sexta-feira, 25 de julho de 2014

Antigo, Novo, Incerto...

Conservar o que é antigo é muito complicado, pois os ajustes necessários para manter o detalhismo do passado sempre desafiam os engenheiros, arquitetos e os bolsos dos investidores. Um desses exemplos é o Edifício Chanteclair, que passou por reformas constantes nos últimos 10 anos e agora está finalmente pronto e sem uso definido. É uma obra de arte às margens do Rio Capibaribe e ao lado da famosa Igreja da Madre de Deus e do Paço Alfândega, shopping que também teve o seu funcionamento aquém das esperanças depositadas, já que o grande número de lojas fechadas é a característica mais marcante do local, que tem sustentação influenciada pela Livraria Cultura e pela praça da alimentação, que atende aos profissionais que trabalham nas redondezas e usam o espaço para realizar as suas refeições, especialmente na hora do almoço.
Os espaços são charmosos, mas ficaram com uma imagem estigmatizada de serem locais de preços altos e destinados ao público que possui um alto poder aquisitivo. Com a reforma dos galpões do Recife Antigo, pode ser que este perfil mude um pouco, já que a circulação de pessoas deve aumentar e fazer com que a área fique mais popular e procurada por todos. Aliás, se formos comparar o Recife Antigo de hoje com o que presenciávamos há 10 anos, veremos que muitas mudanças foram apresentadas e que agora o bairro respira um pouco com a grande quantidade de visitantes e ainda mais nos finais de semana, quando as ciclovias tomam conta das ruas e deixam o local com um aspecto mais familiar.
Ainda está indefinida a situação do Cais José Estelita, mas se o projeto realmente vingar, veremos uma mudança radical na área e poderemos ter a certeza de que tudo aquilo será em breve um grande celeiro de habitações e empresarias, fazendo com que um bairro esquecido e pouco movimentado em alguns horários, possa ganhar vida e ser aproveitado em todos os momentos.
Uma solução para o Paço Alfândega seria popularizar seus espaços, criando um acervo de lojas mais acessíveis e que chamassem a atenção do grande público, evitando que a evasão seja tão grande, como é hoje. Quem vai até o Paço Alfândega, geralmente tira fotos e vai para outro lugar. Não ficam ali para consumir muito, a não ser que seja alimento, café ou quem sabe algum item vendido na Livraria Cultura, que é um grande espaço anexo ao edifício histórico.
Queria ver o Espaço Chanteclair com vida e sendo útil. Se demorar muito, a grande obra que fizeram vai começar a perder o brilho e novamente ajustes serão necessários para que o funcionamento seja realizado e possa, enfim, gerar fruto e lucro. Não sei se há investidores interessados nesta obra, mas com um pouco de criatividade tudo se resolve e quem sabe poderemos ter belas surpresas em breve.
Vamos aguardar...

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