quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Exposição Voluntária

Esta semana vi o perfil de um amigo, numa rede social, e para minha surpresa ele estava reclamando de uma publicação que fizeram com uma fotografia dele, quando o transformaram num "Meme" com frases um pouco duvidosas e grosseiras.
Para ficar mais surpreso ainda, notei que ele mesmo dava cabimento para aquilo tudo, divulgando suas fotos em trajes sumários e sempre bem à vontade para o público em geral. Basta entrar na página dele para perceber que o perfil é uma terra de ninguém e ali todos podem comentar, curtir e compartilhar.
Como esperar algo diferente diante de uma situação dessas?
Podemos buscar que a nossa privacidade seja respeitada quando fazemos isso por nós e respeitamos os nossos espaços, pois se deixarmos tudo muito exposto e aberto para todos, corremos o risco das pessoas quererem realizar as mais diversas críticas e comentários sobre algo que "aparentemente" estávamos despreparados para receber. 
Temos que aprender a dar regras à nossa vida e parar para pensar nas consequências que os nossos atos podem trazer, pois se isso não for feito, ficaremos sem entender ao certo até onde podemos ir e o que deveremos escutar em troca. As redes sociais são disputadas e cada um mostra o que quer, fazendo dos seus perfis um espelho da sua vida ou quem sabe do seu modo de existir, seja ele cheio de detalhes ou vazio como um buraco sem fim.
Publicar besteiras e fotografias indiscretas todo mundo pode, mas receber comentários sobre estas ações é algo que a maioria não está preparada para receber e aguentar. Melhor é sempre usar os limites que temos em tudo e dessa forma ganhar mais pontos naquilo que iremos realizar nas nossas vidas, pois se jamais tivermos a consciência do que fazemos, ficaremos só percebendo isso quando o nosso nome ou imagem está envolvido numa agonia tamanha de situações e comentários desnecessários. 
Nossa sede de exposição é tanta que esquecemos que ela pode nos mostrar um mundo bem mais diferente do que estamos preparados para receber. A dignidade e a restrição das nossas ações começa com nós mesmos e se perdemos o limite desde cedo, ficaremos sempre lutando contra os inimigos que nós mesmos ajudamos a criar.

Segue o Caminho do Boi da Macuca

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