sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feira Livre

Hoje, viajando para a Praia de Jacumã, no litoral paraibano, resolvi entrar em uma cidade que há tempos queria conhecer para registrar algumas imagens das suas igrejas antigas. A cidade era Goiana e pude notar que é um local muito bem organizado e as pessoas primam pela conservação das casas históricas, pintando com cores fortes as fachadas que recebem com alegria os visitantes.
As igrejas são lindas e as fotografei de vários ângulos.
Saindo de lá cortei caminho pela cidade de Itambé e pude ver na estrada uma casa grande e senzala belíssima e em ótimo estado de conservação. A cidade fica na divisa com o Estado da Paraíba e a única barreira que existe é uma linha no calçamento da cidade. Foi interessante ver duas realidades diferentes e tudo em dobro: duas prefeituras, duas igrejas, dois cemitérios, duas feiras, dois correios... Sempre um no Estado de Pernambuco e outro no Estado da Paraíba.
Foi lá que registrei imagens de uma feira livre, tão características no interior, mas bem distantes da realidade das capitais a não ser nos bairros mais distantes e periféricos. Tinha de tudo na feira: pé de porco, roupas, fumo, verduras, frutas, doces e muita agitação.
Lembrei da feirinha do bairro da Boa Vista, lá em Garanhuns, que até hoje tem sua tradição aos sábados e a cada dia se torna maior e mais variada. É na feira que compramos tudo mais em conta. Uma palma de banana com 12 unidades ou mais custava R$ 1,00. Baratíssimo se comparado aos preços dos supermercados que vendem tudo no quilo e com preços assustadores.
As carnes eram variadas e todas expostas nos ganchos das barraquinhas da feira, causando até um enjôo aos mais sensíveis, já que a visão não é nada agradável aos olhos. Na cozinha, bem limpas e temperadas, ficarão bem mais convidativas, certamente.
De lá para João Pessoa é um pulinho e rapidinho cheguei ao meu destino. Foi uma viagem agradável e que me deu uma visão diferente do caminho que até então estava acostumado a fazer quando ia visitar as praias do litoral paraibano.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Conduzir

Em Maceió sempre apreciava esta tubulação que existe em frente à fábrica da Brasken e que entra pelo mar conduzindo gás natural, acho...
Foi aí que me veio a ideia de falar um pouco sobre a condução, seja ela qual for, já que sempre estamos sendo conduzidos ou ajudando a alguém com algumas atitudes ou passos. Nossa vida sempre depende de algumas orientações e se estas forem feitas com passos firmes, sempre teremos melhores chances de ter um desempenho considerável e com muita determinação.
A melhor forma de conduzir as pessoas não é lhes tirando os passos e sim mostrando a maneira mais assertiva de firmar os passos e com eles se tornar um ser de grande sucesso. Nosso olhar conduz coisas boas quando estamos apaixonados, assim como o nosso coração dá um rumo diferente ao nosso sangue quando bate mais forte por causa de alguma emoção forte ou por termos perto de nós pessoas realmente importantes e cheias de vida.
Os caminhos que podemos passar são os mais diversos possíveis e sempre nos mostram que as oportunidades estão bem ao nosso alcance, bastando que tenhamos um jeitinho especial de lidar com todas elas e com isso alimentar dentro de nós a chama do sucesso. Nada mais importante na vida do que termos a sensação maravilhosa de sermos levados por ventos fortes e cheios de bondade, pois estes farão da nossa vida um detalhe à parte e nos conduzirão para as mais impressionantes situações de vida, nos fazendo felizes de verdade.
Já se deixou conduzir hoje pela felicidade?

