segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Rebuscado

Nem tudo que encontramos tem acabamento perfeito e ótima aparência e ficamos em alguns momentos com a impressão de que as pessoas não determinam a atenção necessária para realizar atividades que mereceriam um pouco mais de cautela.
Vi uma pequena obra que foi feita aqui no condomínio que moro e a impressão que tive é que nada foi feito, pois os restos de construção que foram deixados e o acabamento imperfeito colocaram em debate na minha mente se é realmente importante estarmos reformando determinadas coisas se não temos a capacidade ou dedicação de deixá-la melhorada e com um aspecto superior ao que encontramos.
Passei no shopping na semana passada e vi que uma linda loja tinha entrado em reforma. Não vi necessidade. Acho que ali é só exibicionismo da dona para mostrar o que não é necessário, que é uma cara nova a uma loja que já é belíssima e cheia de coisas bonitas. Muitos reformam por necessidade, outros não.
O que precisamos estar atentos é que as nossas reformas diárias devem mostrar melhorias sempre e nunca devemos permitir que haja retrocesso naquilo que fazemos, já que se assim for não haverá sentido de executarmos uma mudança em algo que até então está bom ou que precisa de pequenos retoques.
Aqui no meu condomínio, a reforma era necessária, mas pecaram no acabamento. Na loja, o acabamento já era perfeito e não havia, aparentemente, necessidade de se gastar dinheiro com uma reforma total de um ambiente que já estava funcional e adequado.
Sejamos corretos com as nossas reformas, principalmente com as que afetam a nossa mente, pois a partir delas poderemos melhorar tudo em nossas vidas e sempre deixar a nossa vivência funcional e sem reparos.
Ajustar nossos procedimentos e pensamentos é a melhor reforma que podemos fazer por nós...

domingo, 30 de janeiro de 2011

Anjos

Nossa vida é cheia de acontecimentos e todos nos fazem pensar um pouco sobre nós mesmos e principalmente sobre os que nos cercam. Estamos sempre recebendo influência de muitas pessoas, sejam elas boas ou ruins e isso muitas vezes até compromete o nosso ânimo e disposição, uma vez que existem aqueles que nos ajudam e também os que só desejam o nosso mal e buscam sempre sugar o que temos de mais importante, que é a nossa alegria e vivacidade.
A sensação de estar ao lado de pessoas elevadas, com espírito livre, é sem descrição e tenho certeza que é uma dádiva que devemos sempre guardar nos nossos corações para que esta alegria tenha durabilidade e consiga nos energizar em todos os dias das nossas vidas.
Anjos são aqueles que nos ajudam a voar, nos guardam e conseguem nos abanar com suas asas, nos trazendo um ar refrescante e possibilitando que tenhamos mais chances de aliviar nossa agonia diária. Não falo dos anjos decaídos, mas sim dos anjos elevados. Estes sim precisam da nossa atenção constantemente e devem fazer parte da nossa vida.
Voar mais alto e sempre não é tarefa fácil e se não tivermos bons instrutores, imagine a dificuldade...
Ser conduzido pela alegria é algo significante e não precisa de limites, já que dosar o que é bom é meio difícil de aceitar. Se temos vontade de conquistar novos horizontes, vamos pedir emprestado as asas dos anjos bons que nos aparecem e com isso saber que o momento é de comemoração e não de tristeza.
Já aprendeu a voar?

sábado, 29 de janeiro de 2011

Apaixonante, ferve...

A cantora pernambucana Mônica Feijó lançou na noite de ontem o seu mais novo CD "A Vista" e estive lá para conferir de perto o trabalho desta artista que já acompanho há algum tempo e vejo que sua evolução como cantora e compositora é ascendente, nos fazendo ficar encantados com a sua performance no palco.
Segura, bem organizada e afinadíssima ela iniciou pontualmente o seu show para a plateia que ocupava grande parte do Teatro Santa Isabel. O show teve momentos mais românticos, mas também trouxe músicas dançantes, fazendo com que todos pudessem gostar do resultado que foi apresentado.
Em 2005 tinha assistido a uma apresentação da cantora e era o lançamento de outro CD, o "Sambasala". O que foi apresentado ontem foi um show diferente e mais pop, misturando ritmos e trazendo também um pouco de samba bem do jeito que a cantora sabe fazer.
A produção que foi anunciada antes do início do show mostrava o que vi no palco, que foi um montante de boas ações e todas elas voltadas para o sucesso. Mônica fez bonito em todos os sentidos, desde o bom gosto ao escolher as músicas, a iluminação certeira e impecável, figurino correto e sem exageros, técnica, segurança e ótimas interpetações das suas músicas e das alheias.
Apaixonante, ferve...
Assim foi o show, a cantora e tudo o que foi mostrado.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Chico Science

Há quase 14 anos subia para o andar de cima um dos artistas mais criativos dos nos 90, o Chico Science. Sua mistura de rock e ritmos regionais deu luz ao mangue beat, que até hoje encontra seguidores, que inspirados nas suas letras e sons fazem da música pernambucana algo diferenciado e muito bom de ouvir.
Meu primeiro contato com o trabalho do artista foi no Festival de Inverno de Garanhuns, no ano de 1993, quando o encerramento de uma das noites foi feita com a banda "Chico Science e Nação Zumbi". Um espetáculo de luzes, ritmos, inspiração, criatividade.
Fiquei impressionado.
Chico morreu perto do carnaval, quando Olinda esquentava os tambores para a maior manifestação popular do país. Eu ainda morava em Garanhuns e recebi a notícia com muita tristeza, já que o artista fazia parte do meu rol de preferências e sempre escutava seus discos no meu quarto em alto e bom som.
Era com o maracatu eletrônico que ele conquistava multidões e aliado aos afoxés cibernéticos, teve a chance de deixar seu legado para muitos e com isso ser reconhecido até hoje pelo seu imenso talento. Não há carnaval que não tenha as músicas desta banda, que tinha como líder alguém realmente diferente e que fazia bonito na hora de cantar e de interpretar as mais variadas letras, que falavam do Recife, do Brasil e das suas grandes diferenças sociais e culturais.
Hoje Chico é cantado por muitos e todos colocam um pouco do seu talento à disposição deste que está em algum lugar por aí, irradiando sua energia e sua imensa força de espírito. Não há melhor maneira de demonstrar sua vitalidade do que mostrando a fotografia do seu túmulo no cemitério de Santo Amaro. O colorido e a alegria estão presentes até hoje e fazem do local onde o mestre da música descansa um lugar de visitação e de boas lembranças.
O maracatu atômico jamais ficará cansado e sua força persistirá durante muito tempo e tenho certeza que nunca se apagará. Não deixe de conferir os três CD's oficiais da banda. Dois em estúdio e um com remixes e gravações ao vivo. Gosto de todos e sempre escuto, tendo a certeza de que era muito cedo para ele ter ido e que o seu lugar ainda era aqui, entre nós.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Dupla Face

