terça-feira, 30 de abril de 2013

Noite Agitada, Manhã Calma‏

A noite no Pelourinho, em Salvador, é bem agitada e os eventos que acontecem atendem a todos os gostos. Num mesmo espaço podemos encontrar apresentações de teatro e bandas de forró ou axé tocando para as pessoas se divertirem durante a noite que oferece de tudo um pouco e as luzes que iluminam as igrejas anunciam que o lugar não é tão esquisito como falam.
Na verdade, existem lugares e lugares no Pelourinho e saber andar por todos eles é a melhor forma de não ter nenhuma surpresa, pois algumas ruas ainda guardam dentro de si a marginalidade de outrora a são mais desertas do que as mais tradicionais, que abrigam as lojas, joalherias, bancos, restaurantes e hotéis.
Saindo do Elevador Lacerda, o ponto mais crítico até o Terreiro de Jesus é a Praça da Sé, que aglomera um número significativo de pedintes, drogados e prostitutas, seja em que hora do dia for. O ideal é passar por lá quando os estabelecimentos ainda estão abertos e não oferecem tantos perigos aos visitantes mais desatentos.
No Terreiro de Jesus, a miscelânea é bem maior, pois ali estão grande parte dos restaurantes, hotéis e lojas de artesanato, fazendo com que nos sintamos mais seguros em transitar. Mesmo assim ainda existem muita prostitutas e pedintes e essa é uma característica que o Pelourinho carrega dentro de si e não há como mudar algo tão firme na raiz cultural do local.
Descendo para o Largo do Pelourinho, há de tudo, mas ir até a Baixa dos Sapateiros à noite é algo que deve ser feito somente para os corajosos, pois a quantidade de drogados e delinquentes de rua é bem grande e fica complicado não se assustar com aquilo tudo.
Na verdade, susto é o que você toma a todo momento, pois a cada segundo surgem figuras estranhas, com cara de alienados e quase sem roupa.
Recomendo uma parada na Lanchonete A Cubana, que possui iguarias tradicionais e os deliciosos bolos de milho e de macaxeira, que acompanhados de um café bem gostoso tornam a noite um diferencial. Não vou nem falar do sorvete de lá, pois seria uma tortura para os que não provaram. Uma delícia, em vários sabores.
Quem não deseja aproveitar a noite, é bom se recolher cedo, por volta das 21:00h, principalmente se estiver hospedado em um local pouco habitado, pois as pequenas ruas enganam os que não estiverem atentos a escuridão da noite, que é pouco iluminada nos locais mais distantes das badalações.
O amanhecer no Pelourinho é difícil, pois tudo começa muito tarde para os padrões de uma pessoa matutina como eu. Fica complicado acordar logo cedo e dar um passeio pelo centro histórico ainda sem a poluição dos sons e excesso de pessoas porque simplesmente não há movimento nas ruas e permanecer nelas sozinho é algo perigoso.
Por volta das 09:00h, o bairro começa acordar e algumas lojas só abrem à tarde, fazendo com que alguns espaços fiquem ainda desertos e sem vida. As igrejas começam suas atividades mais tarde do que de costume e as primeiras missas são realizadas após às 09:00h.
Efeitos de um bairro antigo, boêmio, cheio dos "bregas" bem tradicionais e de muitas figurinhas engraçadas que só indo lá para comprovar.
Mesmo assim, o Pelourinho é encantador e exala cultura e riqueza de detalhes.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Hotel, Hostel, Albergue...‏

Quem anda com vontade de passear e gastar pouco por onde anda, não pode deixar de conhecer os diferentes albergues que existem no Brasil, pois nas principais capitais e, principalmente, naquelas onde a história fala mais alto, é comum a presença dos famosos albergues, onde o preço é baixo e as comodidades são variadas, de acordo com o tipo de acomodação escolhida.
A sensação é de estar na casa de um parente, pois o compartilhamento dos quartos, banheiros e espaços comuns é fator primordial para este tipo de hospedagem.
Eu nunca tinha ido, mas resolvi experimentar para ver como era e posso dizer que gostei muito, embora em alguns momentos sintamos falta da privacidade que os hotéis mais tradicionais nos proporcionam. Não é o tipo de hospedagem para quem deseja mimos e comodidades. É aconselhável para quem quer aproveitar a cidade, passear muito e ir para o hotel somente para tomar um banho e dormir.
As vantagens dos albergues são várias, mas a maior delas é que a maioria deles está situado nos pontos históricos das cidades ou em áreas de grande circulação, que os tornam grandes diferenciais na hora da escolha.
Praticamente todos oferecem internet grátis, área de lazer, serviços de translado e cozinha para uso dos hóspedes que desejarem fazer sua própria comida ou guardar algo que trouxeram de casa.
Fiquei num albergue no Pelourinho e gostei muito do tempo que passei lá, seja pela hospitalidade das pessoas que lá trabalham ou pela localização, bem próxima aos pontos turísticos mais importantes, lojas, restaurantes, bancos, paradas de ônibus e centros comerciais.
Fui com o espírito de mochileiro e me deparei com pessoas de todos os lugares e pude perceber que a maioria dos turistas busca economizar na hospedagem e deixar uma reserva para conhecer os pontos turísticos ou realizar uma algumas comprinhas por onde passam. A maioria dos hóspedes são estrangeiros, onde esta prática é bem comum, e num só quarto podemos ter várias línguas sendo faladas, onde cada um monta o seu espaço e descobre a cidade do jeito que entender, com seus inúmeros mapas e anotações de viagem. Aqui no Brasil não há muito esta valorização pelos turistas nacionais e eles ainda preferem as acomodações mais tradicionais e caras.
Vale a pena conhecer estes locais, mas vá preparado para momentos de desapego, onde nem sempre os horários são seus e o cadeado para o seu armário se torna um item mais importante do que a toalha de banho, que aliás, nem sempre é fornecida e você tem que levar de casa.
A economia compensa tudo isso, pois as hospedagens são, em média, 80% mais baratas e podemos utilizar o que sobra com outras coisas mais importantes e que enchem os nossos olhos inquietos por descobertas.

