domingo, 2 de janeiro de 2011

Barra de Gramame

Hoje fui visitar a Praia de Barra de Gramame e pude comprovar uma diferença grandiosa desde a minha última visita em 2008. Quando passei por lá no passado, foi num dia tranquilo, quase feriado, e a Praia estava linda, intocada.
A movimentação de gente e de carros estava intensa e causava um grande transtorno para os visitantes que ficam na área VIP (Visivelmente Impraticável às Pessoas).
Digo isto porque a agonia das pessoas que levam churrasqueiras ou outros itens básicos para uma farofa básica fazem parte desta praia que encanta pelo visual, mas nas suas areias a situação é bem diferente.
Ao meu lado estavam as seguintes situações: Uma mulher que não parava de escutar um brega nas alturas no seu celular de última geração. Havia também uma churrasqueira que não assava as carnes e sim queimava, pois o fogo altíssimo exalava um odor enjoativo de querosene, deixando o local cheio de fumaça. O pior foi ver também uma mãe obrigando o filho gordinho a entrar no mar com uma bóia que não cabia nele. Coitado, deve ter ficado com trauma de infância...
Havia uma mulher que tinha três bocas, uma para comer batata frita, outra para comer amendoim e outra para tomar cerveja. Até hoje não entendi como ela conseguia comer tudo ao mesmo tempo e ao mesmo tempo tudo. Era uma visão abominável, pois a criatura ainda falava sem parar. É um caso para ser estudado pela ciência, pois a boca dela é multifuncional.
Os carros atolados eram comuns e parece que era moda ter os carros naquela situação, já que mesmo diante de todas as evidências, as pessoas insistiam em andar pelos mesmos locais de areias finas e sem condições para o trânsito de carros. O mais engraçado era ver o pessoal em cima das caminhonetes fazendo carão com o carro atolado, achando aquilo o máximo.
Eu fiquei parecendo um bife à milanesa, pois a quantidade de poeira que tinha no meu corpo era algo impressionante.
Foi bom também conhecer o guaraná de limão e saber que ele é branquinho...
De qualquer forma, voltei para casa rindo muito das situações e vi que foi o dia mais engraçado da minha viagem de início de ano, já que pude perceber que a diversão é algo íntimo de cada um, pois cada ser tem o seu jeito e estilo de receber a vida e com ela brindar suas alegrias. Para mim seria um domingo de agonia, mas pude notar que as pessoas que ali estavam se divertiam como ninguém e não se importavam se a poeira era sem fim, se o caranguejo demorava uma eternidade para ser servido ou se a fumaça incomodava o descanso ao sol.
Era tudo permitido... afinal era domingo e o ano apenas estava começando, não sendo hora ainda para o estresse e preocupação.

Segue o Caminho do Boi da Macuca

O São João do Boi da Macuca, na cidade de Correntes, Pernambuco, acontece anualmente e reúne grande quantidade de pessoas que buscam nos fes...