Algumas coisas são funcionais por serem dupla face, outras nem tanto...
Vou me apegar hoje às pessoas dupla face, ou seja, àquelas que usam e abusam das máscaras e fazem dos seus dias grandes monumentos à falsidade, pois conseguem enganar todas as pessoas e até a si mesmas com suas mudanças radicais de temperamento e opiniões.
Nem todos nascem dupla face e alguns vão adquirindo esta característica por necessidade ou por safadeza mesmo no cotidiano. Mesmo os mais retos de personalidade não conseguem ser única face a vida toda e em algum momento da vida adotam uma postura duplicada para esconder o que pode ser um desastre se for descoberto pelos outros. É a forma natural da vida e assim vamos aprendendo a cada momento, mas sempre moldando nossos pensamentos para que possamos ter uma face aceitável e única para que as pessoas possam nos reconhecer e nos sentir com mais plenitude.
Objetos dupla face são úteis e necessários, mas as pessoas não são bem assim e podemos facilmente descartar a sua presença ao nosso lado e buscar melhores formas de convivência ao lado de pessoas mais evoluídas e cheias de luz. A perfeita razão da vida está viva quando temos a possibilidade de melhorar nossas alegrias e os relacionamentos que construímos nos ajudam muito a sermos mais confiantes e precisos em tudo.
Fita dupla face, papel dupla face, roupa dupla face... Sim...
Gente dupla face... Não...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Mil Estrelas Acesas...

Uma mente psicodélica é algo impressionante, pois parece que vive num mundo fora da realidade e não vê o que está ao seu redor, tendo momentos de puro êxtase e alucinação. Não me sinto confortável com pessoas que possuem esta característica muito marcante e confesso que até me incomodam.
Fico impaciente com as atitudes e acho que é um modo louco de existir, já que terminam por chamar a atenção demais para algo que não deveria ter muito destaque. Não que devamos ser contidos demais em todos os momentos e situações, mas extrapolar os limites da ponderação e passar a ser uma criatura estridente, gritante e muito alucinada é algo que não cai bem para ninguém e especialmente quando estamos em grupo, já que nossa ação psicodélica constrange os que nos cercam e fazem com que fiquem desconfortáveis com o convívio.
Cada pessoa tem o seu jeito, mas saber a hora certa de viajar num mundo imaginário e cheio de luz e sons é essencial para mantermos a nossa firmeza na terra e com ela conseguir aprofundar os nossos conhecimentos para o nosso desenvolvimento e melhoria da nossa imagem como pessoas. Se ficarmos o tempo todo nesse mundo de cores e sensações, poderemos em um curto espaço de tempo perder a noção do que é realmente real e precisa ser adotado em nossas vidas.
Não há fruto quando usamos nosso potencial para deixar nossos momentos de vida com um aspecto ruim e incerto ou quando deixamos que a nossa estrutura seja abalada e a nossa presença ignorada pelos nossos semelhantes mais próximos.
Se mil estrelas acesas fazem um céu iluminado e bonito, nós, seres humanos, não precisamos de tantas para fazer dos nossos dias momentos de grande alegria e contemplação. A discrição é essencial para a nossa elevação, sendo ela nossa ferramenta principal para o crescimento como pessoa.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Iguarias Nordestinas

Sempre tive muita aversão para o consumo do caranguejo, seja pelo trabalho que dá ficar quebrando sua casca em busca de uma carne para comer, seja pela sua aparência pouco convidativa, pois suas pernas cabeludas e sua cabeça com um miolo escurecido sempre me deixavam com nojo desta iguaria muito apreciada aqui no nordeste.
Resolvi deixar de lado essa restrição e provei um pouco desse prato e confesso que é bem gostoso, mas não me atraiu ainda, já que ainda continuo achando o danado muito trabalhoso para se comer. Ainda cortei o dedo em dois lugares, pois quando quebramos sua casca, esta se torna uma afiada faca em forma de perna de caranguejo.
É bonito ver o crustáceo chegar e o seu cheiro é muito bom. Aconselho não ver o preparo senão você desiste na hora de comer, já que a sujeira que eles acumulam quando são pescados é muito grande e faz com que tenhamos um pouco de receio sobre o consumo.
Aqui no Nordeste temos uma infinidade de pratos que precisam de um estômago preparado para que possamos consumir e posso citar alguns: pé de porco, tripa assada, sarapatel, bucho de bode, feijoada, charque, maxixada, mocotó...
Já provei todos e cada um tem o seu jeito diferente e posso afirmar que são gostosos apesar da aparência e procedência que possuem. São iguarias nordestinas e fazem da nossa culinária algo diferenciado e cheio de sabores e calorias, já que todos estes pratos não são recomendados para aqueles que estão de dieta ou que não possuem uma flora intestinal muito bem organizada.
Na dúvida, não avance o sinal...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Amor Gravado

Quando o amor é eterno, ele fica gravado no nosso coração como se fosse numa pedra, evitando o desgaste diário dos vários fatores que podem contribuir para que ele se torne volátil e pouco acolhedor. Saber como esculpir esse grande sentimento nas nossas vidas é bem necessário se temos necessidade de viver bem e também de destinar aos outros bons sentimentos e sensações.
Quando estamos com o coração cheio de amor, parece que o nosso peito vai explodir de tanta alegria e notamos que o nosso corpo tem uma melhoria considerável no seu funcionamento, fazendo com que o sangue circule por todas as veias, não permitindo que a nossa vida seja interrompida.
Percebam como é interessante o brilho dos olhos de quem ama e como essa pessoa fica mais iluminada para a vida, fazendo de cada dia um momento especial e nunca achando ruim nada que lhe aparece. É a chama do amor que nos incendeia e nos faz ter atitudes que até então não esperávamos ter.
Amores existem vários, mas cada um terá o seu jeito se soubermos destinar a forma certa de cuidar e de zelar pelo seu crescimento, jamais permitindo que caia no esquecimento. Se deixamos de lado as pessoas que nos destinam amor é porque não estamos mais seguros do que queremos e poderemos perder tudo o que foi conquistado ao longo dos anos.
Um lugar especial para o amor deve existir nos nossos dias e não podemos ocupar nosso tempo integral com tudo e com todos, sem deixar um tempinho para a nossa paixão. Se ela se sente esquecida e desmerecida, irá procurar outras formas de preencher o coração e poderá até deixar que o poço gerado na pedra possa secar e ficar sem a vitalidade que esperamos.
Se encontramos um coração de pedra, mas cheio de amor dentro dele, é bem mais provável que ele consiga transformar esta em algo mais maleável e bom. Ao contrário, se deixamos que ele fique petrificado o tempo todo e não jogamos de vez em quando um pouco de água amorosa no seu conteúdo, teremos, com toda certeza, péssimos momentos e saberemos que a chama foi apagada para sempre.

domingo, 23 de janeiro de 2011

120, 130, 150 por hora...