domingo, 28 de abril de 2013

Museu da Misericórdia

Há algum tempo tentava conhecer o Museu da Misericórdia, em Salvador, mas nunca conseguia casar os horários, até que enfim tive esta oportunidade e falo com muita sinceridade que valeu todo o tempo que esperei, pois o local é muito bonito e preservado, além de ser uma aula de história brilhante e cheia de significados.
Inicialmente quando a Santa Casa de Misericórdia foi criada, atendia no espaço que hoje é o museu, mas o tempo fez com que ela evoluísse e o local se tornou pequeno para tanta bondade praticada ao longo dos tempos.
Lá podemos perceber como eram ricas as instalações da época, mesmo sendo usadas para fins de tratamento de saúde e de pessoas sem condições financeiras, já que os detalhes nas paredes, tetos, escadarias e obras de arte são um capítulo à parte e nos remetem ao passado que coincide quase com o descobrimento do Brasil e colonização da cidade de Salvador.
Os espaços mostram as antigas enfermarias, a farmácia de manipulação, o salão nobre, os reservatórios de água, os mármores e tudo que tornou o espaço um belo capítulo da nossa história. As pessoas que ajudaram a criar tal espaço, estão retratadas em telas grandes e que refletem o legado que deixaram ao longo de tantos anos de dedicação ao próximo.
A casa tem como princípios, 14 atos que representam a misericórdia:
Dar de comer a quem tem fome
Dar de beber a quem tem sede
Vestir os nus
Dar pousada aos peregrinos
Visitar os enfermos e encarcerados
Remir os cativos
Enterrar os mortos
Dar bons conselhos 
Ensinar os ignorantes
Corrigir os que erram
Consolar os aflitos
Perdoar as injúrias
Sofrer com paciência as fraquezas do próximo
Rogar a Deus pelos vivos e defuntos
Como seria bom se todos nós praticássemos esses atos e que a misericórdia realmente pudesse estar entre os homens, fazendo com que a vida de todos nós fosse melhorada e sem limites.
Minha frustração foi não poder fotografar nada do interior do museu, pois nem tocar era permitido, pois cada obra lá exposta tinha sido restaurada e poderia ser danificada se as pessoas mais desatentas não tomassem o devido cuidado.
A visita é monitorada e recebemos orientações importantes sobre tudo, tornando o momento ainda mais interessante e inesquecível. Recomendo o passeio a todos que forem no Pelourinho, na cidade de Salvador.
História sem limites e rebuscada de detalhes.

sábado, 27 de abril de 2013

I Wanna to Go Back To Bahia‏

Visitar Salvador para mim é como voltar no tempo do descobrimento e perceber todas as influências que o Brasil sofreu e que se transformaram numa mistura interessante de cores e belezas que só a capital bahiana nos oferece. Há quem não goste da cidade, mas eu me identifico muito com tudo que encontro por lá e cada pedaço da cidade é por mim apreciado de uma forma detalhada, já que a riqueza cultural e arquitetônica é uma das mais belas que encontramos no Brasil, embora a conservação de algumas edificações esteja precisando de maiores cuidados.
Andei um bocado hoje e sai da Praia do Porto da Barra até o Pelourinho, visitando as ruas e monumentos que encontrava. Dei uma passadinha pelo Teatro Castro Alves e desfrutei um pouco da bela praça que fica bem em frente, chamada Praça 02 de Julho.
Andei pelo Bairro de Campo Grande e cheguei até a famosa Praça Castro Alves e em seguida no Elevador Lacerda e Praça da Sé. Pausa para um descanso e almoço, peguei o beco para a Igreja do Bonfim e de lá para um local que ainda não conhecia e que oferece uma visão bonita da cidade baixa, que é o Forte de Monte Serrat, no Pontal do Humaitá.
Um local com culinária simples, porém gostosa. Sorvetes típicos e pertinho da popular praia de Boa Viagem, que tem uma igreja dedicada à Nossa Senhora da Boa Viagem.
Tarde tranquila, com um entardecer bonito e com o mar cheio de embarcações para deixar o local ainda mais encantador e cheio de características interessantes.
Cumprido o roteiro do dia, segui para o Pelourinho para descansar um pouco, já que a pousada que escolhi fica cercada por igrejas históricas e ter como vizinhos tantas belezas é um privilégio que deve ser aproveitado.
A noite no Pelourinho é misturada, podendo ser tranquila, agitada, perigosa e mística, pois em muitos locais encontramos manifestações culturais e restaurantes diversos para que sejam apreciadas as comidas típicas da Bahia e do mundo.
Não aconselho circular por alguns locais, especialmente além do Largo do Pelourinho, pois as ruas são mais escuras e oferecem pouca segurança para as pessoas que por ali circulam.
Com cuidado, não há problema algum e Salvador é só alegria. Vale a pena conhecer cada pedacinho desta cidade que fica no coração do Brasil.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Disciplina Forçada

Quando peguei o metrô e o trem no Rio de Janeiro, notei que alguns vagões possuíam uma restrição para o uso dos homens em determinados horários e acredito que isto é decorrente dos abusos que muitas mulheres sofrem quando estão em transportes lotados e terminam sendo assediadas por muitos tarados de plantão.
Essa disciplina forçada é para conter um pouco os avanços das pessoas que terminam perdendo um pouco dos seus limites e criando situações indelicadas com o próximo, especialmente com as mulheres que se mostram mais vulneráveis a este tipo de ação.
A sociedade muitas vezes não se disciplina ou não convive bem e termina criando restrições que só dificultam a vida social e fazem com que muitas pessoas sofram as consequências de viver numa sociedade cheia de regras que seriam desnecessárias se todos tivessem a consciência dos seus direitos e deveres.
Ocupar espaços que não são seus, falar alto em locais que precisam de silêncio, jogar lixo na rua, desrespeitar os locais para idosos e gestantes, são apenas alguns exemplos das inúmeras situações que encontramos por aí e que fazem parte da vida de todos nós e que nos fazem mais ou menos cidadãos do que deveríamos ser, pois quando deixamos de fazer a nossa parte, criamos uma barreira entre os seres humanos e estes terminam entrando em atrito e buscando os seus direitos através das leis impositivas e que nem sempre surtem o efeito necessário e imediato, pois precisam de fiscalização de muitos órgãos que não estão nem aí para as garantias dos direitos individuais de cada pessoa.
Se para ter uma viagem tranquila e sem abusos, muitas mulheres precisam de um vagão exclusivo no trem, imaginem se elas estiverem numa multidão ou nos aglomerados que a vida cotidiana nos apresenta?
Fica complicado garantir tantos direitos assim se a consciência das pessoas não está ativa e comprometida com o melhor resultado. Eu prefiro acreditar na boa convivência dos trens mistos e do respeito ao próximo nos lugares comuns.

