terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Participação

A participação é essencial para que muitas coisas aconteçam e possam dar um resultado favorável, onde algumas delas podem ser totalmente desinteressadas ou totalmente interesseiras, dependendo do caso e da necessidade que acontecem nos momentos mais improváveis da nossa vida.
Nem tudo que realizamos pode ser feito sozinho e dependemos muitas vezes da ajuda solidária ou não de algumas pessoas. Foi observando os vendedores de rua que percebi o quanto eles participam da vida das pessoas, pois terminam sendo de tudo, desde um consultor de beleza, quando elogiam a aparência da pessoa, até um fotógrafo particular para agradar o cliente naquela foto que ele quer tirar mas não consegue sozinho.
Há também os que nos acham com cara de psicólogos e vem contar aquelas histórias enganosas para nos sensibilizar e nos fazer comprar os seus produtos, que nem sempre possuem alguma utilidade. Há também aqueles que liquidam as mercadorias no final do expediente e a água que antes era bem cara agora é vendida a preço de atacado. Há também as lembrancinhas da terra que numa pequena conversa geram um desconto de até 80%, só para nos provar o quanto eles tentam nos roubar e nós muitas vezes aceitamos.
Não devemos participar deste tipo de safadeza e quando sentirmos que as mentiras estão desvairadas demais, a melhor solução é deixar de lado o produto e procurar outra coisa para comprar. A participação que deve acontecer é a de lucros, pois não podemos viajar, gastar e ainda sermos roubados com a desculpa que somos turistas e que estamos na alta estação.
Alta estação que pode ser baixa, dependendo da adesão das pessoas, que precisam cada vez mais ficar atentas aos detalhes e não se deixar enganar por momentos que podem ter um final bem diferenciado se a nossa atitude de não sucumbir ao errado estiver bem presente nas nossas mentes.
Convencer o cliente com um elogio, uma conversinha doce ou quem sabe com uma foto bem registrada é fácil. O difícil é cobrar um preço justo e nos dar uma convicção de que estamos realmente pagando o preço correto por algo que nos interessou. Participar da banalidade que se tornou o comércio informal é algo que precisamos abolir das nossas ações, pois enquanto alimentarmos a variação cambial dos produtos superfaturados, ficaremos com a péssima impressão de que somos colocados no mundo e nas viagens para sermos enganados por indivíduos que nem conhecem ao certo o significado da palavra honestidade e fazem de tudo para tirar proveito das pessoas que, encantadas com os locais novos e maravilhosos, terminam achando que o real é uma nota de dólar e pagando bem mais caro por algo que não vale um centavo furado.
Vamos participar da moralização deste comércio nocivo e que engana os outros, evitando que sejamos enganados todas as vezes que ousamos perguntar o preço de alguma coisa. Ninguém merece isso e basta uma mudança no nosso comportamento para que os preços venham a ser cobrados de forma correta, pois se não houver venda, tenho certeza de que os preços certinhos vão aparecer bem mais rápido do que imaginamos e os lucros realmente serão mais justos para o nosso bolso e também para a nossa felicidade.

Texto inspirado nos inúmeros vendedores ambulantes do Pelourinho, que com sua lábia e insistência conseguem tirar os visitantes do sério. 

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