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O Peso do Mundo

Segurar o mundo com as mãos e sentir o peso desta responsabilidade é satisfatório quanto temos propriedade suficiente para dar andamento em todas as atividades a que somos destinados. Se não temos essa característica, ficamos com uma sensação horrível de insuficiência e certos de que não conseguiremos dar conta de tantas coisas que nos são apresentadas.
A mitologia nos apresentou o deus Atlas, que com a sua soberba e total falta de compromisso, foi condenado a levar o mundo nas costas para que sentisse o real valor das obrigações e como é importante ser justo naquilo que fazemos para não termos problemas dos mais variados tipos. Nos tornamos deuses impotentes também quando assumimos responsabilidades além das nossas forças e quando tentamos carregar um mundo que não nos favorece em momento algum, já que desviamos o nosso poder de acertar para situações que poderiam ser evitadas sem nos causar mal e não comprometer o que realmente nos ajuda a evoluir.
Se o mundo pesa, imagine nossas atitudes erradas e pensamentos inadequados?
Farão grande diferença e nos colocarão em situações de risco em vários momentos das nossas vidas, podendo até desajustar o que levamos muito tempo para colocar em ordem. Fazer o que é devido e oportuno às nossas possibilidades nos ajuda a suportar o peso do mundo de uma forma mais inteligente e com isso conseguimos ser deuses vitoriosos e sem problemas maiores para resolver. Saber onde pisar é essencial, pois o mundo apresenta relevos diferenciados, águas doces e salgadas, climas temperados ou polares, sem contar com os terremotos que podem ocorrer algumas vezes para colocar abaixo tudo o que foi edificado.
Equilíbrio é fundamental...

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Na medida certa...

Tudo tem sua medida certa e não adianta ficarmos forçando um ajuste quando não é cabível ou se as nossas medidas não favorecem o uso de alguma coisa. Fica até feio para a nossa imagem ter que ser prisioneiro de uma roupa que não nos cabe ou de um sapato que só nos proporciona topadas e quedas inevitáveis.
Adequação é a palavra certa para definirmos nossas atitudes quando precisamos ajustar nossos pensamentos para grandes elevações de vida e também para nos dar momentos de alegria e satisfação com nós mesmos e com todos os que nos rodeiam. Vivemos nos adequando a tudo, seja no trabalho ou na vida particular, mas em alguns momentos tais ajustes nos comprometem e nos causam calos terríveis, nos fazendo sofrer de dor pela escolha mal feita de alguma ação que tomamos sem pensar nas consequências que iriam gerar.
Assim como uma criança tenta se adequar aos pais usando as roupas e sapatos deles, buscamos também essa atitude em vários momentos da nossa vida e nunca estamos satisfeitos com nada, pois sempre estamos procurando um trabalho que nos pague mais, uma namorada que nos compreenda melhor e uma diversão que seja mais atrativa aos nossos desejos.
Seja como for, tudo pode ser melhorado na vida se tivermos paciência de esperar o momento certo para fazer nossas escolhas e se ao invés de encararmos um sapato que nos incomodará na nossa grande caminhada de vida, procurarmos utilizar aquela sandália simples e que nos dará a sensação de liberdade, de perfeição.
Saber usar e fazer o que é adequado para nós é uma grande atitude e nunca nos dará tristeza, já que a sabedoria não está em exigir que tudo se adapte ao nosso jeito, mas em perceber as diferenças e com isso moldar nossas ações para que todos tenham melhores chances de evoluir em conjunto e com muita cautela.

PS - A modelo da fotografia é Giuliana Maria, coisa linda do tio... 

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Parque de Diversões

Passando o Natal em Garanhuns, pude relembrar várias situações da minha infância e com isso alimentar a minha alegria naquela cidade que sempre me traz boas recordações e me proporciona tranquilidade.
O movimento do carrossel acima lembrou os meus tempos de criança e toda a satisfação que tinha quando ia para a Avenida Santo Antônio desfrutar das mais variadas opções de brincadeiras e diversões. Era uma festa grandiosa, que atraía muita gente no final do ano. Hoje tudo é bem diferente e o parque simples e manual, deu espaço aos brinquedos eletrônicos e cheios de tecnologia e som. De certa forma ficaram mais atraentes, mas resumidos.
Lembro da sanfona no carrossel que tinha os cavalinhos de madeira, bem artesanais. Vi uma versão moderna de um brinquedo que gostava muito, que era a "Onda", e gostei muito da atual, que usa muitos recursos tecnológicos e som eletrônico para encantar as pessoas.
Outro fato que está melhor nos dias de hoje é a segurança, pois os brinquedos oferecem mais conforto para os que estão brincando, além de terem um visual bem mais limpo do que os antigos. Era comum sujar a roupa com óleo nos brinquedos antigos e a manutenção não era lá essas coisas; hoje ficamos somente refletindo como nos arriscávamos em busca de um divertimento...
O parque de diversões agora é na Praça Guadalajara e tem 1/4 do tamanho original ou quem sabe até menos... O local estava cheio no último sábado e as minhas sobrinhas puderam se deleitar em alguns deles, inclusive eu que arrisquei uma aventura num brinquedo que nos deixava de cabeça para baixo. Terrível sensação, mas muito interessante.
A vida evolui e nos mostra que tudo pode ser melhorado e feito de uma forma diferenciada para proporcionar uma melhor satisfação a todos aqueles que desejam utilizar um pouco do que o mundo nos oferece.
A imagem do movimento do carrossel me trouxe lembranças boas de um tempo que eu nem pensava em me preocupar. Tinha a obrigação de me divertir e de pensar que a vida era algo simples, descomplicado.
Hoje vejo minhas sobrinhas terem a mesma sensação e sei que a vida é um ciclo e cada um de nós temos o nosso tempo para aproveitar.
Eu aproveitei bem, muito bem...