Os seres humanos são mais felizes em harmonia e não com divisões.
Onde está a nossa evolução? Isso para mim é retroceder.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

MAR

O Museu de Arte do Rio, MAR, é um primor de beleza e contemplação, mesmo com alguns reparos ainda sendo realizados na sua estrutura, que comporta um prédio antigo e um moderno, numa bela junção com uma cobertura que imita as ondas do mar.
Lá estão abrigados acervos permanentes e itinerantes e a localização não poderia ser melhor, em frente à Praça Mauá, coração do centro do Rio de Janeiro, que sofrerá intervenções com o Projeto Porto Maravilha, que tem o intuito de revitalizar a área portuária da cidade, afastando um pouco o problema do trânsito e também as intervenções viárias que deixaram muitos monumentos históricos obscurecidos ou encobertos pelos gigantes de concreto por onde passam carros de diversos tipos e tamanhos.
Ainda é ruim de registrar uma boa foto do local, pois as obras impossibilitam uma perspectiva agradável do local que ficou imponente numa área ainda em desenvolvimento e cercada por bares simples e bem tradicionais da cidade, onde o café pingado e o joelhinho de queijo são servidos bem quentinhos para um café da manhã rápido e apressado das pessoas que por ali circulam.
Passei por lá muito cedo e ele ainda não estava aberto ao público, o que impossibilitou uma vistoria mais detalhada e inquieta de tudo que ele pode oferecer ao público, mas mesmo assim já deu para perceber que ele veio para ser destaque na área, sendo o marco inicial das grandes obras que a zona portuária irá receber nos próximos anos.
O trânsito no local ainda é caótico e as grandes máquinas e tapumes ainda obscurecem a navegação no MAR da cultura que chega ao Rio de Janeiro e faz com que os visitantes fiquem encantados com as inteligentes e restauradoras intervenções arquitetônicas que estão ocorrendo e que já fazem parte da realidade dos cariocas.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Complexo Acessível

Fui ver ao vivo o que a novela das oito mostra quase todos os dias e dessa forma contemplar um pouco de uma obra realizada no Complexo do Alemão, que criou um Teleférico muito eficiente e que favorece muito o transporte de pessoas que ficavam sem muita mobilidade para subir e descer ladeiras, já que os locais são, na sua maioria, de difícil acesso e se muitos carros não conseguem chegar, imaginem os ônibus.
Achei que seria um calvário chegar até lá, mas foi bem mais fácil e confortável do que imaginava, pois basta pegar o trem na Central do Brasil em direção a Bonsucesso e de lá já embarcar no teleférico, que ainda custa R$ 1,00 por viagem. A partir do final deste mês, o valor subirá para R$ 5,00, inflacionando o sistema e pegando a onda do turismo que se implantou na região, pois se o intuito era criar um meio de transporte para a população, agora a sensação é de que um novo Pão de Açúcar foi criado, mostrando uma visão diferenciada da cidade, mas extremamente deslumbrante pelo seu tamanho e complexidade. Não deve ser nada fácil morar naqueles morros e as dificuldades de locomoção, saúde e transporte devem ser tremendas, já que nem todos possuem disposição para subir e descer ladeiras na hora que bem entenderem.
Quando passamos pelas estações, podemos escutar a mistura de sons e o enorme formigueiro de pessoas que ali residem e fazem das suas vidas algo diferenciado e cheio de altos e baixos, literalmente.
Algumas casas possuem piscina no teto e as famosas lajes são bem utilizadas para um churrasco ou uma reunião de amigos, embalada ao som de muito funk, que é o ritmo mais tocado em todos os cantos do complexo, num volume ensurdecedor e misturado, já que cada um quer escutar a sua música, na sua casa, no seu volume e essa mistura termina sendo caótica. 
As UPP's são bem equipadas e monitoradas e notamos que os policiais e a população convivem em harmonia e fazem de tudo para que o local afaste de vez os antigos fantasmas do passado, quando o morro era tomado pelo tráfico e a bandidagem corria solta, impossibilitando que as pessoas pudessem conviver em sociedade e tendo o medo como aliado mais comum.
Que o Complexo do Alemão seja cada vez mais acessível como agora e que os dias contemplativos sejam cada vez melhores.

terça-feira, 23 de abril de 2013

SAARA

A Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega, ou SAARA, é um centro comercial disputadíssimo no centro do Rio de Janeiro, onde o que impera são os importados e preços baixos, já que a informalidade é bem presente e faz com que muitas pessoas busquem efetuar suas compras gastando pouco.
Achei o local por acaso e terminei ficando e conhecendo algumas lojas e verificando que a qualidade nem sempre é o ponto forte, mas os preços sim. É possível gastar muito pouco e trazer muitas coisas, nem que estas se desgastem rapidamente ou sejam usadas em ocasiões mais informais do cotidiano de cada um de nós.
É o caso das roupas, sapatos e utensílios domésticos que possuem grande variedade e podem ser comprados em lojas e camelôs. Achei interessante, mas tumultuado demais para quem deseja um local para escolher e buscar com calma os produtos que necessita. Lá é possível comprar de tudo, mas temos que ter pensamento rápido e decidir logo sobre o que queremos adquirir, pois a demora pode significar a compra antecipada por outra pessoa ou até a cara feia da maioria dos vendedores, que não se preocupam muito em convencer os clientes, pois sabem eles que ali a procura supera a oferta.
É um espaço bem parecido com algumas ruas do centro do Recife, seja em tamanho ou em agonias e os prédios antigos são o destaque que encontramos em muitas  lojas, que sofrem com a manutenção e formas de prevenir acidentes, como alguns incêndios que já aconteceram no local e até afastaram alguns clientes por falta de segurança e mobilidade.
Lembro da SAARA quando há muito tempo uma escola de samba que agora não me recordo o nome, falou das suas variedades na Marquês de Sapucaí. Era um adolescente, vi o desfile e fiquei com esta história na mente e desde então com o desejo de conhecer o local que atrai muitos visitantes diariamente e faz com que as compras sejam feitas de forma crescente e com muita popularidade.
Ao contrário do deserto do Saara, que tem poucos atrativos, a SAARA do Rio de Janeiro é um oásis de informações e que agrada a todos os públicos, especialmente aqueles que buscam diversidade e preços baixos.
Nosso bolso agradece, mas a paciência deve ser elevada...

