quarta-feira, 30 de abril de 2014

Disputa de Egos

A disputa muitas vezes é saudável e faz com que o homem tenha mais chances de vislumbrar melhorias para a sua vida, já que estará travando uma pequena guerra com alguém que teve uma diferenciação de pensamentos ou de atitudes que, se comparadas com as nossas, geram um conflito interno muitas vezes irremediável.
O que não é interessante é a disputa de egos, pois geralmente cria situações de puro exibicionismo e faz com que algumas vezes assumamos um papel um pouco afetado diante das pessoas, podendo constranger ou até criar um momento inoportuno que poderia ser evitado e deixado de lado para abrir espaço para o que realmente interessa.
Chamar a atenção é uma característica que muitos possuem, mas é bem mais interessante quando isso acontece de forma natural e não forçada, pois quando isso ocorre terminamos passando uma imagem um tanto ridícula diante de um circo onde os olhares e interpretações são mais grosseiras do que a realidade dos fatos.
Nem percebemos direito quando estamos criando uma situação chata e isso pode ter um impacto maior se deixarmos que o nosso ego ou excesso de exibicionismo tome conta das nossas vidas, nos fazendo buscar um espaço que nem sempre é nosso, mas que lutamos insistentemente para conseguirmos, como se isso fosse a chave maior do sucesso ou da realização pessoal, o que não é verdade.
É bom sermos lembrados por nossos atos corretos, pela boa interpretação que fazem das nossas ações e, principalmente, pela nossa discrição. Ficar chamando a atenção por nada e gerando momentos de conflito para enaltecer os nossos estrelismos não é nada bom e termina deixando as pessoas irritadas e cheias de mágoas, pois a fúria desesperada de buscar um lugar ao sol nos faz cair numa escuridão sem fim, onde a imagem tão almejada e idealizada fica cada vez mais marcada pela arrogância e falta de noção.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Descuido Total

Domingo passado estava andando no centro do Recife e fiquei impressionado com a sujeira e descuido que as ruas apresentam, quando nem sempre os ajustes dependem do poder público, mas sim da iniciativa privada, já que muitos edifícios comerciais precisam de manutenção para ficarem mais apresentáveis ao público, gerando um maior conforto visual para quem anda por ali. Durante a semana, quando o movimento não é tão intenso, talvez nem percebamos isso, mas aos domingos, quando as ruas ficam vazias, podemos observar o estrago geral nas calçadas, muros, paredes e em diversos monumentos históricos que sofrem com as intervenções dos vândalos.
Lixo em locais inadequados, esgotos nas calçadas, ambulantes vendendo comida e sujando tudo, construções inacabadas e tudo mais que possamos encontrar faz do centro da cidade um espaço desorganizado, indiferente ao progresso anunciado para o Estado e capital.
Se todos cuidassem melhor dos seus pontos de comércio e se uma disciplina efetiva fosse feita nas ruas, já contribuíam para que uma limpeza visual fosse conseguida e desse ao público um espaço mais digno para realizar suas atividades e também para que o turismo fosse praticado com mais ênfase pelos visitantes que chegam a cidade diariamente.
No Recife antigo, menina dos olhos de grandes investimentos turísticos, vemos algo mais elaborado e a preocupação é constante com a manutenção dos espaços, embora muitas vezes tenhamos problemas que poderiam ser melhorados com um pouco mais de atenção e esmero nas ações.
A orla da Praia de Boa Viagem está organizada e isso é fruto do acúmulo de turistas que sempre estão por lá, como se não existissem outros espaços para a visitação. apreciar o centro da cidade do Recife nas condições atuais é uma vergonha e basta um olhar para termos a certeza de que os anos só fizeram mal aos monumentos e ruas do já complicado e movimentado centro da cidade.
Mendigos se proliferam em todos os espaços e a sujeira que eles deixam é impressionante, pois fazem das ruas suas casas com direito a banheiro, quarto e cozinha. Os resíduos de urina, fezes e alimentos ficam ali mesmo, na rua, misturados, torcendo para alguém pisar. O pior de tudo é que alguns ambulantes que comercializam alimentos vendem seus produtos bem próximos dessa imundície e o risco de contaminação é bem alto, se é que eles sabem o que é isso.
Contaminação para mim é ver todo o centro da cidade do jeito que está. Parece uma doença corrosiva e que aos poucos vai tirando a beleza da cidade e mostrando que o seu povo também é culpado, já que nem tudo sofre a ação do tempo, mas do homem que suja, destrói e danifica tudo aquilo que foi feito e pensado para proporcionar a sua convivência harmônica com a cidade e com todas as belezas que ela oferece.
Já está na hora do prefeito pensar em outras ações mais eficazes e não somente em ciclovias que deixam o trânsito difícil aos domingos, dia que tínhamos um pouco mais de alívio nesta árdua e tenebrosa tarefa, que é dirigir. Não sou contra as ciclovias, acho válidas e salutares, mas uma estrutura adequada deve ser pensada e não somente criar as intervenções e bloqueios como está acontecendo. Basta circular na cidade aos domingos e feriados para ver como de uma hora para outra todo mundo virou atleta e saem para as ruas com suas bicicletas nem sempre prudentes no trânsito.
A foto ilustra o Rio Capibaribe com a maré baixa e pela quantidade de lixo que notamos nas margens já dá para perceber como os habitantes da cidade estão precisando de educação, de consciência ambiental. 
Se nos rios sobra isso, imagine nas ruas...