Comprei o DVD " Elas Cantam Roberto Carlos" após a minha curiosidade ter sido despertada quando estava num restaurante no final do ano passado. Achei lindo o final do show quando todas as divas demonstravam um pouco da sua admiração pelo rei.
Comecei a assistir e logo fui vendo que não se tratava um show qualquer, pois todas deram o melhor de si para interpretar as músicas que fizeram sucesso na carreira do Roberto Carlos. Hebe Camargo abriu o show perfeitamente; nostálgica, confiante, emocionada. Uma demonstração de amor sem limites.
Depois foram vindo outras personalidades femininas da nossa música e lá para o meio do show aparece Marília Pêra, que mostrou por que é considerada uma das melhores atrizes do Brasil. Sua interpretação para a música "120,130,150 por hora" não era somente uma interpretação cantada, era uma dedicação total a um texto que falava de velocidade, de amargura e despedida. A artista foi tão perfeita que eu parei e fiquei repetindo a filmagem para tentar captar um pouco daquele carisma e impecável maestria na arte de cantar e interpretar.
Confiram e vejam o que vos falo.
Adorei todas, mas Marília me encantou mais profundamente no coração.
Outra linda e impecável interpretação ficou por conta de Wanderléa, que com sua imensa força mostrou uma canção de amor que é um escândalo, literalmente. Cada uma, do seu jeito, mostrou que temos perfeitas cantoras e que podem dar um toque pessoal ao que imaginamos não ser mais possível.
Daniela Mercury, Fernanda Abreu, Rosemary, Fafá de Belém, Zizi Possi, Luiza Possi, Celine Imbert, Paula Toller, Ivete Sangalo, Cláudia Leitte, Alcione, Marina, Martin'ália, Sandy, Adriana Calcanhotto e Ana Carolina arrasaram nas suas cantorias e fizeram um show digno de comemorar 50 anos de carreira do nosso maior compositor.
Faltou neste time as perfeitas Maria Bethânia e Elza Soares. Tenho certeza que fariam a diferença.
De qualquer forma, fica a dica para que escutem o CD e admirem o DVD, que é especial e deve ser guardado com muito cuidado nos acervos pessoais dos admiradores da música brasileira.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Informação

Quando a informação é demasiada ou dita de forma desorganizada, pode cansar e não chegar ao seu resultado esperado, pois nem todas as pessoas possuem conhecimento e habilidade suficientes para ficarem interpretando o que encontram por aí.
Vejo os meios de comunicação com muitas informações, mas o resultado que se espera não acontece, já que na maioria das vezes é vendido um conceito de algo que deveria ser praticado e visto bem detalhadamente para evitarmos erros e omissões nas interpretações.
Se tivermos necessidade de falar, vamos buscar a melhor linguagem para que possamos ser entendidos e com isso chegar mais perto das pessoas que nos cercam e precisam da nossa informação. Não basta encher placas e paredes com informações e deixar as pessoas duvidosas do que realmente é para ser passado, pois se assim for, o fruto será apodrecido muito antes de chegar à nossa mesa para o consumo.
Precisamos consumir informação clara, precisa, confiante e nada de ficarmos somente recebendo o que não presta ou simplesmente não favorece perfeitamente os nossos desejos de informação para o mundo e para nós mesmos. Se formos percebem bem, nosso sucesso depende muito da informação que recebemos e como direcionamos esta dádiva nas nossas vidas, fazendo com que os resultados sejam sentidos e com isso possamos ter melhores formas de mudar o que existe, seja no lado comportamental ou mental.
Mudar uma forma de agir ou de pensar é complicado e imagine se a informação necessária para ajudar nesta tomada de decisão também for desgastada?
Ficaremos cada dia mais confusos e sem saber ao certo o que precisamos para melhorar os nossos caminhos e também para ajustar melhor a forma como estamos lidando com os nossos desejos e percepções.
Mas há algo que precisa ser praticado, que é a nossa atenção.
Se temos informação e não temos atenção pelo que recebemos, ficamos impotentes e cheios de dúvidas sempre.
Informe-se e fique ligado...

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Mosaico

De forma proposital ou para aproveitar restos de cerâmica, azulejos, mármores, granitos e outros tipos de pedras, o mosaico é uma das artes mais usadas nas construções e nas artes. É uma forma de juntar os pedacinhos de várias formas e cores para dar um conjunto harmonioso a algo que poderia estar esquecido ou sem forma adequada.
Temos o dom de fazer das nossas vidas um mosaico também, aonde vamos juntando os pedacinhos que ao longo do tempo acumulamos e que fazem parte de nós, permitindo que com isso possamos construir um contexto de nós mesmos, onde poderemos ter uma superfície plana, talvez brilhosa, mas com muitos pedaços diferentes e impossíveis de serem iguais.
Cada situação que vivemos podem até serem parecidas, mas jamais serão iguais e não há como comparar as nossas vidas com as dos outros, mesmo que caminhemos numa mesma linha do tempo, tendo as mesmas contribuições de desejos. O mosaico é diferente e cada um dará o seu jeito pessoal à colagem de pedras, fazendo com isso desenhos abstratos, definidos ou quem sabe até nem desenhando nada, deixando a vida simples demais e sem muitos detalhes.
A primeira palavra que me vem à mente quando vejo um mosaico é "paciência" e a outra é "criatividade", pois se não formos pacientes e não destinarmos um pouco de criatividade em tudo que fazemos diariamente, jamais teremos uma vida diferenciada e cheia de formas diferentes como a da parede acima que fotografei.
A foto mostra uma escada simples, mas que foi enfeitada de ambos os lados por um mosaico colorido e muito bem feito, o que causou um grande impacto na entrada da casa e fazia com que a casa simples sem tornasse um destaque na rua que estava situada.  Se soubermos utilizar bem os pedaços da nossa vida, faremos grandes obras com ela e com isso poderemos mostrar a todos que a nossa existência vale mais do que o resto que foi ficando no caminho e que estes podem ser reaproveitados para novas conquistas e ótimas mudanças de vida.
Não faça do seu mosaico algo simples demais, pois esta arte já é chamativa por natureza, seja pela riqueza de detalhes ou pelo imenso diferencial de formas que apresenta. Escola a sua forma, sua cerâmica e faça o melhor que puder, nunca esquecendo de colar bem todas as pedras para que o seu caminho não fique com falhas e você tenha que ficar voltando para consertar. Talvez não encontre pedras adequadas para o encaixe e seu trabalho pode ficar muito comprometido.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Cordialidade