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Um Rio de Diferenças

O Rio de Janeiro é uma cidade de contrastes, obras e belezas sem fim. Andando um pouco pelo centro da cidade, percebemos as evoluções da metrópole e também as intervenções viárias que tornaram a área portuária feia e cheia de edifícios encobertos por viadutos gigantescos e cheios de pichações. Até as obras do profeta gentileza, que ficam na Avenida Brasil, estão esquecidas e tomadas pela sujeira, fazendo com que não sejam destacadas e apreciadas como mereciam, já que o acesso é meio complicado e perigoso.
Alguns novos viadutos estão sendo construídos e pelo que parece, terão a função de melhorar a paisagem e torná-la mais moderna e atrativa para os visitantes que lotam a cidade a cada ano. Com a aproximação da Copa do Mundo e das Olimpíadas, as promessas de melhoria são muitas e fazem com que as esperanças sejam ainda maiores.
Na Praça Mauá, o MAR, Museu de Arte do Rio, é um deleite aos olhos, mesmo envolto a uma paisagem ainda em evolução e cheia de máquinas pesadas que destroem num local e edificam em outro. Saí caminhando até a Cinelândia e encontrei muitas coisas interessantes para serem visitadas, desde igrejas históricas, até uma feira de antiguidades muito diversificada na Praça XV. As ruas do centro padecem da sujeira e da falta de civilidade das pessoas que não respeitam os avisos de limpeza e terminam jogando todo tipo de lixo nas ruas, deixando a cidade com um aspecto ruim e desgastado.
Do centro, segui de metrô para a zona sul e gostei muito da viagem que foi rápida e me levou para Copacabana, de onde caminhei até o Arpoador e Ipanema, lugares bem diferentes do centro e visitados por muitos turistas. Ainda percebi muita sujeira nas praias e isso é fator que precisa de consciência das pessoas, pois depósitos de lixo existem e falta apenas a educação para que tudo seja mais limpo e realmente atrativo aos olhos.
Gostei muito de participar do entardecer na Pedra do Arpoador e mesmo com muitas nuvens, o local ficou enfeitado pelo astro rei, quando este se recolhe e dá espaço a todas as luzes que iluminam a cidade e os morros que ali existem.
É impressionante o contraste entre o sofisticado e o popular, pois num mesmo espaço podemos encontrar um hotel de luxo, cercado por uma favela, como acontece no Morro do Vidigal e Rocinha, as quais possuem visão privilegiada das orlas de Copacabana e Ipanema.
Não é difícil encontrarmos paisagens conhecidas, seja das novelas, filmes ou minisséries e a sensação que temos é que a cidade é nossa conhecida de longas datas, mesmo quando a encontramos pela primeira vez.
São os encantos da cidade maravilhosa, que mesmo assim não perde a sua majestade.

domingo, 21 de abril de 2013

Imortalizando Personalidades


Uma moda que hoje existe nas cidades, são as homenagens que estão sendo feitas às personalidades, nos seus locais preferidos, e como forma de imortalizá-los são construídas estátuas que os retratam em seus momentos de lazer e puro deleite.
Aqui no Recife temos várias estátuas espalhadas por alguns bairros da cidade e podemos citar algumas personalidades, como: Clarice Lispector, Luiz Gonzaga, Capiba, Chico Science, dentre outros...
No Rio de Janeiro, a mais famosa de todas é a que homenageia Carlos Drummond de Andrade e não há uma pessoa que passe na frente que não deseje tirar uma foto no monumento, que já foi danificado várias vezes, quando algumas pessoas mal educadas roubaram os óculos de bronze que ficam no rosto do escritor.
Andando mais um pouco, encontramos a estátua de Dorival Caymmi também na Praia de Copacabana, a qual é querida pelos que passam no calçadão e procuram de todas as maneiras registrar uma foto com a personalidade que cantou o Rio de Janeiro em seus versos e músicas inesquecíveis.
Difícil é conseguir um bom ângulo para fotografar, pois sempre tem alguém no local e muitas vezes fica complicado não ter muitos coadjuvantes que formam filas para registrar o seu momento ao lado dos ídolos. As caras e bocas são um detalhe à parte...
Pessoas importantes merecem ser homenageadas e imortalizadas, ainda mais nos locais que fizeram parte das suas vidas e de certa forma contribuíram para a construção da sua identidade como pessoas influentes, seja em que aspecto for.
Realmente é complicado falar de determinadas cidades sem lembrar as suas personalidades, pois as contribuições que deram em vida para os locais foi de tamanha importância que a homenagem em forma de bronze ou concreto é um presente que demonstra o carinho das pessoas por tais personalidades que jamais serão esquecidas por todos nós. 

sábado, 20 de abril de 2013

A Prova dos Onze


A prova dos nove é a certeza, a conferência, mas a prova dos onze é a felicidade plena, onde podemos contar com dois ou mais pontos para poder utilizar num momento de tristeza ou quem sabe de grande turbulência nas nossas vidas.
Se não contarmos com isso, seremos cada vez mais vulneráveis a tudo e não poderemos sequer dispor de forças para seguir firme na nossa caminhada diária, que nos deixa calejados, mas precisa ser realizada para conseguirmos chegar aos nossos ideais.
Gosto de gente feliz, do bom humor e da positividade. Detesto pessoas pessimistas e descrentes dos dias melhores que podemos obter se sempre tivermos a competência e comprometimento com as nossas metas bem formadas e fundamentadas em atitudes que mostrem evolução e não retrocesso.
Vestir sempre a mesma camisa não é bom para ninguém e mudar de vez em quando é necessário para que possamos nos enxergar de maneira  melhor e mais moderna, observando o que pode ser melhorado e mudado de vez para que o sucesso seja o nosso aliado e nos ajude a fazer qualquer conta onde o resultado será sempre positivo e qualquer prova dos onze mostrará a certeza de um trabalho benfeito e positivamente eficaz.
Vamos somar mais, dividir corretamente, multiplicar a alegria e diminuir o pessimismo, pois assim tudo ficará mais claro e eficiente nas nossas vidas e fará com que tudo tenha mais resultado e certeza de alegria sem fim.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

A Cruz como Referência

Encontramos, em muitos locais, como registro de uma morte, uma cruz e na Igreja da Candelária, no Centro do Rio de Janeiro, não poderia ser diferente, já que muitos lembram da famosa Chacina da Candelária, ocorrida há quase 20 anos, em julho de 1993, que teve como saldo negativo a morte de 08 meninos de rua.
Confesso que sempre tive curiosidade de conhecer a igreja, pois ouvia falar que ainda hoje o local era habitado por menores infratores, o tornando perigoso para uma visitação. Não encontrei isso. Vi uma bela igreja e muitos visitantes no local, seja sozinhos ou em grupos, mas sempre com o intuito de relembrar o momento ruim que marcou história e fez com que o nome da igreja ficasse associado à violência.
Vi um guia dando aula a um grupo de estudantes sobre a chacina, ao invés de falar sobre a história da igreja e das suas peculiaridades históricas. Talvez ele tenha entendido que esse assunto fosse mais importante...
Há, na frente da igreja, uma cruz com o nome das respectivas pessoas mortas e a praça que fica em frente demonstra uma vitalidade muito grande, talvez com o intuito de afastar a tristeza que imperou no local por muitos anos. A área é bem povoada e fica perto da zona portuária da cidade, onde galpões antigos se misturam a prédios modernos e de meia idade, já que o centro do Rio de Janeiro possui muitas edificações com mais de 40, 50 anos, espremidos em ruas pequenas, formando corredores estreitos de espigões por onde o vento circula numa velocidade ainda maior.
Tirei a má impressão do local e percebi que tudo se transforma em conhecimento e história, já que a cruz hoje representa um passado distante e pouco conhecido da maioria dos brasileiros mais jovens.
Na época eu tinha 20 anos, mas lembro bem da imensa carga de informações que circulou nos jornais e revistas, já que naquela época a internet ainda era uma promessa. Se fosse hoje, certamente o alvoroço seria ainda maior, pois na época da informação é bem mais fácil divulgar e fotografar para os quatro cantos do mundo.
Muitos nem percebem a cruz, mas ela está lá...

