quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Jogo das Cadeiras

Eu estou começando a acreditar que a minha vizinha está treinando para algum campeonato da "Dança das Cadeiras", pois somente assim é justificável o barulho que ela e seus filhos fazem durante grande parte do dia e da noite e só param quando eu ligo para reclamar do barulho. Outro dia ela fez bico no corredor e não falou comigo, como seu eu fosse ligar para isso, pois de gente mal educada estou passando longe. Ela passa o dia e a noite arrastando cadeiras e já cheguei até a pensar que o apartamento dela tinha algum encosto, assombração ou coisa parecida, até o dia que ela me ligou para pedir desculpas, pois eu tinha feito uma reclamação formal no condomínio sobre o barulho, e ela me justificou que estava "jantando". 
Eu disse: A senhora janta o dia todo? O barulho que eu escuto é constante.
A partir deste dia ela fez bico e vira a cara quando me vê.
Desejar ter um vizinho silencioso é o sonho de todos que moram em apartamentos, mas eu nunca tenho esta sorte, pois cada um que sai, abre espaço para outro pior. Como o apartamento do andar de cima é de aluguel, vivo nesta agonia e sempre que aparece alguém, trazem crianças problemáticas, barulhentas e sem limites. Outra vizinha que tive, colocava os filhos para andar de bicicleta dentro de casa e o barulho era infernal. Esta tem uma queda pelas cadeiras, infelizmente. 
A filha dela é um capítulo à parte. Grita o dia todo, bate a porta como se fosse uma bomba e faz barulho correndo dentro do apartamento, sem contar as brigas que ela tem com o irmão mais velho. Um inferno e mãe fica assistindo tudo de camarote, pois não vejo ela tomar nenhuma atitude.
Ontem mesmo a criatura inventou de bater prego às 23:00h e justamente o barulho era no meu quarto. Eu acho que ela muda os enfeites das paredes constantemente ou tem coleção de objetos, pois nunca vi bater tanto prego na minha vida. Ou ela tem estoque em casa e quer gastar ou gosta de deixar as paredes recheadas de coisinhas que eu não sei bem quais são. Talvez a bichinha não tenha relógio ou esteja usando o fuso horário de outro país, pois só assim justifica tal falta de noção e de educação, pois nos horários mais impróprios é que a triste faz mais barulho e compromete o descanso dos outros. Quando ela se mudou, fez a festa e ficou com o som ligado até altas horas da noite.
Ela tem um sotaque de carioca e outro dia comentava que tinha vindo para o Recife por causa do marido, que havia sido contratado para uma empresa em Suape. Espero que o contrato seja temporário e ela possa voltar para onde veio e me deixar em paz, pois desde que esta nova vizinha apareceu, minha vida e meu sono mudaram drasticamente.
Essa é a realidade de muitas pessoas que vivem em edifícios, pois nem sempre os vizinhos são razoáveis e percebem que o excesso que cometem termina interferindo na vida dos outros, já que nestes locais a convivência é mútua e não única, como acontece numa residência isolada e sem contato com os demais. A educação deve fazer parte das nossas vidas, pois se assim não for, ficaremos tendo atritos desnecessários, por motivos que nem deveriam ser lembrados, já que deveriam fazer parte da vida de qualquer pessoa consciente e comprometida com a boa convivência.
Não tenho sorte com vizinhos e sempre sofro com estas interferências que me deixam irritado, pois sempre procuro fazer o máximo de silêncio para não incomodar ninguém e só recebo em troca os barulhos mais infernizantes que se tem notícia.

Segue o Caminho do Boi da Macuca

O São João do Boi da Macuca, na cidade de Correntes, Pernambuco, acontece anualmente e reúne grande quantidade de pessoas que buscam nos fes...