sábado, 31 de agosto de 2013

O MAC e Niterói

Ir para Niterói utilizando as barcas que fazem diariamente a travessia da Baía de Guanabara para muitos é um passeio casual e rotineiro, mas para quem não conhecia a cidade, como eu, se tornou um passeio turístico de muita contemplação, onde pude perceber as belezas que cercam as cidades de Niterói e do Rio de Janeiro.
A pequena viagem começa na Praça XV, no centro do Rio de Janeiro, quando o visitante tem a possibilidade de pegar duas barcas, uma com destino ao terminal Araribóia e outra com o destino ao terminal Charitas, que é mais afastado do centro da cidade, mas que deve possibilitar uma visão mais completa das redondezas.
Como tive pouco tempo para fazer o passeio, já que tinha outra atividades para o dia, fui direto para o Terminal Araribóia e de lá fui conhecer o Caminho Niemeyer, que nada mais é do que um complexo de prédios ainda inacabados e que mostram o uso do dinheiro público de forma inadequada e para causar impacto, pois ainda não está gerando os frutos culturais a que se propôs e acredito eu que muitos esforços deverão ser feitos para que tudo aquilo seja realmente utilizável e atraia um número significativo de turistas para o local. Ainda tudo está precisando de acabamento e para que o tempo não se encarregue de deixar uma obra tão grandiosa com ares de desgaste, é preciso melhorar a infraestrutura do espaço e atrair também investimentos da iniciativa privada, já que algumas das edificações foram destinadas aos investimentos de particulares.
Saindo dali, passei pela movimentada rodoviária, que facilita muito o acesso dos ônibus dentro da cidade e também para o Rio de Janeiro. Não demorou muito para chegar até o MAC, Museu de Arte Contemporânea, cartão postal mais conhecido da cidade e também projeto de Oscar Niemeyer. A visão privilegiada do local é o que atrai muitos turistas e faz com que o passeio seja contemplativo e nos mostre uma inigualável beleza do mar e das duas cidades, Niterói e Rio de Janeiro.
Lá tudo é diferente e a visitação possibilita que um bistrô requintado funcione na parte inferior do prédio, mostrando uma linda visão da Baia de Guanabara e da Capital. A praia que fica no local é bem movimentada, mesmo com a poluição em alto teor e visibilidade. Uma pena, pois um local tão bonito deveria ser mais cuidado pela prefeitura e pelos seus habitantes, que não deveriam jogar nada no mar, evitando que aquela infinidade de dejetos fosse vista. Fiquei impressionado com a sujeira e como as pessoas não davam a mínima para isso, tomando banho como se ali fosse o local mais limpo do mundo.
O prédio do MAC lembra um disco voador e tem no primeiro andar uma sala de visitação e logo após um mirante, que possibilita a mesma visão da praça de entrada, que tem características bem marcantes do arquiteto que a projetou, pois o concreto é o elemento mais notado.
Registrei lindas fotos do local e apesar da correria e da sujeira do mar, fiquei satisfeito com o que vi. É um local de contemplação e o final de tarde por ali deve ser bem interessante.
Fora o MAC, a cidade me pareceu bem evoluída, cheia de atrativos, e com centros comerciais e habitações bem sofisticadas que seguem pela orla. Lembra muito o Rio de Janeiro e facilmente pode ser visitada, a preço baixo e sem muita perda de tempo.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Arrumando a Bagagem

A maioria das pessoas quando vai viajar, fica na dúvida do que realmente deve ser colocado na mochila, mala ou seja qual for o acessório usado para guardar os temíveis utensílio de viagem, que só servem para nos manter em ordem fora do nosso ambiente costumeiro, nos dando o mínimo de conforto e conseguindo usufruir de bons momentos sozinhos ou acompanhados.
A maioria é como eu e termina levando mais do que precisa, seja por medo de alguma eventualidade, ou pela falta de controle mesmo, o que termina gerando situações ruins para os dias de viagem. Se levamos poucas coisas, ficamos sem chances de ter sossego nas nossas passagens, mas se levamos algo além da conta, ficamos sem a possibilidade de ter mobilidade necessária para as nossas ações, principalmente quando a viagem é rápida e temos que nos locomover com a nossa bolsa na maioria dos momentos.
Para acabar com isso definitivamente, temos que ter noção completa do que realmente iremos fazer nos dias de viagem e separar as roupas e acessórios necessários para cada momento, seguindo fielmente tudo que está no nosso roteiro de interesses.
Temos que ser práticos e usar roupas funcionais que sejam adequadas em qualquer ocasião e clima, evitando levar aquilo que só faz peso e termina ficando sem uso. Levar roupas "coringas", com cores fáceis de combinar e sem muitos detalhes é sempre uma boa pedida e valorizar roupas muito específicas só dificulta a nossa vontade de conhecer muitos lugares, pois a preocupação maior é estar sempre bem vestido para o momento. O lazer está em segundo plano.
Bagagem cheia não significa que esta esteja eficientemente selecionada e poderemos estar só carregando peso e tornando a nossa viagem dolorosa e cheia de más lembranças. Bom mesmo é estar com o que é necessário, não ter dificuldade de ir e vir e usar isso ao nosso favor, sendo práticos e deixando de lado os mimos e luxos para momentos mais caseiros, onde podemos abusar do nosso detalhismo.
Se podemos viajar com pouca coisa, é melhor porque evitamos ficar escolhendo e decidindo, quando o momento é de puro lazer. Vamos deixar as decisões para a rotina diária e usar o ócio das viagens para o divertimento continuado e sem neuroses.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Apagaram Tudo