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Antiguidades e Bons Preços

A Feira de Antiguidades da Praça XV, no centro do Rio de Janeiro, é muito mais do que um resgate de itens antigos para que sejam usados na decoração, é também uma maneira de encontrar uma peça que pode ser útil em alguns consertos ou quem sabe garantir uma boa leitura quando temos a oportunidade de encontrar um livro nos vários sebos que encontramos por lá.
Encontrei um ferro de passar antigo e comprei para enfeitar a minha sala, pois gosto de ter alguns itens antigos como objeto de decoração. O ruim era o peso do danado, mas isso é um detalhe.
O que mais me chamou a atenção foram os bons preços, pois mesmo para os itens mais sofisticados, as oportunidades eram diversas e era fácil conseguir verdadeiros achados por singelos reais.
A feira fica em baixo do viaduto e parece ser um pouco marginal, já que a informalidade é tamanha que nos passa um aspecto descuidado demais para os padrões mais usuais que encontramos para os mesmos itens. Vi lustres de cristal expostos no chão e relíquias acomodadas em barracas sem estrutura, espremidas em um local pequeno e pouco estruturado para esta finalidade.
Mesmo assim a feira conseguiu manter a sua eficácia, pois o que faltava em organização, sobrava em variedade e bons preços. Conversando com um vendedor, ele me falou que o evento acontece todos os sábados e recebe sempre novidades de todas as formas e variedades de produtos, que são bem vistos pelos amantes da nostalgia e também por aqueles que buscam uma peça única para dar um toque diferenciado em algum ambiente que precise de uma decoração mais elaborada e rebuscada.
Os itens oferecidos vão desde pequenas peças até grandes móveis, os quais são negociados amplamente pelos vendedores e compradores, favorecendo ainda mais a disputa de preços e fazendo com que uma boa negociação seja sempre conseguida.
Fiquei um bom tempo por lá e andei a feira toda, mas sem dar um detalhismo especial, pois ainda tinha muito o que conhecer e visitar na minha caminhada pelo centro do Rio de Janeiro, que é rico de novidades e nos oferece muitas opções de compra, seja em que aspecto for. 

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Mobilidade

As cidades brasileiras padecem da mobilidade e do trânsito caótico que tira a paciência de todos nós, mas se em alguns lugares as intervenções são benéficas e deixam a cidade bonita e útil, em outros fazem com que a poluição visual seja uma constante e contribua para que muitas áreas, antes belas e preservadas, sejam vistas de formas desgastadas e cheias de concreto, sem que isso reflita numa melhoria do trânsito.
No Recife, as ruas e avenidas são pouco estruturadas para o crescimento da cidade e sofrem com os congestionamentos gigantescos que a cada dia mudam a paisagem e fazem com que os nossos roteiros pelas cidades da região metropolitana se tornem um calvário sem fim.
Gostei muito do metrô do Rio de Janeiro e achei a obra uma excelente forma e melhorar o trânsito da cidade que de certa forma é bem organizado e atende bem às necessidades das pessoas, exceto nos horários de pico, onde a quantidade de pessoas aumenta consideravelmente nas ruas. Fora estes horários, é possível andar bem e com tranquilidade por todos os espaços e as estações oferecem muitas comodidades e conforto, já que são climatizadas e bem sinalizadas.
Em 2015, quando todas as obras de ampliação do metrô estiverem prontas, o Rio de Janeiro oferecerá transporte rápido até a Barra da Tijuca, passando por Ipanema e São Conrado.
Todas as intervenções da cidade são grandiosas, pois a paisagem montanhosa faz com que os engenheiros tenham mais trabalho e originalidade para criarem meios viários que superem os obstáculos que a natureza criou.
Gostaria que o metrô do Recife fosse tão bem estruturado e nos possibilitasse tantos caminhos úteis, pois o que encontramos são estações instaladas em locais de pouco movimento e que não atendem as reais necessidades da população. O nosso metrô deveria ter estações mais centrais e que atendessem a zona sul, especialmente aos bairros de Boa Viagem e Pina, passando também pela cidade vizinha de Jaboatão dos Guararapes, seguindo por Piedade e Candeias.
A estação Cajueiro Seco deveria ser ampliada e seguir até a cidade do Cabo de Santo Agostinho ou quem sabe ir até o Porto de Suape, que é um dos motivadores do grande avanço do crescimento e movimento na região metropolitana do Recife.
Se fosse assim, teríamos, certamente, dias bem melhores e satisfatórios e evitaríamos os desgastes emocionais causados pelo trânsito cada vez pior. 

terça-feira, 16 de abril de 2013

Marcas Registradas

Algumas marcas registradas ficariam perdidas no tempo se fossem mudadas, pois a maioria das pessoas já conhece determinados locais ou pessoas pelas marcas que ostentam há tempos e que fazem a diferença em muitas ocasiões.
Imaginem Rita Lee sem os seus cabelos avermelhados, Maria Bethânia sem a sua cabeleira vasta ou a Praia de Copacabana sem as suas ondas no calçadão todo feito de pedras portuguesas?
Seria estranho demais.
Identificamos de imediato algumas pessoas, locais ou coisas por características marcantes que falam por si só e que mostram a influência da palavra não escrita na comunicação e no entendimento das pessoas, pois se muitas palavras falam, desenhos, marcas, roupas, cores, estilos e sons também tem este poder e terminam contribuindo para que todas as pessoas sejam conhecedoras de tudo que a vida em sociedade pode nos informar e proporcionar.
Todos nós precisamos ter uma marca registrada, pois se não construirmos uma identidade bem formada para a vida, ficaremos sem chances de preservar as nossas qualidades e desta forma sermos lembrados pelas nossas potencialidades e, assim, firmarmos grandes resultados na vida que diariamente conhecemos e que nos cobra grandes atitudes.
Se temos como imprimir nossa marca, que seja em , deixando de lado todas as negatividades que muitas vezes derrubam uma muralha e fazem pessoas ruírem sem chances de evoluir novamente. Destacar marcas fortes e fazer com que elas sirvam de base para muitas realizações de vida é algo que não podemos esquecer nunca, ainda mais se temos a capacidade de encontrarmos em nós mesmos todos os potenciais que muitas vezes não ficam tão visíveis e necessitam da ajuda de outras pessoas para se tornarem mais reais e inesquecíveis. 
Vamos enxergar melhor os nossos pontos fortes e dessa forma colher resultados mais duradouros...