Encontro muitos cachorrinhos por aí e quando posso vou fotografando, pois o olhar deles me dizem muitas coisas, principalmente aqueles que vivem nas ruas e que são desamparados pelos seus donos, se é que algum dia tiveram algum.
Este da foto me acompanhou por um tempão num dia que estava fotografando e sempre me dava um olhar atento e cordial, como se estivesse zelando pela minha pessoa e me dando dicas dos melhores lugares para serem registrados. Assim como encontrei cordialidade neste lindo animal, encontramos nas pessoas que conhecemos e cada uma delas nos mostra uma forma agradável de nos destinar uma ajuda ou quem sabe um olhar aconchegante e cheio de respostas para as nossas dúvidas.
A forma cordial como tratamos as pessoas e também como somos tratados é importante para percebermos como vivemos em sociedade e também como é importante cada passo e atitude nossas para o nosso melhoramento diário e também para a compreensão do que realmente precisamos fazer para sermos felizes e completos.
Nada mais sereno e belo do que a gentileza estampada nas pessoas sem que para isso possamos cobrar nada de ninguém. Ficamos desacostumados com isso no cotidiano, pois o que mais vemos são pessoas querendo ultrapassar os limites das outras e tirar proveito de situações que comprometem a felicidade e integridade das pessoas.
Quem nunca teve possibilidade de entender o mundo com a sua beleza, jamais será capaz de ser codial com ninguém e sempre perderá vários pontos na prova que comumente somos obrigados a fazer, que é a avaliação da vida e da nossa própria consciência.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Despacho

Quase pisei num despacho outro dia, mas ainda deu tempo de fotografar já que estava saindo do Cemitério Santa Izabel, que fica na Chapada Diamantina e tem um estilo Bizantino e muito bonito de se ver.
Coisas da Bahia...
A galinha preta estava enterrada na entrada do cemitério e do lado de fora estavam suas penas e algumas gotas de sangue. Deve ter sido alguma mandinga forte que alguém fez para prejudicar o próximo, já que esses rituais na maioria das vezes são usados para este fim.
Na nossa vida, temos que despachar de vez o que não presta e deixar ao nosso lado o que nos favorece e nos dá possibilidades de ter dias felizes e bem alinhados, já que nada é pior do que termos atrasos de vida nos cercando e nos fazendo andar na contramão do sucesso. Não vamos usar galinhas pretas para isso, mas sim as cores da nossa vida e todas as animações que puderem ser percebidas pelos nossos olhos, já que é disso que precisamos a cada dia e é desse combustível que vivemos e precisamos nos abastecer sempre em todo o momento.
Nada de ficarmos parados no tempo somente esperando os acontecimentos e simpatias do destino. Temos que usar a arruda para espantar os olhos gordos da miséria, além de tomar aquele banho de sal grosso diariamente para nos purificar de todo o mal. Com Deus no coração não há problema que possa nos afetar e isso já é um bom motivo para deixarmos todos os problemas enterrados e mortos, dos quais brotarão esperanças de dias melhores e ótimas perspectivas de elevação nesta vida tão agitada que vivemos.
Se o tempo é ruim, vamos fazer da tempestade uma forma de nutrir nossa terra e dela colher bons frutos para todos nós, com muita confiança e sabedoria. Corpo fechado para o que não presta é o que necessitamos e isso não é nada difícil, basta que tenhamos boas companhias, ótimos pensamentos e a prática diária do bem, além, claro, do pensamento positivo 48 horas por dia.
Afaste tudo o que não presta da sua vida e tenha ótimos momentos...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Só tem Misto!!!!

A resposta de uma mulher num restaurante que parei foi, no mínimo, infeliz e sem atitude, pois quando perguntei se ela tinha sanduíche de queijo, ela me respondeu: Só tem misto.
Olhei para ela com uma interrogação bem grande na cabeça e perguntei de novo para me certificar da resposta e novamente ela me respondeu com uma cara bem abusada: SÓ TEM MISTO!!!
Eu não entendi. Se o sanduíche misto tem esse nome porque é feito de queijo e presunto, como não tinha sanduíche de queijo? Pensei... Ela deve ter outras variedades de misto aqui neste restaurante e então paguei para ver.
Disse para ela: Traga um misto.
Eis que quando o danado chegou, era exatamente o que eu imaginava. O sanduíche nada mais era do que pão, queijo e presunto. Ou a mulher tinha preguiça de fazer variedades de sanduíches e ficava com um tipo único no cardápio que proferia, ou realmente era fraca das faculdades mentais e não sabia que o sanduíche de queijo era somente uma parte do misto que ela servia para todos.
As pessoas nem percebem como cometem erros graves e como são descuidadas com as suas realizações, pois ficam focadas em praticar um ato só e somente, sem demonstrar interesse em inovar, seja por preguiça ou por má vontade. No caso da mulher que me serviu, acho que foi uma junção dos dois tipos e pelo movimento que estava no restaurante dela, pude notar o resultado da sua total falta de atitude, já que quase ninguém estava por lá e era notável o abandono da clientela naquele local que era para ser bem frequentado, já que estava localizado num posto de gasolina e próximo a lugares visitados.
Se ela continuar sendo mista e não variada, poderá em breve nem distinguir o que é um queijo de um presunto.
Será que ela sabe?

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Pegação

Normalmente nos deparamos com situações complicadas, mas semana passada me deparei com algumas que eu nem esperava...
Estava fotografando uma cachoeira e quando olhei para baixo vi um casal no maior amasso e o mais engraçado é que ela era uma estrangeira e ele um guia local. Ele puxava com veemência a roupa dela como se tivesse pressa para acabar logo com o ato e nem perceberam que tinha alguém por perto.
Isso só acontece comigo...
Sai rindo dali e não acabou por aí as minhas descobertas na cidade de Lençóis. A pousada que eu fiquei era numa rua bem escura e no outro dia logo cedo quando sai para a trilha encontrei na calçada um monte camisinhas usadas, que foram logo percebidas por mim e pela vizinha da pousada.
Eu olhei para ela e ri e ela disse logo para mim: A festa ontem foi boa!!!!
Eu disse que não tinha condições de um cristão sozinho ter feito aquele estrago e achava que as camisinhas fossem oriundas de algum lixo ou foram propositalmente deixadas ali. Se foram ou não, o que sei é que ficaram na calçada por alguns dias como se fossem um troféu.
Não para por aí não...
Estava eu na sala de estar da pousada, baixando minhas fotos, bem inocente, e o pessoal do meu quarto ao lado conversando muito. De repente uma mulher saiu do quarto e olhou para mim e disse: você podia pedir para as pessoas ficarem caladas? Tenho que dormir, pois vou acordar cedo.
Assim fiz e pedi para que o pessoal fizesse silêncio para que ela pudesse dormir. Não passou meia hora deste pedido, ela recebeu a visita de um moreno bem alto, que quando me viu ficou todo desconfiado.
Sabem o que aconteceu?
Adivinhem...
Pois bem, para quem estava cansada e queria dormir, ela até que transou muito e eu fiquei na sala de estar escutando todos os gemidos e suplicas para que ele não parasse. Era engraçado ela dizendo: Eu vou gozar de novo!!! Goza comigo!!!
No outro dia ela saiu do quarto bem serena e toda desconfiada para o meu lado, pois imaginava que eu ainda pudesse estar na sala de estar na hora da pegação. Estava.
Desfoquei a foto acima, mas e a minha visão foi real e os ouvidos captaram coisas que nosso imaginário somente fica frutificando.
Queria ter sido uma mosca para fotografar minha vizinha de quarto, mas isso fica para uma outra oportunidade.
Fica o registro dessas aventuras sexuais...