segunda-feira, 28 de abril de 2014

A Grandeza do Homem

O homem pode dobrar de tamanho se tiver sempre o compromisso de agir conforme a ética e com muita sabedoria, sem afetar ninguém e nem criando situações de desrespeito e conflito desnecessárias. O que mais encontramos hoje em dia são pessoas que buscam diminuir ainda mais o que são, com atitudes ruins e fazendo sempre o pior que conseguem como seres humanos.
O simples ato de tomar a frente de alguém numa fila já é um desrespeito, imagine outras ações que geralmente encontramos por aí e que terminam nos colocando numa praça de guerra, quando nem sabemos ao certo o que estamos buscando e qual é o resultado esperado para que tenhamos o sucesso tão idealizado, mas nem sempre concretizado.
Temos que ser inteiros nas nossas realizações e jamais deixar que algo seja conseguido por meios ilícitos ou quem sabe tirando a oportunidade das pessoas. A forma altiva do homem é demonstrada sempre na retidão do que ele procura deixar pelo mundo e não é preciso muito para que isso aconteça, porque nas pequenas atitudes há, também, a chance de efetivação de boas conquistas e surpresas que jamais esqueceremos.
Podemos nos ver pequenos se contribuirmos para isso e tudo não deve ser esquecido para que os frutos das nossas edificações sejam mais fortes e possam suportar o tempo, pois muitos terminam deixando rastros imperfeitos, que com o tempo se apagam ou são corroídos pelo vento e efeitos naturais de cada ser humano.
Podemos nos enxergar grandes se estivermos felizes com nós mesmos e se a cada dia deixarmos a certeza de que a nossa passagem por esta vida não é em vão. Cada aspecto deve ser levado em consideração, sem que nunca permitamos que os efeitos sejam nocivos e desconcentrados, pois deles dependem a nossa felicidade e perpetuação, onde a grandeza será a chave maior do sucesso que possamos imaginar e buscar.

domingo, 27 de abril de 2014

Vantagens

Algumas ações que tomamos na vida favorecem muitos aspectos e nos colocam em vantagem diante de várias situações e pessoas, já que a palavra geralmente está relacionada ao planejamento e a forma adequada de realizarmos algo.
Quando pensamos melhor no que iremos fazer, planejamos ou simplesmente agimos de forma diferenciada, temos a certeza de que o nosso esforço não foi em vão e por isso conquistamos um lugar ao sol, algo que irradie ainda mais o nosso brilho e sabedoria por termos conseguido vencer todos os obstáculos e seguir em frente com os nossos propósitos.
A fuga da realidade nos afasta das boas realizações e faz com que a vantagem conquistada seja vista ao longe, de forma cada vez mais fraca e sem nenhum destaque. Precisamos ter vantagem, mas não viver em função dela, pois se soubermos adequar as nossas ações, veremos que ela aparecerá sem ser chamada e nunca mais irá sair da nossa companhia. Ficaremos desesperados procurando por ela se não nos planejarmos corretamente e se deixarmos de lado tudo de bom que nos é oferecido, seja de forma mais aberta ou quem sabe escondida, quando precisaremos de uma dose maior de percepção para descobrir isso e conquistar de vez a nossa independência neste mundo.
O simples fato de acordar cedo nos dá vantagens inesperadas e nos mostra que o dia tem muitas oportunidades para serem vividas e que cada minuto é válido para que possamos encontrar as alegrias e situações que se renovam a cada 24 horas e que precisam de apenas um segundo nosso para terem mais entusiasmo e grande perpetuação, fazendo com que todos notem o nosso diferencial e passem a acreditar nas nossas atitudes.
A preguiça acaba com a nossa vantagem e percebemos isso quando deixamos que os dias passem e tragam a terrível sensação de que não fizemos nada para contribuir positivamente com aquilo que gostamos e que merece um pouco da nossa credibilidade.
As vantagens estão por todos os lados, mas se não abrirmos os olhos para elas, ficaremos afogados num mar profundo e que nos impossibilita respirar com mais alívio e sem o sufoco cotidiano que insiste em aparecer para nos entristecer e nos fazer perder o caminho por alguns momentos.
Hoje percebi isso quando estava caminhando na praia e o que me fez ter esta certeza foram as belas imagens que registrei do amanhecer. Todas mostravam que a natureza estava ali, firme e forte, contribuindo com tudo, mas apenas alguns estavam dispostos a aproveitar. Acordar cedo para muitos é um esforço, mas o que seria da vida se não estivéssemos preparados para esta dose extra de sabedoria e energia?
Vantagens e mais vantagens nos perseguem, mas precisamos deixar que elas nos capturem e nos deixem cativos da sua incrível variedade de informações que só precisam de um pouco do nosso olhar.