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Cinelândia

No centro do Rio de Janeiro, encontramos a Cinelândia, que é um local que respira cultura e possui alguns museus bem significativos para a cultura nacional, além do histórico Cine Odeon e do Belo Teatro Municipal.
Na praça principal há a estação do metrô para facilitar o acesso das pessoas para os mais diferentes bairros e dessa forma tornar o local ainda mais visitado e acessível.
Pertinho da Cinelândia, temos o Aeroporto de Santos Dumont, a Lapa e toda a sua diversidade cultural e gastronômica, além da bela Livraria Cultura, que fica no antigo Cine Glória, que foi totalmente reformado e recebeu um projeto de arquitetura impressionante para abrigar as mais variadas obras literárias e musicais.
O bairro do Catete com seus botecos tradicionais também ficam bem perto e fazem desta área um celeiro de grandes manifestações culturais e que encantam a grande maioria dos visitantes que procuram a cidade do Rio de Janeiro para uma visita mais diferenciada e que vai além dos cartões postais já conhecidos por todos nós.
O público é bem diferente e notamos a predominância de pessoas ligadas à arte e ao teatro, que buscam não só diversão, mas aprimoramento de conhecimentos e enriquecimento histórico com tantas possibilidades de lazer cultural.
Eu, particularmente, acho a melhor área para quem deseja se hospedar, pois tudo fica muito perto e fácil de ser vivenciado. Quem procurar badalação e praias, é melhor não ficar por lá, já que o perfil é outro e pode não satisfazer as pessoas que desejam somente sombra e água fresca sem ter compromisso e desejo com as descobertas que uma cidade tão diferenciada nos proporciona. 

domingo, 14 de abril de 2013

O Som ao Redor

O filme "O Som ao Redor" de tão simples se tornou uma obra prima, onde o cotidiano de uma vizinhança se transforma numa trama cheia de mistérios e conflitos pessoais e psicológicos, que geram um desfecho inacreditável e cheio de sentimentos.
Rodado no Recife, bem pertinho da minha casa, quase na minha rua, o filme demonstra um pouco dos sons e costumes de uma sociedade desigual e que nem sempre se une em prol dos direitos comuns, ocasionando alguns conflitos, onde a máscara humana cai e termina mostrando que as pessoas não são o que esperamos delas.
Se de um lado uma mulher aflita, insone e viciada em drogas é uma mãe cuidadosa, por outro termina sendo uma mulher infeliz e sexualmente mal resolvida, que recorre aos dotes de uma máquina de lavar para satisfazer um pouco do seu desejo sexual reprimido e atormentado pelas noites de sono mal dormidas. Seus filhos são um alívio e numa demonstração pura de cumplicidade, fazem gestos que demonstram o quanto eles sentem e se influenciam com as ocorrências da vida dos pais.
Nesta mesma rua pode morar um senhor feudal do passado e hoje detentor de muitos imóveis, tendo com isso a certeza de que nada lhe atingirá e que o seu domínio continua alto como outrora, podendo até fazer com que os crimes do seu neto delinquente sejam omitidos ou vistos pela sociedade de maneira grosseira e sem atitude nenhuma.
Relacionamento amoroso triste, frio e com reflexo de uma vida profissional frustrada é também um dos temas desse filme que há alguns meses tem arrebatado vários prêmios no Brasil e no mundo e ganha cada dia mais elogios pela forma simples de contar um drama de todos nós, já que vizinhos ruins e barulhentos todos nós conhecemos bem.
A minha vizinha, inclusive, deveria ter sido chamada para fazer uma participação especial no longa, pois de barulho ela entende e incomodar as pessoas é a atividade que ela mais faz com maestria. É o "Meu Som ao Redor" diário onde aliada a dois filhos descontrolados ela consegue tornar alguns dias meus infernais, pois ainda não descobri se ela mora ou faz do apartamento uma zona de guerra, onde os gritos, barulhos e palavrões são as fontes de inspiração mais corriqueiras.
Gostei do filme, pela simplicidade, pela forma de tratar um assunto tão comum de forma tão inteligente. Os diálogos são curtos, quase depressivos e talvez uma roteirização mais ágil o tivesse tornado mais completo e com personagens mais alegres, já que todos são tristes demais e carregam dentro de si a complexidade do ser humano e de todas as suas falhas e grandezas, pois nem só de problemas o filme é construído e demonstra, também, a bondade e o modo de vida de cada pessoa se comportar num mundo que nem sempre imaginamos existir e que na calada da noite se mostram mais presentes para os que estão vigilantes e atentos à nossa vida.
Ouçamos o som ao redor...

sábado, 13 de abril de 2013

Patrícia Marx aos 30, (de Carreira)

Após alguns anos sem lançar novos trabalhos, Patrícia Marx reaparece com o CD 30, no qual comemora 30 anos de carreira. Olhando a foto dela, iremos imaginar se o tempo está correto, pois ela não aparenta ter tanto tempo assim de estrada, já que conserva fisionomia e corpo de adolescente. Ela realmente começou cedo, ainda no grupo infantil Trem da Alegria e depois em carreira solo, quando migrou de vez para a música eletrônica e hoje nos mostra um som intimista, sofisticado e pouco tocado nas rádios por não ser comercial e se tornar apreciado por uma parcela pequena da sociedade que, na maioria, só valoriza os batidões e bregas da vida.
Patrícia fez na verdade um disco de grandes sucessos e não um trabalho inédito. Algumas músicas ficaram com arranjos melhores que os originais, mas outras não. Mesmo assim o disco é perfeito e demonstra a leveza da artista talentosa que ela é e que com a sua voz suave, sofisticada e extremamente afinada nos faz esquecer um pouco dos problemas ao escutar as belas músicas que ela selecionou para compor o seu mais novo trabalho.
Fica o registro desta cantora e também das contribuições musicais que ela nos trouxe e que certamente continuará nos proporcionando em cada nova apresentação ou arranjo diferenciado e cheio de nuances musicais que só aumentam o seu potencial musical e mostram que o Brasil tem talento para muitas descobertas musicais, seja em que ritmo for.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Parque Garota de Ipanema