Não vou defender o apagão que ocorreu ontem no Brasil, mas gostaria de salientar que isso não é motivo para tanta desordem, como ocorreu ontem, quando pessoas usavam do vandalismo para depredar bens público e, assim, protestar contra a falta de planejamento energético, que só põe em risco muitas atividades brasileiras e a mobilidade das pessoas, pois o caos imperou na maioria das cidades com os sinais de trânsito sem um bom funcionamento após a pane ocorrida.
Quando cheguei na faculdade ontem, apenas algumas pessoas tinham ido e a maioria sem justificativa, pois aqui em Recife havia possibilidade de se locomover bem em alguns bairros. Há problemas, com certeza, mas as pessoas ainda contribuem com isso, realizando ações que só atrapalham a vida dos outros e contribuem para que tenhamos a plena certeza de que muitas pessoas gostam de complicar o que não precisa de tanta agonia.
Apagaram as ideias das pessoas, certamente. Ficamos todos sem saber como agir e achando desculpas para justificar a nossa falta de compromisso, pelo simples fato de se apegar ao escuro momentâneo que ocorreu em alguns lugares do Brasil.
Temos tantos investimentos em energia, mas a maioria deles é de forma errada, com dinheiro mal empregado e servido para nada. Muitos postes de energia eólica não geram nenhum fruto que se possa aproveitar, porque ainda não finalizaram os trabalhos necessários para que esta fonte tenha benefícios para a população. Preferem devastar as florestas, inundar áreas de preservação ambiental e investir em usinas nucleares que não geram bons frutos e só causam medo e destruição.
Precisamos apagar de vez a nossa falta de compromisso com o Brasil e os governantes devem desde já iluminar a cara descarada que possuem para darem valor ao que realmente importa e deixar de gastar com obras que não geram fruto algum.
É uma vergonha ainda passarmos por situações como estas e pior ainda é perceber que não temos um plano alternativo para suprir estas desgraças e ficamos sempre jogados no lixo, à margem da sociedade evoluída que sempre almejamos.
O sistema energético do Brasil se mostrou ineficiente, precário e vulnerável demais, pondo em risco atividades, ações e deixando muita gente de cabelo em pé, não pelo choque da energia, mas por outro bem pior, o choque da revolta.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A Vida de Outras Pessoas

"A gente está querendo a vida boa, boa como a vida de outras pessoas...
Outras pessoas também querem uma vida boa, boa como a vida de outras pessoas"
 
Vida Boa, Banda Eddie
 
Parece sempre que a vida dos outros é melhor do que a nossa e isso é devido a nossa capacidade de só perceber o que é alheio a nossa competência, pois se desde já buscássemos nos preocupar com o que realmente importa, não teríamos dificuldade de encontrar coisas boas na nossa existência e também em tudo que a vida nos proporciona e que só precisa de uma iniciativa nossa para que se torne algo bem melhor e mais engrandecido.
Prestar atenção na vida dos outros e esquecer a nossa é atitude que deveria ser banida de uma vez por todas, uma vez que só poderemos interagir bem com o mundo e perceber tudo que é interessante se soubermos exatamente o que é adequado e essencial para a nossa felicidade.
Sempre o nosso amigo tem uma casa melhor, um carro melhor, uma roupa mais interessante... Não percebemos se ele também trabalhou mais para isso e só nos preocupamos com o resultado de coisas que deduzimos e que nem sempre refletem a realidade do que realmente é verdade.
Nos preocupamos em nos preocupar com a vida alheia e só.
Se observássemos mais as nossas atitudes e melhorias, saberíamos que nada pode ser impossível se destinarmos esforços para o nosso sucesso e não para ficar avaliando o desempenho das pessoas a partir das nossas deduções, muitas vezes imprecisas e desfiguradas.
Se podemos viajar e curtir a vida, não devemos ser avaliados como seres vadios, mas como pessoas que tiveram a oportunidade de programar um momento de lazer e descontração após uma longa semana de trabalho. A seriedade nas nossas interpretações depende de uma observação clara, serena e muito adequada de tudo que vivenciamos e que precisa do nosso empenho para ser mais correta o possível e não afetar a maioria das pessoas com deduções imperfeitas dos olhares invejosos de plantão.
A vida é boa...
A vida das pessoas é boa também, mas é delas.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Celular Viciante

Hoje em dia o celular faz de tudo e as funcionalidades que ele apresenta, faz com que as pessoas fiquem viciadas nos seus botões ou tela, digitando o tempo todo e usando os mais variados aplicativos que só possibilitam uma coisa: o distanciamento entre as pessoas e a extinção cada vez maior de uma comunicação mais calorosa.
Ontem estava assistindo aula e percebi que o professor só olhava para mim, falando sobre o assunto. Pensei que era porque estava sentado nas primeiras cadeiras e a maioria das outras pessoas no final da sala, mas quando olhei para trás percebi que os outros colegas de sala não estavam prestando atenção na aula. Ou estavam conversando ou estavam usando as funções do celular. A maioria estava vidrada na tela do celular. Tem gente que nem fala mais com você, não dá boa noite e só consegue usar o celular. O tempo em sala de aula ficou pequeno para as duas atividades.
Isso não acontece somente nas salas de aula e percebemos isso nos restaurantes, quando as pessoas ao invés de conversarem e de aproveitarem o momento, terminam usando o celular para fotografar o prato e divulgar nas redes sociais. Tudo bem que todo mundo já fez isso um dia, mas tornar isso uma prática constante e irritante já é demais.
As pessoas só possuem olhos para as telas sensíveis ao toque e a modernidade das pequenas máquinas eletrônicas, que terminam perdendo o sentido da telefonia e acabam sendo aparelhos multifuncionais, que possuem de tudo um pouco e vão, aos poucos, deixando as pessoas viciadas e sem chances de se libertar daquela agonia sem fim.
Meu celular não acessa internet. Só faz ligações e manda mensagens. Ele é assim por opção e até agora não senti necessidade que isso mude. Estou satisfeito com a minha forma arcaica de falar com as pessoas, de sentir a emoção nas ações que faço e de prestar atenção no que os outros falam sem ter que ficar com tendinite nos dedos devido ao uso incansável dos aparelhinhos cada vez mais ágeis e cheios de coisinhas diferentes.
Não critico quem usa, mas a forma de usar.
Precisamos perceber que temos outras coisas e pessoas para observar e que a vida não se resume numa tela colorida, que parece um caleidoscópio, onde a cada momento novas imagens e situações aparecem para nos fazer perder o sentido da vida e ficar valorizando somente o que não nos proporciona sentimento de verdade, uma vez que a comunicação com o celular é fria, pois geralmente utiliza as infindáveis mensagens dos aplicativos e das redes sociais. Hoje em dia realizar uma ligação para alguém é comum, mas com o passar do tempo se tornará rara, já que a voz está se tornando a segunda opção e dando espaço às frases mal escritas, cheias de erros e que só minam a nossa paciência.
Está comprovado que algumas pessoas passam mais tempo navegando no seu celular do que na sua vida real. Não sei como conseguem, mas é uma realidade...
Será que se transformaram num "Android" e a sua voz agora se chama "WhatsApp"?
Pode ser...
Liga para mim e me fala, por favor. 

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Isso ou Aquilo?