sábado, 26 de abril de 2014

Abril Pro Rock

Sempre tive vontade de ir ao Festival Abril Pro Rock, pois geralmente as atrações apresentadas são as novidades mais recentes do cenário musical, onde podemos ter uma perspectiva mais abrangente do mercado nacional e local em relação aos vários estilos de rock. 
Achei que a festa fosse mais grandiosa, pois o que mais me deixou surpreso foi a pequena quantidade de pessoas que compareceu ao primeiro dia do evento, embora até tenha achado isso interessante, pois foi fácil curtir as bandas e chegar mais perto dos artistas, interagindo de uma forma mais plena com as músicas cantadas.
O primeiro show da noite foi o de Tulipa Ruiz, que é uma cantora já consagrada e que mostrou o seu novo show Tudo Tanto, cantando e interpretando as suas belas canções como ninguém. Logo após, subiu ao palco a cantora Bárbara Eugênia, mostrando um show suave e cheio de canções dedicadas ao amor.
Eis que surge o performático Johnny Hooker, cantor pernambucano que mistura rock com um brega passional para ninguém botar defeito. Foi a apresentação que mais me chamou a atenção, uma vez que a atuação do artista no palco era algo que não deixava ninguém ficar parado e a participação foi intensa em todos os momentos da apresentação.
Felipe Cordeiro veio de Belém do Pará para mostrar o seu ritmo eletrônico, mas cheio de influências brejeiras como a lambada e o carimbó. Uma apresentação surpreendente e dançante, que fez bonito no evento e mostrou ao grande público uma forma diferente de valorizar a nossa cultura. 
No final da noite houve um tributo ao Reginaldo Rossi e vários artistas se revezaram no palco para cantar os seus sucessos tão conhecidos e que fazem parte do imaginário de todos nós, que crescemos admirando e escutando as músicas do Rei do Brega.
Além de música, o festival tinha uma feira alternativa, onde eram vendidos itens diversos e sempre relacionados ao rock. Alguns estilistas estavam lá e mostravam produtos diferenciados para uma galera que não economiza na ousadia e sempre mostra algumas produções bem sofisticadas.
A organização estava impecável e não havia demora entre uma apresentação e outra, uma vez que o espaço continha dois palcos que se alternavam nas mudanças de aristas e de ritmos. Saí da festa amanhecendo e ainda havia muito som para tocar. Espero voltar outras vezes e novamente apreciar a boa música e lançamentos musicais.
Hoje acontece o segundo dia do evento, mas o som da noite é mais pesado e dedicado ao rock intenso, algo que não me chama muito a atenção. Prefiro os artistas que eu consigo entender quando cantam, algo que no rock mais radical fica meio complicado.
Cada tribo tem seu dia...

Johnny Hooker

Tulipa Ruiz

Felipe Cordeiro

Isaar França

Projeto Som na Rural

Bárbara Eugênia

Adesivos na Rural

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Volta

Volta
Que o caminho dessa dor me atravessa
Que a vida não mais me interessa
Se você vai viver com um outro rapaz

Volta
Que eu perdoo teus caminhos, teus vícios
Que eu volto até o início
Te carregando mais uma vez de volta do bar

Volta
Que sem você eu já não posso viver
É impossível ter de escolher
Entre teu cheiro e nada mais

Volta
Me diz que o nosso amor não é uma mentira
E que você ainda precisa
Mais uma vez se desculpar

Então procurei
Nos bailes da Aurora me lamentei
E confesso que talvez joguei
Tuas fotos e discos no mar

Então procurei
Pelo teu cheiro nas ruas que andei
Nos corpos dos homens que amei
Tentando em vão te encontrar

Volta

Composição: Johnny Hooker

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Água é R$ 1,00, Pipoca é R$ 0,50

Essas são algumas frases que escutamos diariamente no metrô do Recife, pois agora ele deixou de ser meio de transporte para servir de abrigo de vendedores ambulantes, já que de tudo é comercializado um pouco, digo, muito, em grandes quantidades.
Os vendedores entram nos vagões com malas enormes carregadas de água, refrigerantes, salgadinhos, caça palavras, paçocas, pipocas, fones de ouvido, CD, DVD e muitos outros itens. Quando eles aparecem com as suas bagagens, pensamos até que são pessoas que estão viajando, mas eis que a surpresa acontece e eles terminam mostrando suas reais intenções, que é vender e circular de um lado para outro, atrapalhando o precário conforto das pessoas e causando um grande impacto sonoro, já que na ânsia de vender, cada um que grite mais que o outro.
Além dos vendedores, temos também uma legião de pessoas que utilizam os vagões para outros fins, como pedir esmolas e mostrar a todos as suas doenças, como se já não fosse o bastante estarmos num local apertado e fedorento, pois se tem uma coisa que as pessoas não fazem é tomar banho e logo cedo o cheio de suor impera em todos os ambientes.
Outro dia um homem passou com uma perna cheia de feridas dentro do vagão, em locais que ficava complicado respirar, quanto mais andar. Fiquei imaginando como ele conseguia, pois numa situação daquelas eu procuraria evitar a sujeira das ruas para não inflamar ainda mais o problema. Ele estava ali e terminava criando um mal estar em todos que seguiam viagem, já que era complicado ficar observando toda aquela nojeira na volta para casa. 
Como comer um salgadinho diante disso?
Talvez fosse melhor tomar um pouco de água para passar o enjoo, mas o vendedor já estava em outro local, gritando e pedindo passagem.
As proibições são muitas para os usuários do metrô, mas todas elas são descumpridas e aos poucos as estações e vagões estão se tornando uma extensão do centro da cidade, que a cada dia está mais invadido por camelôs, os quais tiram o local de passagem dos pedestres.
Algo deve ser feito e o metrô precisa de dias melhores. 
Entendo a necessidade de todos em ganhar a vida honestamente, mas critérios de uso dos locais públicos devem ser preservados, porque se continuar da forma como está, teremos que ir a pé para os nossos compromissos e deixar os vagões com os vendedores, mendigos, pastores e demais tipos que circulam diariamente por aí.
Nos ônibus isso era uma prática constante, mas diminuiu muito, embora a proibição seja clara para todos em avisos que ficam afixados nos coletivos. Isso não funciona nos metrôs, pois mesmo com os avisos, há o descumprimento e a fiscalização inexiste, fazendo com que a cada estação tenhamos uma surpresa e a certeza de que este meio de transporte é uma terra de ninguém, deixando de cumprir o seu papel social para ajudar os cidadãos na difícil tarefa de ir e vir nas grandes cidades, que sempre tem o seu trânsito piorado de todas as formas.
E aí, vai querer água ou pipoca?
Eu quero jujuba que é mais doce e posso mastigar com mais serenidade, já que determinadas coisas são difíceis de engolir.
Paciência, paciência...
1, 2, 3, 4, 5, 6...
Ajudem-me a contar até 10, pois não estou conseguindo.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Afogados