No final da Praia de Copacabana, há o Parque Garota de Ipanema, que tem ligação direta com a Pedra do Arpoador e com as belas paisagens ao sul e norte que as praias do Rio de Janeiro nos proporcionam.
No mirante há um bowl para a prática do skate que é a cara do Rio de Janeiro, pois tem grafites com os pontos turísticos, especialmente com o Cristo Redentor. É um local propício para caminhadas e acredito que à noite é um pouco deserto, pois a vegetação densa das encostas pode intensificar a ação de espertinhos para alguns assaltos. Fui à tarde e já achei um pouco deserto, imaginem à noite...
Fora isso é um local que tem espaço para refeições, boa vegetação com sombra, pista de skate e patins, ciclovia e uma bela visão da cidade e das praias mais famosas do Brasil.
É bem fácil chegar e fica logo após o Forte de Copacabana, tendo nas redondezas muitos pontos comerciais, restaurantes e lojas especializadas em roupas e artigos de surf.
Aliás, a Praia de Ipanema comporta uma grande variedade de comércio e tem feirinhas de artesanato bem diversificadas e que atendem bem aos turistas que visitam o local. O famoso calçadão é usado para expor os diversos itens à venda e dessa forma deixam a orla mais divertida e cheia de atrativos.
O Parque Garota de Ipanema dá acesso direto à praia e neste local concentram-se muitas pessoas em busca de um banho relaxante de mar, onde a água é bem mais fria do que aqui no Nordeste. A diversidade cultural também é bem grande, pois os artistas usam o seu talento para realizarem apresentações informais de música e teatro de rua, fazendo com que a vida na orla seja sentida com mais força e proporcione ao visitante uma boa sensação de alegria, que se torna inesquecível e com gostinho de quero mais.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

O Valor das Coisas

Quanto vale uma camisa?
Quanto vale uma caneta?
Quanto vale um CD?
Sinceramente me pergunto isso diariamente quando vejo a enorme variação de preços de muitos itens que o comércio nos oferece. Um mesmo item pode ter variação de 200% ou 300%, sem que para isso encontremos uma justificativa concreta.
Isso fica ainda mais notável quando comparamos os preços em locais turísticos ou que estão na moda, pois como a ganância é maior que a utilidade, terminamos pagando mais por algo que nem sempre valeria aquilo tudo.
O nosso país tem no sangue a mania de inflacionar os preços e ainda não nos acostumamos bem aos tempos de estabilidade financeira, pois sempre que nos descuidamos, sempre encontramos um abuso, seja em lojas, ambulantes ou comércio eletrônico.
Fica claro em alguns momentos que o preço é irreal e quando encontramos algo muito barato, ficamos logo com o pé atrás e imaginando o porquê de tanta vantagem quando na maioria dos casos os preços estão bem acima da média.
Já comprei produtos por preços que julguei irreais por estarem baratos demais quando fiz a comparação com outras ofertas que encontrei, mas será que mesmo assim não paguei caro?
Se a loja vendeu barato, certamente ainda ganhou algo. Não acredito que nenhum comerciante vá vender perdendo, a não ser que seja um item que encalhou na loja ou por força de uma queda brusca nas vendas que comprometa a saúde financeira da empresa.
Sempre há um lucro, pequeno ou grande, mas há.
O que inflaciona muitas coisas são os impostos, mas as pessoas também possuem este dom e perdem a noção do que é real e terminam gerando uma variação de preços que poderia ser evitada e poupar os nossos bolsos de tantos furos.
Quanto vale mesmo?

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Morro de Amores

Não tive oportunidade de entrar no Morro do Vidigal, mas fiquei com inveja da bela vista que ele proporciona aos seus moradores, pois a Praia de Ipanema e mais ao longe Copacabana, podem ser vistas e uma maneira singular e completa, do alto, pertinho do céu.
Aliás, as visões mais bonitas do Rio de Janeiro estão restritas ao morros, pois como a cidade é montanhosa, fica difícil não ter boas visões lá do alto. Pertinho do Vidigal fica a Rocinha, no Bairro de São Gonçalo, a qual tem outra visão linda da Barra da Tijuca, bairro nobre e cheio de oportunidades de divertimento.
Alguns morros oferecem pousadas para os turistas com preços baixos e comodidades interessantes, embora este tipo de acomodação seja mais interessante para os mochileiros e aventureiros, já que as caminhadas para chegar a determinados locais é bem significativa e geralmente com subidas gigantescas.
Na entrada do Morro do Vidigal, somos recebidos por uma escadaria azul, com cerâmicas estreladas, buscando talvez evocar a música que fala que "quem mora lá no morro, vive pertinho do céu"...
Deve ser ruim o deslocamento em algumas horas da noite, mas não vi problemas durante o dia, pois a maioria dos ônibus passa bem em frente e futuramente o metrô terá estação próxima, tornando ainda mais acessível os morros que antes eram mais perigosos e tomados pela bandidagem.
Se pensarmos que esse aspecto foi abolido, estaremos idealizando uma utopia, pois em todos os locais há violência e o cuidado deve ser constante se quisermos ter boas andanças nas cidades grandes que o Brasil tem.
Favela e Rio de Janeiro combinam. Em outro lugar não vi sintonia maior, mas lá existe e esquecer esta característica é o mesmo que pensar em Copacabana sem as suas ondas do calçadão.
Morro de amores pelo Rio... 

terça-feira, 9 de abril de 2013

Apodrecer ou Amadurecer?

Semana passada comprei um mamão que passou 8 dias para amadurecer, digo, apodrecer. Ele não passou pela fase normal da vida e terminou ficando impróprio para o consumo mesmo estando aparentemente todo amarelinho e com indícios de aptidão para o consumo. 
Comprei a fruta verde, pois no mercado não tinha nada mais maduro e percebi que nem tudo segue o rumo da vida, nos causando prejuízos e nos deixando com a vontade de consumir algo que na verdade não aconteceu. 
Algumas pessoas também não passam pela fase do amadurecimento e terminam ficando impróprias para a vida em sociedade e profissional, já que o ambiente ou até as contribuições da natureza impossibilitaram que elas tivessem um final mais sadio e frutífero, onde pudessem acumular boas sensações e perspectivas de vida.
Muitos não amadurecem por vontade, já outros por não terem recebido ajuda necessária para melhorar o seu "estado verde de ser" e, assim, se tornarem frutas maduras neste mundo que nos cobra bons sabores e aparência adequada para cada ocasião.
Um profissional verde demais é visto com maus olhos, enquanto os maduros demais são vistos como frutas podres e cheias de acúmulos desnecessários. Bom mesmo é ter a consistência certa, o ponto adequado e não ficar passado demais para os desafios que iremos encontrar por aí, já que o sabor e o cheiro que poderemos exalar não serão agradáveis para todos e contribuir para o afastamento de muitas oportunidades que encontramos na vida e que só dependem do nosso ânimo e preparo para que se tornem reais e mais concretas.
Frutas podres só nos dão mal estar e terminam contaminando as demais que temos, criando um ambiente desfavorável ao bom deleite das situações e dos resultados positivos que podemos desenvolver. Assim como uma alimentação depende de um produto adequado, seja no preparo ou no amadurecimento, também é a nossa animação para os desafios que nos são impostos e que são influenciados pela maturidade ou imaturidade de muitas pessoas que apodrecem antes do tempo e terminam nos causando grandes problemas difíceis de resolver e de se tornarem amenizados, pois se o consumo de podridão for muito grande, a morte imatura é o que nos espera.