domingo, 16 de janeiro de 2011

Guardião

Este lindo cachorrinho, que todos os dias estava numa janela próxima a pousada que fiquei, em Lençóis, me fez pensar um pouco sobre a fidelidade e sobre a guarda, já que ele diariamente acompanhava o seu dono na janela e guardava com muita serenidade a casa que tinha como morador um idoso.
Não tinha nada que fizesse ele sair do lugar e nem flashes que tirassem a sua concentração. Ele era o dono do pedaço e guardava tudo com muita fidelidade. Assim também acontece nas nossas vidas, mas nem sempre encontramos pessoas dispostas a nos guardar e nos serem fiéis nos seus pensamentos e atitudes. Geralmente encontramos aproveitadores que só pensam em si mesmos e fazem de tudo para mascarar o que realmente são. Não se preocupam em guardar e sim deteriorar o que já existe.
A segurança que sentimos quando temos alguém fiel ao nosso lado é sem denominação e isso não há preço que pague. Se temos desconfiança por alguém é melhor nem investir ou continuar num relacionamento que será movido pela perseguição e olhares desencontrados e cheios de insegurança, fazendo dos nossos dias agonias perfeitas e sem limites.
Algumas pessoas pensam que confiam nas outras, mas são incapazes de confiar em si mesmas quanto mais nos outros e isso é o causador de toda a falta de guarda que temos nas nossas vidas, já que a maioria das pessoas não tem mais este sentimento. Guardar algo é bem natural no nosso coração quando temos amor e consideração por aquilo que escolhemos para destinar um pouco da nossa atenção e com isso aproveitar os melhores momentos da nossa vida.
Ser guardião é tarefa fácil quando gostamos de ser, mas quando não temos essa característica natural, fica muito complicado sustentar relações e amizades desta forma, já que nossa mão está aberta para que o vento leve tudo que achamos que estava guardado e seguro.
Foi-se com o vento...

sábado, 15 de janeiro de 2011

A Volta...

Hoje voltamos ao Recife e a viagem teve 20 horas de duração, uma hora a mais do que na ida. Foi um trajeto longo, mas muito legal, pois viemos observando as diferenças do nosso Brasil e também vendo as paisagens de cada local.
O Estado mais longo para ser ultrapassado é a Bahia e a impressão que temos é que estamos em outro país, pois são tantas as diferenças num só local que ele se torna quase um continente. Quando chegamos ao Estado de Sergipe, notamos logo que ali predomina o transporte de petróleo, que naquela área tem ricas nascentes e o torna um dos maiores produtores do ouro negro no Brasil.
Em Alagoas, notamos claramente que o que domina é a cana-de-açúcar e em segundo lugar os sem-terra. Nunca vi tantas invasões na minha vida. Acho isso uma vergonha, pois na maioria das vezes as pessoas que invadem as propriedades alheias nem precisam de um lugar e agem influenciados pelas pessoas gananciosas e influenciadoras.
Chegando no Estado de Pernambuco, notamos também uma grande predominância da cana-de-açúcar e usinas e somente quando estamos chegando perto da capital é que notamos a paisagem mudar para um aspecto mais litorâneo e confuso.
Confuso porque não sabemos onde terminam as cidades da região metropolitana e onde começa o Recife. Quem nunca veio por aqui fica doidinho e meio sem norte. A viagem foi tranquila, pois tivemos dois ótimos motoristas e ambos nos conduziram tranquilamente sem que sentíssemos nenhum atropelo na estrada longa e muito cansativa.
Os pés inchados são consequencia do tempo parados e sentados numa só posição. Ainda bem que a minha coluna não incomodou e tive uma viagem muito tranquila com alguns cochilos e direito a fotografias das mais engraçadas caras e bocas quando morfeu nos levou para os seus domínios.
Fica a saudade e o desejo de em breve voltar para fazer novos roteiros turísticos naquele local que é impressionante lindo, a Chapada Diamantina. Assim como a flor sempre viva nos dá a impressão de durabilidade e tempo decorrido, espero que as lembranças da viagem, que foram muitas, durem na minha mente e me tragam felicidade para todos os dias da minha vida.
Os ensinamentos que a natureza nos deu são importantes para as nossas vidas e nunca serão esquecidos. Foi um treinamento pleno e cheio de resultados positivos.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Poço do Diabo

Minha última aventura aqui na Chapada Diamantina foi para conhecer o Poço do Diabo, cenário do filme "Besouro", que contava a história de um capoeirista que morou na região e que até hoje é lembrado e serve de inspiração para os adeptos desta arte.
A caminhada é muito leve e não demora nem uma hora. Ainda bem, pois estava com o dedo machucado por causa de um tombo no dia anterior e por ironia do destino hoje machuquei o mesmo dedo assim que cheguei no local desta trilha. Fiz um curativo e segui em frente, devagar e sempre.
Logo que chegamos ao local, encontramos uma loja de artesanato e um restaurante, que serve de ponto de apoio aos turistas já que a caminhada leve atrai muitos visitantes e deixa a trilha com cara de passeio de fim de tarde e não com um aspecto de aventura.
No Poço do Diabo, pode-se praticar a tirolesa e o rapel e ambos são feitos nos paredões que dão suporte a linda cachoeira que lá existe. É um local ideal para banhos e para contemplação da natureza, já que a tranquilidade e sombra em abundância favorecem a permanência no local por um período mais elevado para o deleite das águas escuras.
Fiquei lembrando o filme e observando algumas cenas, quando os atores nadavam e faziam daquelas águas os cenários perfeitos para as lutas e também para o amor. Encontrei uma formação rochosa em forma de coração e achei bem interessante, pois a natureza faz esculturas diversas em locais que nem imaginamos.
Saindo de lá, fui comer uma moqueca de peixe deliciosa para fechar o meu período aqui na Chapada Diamantina. Estava tudo delicioso e com um tempero bem baiano, mas sem exageros. Fica a saudade deste local maravilhoso, mas pretendo em breve voltar para fazer novos roteiros e com isso conhecer mais e mais desta bênção da natureza e que muito encanta todos que passam por aqui.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Sossego