Muitas frases são escritas de maneira errada, embora certas, mas que causam um entendimento diferente do que realmente era desejado. A frase da foto mostra a intenção de economizar energia, após o uso do sanitário; o entendimento mostra outro significado, pois fica clara a mensagem para que as pessoas, ao realizar suas necessidades fisiológicas, que façam no escuro.
Melhor ficaria: "Por favor, ao terminar de usar o sanitário, apague a luz."
Encontramos muitas informações assim e nem todas são fáceis de entender, deixando o usuário com um nó danado na cabeça e fazendo com que a comunicação entre as pessoas seja perdida pelo simples emprego de palavras e pontuações inadequadas. A comunicação deve estar sempre bem afiada para que as pessoas sejam cada vez mais uniformes nos seus entendimentos, evitando as proliferação de informações erradas, que só valorizando as fofocas e também a disseminação do que está errado, o que sempre gera discórdia e muita irritação, principalmente para quem escreveu o texto errado ou que esteja envolvido nas palavras tortas que foram colocadas ao vento.
Saber empregar as palavras, por mais simples que sejam, fazem um bem danado a todos nós e ajudam a entendermos que a melhor maneira de comunicar bem é estar atento aos detalhes da escrita e da fala, especificando bem o que queremos e deixando tudo com um fácil entendimento.
Se não agirmos assim iremos apagar a luz do conhecimento e do entendimento, pois nem tomaremos ciência do que temos e assimilamos, ficando sempre com a sensação ruim de que algo ficou incompleto e sem muita razão. Algumas comunicações confundem mais do que explicam e fazem com que um labirinto seja criado na nossa cabeça, onde as ideias ficam perdidas e espremidas com tantas informações desencontradas e sem eficácia alguma. Sem o entendimento adequado, somos incapazes de explicar algo ao nosso próximo e terminamos sendo proliferadores do que não presta e do que não há significado acertado. Juntar um monte de informação e deixar que ela seja mal utilizada não vale a pena e precisamos constantemente ter cuidado com isso para que não sejamos mal entendidos, ficando à deriva e sem chances de aportar um lugar seguro e que nos possibilite melhores dias e significados.

domingo, 25 de agosto de 2013

O Que Guarda um Olhar?

O Grupo Magiluth apresentou ontem, no Teatro Arraial, mais um grande espetáculo, onde o tema falava dos desencontros, perdas e construções da vida, onde estes sofrem as influências dos sentimentos e dos olhares que guardamos e que são extremamente valorizados por nós para que possamos lembrar das pessoas e das coisas que reservamos com muito carinho e que, de certa forma, fazem com que tenhamos a certeza de que nossa vida é realmente satisfatória e feliz se estivermos ao lado de quem nos faz bem.
O texto mostra os encontros e desencontros de um casal, que devido a uma viagem se distancia e a partir daí seguem vidas diferentes, mas mantendo os sentimento original que ao final da apresentação se mostra mais forte e apegado a muitos outros valores e crenças. A evolução das pessoas, de uma cidade, dos relacionamentos e dos sentimentos são as forças que movem os atores e isso reflete constantemente nas intervenções que eles fazem com o público, pois a plateia é chamada a participar da apresentação constantemente e eles terminam criando uma sensação de envolvimento muito boa, pois de certa forma cada um tem uma história parecida para contar e não há como não se envolver com tantos detalhes contatos a partir de um texto simples, mas que conta com a criatividade de um grupo competente e muito uniforme.
Todos nós guardamos um olhar, um sentimento, uma lembrança; isso é o que faz com que a peça seja interessante, já que pessoas diferentes, com gostos diferentes e desejos opostos, podem ter fatos em comum e desfrutar desses sentimentos de uma maneira espetacular e muito sutil. 
Lembramos muitos fatos da nossa vida naturalmente e cada um deles reflete na forma como hoje agimos e nos comportamos, pois se temos a oportunidade de desfrutar de momentos felizes e bem construídos, certamente teremos a chance de sermos mais evoluídos como pessoas e também de tomar as melhores decisões quando elas forem solicitadas e necessárias para o nosso desenvolvimento pessoal e sentimental.
O espetáculo também faz parte do projeto "Pague Quanto Puder" que está em cartaz até o final de Agosto, nos Teatros Marco Camarotti e Arraial. Vale muito a pena conferir e ter a oportunidade de gastar muito pouco para um show de muita qualidade cênica. 
Guardei os melhores olhares, com certeza...

sábado, 24 de agosto de 2013

Samba do Blackberry

De manhã quando ainda penso em acordar, ela já está a dedilhar
Mexendo feliz no seu novo brinquedo
Eu não vou nem me comparar, não tenho como disputar
Pois não mando e-mail, só mando desejo
Essa é minha situação, eu quero sua atenção
E já fiz imagino até onde eu podia, eu penso até em desistir
O que eu posso fazer é ir
Não possuo tamanha tecnologia
Ela me trocara por um Blackberry

Música da Banda Tono, que fala um pouco das tecnologias e como elas afastam as pessoas e amantes.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Fé no Dedão do Pé

Alguns motoristas usam amuletos diversos nos seus carros e motos, tentando estabelecer um círculo de proteção onde cada crucifixo ou fitinha de algum Santo representam a proteção necessária para que todos os males sejam banidos para bem longe. Eu mesmo tenho o meu, mas não esqueço de colaborar com ele sendo prudente no trânsito e respeitando os limites que todos nós temos que obedecer para poder ter uma convivência pacífica nesta loucura que encontramos nas cidades hoje em dia.
Transferir a proteção para o Santo e esquecer de tudo isso é sinal de burrice e deve ser por isso que muitos morrem nas inúmeras ocorrências trágicas que diariamente encontramos nos noticiários e que sempre mostram alguns agentes coadjuvantes, mas que em alguns momentos se tornam protagonistas desta agonia total que é dirigir.
Nada é respeitado e a prudência fica no dedão do pé, esquecida, sem chances de fazer o condutor pensar melhor nas consequências das suas ações irresponsáveis e cheias de insegurança. O trânsito é ruim em qualquer horário e para completar essa safadeza, encontramos motoristas de péssima qualidade que mostram nas suas atitudes um pouco do que são na vida pessoal, pois duvido muito que uma pessoa descuidada no trânsito não transmita isso para a sua vida pessoal, pois certamente perde a noção do que é certo ou errado e por isso formaliza os mais diversos atropelos de conduta e de condução.
De que adianta ter a fé do mundo se não temos fé em nós mesmos e fazemos dos nossos atos verdadeiros suicídios ambulantes, onde as rezas ficam poucas diante de tanta desgraça e confusão? Saber a forma correta de agir é a melhor maneira de obter sempre as melhores conquistas, onde os milagres não precisam ser grandiosos demais para serem observados pelos demais e também por todos aqueles que convivem conosco neste mundo tão cheio de diferenças, mas que todos nós temos que unir forças para torná-las menos distintas e mais uniformes.
Nada é tão complicado assim que não possa ser ajustado e começar pela prudência de cada um de nós não custa nada e só nos ajuda a sermos mais felizes em tudo que desejarmos ter.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Pensamento do Contra