Ontem o Recife viveu um dia de caos, pois as breves, porém intensas chuvas, que caíram na madrugada fez com que todos acordassem com a ligeira impressão que a cidade estava parcialmente submersa e sofrendo mais uma vez com o efeito do descaso e das irregularidades que ocorrem nas melhorias que nunca são finalizadas e só causam problemas diversos quando a água aparece com mais intensidade.
Por ser uma cidade com um nível baixo, um mangue aterrado, Recife sofre muito com todas as interferências da chuva e termina se transformando num caos, onde o simples fato de sair de casa se transforma numa tarefa quase impossível. Quem mora em áreas que sofrem com as enchentes está sempre tendo que faltar ao trabalho ou esquecer os compromissos em dias mais chuvosos, pois se o calor da cidade incomoda, imagine ter que sair pelas ruas com a água batendo no joelho ou quem sabe até cobrindo tudo. Complicado isso, mas o que percebemos nas fotos que aparecem na internet são os inúmeros resíduos de lixo jogados na rua e que nestas horas se transformam em dificultadores para que a água flua com mais facilidade.
A maré estava cheia ontem e isso agrava ainda mais a situação, já que vivemos numa cidade cercada de rios e mar. Não há como escapar da água que está por todos os lados. 
O que pode ser feito é melhorar as canalizações, agilizar as intermináveis obras de esgoto que estão sendo feitas na cidade e tentar ao máximo educar as pessoas, o que é pior, pois se todos tiverem consciência sobre o descarte adequado do lixo, certamente muitos alagamentos serão evitados.
É uma vergonha passar por determinados locais que se dizem chiques e desenvolvidos nos dias de chuva, pois se transformam em rios de lama e dificultam a vida de todos os que precisam ter uma vida normal. A cada ano parece que a situação piora e eu fico imaginando como seria o caos na cidade, caso chovesse por dias seguidos. Acredito que nem estivesse mais aqui escrevendo este texto.
A minha rua não fica alagada, mas basta andar um pouco para ter sérios problemas de trajeto motivados pela chuva e nestes dias a preocupação é bem mais acentuada com a nossa mobilidade, já que os carros possuem dificuldade de circular e os ônibus não comportam tanta gente espremida.
Todos sofrem e alguns ficam com menos problemas para resolver, mas sempre há uma agonia muito grande em todos os sentidos nos dias de chuva, apesar de estarmos precisando dela para nos refrescar e fazer as nossas terras ficarem férteis e propícias para o plantio. Chovendo com cautela não há tanta desgraça, mas quando a danadinha insiste em derramar toda a sua água de uma vez só, é aflição que não acaba mais.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Sombra e Água Fresca

O cansaço que nos acomete por alguns momentos pode ser recompensado com um pouco de descanso e nada melhor do que encontrar um lugar adequado para isso. Saber como usar o tempo livre para o ócio é uma atividade que favorece não só o nosso corpo, mas também os nossos pensamentos, já que nesses momentos refletimos mais do que o normal e terminamos encontrando muitas saídas para o que achávamos ter perdido.
Se cada um aproveitasse bem o seu tempo e com isso evitassem os excessos desnecessários, seriam bem mais felizes na volta para a rotina, pois não teriam a terrível sensação de que estão mais cansados do que antes e que nenhum dos planejamentos foram realmente concretizados devido a nossa forma insistente de deixar de lado tudo que idealizamos e julgávamos ser de grande importância.
Entendemos isso bem, mas ainda deixamos que a maré do sufoco nos cubra e que as águas claras do prazer sejam sujas por ondas de muitas preocupações, quando na verdade elas não deveriam nem fazer parte da nossa vida e nem influenciá-la negativamente.
Num descuido qualquer, estamos envoltos novamente na grande maré das nossas vidas, onde nem sempre os acontecimentos são bons e merecem crédito. Se não estivermos com as energias renovadas, ficaremos com uma péssima sensação de derrota, quando esta foi influenciada mais pelos nossos desgastes do que pelos acontecimentos do mundo.
Voltar à rotina é bom demais quando estamos livres da poluição da mente e quando o nosso corpo descansou o tempo devido para ter novas influências e desafios. Prestemos atenção aos detalhes para que não deixemos nada nos inflamar e trazer de novo o fogo destrutivo e que só deixa cinzas nas nossas vidas. 
Lembrar da sombra e água fresca é uma forma de saber que existe vida após a rotina e que basta aproveitarmos da melhor forma estes prazeres que a vida nos oferece para que tenhamos grandes chances de sucesso e felicidade, algo que podemos conseguir com o nosso esforço e dedicação a nós mesmos e a tudo que podemos usufruir desta vida que só precisa de um pouco da nossa atenção e carinho.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Torcicólogo