Hoje fui visitar aqui na Chapada Diamantina a Cachoeira do Sossego e as imagens que mais me remeteram a este nome foi as que captei das pessoas que encontrei no meio do caminho. As crianças na janela, algumas lavadeiras no rio, meninos brincando e um homem cortando fumo para fazer um cigarro.
O caminho para a cachoeira não é nada fácil e tivemos que pular muitas pedras para chegar até o local onde esta beleza natural se mostra para todos que enfrentam uma caminhada de 8 horas, ida e volta.
Metade deste caminho é feito nas margens do rio, andando sobre pedras irregulares ou quem sabe escalando alguns paredões para poder ultrapassar os locais de acesso mais difíceis. A queda de água é forte e as águas do local são muito frias, causando uma sensação térmica muito forte quando molhamos o nosso corpo cansado e quente de uma caminhada longa e feita sob o sol ameno, mas intenso.
Na volta passamos pelo Ribeirão do Meio, que é uma espécie de paredão, onde as pessoas descem escorregando e caem num poço de águas profundas e escuras.
Neste dia levei um tombo e machuquei os meus pés, além de ter rasgado a minha roupa quando escalava uma pedra alta e que exigiu de mim um esforço além da resistência do tecido que usava. Passei a maior parte da trilha com a calça rasgada, mas isso não me causou grandes problemas e segui em frente sem me preocupara com este atropelo de viagem.
O sossego foi meu guia e com isso consegui terminar a caminhada muito bem e satisfeito com o que vi.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Cachoeira do Buracão

Sem dúvida alguma, o roteiro mais interessante desta viagem à Chapada Diamantina foi o que fiz para a Cachoeira do Buracão. Viajamos 260 km pelas estradas da Bahia até chegar ao ponto onde iríamos iniciar uma caminhada de mais ou menos uma hora e meia para então descobrirmos um mundo insólito e que muito nos encantou.
No caminho, encontrei também outra queda de água muito bonita, chamada de Caminho Verde, pois no local onde está situada, as pequenas vegetações tomaram conta das pedras formando um paredão verde e muito bonito de se ver.
Para termos uma visão da Cachoeira do Buracão, temos que nadar uns 300 metros entre paredões, onde a corretenteza de águas escuras nos amedronta e nos faz ficar descrentes se vale tanto esforço para ver uma cachoeira. Valia sim o esforço.
Quando chegamos ao local onde a queda de água finalmente ficava aparente, tive a visão mais incrível da minha vida e jamais tinha me deparado com uma beleza natural tão impressionante. A força da água não deixava nem que o nosso olho ficasse aberto por muito tempo e os que se aventuraram em chegar mais perto da cachoeira, puderam tomar um banho nas águas fortes, movidas por uma chuva que caiu neste dia, deixando o fluxo de água mais intenso e mostrando para todos que a beleza da Chapada Diamantina se renova a cada nova visita que fazemos em algum ponto turístico que os roteiros de aventura nos mostram.
Algumas pessoas não tiveram coragem de enfrentar o rio para ver a cachoeira e confesso que eu também fiquei com receio de ir, mas como os guias nos disponibilizaram coletes salva-vidas para a travessia, fiquei mais seguro e confiante.
O nado de ida e volta é meio cansativo e em alguns momentos fiquei nadando de costas para dar um descanso à minha coluna e com isso aproveitar para observar a imensidão de pedras que nos cercavam e nos faziam ver um espetáculo da natureza que nenhuma fotografia será capaz de retratar verdadeiramente.
A foto acima que tirei foi do trajeto que fazemos até chegar ao local e percebam que o caminho é só de águas profundas, de até 70 metros. O guia levou as nossas câmeras por um caminho nas pedras, que é mais perigoso que o das águas, e lá pude pegar a máquina e fotografar o local, devolvendo depois para que ele evitasse que fosse molhada.
Recomendo o passeio, mas o ideal é dormir em alguma cidade mais próxima e logo cedo curtir o local, já que a maior parte do meu dia foi na estrada indo e vindo e aproveitando muito pouco dos banhos frios e refrescantes desta linda cachoeira.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Cachoeira da Fumaça

Fiz a trilha da Cachoeira da Fumaça pelo roteiro do alto, mas existe um roteiro de três dias para conhecer a cachoeira também pelo roteiro baixo, onde a fantástica queda de água pode ser contemplada com toda a sua beleza e fazendo jus ao nome já que a altura de quase 500 metros faz com que uma fumaça seja formada no seu topo, que é simplesmente o vapor da água que não consegue chegar até o chão.
Foi um dia de muita chuva e o caminho não foi nada fácil. Alagamentos, muita neblina, frio e até alguns escorregões nada agradáveis. O caminho total durou umas 7 horas e valeu muito o esforço já que fica muito difícil descrever a o que pude comprovar com os olhos. A queda de água é muito forte e algumas pessoas se arriscam com fotos bem pitorescas simulando um salto nas encostas da cachoeira que é uma das mais visitadas e preferidas pelos fotógrafos.
Antes de chegarmos lá, temos que passar por um rio e essa para mim foi a parte mais difícil e que me meteu muito medo, pois a correnteza estava forte devido às chuvas que não paravam de cair na região. Era aquela sensação de que qualquer deslize poderia nos levar para o topo da cachoeira, nos fazendo ser notícia mundial e tendo uma morte chique num monumento que a natureza nos mostra com tanta facilidade.
O que pude ver, foi o que a foto acima nos mostra. Se eu fosse mais destemido teria ido mais perto, mas como meu medo de altura é algo que não me larga, fotografei de longe mesmo e usei o zoom para aproximar o que as minhas pernas não me deixaram ver de perto.
Valeu o passeio e um dia pretendo conhecer esta beleza por baixo, num roteiro mais demorado e que nos proporciona uma visão geral da imensidão de água que só pude ver de do alto e de forma resumida.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Caverna da Lapa Doce

