossas vidas e nos fazem pensar na nossa sanidade, já que terminamos agindo de forma difusa e deixando que muitos outros aspectos sejam afetados por uma ação mal calculada da nossa parte.
Agir sempre corretamente não é fácil e num momento de desespero, fica mais complicado ainda, já que perdemos os sentidos do que realmente é normal e aceitável. Todos somos ajustados até um ponto e ganhamos mais força quando vamos aprendendo a lidar com as situações ruins, mas quando nos deparamos com algo novo e destruidor, perdemos um pouco da nossa segurança e vamos agindo de forma anormal e completamente infrutífera.
Nenhuma ação é completamente normal quando passamos por um momento de grande turbulência, ainda mais quando encontramos pessoas que nos ajudam a potencializar os nossos medos e inseguranças. A vida ideal que buscamos para nós é de grande valia quando sabemos identificar os momentos de aflição e deles extrair os melhores ensinamentos para a vida. Se não conseguimos fazer isso, terminamos nos achando incapazes e loucos para resolvermos tudo corretamente e de forma de não afete o nosso humor e desempenho.
A confirmação de que somos normais diante disso tudo é perceber que assim como nós, outras pessoas passam pelos mesmos problemas e angústias e tomam ações ainda mais desencontradas para resolução das suas agonias. Fazendo uma comparação de ações, notaremos o resultado e veremos que ganha um pouco de crédito quem teve a melhor forma de lidar com a loucura do cotidiano e dela obteve os melhores resultados num curto ou longo prazo, chorando ou sorrindo das desgraças e desgraçados que estiveram ao nosso lado.

sexta-feira, 14 de março de 2014

O Lixo Difícil

Nesta semana uma senhora caiu no Rio Tejipió, na região metropolitana do Recife, e seu corpo só foi encontrado 04 dias depois, após muitas buscas sem sucesso devido ao acúmulo de lixo que dificultava o trabalho dos bombeiros. Quem vê a fotografia da reportagem se assusta e termina não acreditando como as pessoas podem morar em lugares tão sujos e contribuírem com isso, pois se toda aquela montanha de resíduos está ali é porque alguém jogou. O problema do lixo, seja em que lugar for, depende da nossa compreensão e educação para jogarmos adequadamente o que não serve no seu devido lugar, afastando problemas diversos como a proliferação de doenças e entupimento de galerias de saneamento.
Muitos devem achar que o problema é do governo, mas é de todos nós. Temos que nos acostumar a ter mais cuidado com a nossa cidade, evitando qualquer tipo de problema que venha causar maiores danos à sociedade. Vejo muita gente jogando lixo na rua e basta olhar ao seu redor para perceber que a doença generalizada do descaso é bem maior do que possamos imaginar. 
Hoje as escolas ensinam determinadas formas de civilidade, mas muito pouco se pratica realmente. Crianças e adultos estão sempre juntos quando o assunto é sujeira e terminam dando um mal exemplo de como deixar a cidade cada dia mais suja e inadequada para a vida. Passar todos os dias pela nossa rua e encontrá-la limpinha, não porque a coleta foi feita, mas porque ninguém sujou é bem melhor do que sujar e ficar esperando providências, que nem sempre são rápidas e podem dificultar a remoção da sujeira que estava aqui e agora está ali. 
O lixo se locomove como uma doença que vai tomando conta de tudo e acaba com a vida que todas as cidades possuem. Não vejo ninguém que seja normal acumular lixo dentro da sua casa, pois sabem o resultado que irão obter. Era bom que todos fizessem esse teste para sentir na pele como é estar num ambiente sujo e descuidado. Em casa organizamos, na rua destruímos e sujamos. Num ambiente nosso, o incômodo da sujeira é maior, mas num local público e aberto não sentimos isso, haja vista que os nossos olhos não irão permanecer ali para observar todas as interferências que o nosso saquinho de plástico mal descartado causou ao meio ambiente.
Era vergonhoso ver o corpo da mulher em meio a tanto lixo, mas o pior era perceber a falta de atitude das pessoas que residem nas redondezas por terem deixado que o quintal das suas casas se transformasse num lixão sem limites e que contaminava toda a água de um rio que não existe mais, pois com os terríveis desgastes que sofreu, pode agora ser chamado de esgoto. Acho que a mulher não morreu afogada, mas sim envenenada.
Difícil conter o lixo e mais ainda a falta de educação das pessoas...