Olhando para o alto e apreciando a beleza dos coqueiros, lembrei de uma palavra que minha sobrinha criou, chamada "Torcicólogo", que na língua infantil, significa "Torcicolo". Nada mais simples para uma criança que ainda está aprendendo a entender o significado das palavras e seus sons, mas muitas vezes encontramos adultos que falam errado por pura distração e na ânsia de falar bem explicadinho terminam criando palavras que não existem.
Quando eu perguntei para a minha sobrinha o que era "Torcicólogo" ela logo respondeu: 
"É uma dor que dá no pescoço quando a gente dorme de mau jeito."
Certíssima ela estava e a sua explicação foi simples, mas certeira, já que demonstrava exatamente o significado da palavra que ela queria dizer.
Falar corretamente é uma questão de costume e se deixamos que isso se torne um ato sem prática, terminamos criando palavras erradas no nosso vocabulário, passando por constrangimentos desnecessários nas horas mais improváveis. Crianças podem trocar o "R" pelo "L" e fazer feio nas conjugações verbais, mas aos poucos, com a educação que recebem na escola e pelo olhar atendo dos pais, vão ajustando estes deslizes e tornando a forma de escrever e falar mais adaptada à nossa complicada gramática. O que encontramos são pessoas que não aprendem direito as suas lições na escola e por pura falta de atenção aos pequenos detalhes da língua, caem em armadilhas terríveis e fazem da sua comunicação um terrível erro.
Não precisamos falar bonito demais, mas corretamente. Não vejo problema em falarmos os dialetos que cada região nossa possui e acho isso lindo e autêntico. Adoro falar com sotaque, usar palavras bem matutas e saber que todas elas estão corretas. Sempre gosto de saber o significado das palavras para não ficar pensando que algo é isso, quando na verdade é aquilo. 
É importante para todos nós sabermos exatamente o que queremos falar e, principalmente, o significado de cada frase que iremos ter o prazer de deixar por aí. A fala é a nossa chave mestra para o mundo, pois através da comunicação podemos fazer muitas coisas boas e a partir delas mostrar para todos que o nosso potencial de evolução é bem maior do que possamos imaginar.
Perceber as diferenças linguísticas e todas as suas nuances é algo fabuloso e só nos faz bem.

domingo, 20 de abril de 2014

Imbalança

Olha a palha do coqueiro quando o vento dá
Olhe o tombo da jangada nas ondas do mar
Imbalança, imbalança, imbalançar
Para você aguentar meu rojão
É preciso saber requebrar
Ter molejo nos pés e nas mãos
Ter no corpo o balanço do mar
Ser que nem carrapeta no chão
E virar folha seca no ar
Para quando escutar meu baião
Imbalança, imbalança, imbalançar
Você tem que viver no sertão
Para na rede aprender embalar
Aprender a bater no pilão
Ver relâmpago no meio dos trovões
Fazer cobra de fogo no ar
Para quando escutar meu baião
Imbalança, imbalança, imbalançar


Composição: Luiz Gonzaga / Zé Dantas

sábado, 19 de abril de 2014

Areia Vermelha

A Ilha de Areia Vermelha, no município de Cabedelo, cidade da região metropolitana de João Pessoa, é um local agradável para um passeio de barco, pois quando a maré está baixa um imenso banco de areia forma um espaço para o divertimento e contemplação do mar e das belas paisagens da região, incluindo, claro, a vista panorâmica de João Pessoa.
Para chegar até o local, basta seguir pela orla da capital paraibana e ir até a Praia de Camboinha. Lá vários vendedores oferecem o serviço, cada um com seu preço. É sempre bom pesquisar para evitar maiores surpresas, já que o turismo sempre tem o seu ar de exploração onde quer que ele exista. A travessia é feita em embarcações que comportam em média 100 pessoas e o tempo para chegar ao paraíso das águas claras é de aproximadamente 20 minutos. Um pouco de esforço é necessário para subir e descer dos barcos, principalmente para crianças e idosos, já que nem todos possuem mobilidade necessária para este tipo de atividade. É bom segurar bem os objetos pessoais para evitar que eles caiam ou sejam molhados pelo mar. 
Ao chegar na ilha, entendemos o porquê dela ter o nome "Areia Vermelha", pois sua terra grossa, oriunda de conchas e pedras que o mar tratou de triturar, possui coloração avermelhada e contrasta com o mar claro e cheio de piscinas naturais. O banho é quente, já que a água fica parada nos arrecifes e recebe muito calor do sol. Propício para crianças e adultos que evitam as altas marés e os perigos que ela pode apresentar. O que me chamou a atenção foi a consciência das pessoas que estavam por lá, uma vez que não vi nenhum lixo jogado na areia da ilha e notei também que todos tinham a preocupação de recolher o que geravam de poluição. Ainda bem, pois imagine a quantidade de sujeira que seria jogada na natureza se as pessoas não agissem dessa forma.
Muitas pessoas armam suas cadeiras de praia e sombrinhas dentro do mar e ficam contemplando tudo ali mesmo, nunca esquecendo da bebida gelada e dos aperitivos que sempre fazem parte destes momentos. Há também a prática de esportes radicais, embora a maioria das pessoas vá até lá para ter momentos de pura contemplação, onde as fotos e uma boa conversa ainda são os preferidos da vez.
Uma ótima opção de passeio para quem for até João Pessoa, já que o litoral paraibano é cheio de belezas e esta foi uma das que eu tive o prazer de conhecer hoje, neste feriadão de Páscoa.