Nunca tinha visitado uma caverna como a que hoje explorei aqui na Chapada Diamantina e confesso que não me apaixonei pelo local, já que a poeira é abundante, a escuridão sem fim e a sensação de clausura é inevitável.
Tivemos que andar com lanternas para iluminar nosso caminho, que era delimitado por cordas para evitar que as pessoas não se perdessem naquela imensidão escura e empoeirada. Há formações rochosas variadas e as mais conhecidas são as estalactites e estalagmites que se formam a partir das várias nascentes de água que existem no teto da caverna. Há uma formação interessante e que lembra o local onde Jesus nasceu. No local é comum encontrarmos estudantes que vão em busca de aprendizado, já que a trilha não é de grande dificuldade e exige pouco das pessoas que a visitam.
Houve um momento de reflexão no passeio, onde os guias apagaram as luminárias que levavam e pediram para que todos ficassem em silêncio total. Podíamos escutar o barulho dos pingos de água e sentir de perto a escuridão do local, que sem a ajuda do homem se torna sombras e umidade.
Lá é o local preferido para os morcegos, que resolveram ficar quietinhos nos seus lugares e não nos importunaram. Achei ótimo, pois estes danados nos metem um medo danado além de poderem nos morder e nos repassar carrapatos.
O acesso a esta atração da natureza é pago e o valor é revertido para a manutenção do local que está situado numa propriedade particular, onde os donos souberam muito bem explorar o turismo, criando uma área de refeições e pequenas compras.
Gosto de passeios mais abertos, mas este foi interessante e me deu possibilidade de conhecer um mundo submerso que até então era só fantasia na minha mente. As paredes da caverna eram altas e não tivemos em nenhum momento momentos de aperto na caminhada que fizemos. Gostei mais da visão externa da caverna, mas a foto que selecionei para a postagem foi a que captei quando entrei no local, mostrando algumas pessoas pequenas diante de tanta grandiosidade. Saber que estamos submersos e que lá também existe um mundo para descobrirmos é algo engrandecedor e só nos faz adorar ainda mais o que este local mágico nos proporciona.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Morro do Pai Inácio

A minha primeira visão do Morro do Pai Inácio, que é o cartão postal mais conhecido aqui da Chapada Diamantina, foi na novela "Pedra sobre Pedra", que mostrava na sua abertura as pedras se transformando em belas mulheres.
O local é fascinante, altíssimo e tem um ar espetacular. A visão é impressionante e não sai da mente de quem visita o local, já que é nas alturas que podemos notar com mais certeza a grandiosidade do nosso Brasil, que sempre nos oferece ótimas opções de desfrute da natureza. O acesso ao local é fácil e subimos uma pequena trilha para chegar até o topo. Para os que possuem dificuldade de andar em locais elevados, a trilha não é recomendada, pois a altura do local nos dá um pouco de vertigem e faz com que tenhamos medo de chegar muito perto das pedras que ficam na borda.
Não foi esse o medo que o "Pai Inácio" teve no passado quando uma história de amor o levou a fugir para o morro e simular uma queda lá de cima, sendo este o motivo do local ter o seu nome nos dias de hoje.
É comum notarmos as pessoas meditando lá no alto e contemplando sem pressa a paisagem sem fim, pois de lá podemos ver outros picos famosos da Chapada Diamantina, que ao entardecer recebem raios solares dourados fazendo com que as pedras fiquem ainda mais iluminadas pelo astro rei.
Eu confesso que não tive muita coragem de chegar pertinho das bordas do morro e preferi fotografar de longe para não ficar tonto, já que o vento forte pode comprometer um pouco os nossos reflexos nos deixando numa situação que pode nos causar um pouco de perigo.
Enquanto eu tive receio, muitas pessoas se arriscavam e chegavam bem perto das encostas para tirar uma fotografia e para registrar sua imagem próxima ao local, deixando o momento eterno, na mente e nos arquivos digitais das várias máquinas fotográficas que não se cansavam de disparar.
O frio lá em cima é bem notável e aos poucos a neblina vai se formando, chamando a noite para o local que esconderá aqueles lindos monumentos de pedra que novamente serão mostrados na manhã seguinte aos visitantes ávidos por uma imagem como a que captei acima e que guardo com muito carinho nos meus arquivos, principalmente o cerebral.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Lençóis

Hoje cheguei à cidade de Lencóis, na Chapada Diamantina, e me encantei com o estilo colonial das ruas e casarios que conservam o colorido e estilo de épocas passadas, quando a cidade era ponto de apoio para os garimpeiros que usavam a cidade como ponto de apoio para as suas viagens de exploração de pedras preciosas, especialmente os diamantes.
Hoje a cidade mudou muito e se tornou um centro turístico impressionante que abriga várias agências do ramo, restaurantes de todas as culinárias e muitas lojas de presentes. Tudo isso se deu porque o público que frequenta a Chapada Diamantina vem em busca das belezas naturais do local, que são conhecidas através dos roteiros diversos e que levam os visitantes à passeios leves, radicais ou muito cansativos.
Há muitas pousadas e hotéis, mas é nas pousadas simples e sem muito luxo que os aventureiros encontram o descanso necessário para repor as energias gastas nas trilhas que são amplamente procuradas por todos. De todos os lugares do mundo aparecem pessoas e a grande maioria dos turistas vem de fora. É comum encontrarmos nas ruas da cidade pessoas da Suíça, Alemanha, França, Estados Unidos, Inglaterra, Espanha e outros países do nosso mundo.
São pessoas diferenciadas e na maioria jovens. Gostam de muita maconha, tatuagens e roupas diferentes e voltadas para a arte. É comum encontrarmos pessoas bem estranhas por aqui, daquelas que geralmente não encontramos nas grandes cidades, pois os cabelos possuem cortes diferentes e os estilos de se vestir proporcionam grande encantamento visual e nos faz notar como somos diferentes um dos outros.
Os brasileiros são a minoria dos visitantes, não sei se por desinteresse por este tipo de turismo, ou se por falta de conhecimento. De qualquer forma, a cidade ferve e fica lotada em todos os dias da semana e sempre encontra meios de receber aqueles que a procuram para alguns dias de aventura e desfrute de lindas paisagens.
Minha aventura por aqui está apenas começando e pretendo passar na cidade seis dias seguindo um roteiro que me mostrará as belezas do local e também me proporcionará grandes momentos fazendo uma das atividades que mais adoro, que é a fotografia.
É só o começo e durante a semana irei falar um pouco das minhas aventuras por aqui. Minha primeira impressão foi ótima e gostei muito do visual da cidade e do local. Fui recebido com muita chuva, mas espero que ela não seja minha companheira nos dias que passarei por aqui, já que fazer aventura na chuva não é muito confortável e aqui pode até ser perigoso, já que a região há muitas cachoeiras, água em abundância e muitas áreas cheias de pedras, que com a chuva se tornam peças fáceis para um escorregão.
Que a semana seja ótima, com muitas fotografias...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Cheiro de Amor

Ganhei neste Natal um presente que me trouxe ótimas recordações e me fez perceber o quanto a criatividade das pessoas é infinita para a realização de ações que nos emocionem de forma grandiosa. O DVD que ganhei foi o da Banda Cheiro de Amor, que num show acústico cantou as músicas que mais gosto, me fazendo ter uma percepção bela do Forte São Marcelo, em Salvador.
Já tinha visto o local a partir do Mercado Modelo e da Cidade Alta, mas nunca tinha imaginado que ele pudesse ser transformado num palco de espetáculos como foi feito para a gravação do especial. Ficou lindo o resultado e só mostrou a versatilidade dos nossos artistas que não param de inovar nas locações dos seus shows, fazendo com que o lugar comum seja esquecido, dando espaço ao diferente e sofisticado.
Em Garanhuns, a Banda Cheiro de Amor animou muitas festas, inclusive a Garanheta, que foi extinta mas ficou na memória de todos como uma das micaretas mais animadas do interior. Eu participava de todas que podia e sempre me diverti muito naquela época.
Gosto quando vejo artistas nos trazerem diferenciais e um fato parecido aconteceu com o DVD da Zélia Duncan, "Eu me Transformo em Outras", no qual ela dispensou o público e fez um show intimista, com cara de quem estava cantando escondido e sendo observada pelos vizinhos. O resultado também foi impressionante e acredito ser uma das maiores invenções na grande lista de DVD's gravados hoje em dia no Brasil.
É bom desfrutar dessas alegrias e melhor ainda é saber que pude acrescentar ao meu acervo mais um espetacular item, sabendo que as boas recordações que ele me traz sempre estarão ao meu dispor para que eu possa ver e escutar. 
Vai sacudir, vai abalar, com muito cheiro de amor no ar.
É festa na cidade, explode o coração...