domingo, 26 de dezembro de 2010

Vida Hidratada

Fotografei esta folhagem cheia de pingos de chuva e a beleza é impressionante, pois mostra a vida brotando da planta que até então estava um pouco apagada por causa da poeira e do calor. Muitas coisas ficam obscurecidas nas nossas vidas e precisamos que algo aconteça para nos mostrar o que até então não estava tão visível aos nossos olhos desatentos.
A natureza nos dá lições diárias, sendo capaz de nos mostrar algo mais daquilo que estamos acostumados a ver, sem nos darmos conta que deixamos no esquecimento alguns detalhes importantes para todos os nossos dias, que são os ensinamentos que valerão para todos os nossos crescimentos.
O simples fato da água molhar as folhas nos remete ao renascimento, à limpeza, ao belo... 
Nada é em vão e a natureza tem seu ciclo bem definido assim como nós homens que vivemos nesse mundo tão cheio de diferenças e de paisagens belas para serem observadas e aproveitadas de forma consciente. A melhor maneira de vivermos em paz é trazendo as oportunidades que a vida nos dá de graça, como a água da chuva, para o nosso convívio e a partir disso fazer algo realmente diferente e satisfatório.
Não adianta ficarmos recebendo dádivas se não podemos observar a melhor forma de aproveitá-las para o nosso bem. Deixar que a água da chuva caia sobre nós e nos tire a poeira por algumas vezes é importante para podermos observar quantas coisas acumulamos em nós sem que tenhamos a atitude de fazer uma limpeza periódica para melhorar a situação e com isso obter melhores chances de mostrar para o mundo e para nós mesmos como somos especiais para Deus e como Ele nos enche de presentes diariamente, bastando somente que estendamos as mãos para receber a chuva que cai de graça e na hora certa.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Resquícios da Ceia Natalina

As Ceias Natalinas dão trabalho para serem realizadas, pois são tantas opções de pratos que fica difícil manter a forma após uma refeição bem efetuada e cheia de calorias. O que é engraçado é que o trabalho anterior se torna em descanso no dia seguinte, já que as sobras da ceia se tornam o almoço do dia de Natal e quem sabe o jantar também.
A criatividade vai bem na hora de inventar novos pratos a partir dos que sobraram e com isso surgem os inevitáveis salpicões e frangos desfiados que todos nós temos conhecimento e degustamos com tanto prazer. Hoje estávamos almoçando aqui em casa e comentando justamente isso, pois havia de tudo um pouco no almoço e foram aproveitados da sobra da Ceia Natalina que foi servida para a família toda ontem.
Cada um inventa um prato e quando notamos a mesa está repleta de iguarias e pratos apetitosos que comprometem os nossos sentidos e nos fazem cativos da gula.
Aqui em casa nunca tivemos muito a tradição da Ceia Natalina e há alguns próximos anos estamos praticando este ato que é divertido e nos dá a oportunidade de reunir grande parte da família num dia só e onde todas as histórias do ano são revistas, aumentadas e comentadas à exaustão.
De qualquer forma, é um momento de grande alegria e a família toda reunida é algo que exercita a nossa afeição pelos parentes e nos possibilita dar um abraço naqueles que mantemos pouco contato durante o ano.
É um momento diversificado, assim como os pratos servidos...