sexta-feira, 18 de abril de 2014

Coisas da China

Quando pegamos um produto para ver a procedência, sempre encontramos a escrita "Made in China". É uma doença que toma conta dos diversos produtos que consumimos e que fazem parte do nosso cotidiano sem que muitas vezes tenhamos esta percepção. A qualidade nem sempre é o forte destes itens, embora possamos encontrar alguns de qualidade fabricados no país dos homens dos olhos puxadinhos e mal educados, pois quem já foi até a alguma loja de um chinês saberá o que estou falando.
Eles não possuem paciência para nada e acham que temos que levar o produto do jeito que está, sem escolher ou questionar nada. Se brincar eles tomam da sua mão a compra e ainda o expulsam da loja. Nem tudo é bonitinho nos itens que são fabricados na China e muitos deles são bregas de doer, com prazo de validade de alguns dias, somente. É incrível como as coisas são feitas com o intuito de não durarem nada ou apresentarem mil defeitos ao primeiro olhar. 
Sempre que vejo algo com a inscrição "Made in China" sinto um calafrio e imagino se o produto que estou comprando é ou não uma roubada. Já percebi isso em alguns sapatos que comprei ou em máquinas fotográficas que apresentaram defeitos após alguns usos, mesmo sendo estas de uma marca famosa e conceituada, já que além de fabricar o que não presta, a China também é usada para terceirizar as linhas de produção de muitas indústrias conhecidas e que tentam baratear os seus custos usando os trabalhadores daquele país, onde as margens de lucro se tornam maiores e possibilitam uma maior abrangência no mercado.
Era bom que este aspecto fosse visto nos preços, mas geralmente só encontramos produtos baratos naqueles de má qualidade, mas com muito apelo comercial, principalmente para as crianças, já que a quantidade de brinquedos e eletrônicos é uma febre. É bom ficar atento a tudo e não achar somente que os produtos vindo da China são ruins, pois os de outros países também apresentam esta doença. Hoje a qualidade deu espaço aos custos de produção barateados, nem que isso reflita num produto de pouca vida útil, cheio de imperfeições, e que apresente mau funcionamento em pouco tempo de uso.
O texto de hoje foi inspirado no cachorrinho da foto, um exemplar chinês legítimo e de pouca qualidade. Minha sobrinha chorou até ganhar o danadinho e vendo ele ligado tive a impressão dele ser um boneco de um filme de terror, já que quando está funcionando emite um som estranho, seguido de um latido e com duas luzes verdes nos olhos, lindamente adornados por um óculos de sol em formato de coração. Como se isso fosse pouco, a roupa dele é de paetês, combinando com o chapéu num lindo modelito fashion "Made in China".

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Farofa

Farofa na praia é tradição e sempre usamos essa palavra para descrever aqueles que levam uma infinidade de alimentos para petiscar e curtir a praia de barriga cheia, com direito a muita cerveja e refrigerante. As delícias da culinária dos farofeiros são os tradicionais espetinhos de carne, frango ou o queijo de coalho assado. Algumas vezes encontramos o arrumadinho de charque, mas é no salsichão com farinha que todos caem de boca e ficam se lambuzando muito, no bom sentido claro.
Há um diferencial ainda não explicado pela ciência nos espetinhos vendidos na praia, pois em casa não conseguimos assar com o mesmo sabor e gostosura. Alguns dizem que é a grelha suja, outros falam que é o sol insistente nos alimentos, outros, porém, atribuem o sabor à fome canina que nos acomete nestes locais. É uma vontade de comer tudo que vem pela frente e talvez isso seja o tempero que precisamos para achar tudo bom e gostoso.
Ninguém consegue fritar um peixe tão gostoso como os que encontramos na praia, pois lá a frigideira preta faz com que o sabor seja aprimorado e influenciado pelo óleo saturado que é reaproveitado milhões de vezes. Tudo isso interfere no sabor, acreditem. Não há como esperar nada melhor de um cozinheiro famoso e muitas vezes estes pratos simples que encontramos por aí são a concreta formalização de que não basta ser sofisticado para termos alimentos gostosos e adaptados aos mais diversos paladares. 
Esqueçamos os rígidos padrões de higiene em algumas horas, pois como bem dizia minha tia: "É bom porque cria anticorpos". Criamos mesmo e basta observar os alimentos que muitas vezes ingerimos para perceber isso, já que a maioria não nos faz mal e terminamos criando uma capa de defesas a tudo, inclusive ao preparo inadequado da maioria dos itens alimentícios que encontramos nos mais diversos lugares, sendo a praia a campeã.
Foi um queijo de coalho, com crosta bem crocante, que me fez pensar no tema de hoje e saibam que os momentos que passei ao lado do meu espetinho foram de grande importância para saciar a minha fome momentânea, que insistia em consumir as minhas forças, num dia de sol intenso e cheio de surpresas boas.
Viva a farofa!!  Atire a primeira pedra quem nunca foi farofeiro um dia...