quinta-feira, 13 de março de 2014

Trava Língua

Em alguns momentos da nossa vida assumimos um perfil mais contido e ficamos sem saber expressar o que sentimos com palavras, seja por timidez ou para nos proteger de novos atropelos e agonias que só nos fazem decair alguns degraus na escala da felicidade.
Os momentos de tensão podem refletir reações diferentes para cada pessoa, quando uns explodem de emoção e outros se travam e terminam acumulando sentimentos ruins, bem mais do que deveriam.
Como num jogo de palavras que usamos para nos aperfeiçoar na pronúncia, assumimos um papel diferenciado em cada situação das nossas vidas, onde o aperfeiçoamento vem com o tempo e a vontade de falar também.
É como se após vários momentos de tensão, o nosso corpo escolhesse um instante só seu, onde o que vale mais é a contemplação interior do que as interferências do mundo e das pessoas que nos deixam em situação de grande provação, nos fazendo pensar em escolhas e hipóteses de uma vida sem tantas adversidades.
Talvez fosse melhor soltar a língua e aliviar de vez a nossa tensão, mas não cabe a nós decidirmos sozinhos sobre esta escolha tão significativa, já que nem sempre as respostas estão nas nossas mãos e podem ser acessadas facilmente. Muitas situações ficam obscuras e somente visíveis em momentos de raro aprendizado, onde tudo fica claro e favorece as nossas decisões.
Temos que descobrir se as interferências que nos bloqueiam realmente valem a pena de serem vividas, pois ao nosso lado poderemos encontrar outras opções bem mais agradáveis e que não estarão bloqueando a nossa felicidade a cada momento.
Tudo que nos faz ficar tristes e receosos deve ser afastado, pois nada mais importante do que a nossa felicidade. Não estamos no mundo somente para termos satisfações, mas as loucuras desnecessárias minam a nossa disposição e agridem o pouco de vida que está dentro de nós.
Vamos destravar a língua e chamar pela felicidade, sempre!

quarta-feira, 12 de março de 2014

Recife, 477 Anos

Quando eu aqui cheguei, há 15 anos, vi o renascer de uma cidade e de uma cultura, pois hoje o Recife conta com inúmeras demonstrações de crescimento e mostra para o mundo o seu potencial industrial, turístico e comercial. A cidade, como muitos dizem, é um "ovo" e realmente é. O município do Recife cresce para o alto, com seus grandes edifícios residenciais e empresariais, tendo sua extensão territorial imprensada por outras cidades como Olinda e Jaboatão, suas irmãs mais próximas. Quando andamos em alguns locais nem sabemos em que município estamos e se na verdade saímos da capital para o interior. Tudo está tão juntinho que confunde as nossas mentes e vistas.
Crescemos em opções de lazer, em espaços culturais, na industrialização, na diversificação do comércio, mas ainda padecemos das intervenções viárias que ainda não suportam tanto trânsito e carros circulando diariamente.
Sofremos com o calor, com a poluição dos rios que cortam a cidade, com as construções irregulares de alguns bairros, com os canais cada dia mais poluídos, com a sujeira nas ruas, enfim, com os problemas de uma grande cidade que também tem seus dias de glória e beleza.
Precisamos amar mais a nossa cidade e respeitar as suas limitações naturais, evitando que a cada chuva ela afunde e se transforme num grande rio de preocupações. Novas mudanças estão surgindo por aí e em pouco tempo teremos mais leveza no trânsito caótico da zona sul, pois a Via Mangue promete ser um divisor de águas num aspecto que até então era visto como sem solução. Se o Recife nasceu sobre ilhas e cercado por rios e mar, nada mais justo do que criar acessos que estejam integrados a estes recursos naturais.
Precisamos aumentar as possibilidades do nosso metrô e fazer com que ele atenda mais pessoas e ajude os ônibus a darem um menor tempo de viagem aos trabalhadores e estudantes que diariamente sofrem nos deslocamentos que realizam.
Recife está adulta, mas pouco adaptada ao seu crescimento gigantesco dos últimos dez anos. É uma data especial e merece comemoração, mas já está na hora de pensarmos grande, levando em consideração o tempo que a cidade tem, sua grande população e as interferências que recebe constantemente e que afetam todos nós, moradores desta grande metrópole.
Feliz Aniversário, Recife!!!

Segue o Caminho do Boi da Macuca

O São João do Boi da Macuca, na cidade de Correntes, Pernambuco, acontece anualmente e reúne grande quantidade de pessoas que buscam nos fes...