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Meio Expediente

Hoje a maioria das empresas pratica o meio expediente para dar oportunidade às pessoas de organizarem suas comemorações natalinas e com isso ter mais tempo para o descanso e diversão. É uma maneira de antecipar o Natal no coração das pessoas, mas isso causa uma grande agonia para aquelas que buscam realizar em 4 horas o que muitas vezes não realizam em 8.
A ansiedade é tanta para "pegar o beco" que terminam nem trabalhando direito e ficam somente comentando o que irão fazer na ceia e quais serão as festas que participarão. Se no Natal é assim, imagine no Ano Novo...
Outro meio expediente complicado é a quarta-feira de cinzas, pois enquanto no Natal a ansiedade é para sair para se divertir, neste a ansiedade é voltar para casa para descansar e colocar em dia as energias perdidas na folia pagã.
As tradições festivas são muito presentes aqui no Nordeste em em períodos como o São João e Carnaval, a agitação toma conta das pessoas e compromete os ambientes corporativos deixando as empresas muito preocupadas com o resultado, ou melhor, com a ausência de resultado nestes dias tão comprometedores do desempenho e das atividades diárias.
As mulheres só pensam na maquiagem e nos vestidos que irão usar, enquanto os homens fazem contas para verificar quantas caixas de cerveja poderão comprar. Um inferno...
Quem trabalha com equipes tem que se deparar com os pedidos de folga antecipada e também com a falta de vontade das pessoas nas realizações de atividades que nos dias normais são feitas de olhos fechados.
Seja como for, os dias de meio expediente são conflitantes, preguiçosos, cheios de controvérsias...
A minha verdade é que poderíamos unir o útil ao agradável e com isso efetuar os nossos trabalhos corretamente sem que a nossa mente só pense em festa, festa e festa...
Se pelo menos a preocupação fosse o espírito do Natal, mas não é...
A preocupação é ficar livre do trabalho e dos compromissos que temos a obrigação de executar. Aliar divertimento e compromisso não fazem mal a ninguém e só nos colocam numa situação confortante em relação ao nosso chefe e a empresa que nos paga para termos obrigações diárias, independente da festa a que estivemos integrados.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Conselhos e Retratações

Algumas pessoas nos dão conselhos de última hora e algumas vezes tentam fazer retratações de atitudes que tomaram e que não foram muito boas e bem aceitas por nós. Como se isso resolvesse tudo...
A maneira mais adequada de termos ótimos procedimentos na nossa vida é adotarmos uma postura sincera e precisa com as pessoas que nos rodeiam e nunca tentar criar situações que possam causar mal e constranger as pessoas de alguma forma.
Detesto quem tem a língua ferina e usa este péssimo atributo para caluniar, difamar, criar situações e acontecimentos desnecessários. É uma forma degradante de usar um meio de comunicação tão bom, que é a fala, para o mal e com isso deixar as pessoas cheias de ressentimentos e com pesares no coração.
Depois de todo o mal causado, buscam fazer retratações dos seus atos, mas uma vez o mal instalado, fica difícil conter o seu perfume inebriante e enjoativo.
Ficar se retratando não vale nada quando o nosso coração não contém a essência da bondade e quando a nossa língua coça constantemente para falar mal das pessoas, sem termos a noção se esse falatório todo nos causará raiva ou intrigas.
Se é impossível não falar mal dos outros injustamente, procure ficar calado e com isso melhorar o mundo, deixando os ambiente pelos quais circula menos pesados e livres da sua infâmia sem limites.
Retrate-se de você mesmo e deixe os outros em paz, pois a paciência das pessoas não admite tanto falatório por nada.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Bonitas e Complicadas

O teto de uma construção me inspirou para falar da funcionalidade que devemos ter em todas as nossas atividades, pois se assim não for teremos problemas para manter o que implantamos e que construímos por aí.
O teto me chamou a atenção pela grande quantidade de ferros que continha e também por ser pintado de vermelho, o que causava um destaque ainda maior ao galpão suspenso por grandes pilares e que em alguns momentos parecia que iria cair.
Encontramos várias realizações na nossa vida e muitas delas podem nos causar problemas na manutenção, pois fica complicado manter a beleza e funcionalidade por muito tempo já que o tempo passa e sempre nos apresenta outras formas de mudar o que já existe e que pode ter uma forma mais fácil de ser edificada e utilizada.
Se formos perceber as construções mais antigas e comparar com as atuais, veremos que a saturação de detalhes do passado deu espaço ao funcional, onde os engenheiros buscam usar materiais cada vez mais leves, barateando os custos das construções e fazendo com que possamos ter ambientes mais planejados e com melhor utilização.
Imaginei aquele teto grandioso sendo pintado...
Acredito que desde que foi feita a construção nenhuma manutenção deve ter sido feita naquele local, pois o tom vermelho estava com um aspecto pálido e empoeirado, causando uma visão terrível do local e deixando o que era belo na construção com um visual acabado e remetendo à falta de manutenção. Até para limpar aquele teto era preciso destinar uma grande quantidade de pessoas e andaimes e o custo disso seria alto para o resultado pouco satisfatório.
Assim como nas construções, nossas realizações de vida precisam ser funcionais e nos dar meios de manutenção diárias, deixando sempre nosso espírito cheio de possibilidades e sempre com ótimas chances de mudança sem que haja necessidade de ficarmos com um aspecto cansado e empoeirado para o mundo.
Renovar nossa vida é necessário para que nossa base seja sempre forte e nunca nos decepcione com imagens cansadas e batidas demais. 