Muitas vezes o pensamento não condiz com as palavras faladas e em alguns momentos percebemos isso no olhar das pessoas, pois nem sempre a gentileza mostrada é uma maneira de realmente transparecer a verdade nas ações que são realizadas diariamente pela grande maioria.
É difícil dar um bom dia para alguém, quando este o feriu, foi leviano ou até comprometeu o seu dia de trabalho. É mais difícil ainda elogiar alguém quando este só nos causa problemas. Mais complicado ainda é dizer "Eu Te amo" quando a pessoa amada só nos causa mal.
Algumas pessoas fazem isso de uma maneira sutil, quase imperceptível, outros nem tanto. Muitos não conseguem esconder a insatisfação e ao invés de ficar usando os balões do pensamento, optam por dizer desaforos ou palavras certeiras nas horas mais adequadas, nem que isso comprometa o relacionamento e boa convivência.
A vida em sociedade é cheia de situações como estas e nada passa despercebido ao nosso olhar crítico e sempre atento ao que não nos agrada. O engraçado é que algumas pessoas exageram na forma demasiada de julgar as pessoas e de ver defeitos onde não há o que falar ou comentar. A falsidade reina por toda a parte e encontrar pessoas sem este dom natural do ser humano é quase impossível.
Mesmo os que se dizem verdadeiros, caem, alguma vez, nas cordas da falsidade e terminam se enrolando em situações que irão vivenciar, principalmente se estiverem ligados a outras pessoas, que também serão falsas e verdadeiras, verdadeiras e falsas.
O ciclo não acaba jamais...
Os pensamentos podem mudar muitas das nossas atitudes e saber exatamente como a nossa mente irá se comportar em cada momento que iremos vivenciar é muito difícil, pois sem nem percebermos nos tornamos falsos para poder ter um momento de calma ou afastar do nosso convívio aquelas pessoas que só nos causam mal e querem a  todo instante nos afetar e nos deixar com as energias minadas.
Seria bom demais se todas as nossas palavras estivessem de acordo com os nossos pensamentos e se estes fossem sempre bons e não bombas. Quem nunca explodiu alguém ou maltratou com palavras tantas outras que se manifeste e mostre a sua inocência, pois isto é motivo de canonização uma vez que pessoas deste tipo estão além da sanidade humana e merecem um lugar de destaque na humanidade.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Baile dos Mascarados

Até quando vamos encontrar pessoas usando máscaras para omitir as suas reais intenções? A vida nos apresenta muitas situações, mas acredito que a mais danosa e triste é quando descobrimos que algum dos rostos que convivemos diariamente não possui aquela beleza toda ou que o brilho é falso e ofuscado por ações que colocam em risco a sua verdade e capacidade de se manter como pessoa admirada e querida.
Quem já passou por isso sabe o que estou falando e cada vez é mais comum esse acontecimento, pois, como se fosse uma doença, as pessoas aprenderam a não ser mais verdadeiras naquilo que pregam e fazem da realidade algo diferente do que ensinam para os outros. Se tentam ser bons líderes, minam a paciência dos outros. Se tentam ser bons amantes, traem e enganam. Se tentam ser bons amigos, evitam a boa convivência.
Certas vezes não entendemos o mundo e as pessoas, mas é difícil mesmo ter isso bem formalizado nas nossas mentes, pois a cada momento isso evolui e faz com que novas situações possam ser apresentadas, fazendo com que as pessoas fracas e sem opinião formada caiam na lábia dos falatórios e terminem maltratando o que merecia um pouco mais de atenção e cuidado.
Alguns nem sabem usar as máscaras e são identificados imediatamente pelo olhar falsário, de gente ruim. Outros nem são ruins, mas, pela fraqueza que possuem, terminam fazendo da própria vida um carnaval de ideias onde a cada dia uma nova cor é usada para enfeitar as suas atitudes que deveriam ser negras e mostrar de cara a sensação ruim que transmitem quando são identificadas como maléficas.
Odeio máscaras, acho que todo mundo deveria ser verdadeiro, nem que isso doesse muito ou pudesse comprometer algumas das atitudes que diariamente tomamos. Não adianta sermos pessoas bonitinhas por fora, cheias de brilhos e destaques se na verdade o vazio é o que temos para oferecer, sendo este difícil de ser preenchido se não mudarmos radicalmente a nossa forma errada de agir e de se comportar diante das situações que nos são mostradas e que precisam muito do nosso comprometimento para se tornarem reais e verdadeiramente felizes.
Na verdade, todos nós usamos alguma máscara um dia, mesmo sem percebermos o ato de uma forma que nos motivasse a mudar e optar por uma atitude diferente. Somos levados pelas falhas de personalidade e nenhum ser humano poderá fugir disso.
Que caiam todas as máscaras...

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Bonecos Manipulados?

Muitas vezes nos sentimos manipulados, não pelas pessoas, mas pela vida mesmo. Terminamos realizando coisas e tendo atitudes que não são características nossas, mas que precisam ser feitas para podermos ter um pouco de paz e poder conviver na sociedade cada vez mais desigual e cheia de detalhes.
É como se uma mão misteriosa guiasse os nossos olhos, nossos braços e nos fizesse sempre repetir atitudes que em sã consciência não faríamos, seja por falta de aptidão ou por vontade mesmo. Muitas vezes o nosso espírito transgressor e inovador fica esquecido no tempo e terminamos nos tornando bonecos com sorriso forçado, gestos medidos e aparência igual.
Nem percebemos, mas usamos a roupa que está na moda ao invés de criarmos o nosso próprio estilo e nem percebemos quando esta mesma roupa fica ridícula em nós. Gastamos no restaurante da moda quando a comida nem nos agrada, mas a sensação de estar ali, enfrentando até filas para entrar é algo que terminamos não entendendo, mas fazemos.
Na vida profissional, muitas vezes somos manipulados pelas regras que são impostas e que nem sempre refletem a realidade das nossas crenças e ações, pois se de um lado temos um profissional muito inventivo, do outro podemos encontrar uma empresa rígida demais e contrária às mudanças que devem e podem surgir no mundo corporativo.
No amor, ficamos muitas vezes podados e sem chances de florescer nas nossas escolhas e gostos, simplesmente pelo fato do outro não gostar ou reclamar dos nossos atos. É a realidade, mas temos que buscar um ponto de equilíbrio, o qual não afete negativamente ambas as partes.
A maioria das nossas ações deve ser feita para evitar a manipulação, pois se assim não for, estaremos caminhando cada dia mais para o fundo do poço e tendo a sensação de que o escuro está mais presente do que a luz que irá nos guiar nas conquistas e realizações de vida. A manipulação é o contrário da alegria, da criatividade, da satisfação.
Quem se deixa manipular certamente não conhece a si mesmo e termina buscando na mão pesada dos outros uma forma de descobrir a sua própria vida. 
Você manipula ou é manipulado?

