sábado, 19 de março de 2011

A Vida do Cisne Negro

Como de costume, achei que fosse dormir durante o filme "Cisne Negro", pois fui ao cinema depois da aula, cansado da semana árdua e corrida, mas tudo foi diferente. Da mesma forma como foi necessário que a personagem tivesse vivacidade para incorporar a bailarina obsecada pela dança, também fiquei incorporado ao filme e a todas as suas cenas de grande impacto para as nossas mentes, já que mostram com muita beleza e poesia o que uma tortura psicológica é capaz de fazer conosco e como somos reféns de sensações que muitas vezes nem imaginamos ter.
Natalie Portman emagreceu um bocado para viver a bailarina obcecada pelo sucesso e que tem como maior impulso a mãe fracassada, que deposita nela todas as suas angústias e arrependimentos. De certa forma ela tenta recompor na filha o que não foi e esta se sente pressionada o tempo todo e isso faz dela uma mulher fria, angustiada, medrosa. Sua dedicação à dança é exemplar, mas ela não consegue muitas vezes dar aos seus trabalhos a vivacidade necessária para compor um bom espetáculo e faz da sua ansiedade a chave mestra para alguns fracassos e deslizes na carreira que só está começando.
Em alguns momentos, parece um filme de terror devido às sequencias com alto grau de pressão psicológica, mostrando uma jovem cheia de visões erradas de si mesma e das pessoas que estão ao seu lado. Por não se libertar disso, termina criando mundos imaginários para suas vivências e sofre com todas elas, já que não consegue saber o que é real do que é fruto da sua imaginação.
Inseguranças todos nós temos, mas não podemos deixar de viver o nosso "Cisne Negro" em algumas etapas da nossa vida, pois nem sempre nos exigirão atitudes tênues e leves, sendo necessário que de vez em quando possamos assumir atos com mais vigor e com eles mostrar para o mundo o nosso potencial que estava escondido e que em alguns momentos precisava ser despertado por alguém mais forte ou seguro do que nós.
Sentir a dor dessa alegria de vida não é nada ruim e se soubermos usar bem isso ao nosso favor, sangraremos pouco, mas o suficiente para que tenhamos certeza que estamos no caminho certo, contribuindo com o nosso esforço para que todos os nossos espetáculos sejam aplaudidos de pé, por uma plateia que nos admira e quer nos ver sempre mostrando ótimos resultados onde quer que estejamos.

Segue o Caminho do Boi da Macuca

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