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Centro Histórico de João Pessoa

O Centro Histórico de João Pessoa é desconhecido pelas pessoas que residem na capital paraibana, pois a todos que perguntei onde ficava isso e aquilo me deparei com respostas vagas, descrentes. Uma mulher olhou para mim e disse: "Centro Histórico? Nunca vi isso por aqui." Olhe que ela estava vendendo seus espetinhos a menos de 1 km do que ela desconhecia totalmente. Desconhecemos muitas vezes o que temos em casa e isso é um mal enorme para muita gente, pois não conseguimos entender bem o significado das nossas ações porque não sabemos com o que podemos contar.
Eu fiquei perdido por alguns momentos, mas logo encontrei os locais que queria conhecer na parte mais antiga da cidade de João Pessoa e o que pude perceber é que lá é outro mundo, com aspecto de vila do interior e cheio de edificações lindas e bem conservadas. A cidade é bem explorada no litoral, mas ainda não tem uma abrangência muito grande nas suas áreas mais antigas e que falam da história da cidade.
Talvez isso seja o significado de tanta limpeza e conservação. É difícil encontrarmos lugares antigos bem conservados, até porque o tombamento de algumas áreas dificulta o trabalho de restauração, impondo muitas restrições e não trazendo muitas vezes os investimentos necessários para estas obras.
O centro da cidade de João Pessoa é a porta de entrada de toda essa riqueza cultural, escondida em igrejas antigas e muitos prédios históricos. O Parque Sólon de Lucena é o anfitrião de todos os atrativos que ficam esquecidos pela maioria dos turistas e que só precisam de um pouco de atenção para serem mais visitados. Talvez seja este o motivo da impecável limpeza das ruas e locais onde estão situados os prédios históricos, pois é perceptível o zelo e organização em todos os lugares. As igrejas estão bem conservadas, os casarios bem cuidados e as ruas limpas como se nenhum habitante morasse por ali, algo incomum em locais turísticos e em capitais com muita história para contar, como é o caso de João Pessoa.
Voltarei um dia para fazer o reconhecimento da área andando e registrando melhores instantes fotográficos, pois somente assim poderei conhecer tudo, sem ter que ficar me preocupando com o trânsito, mão única e dupla e com as intermináveis ruas que errei o caminho e terminei não encontrando tudo que queria.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Vira-Lata de Raça

Notamos que muitos cachorros residem nas ruas e fazem delas o seu espaço para inúmeras aventuras; por onde passamos encontramos algum, seja sadio, doente, mas firmes e fortes nas situações mais precárias que podemos encontrar. A população de animais domésticos tem crescido, mas os cachorros ainda são a maioria, devido a sua alta capacidade de adaptação com o homem, que também tem a sua vez de vira-lata e ocupa as ruas para morar e ganhar a sua vida.
Basta ver o grande número de pessoas que residem nas ruas para ter uma ideia disso e não estou falando de mendigos somente, mas de pessoas que vivem da arte e fazem do seu ganho uma forma diferenciada de viver, com muita informalidade e sem estrutura alguma. 
O abandono de muitas pessoas doentes e com problemas mentais também acarreta grandes irregularidades sociais e para se ter uma dimensão disso é sempre bom observar a maioria das pessoas que estão nas ruas, pois usam o alcoolismo e a loucura como ferramentas para a sobrevivência. Muitos não são tão doentes assim, mas alguns sim e perdem a noção do que é certo ou errado e cometem sempre algumas atitudes desordenadas na vida das ruas.
Estamos diariamente lutando pela sobrevivência e as ruas terminam sendo o local mais procurado para os desafios que vamos encontrando, mesmo quando temos casa certa para morar. Basta ter acesso ao mundo para percebermos que a vida não é tão fácil quanto imaginamos e nem todo ganho é suficiente para as nossas necessidades. Alguns conseguem este feito, mas outros terminam caindo na sarjeta das ruas, buscando nelas a companhia necessária para os dias mais complicados.
Somos animais de raça vivendo como vira-latas e aprendendo que nem sempre é fácil mantermos a sabedoria para resolver tudo com eficácia e terminamos encontrando muitos obstáculos no caminho que um dia idealizamos como promissor.
Assim como muitos cachorros estão abandonados, muitos homens também sofrem do mesmo mal e ficam numa situação deplorável, onde a saída é algo extremamente complicado e sem muitas chances de sucesso, a não ser quando uma mão amiga e piedosa consegue nos enxergar, pois nestas situações o que primeiro perdemos é a nossa identidade e passamos a não sermos observados pelos que nos cercam.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Nevoeiro