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Imediatismo

Será que tudo pode ser imediato?
Quando vi este anúncio na rua fiquei pensando nisso e como as pessoas anunciam coisas irreais a muita gente termina acreditando, pois se é possível conseguir determinadas coisas tão rápido, por que as pessoas batem tanto a cabeça em busca de soluções? Se para trazer de volta o amor, a solução é na hora, faltou detalhar a forma que esse amor será trazido.
Será que é através de uma foto, de um pensamento. Acho que pessoalmente não e fica difícil conseguir entender o que se passa na cabeça das pessoas que só pensam em conseguir tudo rapidamente e sem dar tempo para que as coisas aconteçam naturalmente e de uma forma mais plena.
Se o sinal de trânsito está fechado e abre, os carros começam logo a buzinar, sem dar tempo nem do motorista que está na frente pensar em dar partida. Ele fica logo agoniado e se algum pedestre ainda estiver atravessando a faixa de segurança, ela deve se perguntar: "Avanço e mato ou espero e enlouqueço com estas buzinas?"
É bem isso que acontece com as pessoas imediatistas, pois os avanços que cometem diariamente terminam matando não só a eles como as outras pessoas, já que nem todos possuem a mesma loucura para viverem a vida desesperadamente e de forma agoniada. Ficar esperando e escutar as buzinas insistentes das vozes imediatistas é pior ainda e terminamos ficando num tiroteio danado de informações, onde nem sempre as escolhas mais prováveis são as mais acertadas.
A maioria das pessoas busca soluções rápidas para tudo e o mais engraçado é que buscam resolver os seus erros e não valorizar os acertos que cada um de nós tem o dom de realizar também. Se brigam com o amor, ao invés de verificarem seus erros e acertarem da próxima vez, terminam errando feio quando encontram soluções alternativas e que não influenciam em nada no bom desenvolvimento das atividades que diariamente iremos desempenhar e que nos ajudarão a ser pessoas mais planejadoras e em busca de melhores resultados não pela agonia e imediatismo, mas pela segurança de ter sempre realizado o melhor para nós e para os outros.
Antes de fazer algo sem pensar, é melhor respirar e refletir sobre as consequências e dessa forma realizar sempre o melhor trabalho, sempre...

domingo, 18 de agosto de 2013

Partir, Andar

Partir, andar, eis que chega
É essa velha hora tão sonhada
Nas noites de velas acesas
No clarear da madrugada
Só uma estrela anunciando o fim
Sobre o mar, sobre a calçada
E nada mais te prende aqui
Dinheiro, grades ou palavras

Partir, andar, eis que chega
Não há como deter a alvorada
Pra dizer, um bilhete sobre a mesa
Pra se mandar, o pé na estrada
Tantas mentiras e no fim
Faltava só uma palavra
Faltava quase sempre um sim
E agora já não falta nada

Eu não quis
Te fazer infeliz
Não quis
Por tanto não querer
Talvez fiz

Composição: Herbert Vianna

sábado, 17 de agosto de 2013

Ambientes Modernos, Costumes Antigos

Andando pelo Recife, encontramos modernidade em todos os lugares, mas também desfrutamos de cenas pitorescas e que remetem ao passado, como é o caso dos pescadores que habitam as margens do Rio Capibaribe, no centro da cidade, e fazem do seu trabalho diário, uma forma de presenciar as maneiras mais simples de conseguir alimento e posterior venda aos mercados. 
São várias embarcações e a maioria delas ficam aportadas no final da Rua da Aurora. O colorido das jangadas e dos barcos de pequeno porte remetem a uma atividade que anda meio esquecida nas cidades grandes, pois a poluição afastou os peixes e a maioria das formas de vida que os mares e rios nos proporcionam. Recife é banhada por mar e rio e isso faz desse contexto uma grande chance da prática das atividades de pesca ainda nos dias de hoje.
Outro dia quando passava próximo à casa da cultura, vi alguns peixes sendo vendidos vivos em sacos plásticos, da mesma forma como há tempos atrás e lembro bem quando minha mãe me trazia esses peixes das viagens que fazia ao Recife para realizar alguns tratamentos médicos.
Algumas atividades nunca deixam de ser praticadas, mesmo que estejam sendo feitas de forma mais moderna e que traga mais eficiência ao processo de produção, obtendo mais lucro e evitando o desgaste físico e material, pois em determinados casos nem compensaria ter alguma atividade se a venda dos produtos é cada vez mais rara.
Os peixes vendidos pelos pescadores ficam expostos no centro da cidade mesmo, próximo aos Cais de Santa Rita ou até no Mercado de São José. Pena que a valorização seja pouca, devido a poluição crescente que há nos rios da cidade e também da falta de higiene que muitos pescados possuem, não recebendo acondicionamento adequado e ficando expostos à contaminação, podendo causar diversas doenças aos seus consumidores.
Hoje a maioria dos alimentos que consumimos é comprada nos mercados e cada vez menos encontramos a forma antiga de comprar peixes ou carnes. Outra vez, na Praia de Baía Formosa, fiquei somente observando a volta dos pescadores do mar, cheios de peixes e com muitas oportunidades para os consumidores. Em pouco tempo os alimentos eram vendidos, com o frescor da manhã e com a certeza de serem mais limpos e sem tanta poluição, como nos grandes centros. 
A modernização faz com com muitas pessoas e atividades sejam mudadas, ora por necessidade, ora por comodidade. O que importa é que ainda podemos desfrutar desses meios de sobrevivência em alguns momentos e com isso perceber que nem sempre tudo está perdido e esquecido nos nossos pensamentos e atitudes.
Modernizar é preciso, mas as raízes jamais devem ser arrancadas, pois se assim for a essência jamais será conquistada novamente.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O Olhar Diferenciado