sábado, 6 de abril de 2013

O Brilho das Ruas

Há de tudo no comércio informal e sempre há uma maneira de ganhar algum dinheiro, ainda mais quando o desemprego aflige uma grande parte da população e faz com que a criatividade seja a forma mais presente de tornar um serviço ou produto numa forma de sustento. No Recife esta prática é tão constante que até fico surpreso com a tamanha variedade de formas e produtos que são oferecidos e que fazem a festa das pessoas e principalmente das crianças que são os maiores alvos dos ambulantes, que vendem de tudo, desde doces ou até brinquedos a preços populares e que agradam pelos olhos, embora tenham pouca utilidade e desgaste quase que imediato.
Outro dia estava no teatro e fiquei observando uma senhora que estava na fila da frente. Fiz um cálculo rápido e conclui que ela tinha gastado mais de R$ 150,00 com as entradas para o espetáculos, pipocas, brinquedos e outros mimos que estavam sendo vendidos na porta do teatro, já que ela foi simplesmente com 04 crianças e todas elas estavam devidamente ornamentadas e alimentadas com os itens que estavam sendo vendidos.
Não precisava daquilo tudo, mas a satisfação das crianças era maior que o furo no bolso e o brilho das ruas se transformou em brilho nos olhos, fazendo aquela tarde inesquecível e cheia de risos e boas lembranças. No meu tempo, os brinquedinhos de rua se limitavam aos cataventos e bolinhas revestidas com plástico. Hoje é bem mais diferente e os preços assustam em alguns momentos, já que dependendo da quantidade e do dengo das crianças, o prejuízo é bem mais catastrófico.
O que acho errado neste brilho todo são os preços abusivos que alguns vendedores cobram e terminam criando uma inflação errada de itens que não seriam nem lembrados em outras ocasiões e se não contassem com o apelo dos parques e espaços públicos, onde a criançada se aglomera e faz a festa patrocinada pelos pais, que nem sempre teriam tais disponibilidades para esses momentos.
Tempo bom que a pipoca era baratinha e não nos causava um furo tão grande no bolso...

quinta-feira, 4 de abril de 2013

A Opinião da Joelma


O que mais se falou nesta semana, em todas as mídias possíveis e imagináveis, foram as declarações da cantora Joelma, da Banda Calypso, e que estavam relacionadas a opção sexual das pessoas, que, segundo ela, poderiam ser curadas por força da religião. O que mais me intrigou não foram as informações equivocadas da Joelma, mas sim a agonia das pessoas para recriminar uma opinião que é dita diariamente por muitas pessoas e que não sofrem as represálias que ela está tendo.
A figura pública que ela é causa este alvoroço todo e faz com que muitas agressões e piadinhas sejam feitas, maculando a imagem da cantora como se ela não tivesse um histórico anterior e muitos fãs pelo Brasil. Ela tem o direito de pensar e falar o que quiser, mesmo que isso pareça um absurdo para muitos.
Não vejo motivo para que todos repudiem a cantora e digam que suas músicas não valem nada. Isso eu já escutava desde o início da carreira dela e nunca fui muito fã do ritmo que é tocado em todos os cantos do país. Entendo a opinião dela, que é baseada na religião que agora segue e sei que não somente ela possui este pensamento, mas percebo que a falta de orientação fez com que ela falasse mais do que deveria.
Se eu fosse uma figura pública como ela, mediria minhas palavras e evitaria ao máximo entrar em assuntos controversos e que representassem grande parte da população, como é o caso dos gays, negros, deficientes e tantas outras diferenças que encontramos por aí.
Muitos que criticam não sabem nem o que é opção sexual, quanto mais sobre a cura disso, que é impossível, já que o homem ou mulher já nascem desta forma e não se tornam gays por opção. Alguns tem isso mais forte dentro de si e terminam optando por caminhos mais difíceis de serem aceitos em sociedade, como é o caso dos travestis, que ainda se tornam figuras carnavalescas em muitas ocasiões. No final de semana passado estava assistindo a uma apresentação de teatro de rua e só o fato de três travestis estarem presentes, já causava uma inquietação na plateia que não prestava atenção em mais nada e só usava o tempo para criticar os homens, com cara e corpo de mulher.
Assim mesmo acontece com os gays e a população se faz de boazinha para criar uma imagem de receptiva e amigável, quando na verdade a língua ferina e os olhares desencontrados são as formas de expressão mais constantes. Estamos numa sociedade livre de opinião e podemos dizer qualquer besteira, inclusive dizer que há cura para um gay.
Não há. Jamais haverá.
O gay padece de uma formação genética diferente e que o faz igual a todo mundo, tendo como diferente somente o gosto pelo mesmo sexo na hora dos relacionamentos e desejos sexuais. O que a sociedade precisa entender de uma vez por todas é que todos são iguais e a opção sexual não é fator determinante de nada, pois todos merecem o mesmo respeito e consideração para tudo que realizarem na vida.
Joelma pode falar o que quiser e ela está correta em manifestar sua opinião, mesmo que contrária a da maioria das pessoas, afinal vivemos ou não em uma sociedade democrática?
Será que todo mundo tem que manifestar a mesma opinião sempre?
Até quando o fator determinante para que a notícia seja jogada no ventilador vai ser a fama? Vejo evangélicos fervorosos diariamente dizendo o que ela disse e nem por isso são criticados como ela está sendo.
A hipocrisia sempre fala mais alto e terminamos esquecendo que a crítica sempre é mais fácil que a reflexão e que é muito melhor ser uma "Maria vai com as outras" do que uma pessoa de opinião.
Opinião existe para ser dita e não precisamos concordar com elas e nem agredir as pessoas quando dizem coisas que não são pertinentes à nossa realidade ou fogem demais do contexto. Cabe a cada um de nós ser informado e estudioso sobre os assuntos e dessa forma falar menos besteiras em cadeia nacional.
Não aguento mais os sites de notícia com a mesma balela sem fim e isso é algo que deveria nos afligir, pois o brasileiro possui muitas outras informações para se preocupar e ficar perdendo tempo com a cura impossível de uma doença que não existe é, no mínimo, falta de maturidade e inteligência. 

Segue o Caminho do Boi da Macuca

O São João do Boi da Macuca, na cidade de Correntes, Pernambuco, acontece anualmente e reúne grande quantidade de pessoas que buscam nos fes...