A visibilidade de muitas pessoas termina sendo influenciada em alguns momentos da vida por sempre aparecerem criaturas dispostas a criar um nevoeiro na nossa frente e com isso atrapalharem a visão de muitas ações que estamos tomando ou que ainda estão programadas. A forma desordenada das pessoas se meterem na vida dos outros ou atrapalharem o meio de campo é grande e compromete muitas realizações, deixando um rastro de desordem e muita insatisfação.
Como viver bem sem enxergar caminhos, soluções e com elas otimizar os nossos passos?
Bem, para mim a visão dos fatos é essencial e nada pior do que ficar com uma obscuridade ao nosso lado, fazendo com que percamos o prumo em alguns momentos e deixando de lado muitas realizações melhoradas de uma vida que sempre sofre mutações e recebe influências diversas de marés altas, baixas, revoltas ou mais calmas.
O pior não é ter um nevoeiro na nossa frente, mas saber que ele poderia ter sido evitado se um atropelado qualquer não se metesse onde não foi chamado. Não há sensação pior do que ter todo um trabalho comprometido por ações descontroladas de pessoas que só querem aparecer e inflamar fatos que já estavam sarados e sem chances de desordem.
Acordar para a realidade após um grande período de insatisfação é terrível e enxergar os fatos ainda pior, pois terminamos ficando sem forças para vencer as dificuldades cada dia maiores e sempre geradas sem necessidade nos momentos mais inoportunos. É péssimo estar dentro de uma névoa densa e sem fim, pois não visualizamos nada e terminamos acreditando que a brancura dos pensamentos inexistentes é o fator mais importante das nossas vidas, quando na verdade o que precisamos é de uma grande dose de luminosidade para nos fazer perceber que tudo é mais duradouro e tem mais sucesso se estivermos atentos aos detalhes que nos cercam. 
Não há nevoeiro que barre uma mente brilhante e sempre plugada nos acontecimentos que possam influenciar o lado bom da vida, com todas as suas contribuições e boas notícias.

domingo, 13 de abril de 2014

As Emoções do Roberto Carlos

Ontem, no Estádio do Arruda, Roberto Carlos realizou um show grandioso e que atraiu uma grande legião de fãs, ávidos pelos seus sucessos do passado que foram as músicas mais presentes no repertório que fez a plateia delirar em vários momentos, onde a participação foi emocionante e fez com que todos pudessem sair de lá com uma boa sensação de ter assistido a um show grandioso, para todos os públicos.
Com duração de aproximadamente duas horas, o espetáculo do Rei não deixou ninguém esquecer dos seus grandes sucessos e fez com que as lembranças fossem inevitáveis em muitos momentos, pois não há uma pessoa que não se identifique com as letras das músicas do artista e nem tenha uma história para contar que esteja condicionada ao seu grande poder de composição.
Eu relembrei vários momentos da minha vida, pois sempre tive uma infância e adolescência bem marcada pelas músicas dele, uma vez que nas comemorações em família e nas viagens que fazíamos sempre, Roberto Carlos era a trilha sonora mais pedida. Notando bem tudo que ele canta, não há como deixar de perceber o seu grande carisma com o público e também a capacidade de tocar nos corações e na emoção de uma forma pouco vista em alguns cantores.
O Estádio do Arruda estava lotado e a confusão das ruas de acesso era algo gritante. Quem não tiver paciência para grandes aglomerações, é melhor nem ir para o show, pois certamente vai ter momentos de grande agonia, onde vários tipos de público se juntam para escutar o Rei.
A sensação que tínhamos quando observávamos as pessoas era que elas estavam orgulhosas de estar ali e para muitas era nítida a realização de um sonho estampada no rosto, algo que só percebemos em momentos de grande alegria e satisfação interior, onde as palavras não conseguem traduzir o que o coração sente. Algumas mulheres estavam vestidas como se fossem para um baile, com todo o cuidado que a vestimenta exige.
Lembrei dos domingos em Garanhuns, das viagens para Tamandaré, Juazeiro do Norte, Caruaru...
Lembrei do meu pai cantando para a minha mãe e das minhas tias chorando com saudade dos meus avós... 
Tudo isso era motivado pelas músicas do Roberto, que faziam a emoção fluir bem mais alto em todos da família. Momentos que ficaram na lembrança, mas que ontem foram reativados com o show.
Enfim, lembrei de tudo que era bom e continua vivo no meu coração, fazendo com que os meus dias atuais possam ter influências de um passado animado, com músicas boas e com muita qualidade.





sábado, 12 de abril de 2014

Juazeiro

Juazeiro, juazeiro
Me arresponda, por favor
Juazeiro, velho amigo, onde anda o meu amor?
Ai, juazeiro
Ela nunca mais voltou
Diz, juazeiro
Onde anda meu amor
Juazeiro, não te alembra
Quando o nosso amor nasceu
Toda tarde à tua sombra
Conversava ela e eu
Ai, juazeiro
Como dói a minha dor
Diz, juazeiro
Onde anda o meu amor
Juazeiro, seje franco
Ela tem um novo amor
Se não tem, porque tu choras, solidário à minha dor?
Ai, juazeiro
Não me deixa assim roer
Ai, juazeiro
Tô cansado de sofrer
Juazeiro, meu destino
Tá ligado junto ao teu
No teu tronco tem dois nomes
Ela mesmo é que escreveu
Ai, juazeiro
Eu num guento mais roer
Ai, juazeiro
Eu prefiro inté morrer
Ai, juazeiro...

Segue o Caminho do Boi da Macuca

O São João do Boi da Macuca, na cidade de Correntes, Pernambuco, acontece anualmente e reúne grande quantidade de pessoas que buscam nos fes...