Se olhamos de forma diferente para o mundo, percebemos como podemos tirar proveito das situações e como elas nos ajudam a identificar a melhor forma de agir diante de tantas turbulências que passamos diariamente. A sabedoria de viver em harmonia com o mundo, percebendo tudo que ele nos dá de graça, é algo que jamais deve ser deixado de lado, esquecido, pois se assim fizermos, estaremos colocando em risco a nossa própria existência e sucesso.
Se algo impede a nossa visão, temos que buscar alternativas para enxergar o que nos foi tirado e dessa forma encontrar o belo olhar daquilo que poderia estar esquecido e fora da nossa realidade. A maioria das pessoas desiste de simplesmente enxergar o mundo diferente e termina ficando na mesmice de todos os dias e realizando sempre tudo da mesma forma. 
Sabemos que nem sempre essa nova visão será como a original, mas trará algo de bom e diferenciado e nos mostrará uma forma diversa de enxergar o que parecia não ter outra perspectiva e clareza para o mundo. Nem sempre uma sombra ou obscuridade na nossa frente nos mostra uma cegueira total, mas uma forma alternativa de obter novos ângulos, novas técnicas, novas maneiras de sorrir e de verificar que o brilho do dia pode sempre estar ao nosso dispor se agirmos com a cautela necessária de perceber o que não está tão exposto e visível aos nossos olhos, que podem ser inquietos e lentos também.
Não deixar jamais que esse olhar atento nos abandone é a melhor maneira de superar os obstáculos, fazendo com que nada passe despercebido na nossa frente e dessa forma nos faça enxergar que o óbvio pode estar a um palmo do nosso nariz, mas se não respirarmos fundo para sentirmos o seu cheiro, nada estaremos fazendo para aumentar o nosso sucesso e clareza diante das coisas.
Se percebemos o mundo com um olhar curioso, diferenciado, podemos sempre obter os melhores resultados e nunca ficarmos pensando nas atitudes que deveríamos ter tomado e que ficaram no passado sem a nossa intervenção. Vamos intervir, mudar a visão, mesclar as cores, ajustar o foco e buscar a melhor forma, sempre, de observar o mundo de uma maneira muito especial e cheia de sucesso.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

A Viagem

Andar de ônibus é uma tarefa complicada nos dias de hoje, pois agora não temos mais os "horários de pico" e toda hora há gente lotando os espaços e integrações de ônibus e metrô. Recife passa por isso todos os dias e o que mais nos deixa surpresos é perceber que a viagem é só um detalhe, pois as intervenções que presenciamos são muitas, sendo algumas engraçadas outras não.
Vim da cidade até o Cabo de Santo Agostinho de ônibus outro dia e numa só tacada encontrei várias pessoas engraçadas, realizando atitudes que poderiam ser evitadas para não colocar em risco o conforto das outras pessoas ou até mesmo a particularidade de cada um.
Vamos começar pela mãe que insistiu em dar "cascudos" nos filhos dentro do metrô, fazendo com que eles gritassem e ficassem causando um mal estar dentro do ambiente. O pior é que não era maldade e sim brincadeira entre eles. Ela dava "cascudos" neles todas as vezes que eles erravam uma pergunta que ela fazia a eles. A mãe era jovem, bem jovem e já tinha dois filhos. Estava, na verdade, brincando com eles.
Teve o caso da surfista e seu namorado que encostaram a prancha de surf no final do corredor e ficaram "sarrando" desesperadamente para todos verem a cena. Em determinados momentos o short dela subia tanto que aparecia parte da sua bunda. Os dois eram crianças crescidas e não preciso nem falar do volume que ficou na bermuda do rapaz, pois isso já é natural do ser humano e ele estava sendo excitado para isso. Naturalidades que poderiam ser feitas em locais mais apropriados.
Os vendedores de pipoca, salgadinhos e chocolates são um capítulo à parte desta viagem, pois os preços baixos dos produtos mostram muitas vezes itens vencidos e sem muita higiene, pois os saquinhos de pipoca ficam acomodados em outro saco maior, sujo e que se arrasta pelo chão constantemente.
Há os evangélicos que ficam cantando e vendendo produtos para ajudar aos drogados e também à igreja, mas há também os cantores de ocasião que com suas violas afinadas ou não entoam as mais diversas canções do imaginário popular, criando um ambiente sonorizado e confuso dentro do ônibus, uma espécie de "Lounge ao Contrário" onde a música lhe afeta e não lhe acalma.
A pior parte da viagem foi escutar um homem brigar com a ex namorada e dizer para ela que se ela gostasse mesmo dele teria esperado por ele e não o abandonado como fez. Depois da briga, quando ele desligou o telefone, ligou o celular com o som nas alturas e ficou escutando um brega "pega puta" e criando um ambiente "Lounge do Abandono" dentro do ônibus.
Como se não bastasse tantos sons, entrou um roqueiro com o seu celular ligado também, só que com um som mais pesado e com letras que só ele entendia. O ônibus ficou dividido em duas partes, a parte rock e a brega. Não dava para escutar uma ou outra, éramos obrigados a escutar as duas. Ambas de péssima qualidade.
Chegar na estação final do metrô foi um sufoco, mas pior ainda foi disputar as escadas lotadas e enfrentar as filas de espera pelos temidos ônibus tipo SEI (Sei Que Vou Sofrer). A realidade é dura para quem depende dos ônibus aqui no Recife e ainda mais porque as pessoas fazem dos locais verdadeiros celeiros de agonias e atividades, onde nem sempre o respeito ao próximo é a palavra da vez.
Ônibus coletivo se tornou sinônimo de agonia coletiva e uma simples viagem pode nos causar grandes transtornos e desconfortos jamais vistos. Daria uma bom tema para um filme ou documentário...

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Pague Quanto Puder

O Grupo de Teatro Magiluth está, neste mês de Agosto, com um projeto muito interessante chamado "Pague Quanto Puder", onde as pessoas podem ter acesso a espetáculos variados que a companhia já apresentou e pagar somente aquilo que estiver dentro das suas possibilidades financeiras, ou seja, o preço é o público quem diz.
Na verdade é uma forma de gerar público e dar acesso ao teatro a quem não tem tanta possibilidade de pagar os preços cobrados, já que nem todos os espetáculos são patrocinados e dependem da renda da bilheteria para se manterem em cartaz. Fui assistir a peça teatral "O Canto de Gregório" e gostei muito do resultado, pois trazia um tema denso, numa visão divertida e reflexiva sobre a vida, pois enquanto o personagem principal, Gregório, buscava saber os motivos reais que o mantinham vivo e quais eram as suas crenças e princípios diante de um mundo tão conturbado, apareciam várias interferências mentais, que eram postas em cena por mais três artistas que faziam de tudo para deixar a plateia mais à vontade e participativa.
Alguns temas polêmicos foram colocados para o público, como a caridade, a crença em Deus, o pudor, a religião, as drogas, o julgamento, os princípios e, principalmente, a razão de viver.
Percebemos a grande maestria do grupo em dominar a cena e também em tornar os momentos de apresentação, grandes delírios de realidade, onde cada palavra bem dita e interpretada, gerava risos, suspense e até admiração.
A maioria das pessoas que estavam por lá se divertiram muito e até participaram do julgamento, de forma contida, mas participaram. Notamos que a visão cênica pouco difere do que encontramos na nossa realidade e que os personagens parecem ser amigos próximos nossos, pois cada palavra dita e cada gesto praticado, mostram um pouco da capacidade humana e como ela é passível de problemas diversos, seja para o bem ou para o mal.
Um espetáculo recomendado, sem dúvida.
Mais uma grande atuação de um grupo que só merece aplausos e elogios!