Fotografia do Forte São Marcelo, tendo ao centro o local onde a banda realizou o show para um seleto grupo de pessoas.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Levando Fumo...

Aqui em Pernambuco e quem sabe no Brasil todo existe um dito popular para aquelas situações nas quais temos algum tipo de prejuízo ou quando algo acontece fora dos nossos controles. Dizemos que "levamos fumo" para demostrar nossa insatisfação diante daquilo que era para ter acontecido de uma forma mais proveitosa e que não nos trouxesse maiores perturbações.
Não vou nem falar sobre as outras conotações da expressão e vou me ater somente aos fatos que já citei...
Prejuízos acontecem na vida de todas as pessoas, mas algumas facilitam e deixam a porta aberta para a desgraça, uma vez que nem se dão conta das inúmeras oportunidades que deixam passar fazendo com que o fogo do desgaste vá aos poucos consumindo toda a sua existência e matando pelo sufocamento.
Se formos observar um rolo de fumo como os que estão retratados acima, veremos o estrago que uma atitude dessas pode nos causar, já que só o visual já nos dá arrepios.
Passar por situações ruins é completamente normal, mas se formos analisar cada uma delas, veremos que a maioria foi causada por nós mesmos, seja quando deixamos de cuidar melhor das nossas ações ou quando fazemos de conta que não estamos sentindo o estrago acontecer nas nossa vidas. As realidades vão acontecendo e quando notamos a fumaça já tomou conta de tudo, fazendo com que a nossa respiração fique comprometida para a resolução dos fatos.
Precisamos respirar para resolvermos tudo com mais clareza, já que o ar oxigena o nosso cérebro e nos faz pensar melhor...
Ficar "levando fumo" constantemente não é bom e compromete os nossos sentidos, nosso cheiro e também a nossa saúde. Saibam levar a vida de forma concreta e sem atropelos, pois bem mais fácil do que ficar tragando um ar poluído e cheio de coisas ruins é buscar novas alternativas para a vida de cada um de nós, onde a criatividade e atitude são peças essenciais desse imenso "rolo" que a vida é.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Remendo

Estive outro dia na Praia de Coqueirinho e ao me sentar numa das cadeiras da barraca que parei para tomar uma água, notei o remendo da foto, o que me chamou bastante atenção pelo fato dele deixar a cadeira instável e muito passível de uma queda.
Procuramos dar aquele "jeitinho" nas coisas que temos mas nem sempre estes funcionam e podem comprometer todo o resultado de uma atividade ou colocar em risco a integridade das pessoas, com pequenos acidentes ou marcas que não ficarão jamais imperceptíveis.
Nunca gostei de estar "dando pontinhos" na minha vida e acredito sempre na melhor forma de executar uma atividade para que o resultado seja satisfatório e nos dê boas visões daquilo que estamos determinados a fazer. Nada é em vão quando o nosso esforço busca a perfeição e saibam que esta deve ser nossa meta sempre. Se deu errado, é melhor repetir do que ficar ajustando o que muitas vezes não pode ser arrumado, já que a visualização do trabalho se torna disforme e sem muita credibilidade.
Imagine se no nosso trabalho diário ficamos consertando o tempo todo atividades que sempre precisam de perfeição e de atenção nossa?
Se assim fosse, o nosso emprego estaria comprometido assim como a nossa confiabilidade diante de uma atividade que nos foi determinada.
Tudo é muito pouco para fazermos o melhor e isso será um reflexo no nosso futuro e na nossa imagem como pessoas, profissionais, estudantes...
Não precisamos ser perfeitos o tempo todo, mas ficar remendando a nossa vida e deixando o nosso caminho cheio de pontos mal feitos e que podem facilmente ser desatados não é nada bom. O ponto inicial para nós é o planejamento do que iremos fazer, pois somente assim ficaremos com mais consciência do que necessitamos para os nossos dias e também teremos menos probabilidade de erros grosseiros e que comprometam todo um esforço que foi destinado a algo que nos "finalmentes" não teve o resultado que esperávamos. 

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Casca da Laranja

Quando eu era criança, e isso já faz algum tempo, costumava brincar com a casca da laranja que ficava em forma de fios quando eram removidas da fruta com a ajuda de uma máquina prática e que facilitava muito a vida dos vendedores ambulantes nas feiras.
Vi estas laranjas na feira de Itambé e busquei logo registrar a imagem, pois a beleza das frutas me chamou a atenção, além do vendedor que era um senhor idoso e que ficou meio sem entender o fato de eu estar fotografando as frutas que ele vendia.
Ficou me olhando com uma cara de "Que louco é esse?". Agradeci a gentileza e fotografei o que pude, inclusive os confeitos que ele vendia na sua barraquinha. Era tudo simples, mas de grande significado, já que me remetia a momentos bons da minha vida e me fazia perceber que em todas as épocas é possível que determinadas situações possam nos arrebatar e nos fazer saudosos.
Vivemos de lembranças, sejam elas boas ou ruins, mas a necessidade que devemos ter é de sempre guardar o que nos alegra, pois a tristeza e melancolia não ajudarão no nosso desenvolvimento e tudo que for necessário para que a nossa realidade mude de figura, deveremos fazer.
Nenhum esforço é pequeno quando o assunto é felicidade e boas recordações. Detesto ficar batendo em tecla que não funciona mais ou procurando entender o que não tem explicação. Sabedoria é viver feliz e a partir das boas recordações que temos, procurar aperfeiçoar os nossos caminhos e desta forma estar sempre cheios de vitamina C para vencer todas as quedas de imunidade que possamos ter.
Estar imune à tristeza já é um bom caminho para a felicidade sem limites...

Segue o Caminho do Boi da Macuca

O São João do Boi da Macuca, na cidade de Correntes, Pernambuco, acontece anualmente e reúne grande quantidade de pessoas que buscam nos fes...