Em Garanhuns temos um grupo musical chamado Gaiamálgama, que reúne os sons do mundo e as várias manifestações culturais num espetáculo belo de cores e ritmos envolventes.
Nunca tinha visto ao vivo a aparesentação deles, mas tive oportunidade de assistir a gravação de um DVD e desde então fiquei curioso para ver como se comportaria o grupo num momento de palco, onde eu pudesse comprovar o talento dos artistas que encerraram a Festa Paschalia.
Vários sons são cantados durante o espetáculo e a banda reúne diversos instrumentos para deixar o clima de universalidade cada vez mais presente, fazendo com que os ouvintes viajem pelo mundo e pelas diversas nuances de línguas, cores e ritmos que temos acesso durante a apresentação que dura uma hora.
Dançar é o que o cantor e bailarino Diorges Albuquerque faz muito bem e auxiliado por mais duas bailarinas, nos remete aos rituais africanos, espanhóis, árabes e indianos de uma forma grandiosa e muito caprichada.
Há sintonia no grupo e notamos que fazem um trabalho que gostam e no palco se vestem como verdadeiros reis e rainhas da diversão e da música. Se formos observar bem o trabalho que eles apresentam, notaremos que a criatividade não tem limites e pode render bons frutos se estiver aliada à determinação e a curiosidade.
Além de encantarem o público que lotou o Teatro Alfredo Leite Cavalcante, o Gaiamálgama encantou também a mim e me fez perceber como a minha cidade natal é realmente ímpar e cheia de gente talentosa. A festa Paschalia tinha na sua essência música sacra e erudita, mas o grupo não era nem um nem outro e foi isso que tornou a festa mais diferenciada, pois abriu espaço para que os nossos talentos pudessem inserir um pouco da sua crença numa festa mais voltada para o aspecto religioso da páscoa.
Voltei ao Recife com saudades da minha terra e sei que em breve teremos mais festas espetaculares como o Festival de Inverno que se aproxima e que este ano completará 20 anos de existência.