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Olha o Degrau...

O Elevador Panorâmico, no Alto da Sé, nos possibilita esta linda visão das cidades de Olinda e Recife, mas o passeio que era um deleite está se tornando um pesadelo, pois agora só vai quem tem disposição para subir 124 degraus. Há um bom tempo que o elevador foi danificado pelas chuvas e até então a prefeitura não tomou providências para consertá-lo e deixar a população mais confortável com o passeio. 
Na verdade, Olinda está precisando de reparos em todas as partes e o centro histórico só não fica literalmente abandonado porque os moradores conservam suas casas lindas e organizadas. A prefeitura precisa fazer manutenção em postes de energia, luminárias e repor algumas lixeiras que estão quebradas. 
Até os guias turísticos já incluem na sua apresentação do local o fato do elevador estar quebrado. Uma vergonha. Hoje fui lá e fiquei um tempão lá em cima sozinho. Algo incomum, pois o local sempre era bem visitado quando tudo estava funcionando bem. Aproveitei o momento e tirei fotos de alguns ângulos que ainda não tinha testado, mas percebi que estamos deixando de lado um dos pontos turísticos mais interessantes que Olinda tem, pois a visão é linda e única e merece ser vista por mais pessoas, não somente por aqueles que enfrentam a escadaria.
Alguns pontos da escada do elevador estão sendo corroídos pela ferrugem e isso a cada dia vai se agravando, pois como todos nós sabemos, tudo que não tem manutenção, termina virando uma bomba relógio, pois quanto mais tempo passar, mais caro fica o conserto, pois novas imperfeições vão surgindo ao que está abandonado.
As pessoas que ficam cuidando do mirante já falam com os visitantes sem graça e já esperam uma reclamação, pois todo mundo fala logo: "Ainda está quebrado?"
Vergonha para Olinda que deixa de proporcionar aos seus visitantes mais este detalhe e conforto. Como é difícil manter as obras de acesso comum em perfeita ordem, pois tanto os órgãos públicos, como a população acabam com tudo, um sem fazer manutenção e outros destruindo tudo que há. No caso do elevador foi um fator natural, mas a inércia está demais para algo que pode ser consertado com mais brevidade, bastando que haja mais compromisso e apego ao turismo e ao lazer da população em geral.
Olha o degrau, degrau...

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

O Que Não Tem Valor, Valorizado Está!

Algumas coisas possuem valor sem fim, outras nem tanto...
O que falar daquilo que envolve sentimentos e situações? 
Sempre guardamos nas nossas lembranças mais sentimentais e ficamos felizes quando elas nos remetem às boas situações que fizeram ou ainda fazem parte da nossa vida, seja de que forma for. 
Não adianta explicar os sentimentos, ainda mais quando ele vem de pessoas que são importantes para nossa vida e contribuem para que os nossos momentos sejam cada vez mais impressionantes e tenham perpetuação total na nossa mente que não se cansa de relembrar os fatos que já vivemos e que foram importantes para suprir as deficiências que por algum momento poderíamos estar passando.
Quando recebemos um pouco de afeto e de demonstrações de carinho, ficamos com a certeza de que o mundo não existe somente para nos entristecer. Sempre temos algo bom para captar dessa desordem que impera por aí e que faz da nossa vida um caos em alguns momentos. A maioria das pessoas vive motivada para destruir a alegria dos outros e nem todos sabem realizar atividades de uma forma respeitosa e evolutiva, cultivando o amor ao próximo e, principalmente, o entendimento real das situações.
O valor das pequenas lembranças nos dá combustível necessário para ligarmos o motor e seguir viagem de cabeça erguida e com muita confiança em dias melhores e mais serenos, onde a certeza de bons resultados é maior do que a desgraça das gritarias e mal entendidos do cotidiano.
Saber alimentar o nosso ego com estas "lembrancinhas mágicas" é de grande importância para sabermos que nem sempre somos vistos com olhos negativos e que a admiração é bem pessoal e adaptada a cada pessoa e pensamento. Valorizado está aquele que recebe a atenção na hora certa, da forma mais inusitada, mais amorosa e sem cobranças futuras. 
Sem valor está aquele que não percebe isso e torna a vida dos outros um inferno e caos, onde os dias não possuem mais brilho e cada atividade é realizada como um suplício de uma vida que poderia ser muito boa e feliz.

domingo, 11 de agosto de 2013

Pai Herói

Pai
Pode ser que daqui algum tempo haja tempo para gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos
Pai e filho, talvez
Pai
Pode ser que dai você sinta
Qualquer coisa entre esses 20 ou 30 longos anos em busca de paz
Pai
Pode crer eu vou bem, eu estou indo, estou tentando, vivendo e pedindo
Com loucura pra você renascer
Pai
Eu não faço questão de ser tudo, só não quero e não vou ficar mudo
Para falar de amor para você
Pai
Senta aqui que o jantar tá mesa
Fala um pouco, tua voz está tão presa
Nos ensina esse jogo da vida, onde vida só paga para ver
Pai
Me perdoa essa insegurança, é que eu não sou mais aquela criança
Que um dia, morrendo de medo, nos seus braços você fez segredo
Nos seus passos você foi mais eu
Pai
Eu cresci e não houve outro jeito
Quero só recostar no teu peito e pedir para você ir lá em casa
E brincar de vovô com meu filho
No tapete da sala de estar
Pai
Você foi meu herói, meu bandido
Hoje é mais, muito mais que um amigo
Nem você, nem ninguém está sozinho
Você faz parte desse caminho
Que hoje eu sigo em paz
Pai
Paz


Composição: Fábio Júnior

sábado, 10 de agosto de 2013

Entre Cabelos, Olhos e Furacões

Filipe Catto lança o seu primeiro DVD, "Entre Cabelos, Olhos e Furacões", o qual demonstra a sua capacidade vocal e maestria no palco, pois a beleza do seu canto, associado a um jogo de cena grandioso, faz com que o espetáculo seja fator de admiração. 
A reunião das músicas do seu primeiro CD, inéditas e grandes sucessos da MPB mostrou um grande espetáculo ao amor, onde cada palavra remete a este sentimento tão confuso, mas tão marcante na vida de cada um de nós. O tema do DVD já mostra isso de cara e estabelece essa relação entre o amor e as loucuras que ele pode fazer conosco.
Ao todo o DVD traz 22 músicas e senti falta da música "Garçom" do Reginaldo Rossi, que o Felipe cantou tão bem no seu CD de estreia e espantou de vez o tom brega que a canção possuía, mostrando que ela é, também, uma apelo de amor, com muito bom gosto. 
A participação da cantora Blubell é grandiosa e a parceria dos dois na música "Johnny, Jack e Jameson" é perfeita, mostrando riqueza e harmonia na interpretação de uma música cantada em inglês, mas que é fruto da composição do Felipe Catto. Aliás, ele compõe a maioria das suas músicas e isso engrandece ainda mais o seu trabalho, pois o deixa mais autoral e personificado.
Destaco a nova versão da música "20 e Poucos Anos", grande sucesso do Fábio Junior no passado.
O que posso garantir é que o show é perfeito e retrata um pouco deste artista que está chegando para abrilhantar o tão carente celeiro de artistas masculinos na música brasileira, uma vez que a variedade de mulheres é grande, mas os homens são contados nos dedos. Sempre bom desfrutar de artistas como ele, que fazem bonito no palco, são afinados, competentes como compositores e produzem trabalhos valorosos, com grande organização e riqueza de detalhes.
Que o neon do coração que iluminava o palco na sua apresentação possa bater mais forte e iluminar muitos amantes do Brasil e do mundo.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Quando eu era Criança...

Quando eu era criança sonhava em ser adulto, mas hoje vejo que o tempo passou rápido demais e não tive tempo de entender completamente o real sentido da vida. A cada passo que dou aprendo mais e percebo que os adultos não passam de "crianças grandinhas". Alguns mais evoluídos, outros nem tanto... 
Lá se vão 40 anos...
Percebo olhares diferentes perto de mim, alguns de discórdia, outros de inveja, mas a maioria de admiração, ainda bem. Grandes momentos já vivi e sei que ainda irei passar por muitos outros, já que a vida não para nunca de evoluir e de contribuir com a nossa evolução diária. Não se pode esperar muito das pessoas, ainda mais quando elas não tiveram a oportunidade de aprender o essencial da vida, que é a educação e o respeito ao próximo. A maioria só engana, reclama e não entende nada da forma como deveria. Muitas vezes pensamos que falamos outra língua ou as nossas atitudes são irreais demais para serem compreendidas e vistas de boa forma.
Aprendi nesses 40 anos de vida que envelhecemos mais se não cuidarmos da nossa vida, deixando a dos outros de lado. Descobri que alimentação correta nos faz mais jovens e mantém o nosso corpo em forma sem que adotemos a aparência desgastada e gorda que geralmente encontramos nos mais descuidados e adeptos das comilanças e bebedeiras sem limite.
O mais engraçado é notar que parecemos estranhos quando agimos de forma adequada e que a maioria das pessoas só pretende nos levar para o buraco, de onde não temos condição nenhuma de emergir e enxergar a luz que nos ilumina a cada dia. O mês de Agosto começa, termina e nem tudo muda. O fato de estarmos completando idade nova só nos faz pensar diferente para algumas coisas e igualmente para muitas outras. Nem percebemos as rugas e cabelos brancos chegando e quando nos damos conta já estamos parecendo um maracujá seco com cabelos de milho, ralos e de cores diversas.
Quando pisamos confiantes e precisos, entendemos que a vida merece ser vivida sempre e que nada é em vão se tivermos a certeza de que o mais importante é acreditar em nós mesmos e nas nossas aptidões e desejos, mesmo que estes sejam incompreensíveis para a maioria das pessoas. 
Vamos viver 40, 50, 60, 70, 80, 90, 100...
Quem sabe um dia aprendemos o que a vida realmente quer nos mostrar.  
Quando descobrirem, me avisem, por favor.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

In Rio

Bebel Gilberto lançou o DVD "In Rio", que foi gravado no Arpoador, numa linda tarde de verão, onde o sol foi o guia das músicas e a público teve o prazer de desfrutar de uma das mais belas vozes da MPB num ambiente aberto e cheio de significado. As canções foram reflexo dos seus álbuns já lançados e mostraram esmero na produção e uma seleção musical que é a cara do Rio de Janeiro.
Quando Bebel Gilberto participou do Festival de Inverno de Garanhuns, fiquei feliz de poder ver de perto uma artista tão completa, mas que tem pouca divulgação nacional, sendo mais presente em eventos internacionais, onde já teve músicas suas figurando em trilhas sonoras de filmes de grande sucesso. Foi realmente um presente para a cidade tê-la por ali, cantando e mostrando o seu dom musical para uma cidade do interior pernambucano. Aqui no Recife não lembro dela ter feito algum show e por isso ressalto a importância desta participação na cidade que nasci.
Muitas das músicas que ela mostrou no show foram cantadas por Cazuza, já que ela foi parceira em muitas composições com o artista e por isso fica claro a sua identidade com o romantismo e beleza nas composições, pois muitas letras falam do amor mais intenso que possa existir.
Assistir ao DVD é algo único, pois cada momento nos faz perceber que a beleza musical, aliada a cenários grandiosos, como foi o caso do Morro Dois Irmãos, Praia de Ipanema, Leblon e o Arpoador, todos juntos e unidos, para tornar a festa ainda mais bela e proporcionar ao ouvinte um momento de extremo deleite musical.
São ao todo 16 músicas apresentadas no DVD e 17 músicas no CD. A ordem de apresentação varia um pouco, mas a essência se mantém viva e faz com que a obra seja referência para todos os que admiram a música nacional. As músicas tiveram arranjos primorosos, sempre levadas para o estilo eletrônico, que é característica marcante da artista, pois suas músicas bem cantadas só fazem bem aos nossos ouvidos e nos proporcionam momentos de grande satisfação e alegria.
Um DVD imperdível, sem dúvida.

Segue o Caminho do Boi da Macuca

O São João do Boi da Macuca, na cidade de Correntes, Pernambuco, acontece anualmente e reúne grande quantidade de pessoas que buscam nos fes...