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Presente de Grego

Recebi esta semana de um fornecedor da empresa que trabalho um presente que para muitos seria um primor, uma dádiva...
Ganhei uma garrafa de uísque escocês importado e envelhecido.
Caro e muito cobiçado, mas para mim sem valor já que não bebo.
Terminei vendendo a garrafa de uísque e irei utilizar o dinheiro com outro presente que me faça feliz. Foi a forma que encontrei de transformar aquele bem inútil em algo realmente satisfatório e necessário para a minha vida.
Nesta época, os presentes que recebemos dos amigos secretos e de algumas pessoas que não nos conhecem bem podem ser vistos como "Presentes de Grego" e nos fazem até rir das situações.
Não demorei 15 minutos e vendi o presente, tamanha era a cobiça das pessoas por aquele bem que para mim não valia nada. É assim mesmo.
Para alguns os presentes podem ter valor diferenciado e representar muito para quem os recebe, assim como serem vistos como empecilhos ou problemas para resolvermos. O uísque não era um problema para mim, mas iria ficar esquecido na minha casa sem que eu tivesse a vontade de dar uma finalidade à ele, que seria degustá-lo em algum momento especial, acompanhado dos mais variados petiscos que as pessoas geralmente utilizam para afastar o sabor terrível que ele tem.
Prefiro petiscar outras coisas, como livros, música, imagem e saibam que estes momentos são os melhores para mim. Sem descrição...
Agradeci o presente e sei que a intenção foi a melhor possível, mas fica o recado para os que possam ler esta postagem: Nunca presenteie alguém sem antes saber os seus gostos ou perceber o que ele gosta.
Esse "Presente de Grego" não me trouxe perturbações, mas favoreceu a compra de outras coisas que estava desejando há tempos e ainda não tinha comprado. Foi uma troca satisfatória e muito vantajosa para mim.
Outro dia recebi um saldo residual do FGTS de uma empresa que me traz péssimas lembranças e logo tratei de utilizar todo o dinheiro com coisas que me fazem bem e transformei aquela sensação ruim em prazer e confesso que foi muito válido para o meu espírito.
Transforme seus presentes indesejados em coisas úteis e seja feliz com a lembrança atual, sabendo que a permuta lhe trouxe grandes vantagens.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Recife das Luzes

Recebi esta foto de um amigo e a mesma retrata a decoração natalina do Palácio Legislativo, no centro do Recife. As cores mudam e deixam o edifício de várias cores desde o vermelho, rosa, verde, azul, lilás...
São várias as combinações para mostrar o espírito natalino que reina na cidade. Recife nunca esteve tão enfeitada para o Natal e este ano a cidade apresenta aos seus moradores uma infinidade de opções para os que admiram as luzes  do Natal e também a beleza da criatividade dos artistas plásticos.
Muitas decorações usaram materiais alternativos, como as que podemos ver na Praça do Derby e também na Avenida Agamenon Magalhães. A parte mais apagadinha foi a que foi colocada na Avenida Boa Viagem. Simples de doer, mas mesmo assim deu um tom natalino ao local que nem sempre era lembrado nesta época.
A Prefeitura do Recife está perfeita com um painel luminoso e cheio de mensagens e efeitos especiais. Um destaque no centro da cidade.
Os shoppings se vestiram com pinguins, cristais Swarovski, vilas de brinquedos e outros elementos natalinos. As praças trazem luzes maravilhosas, como exemplo a Praça do Entroncamento que foi reinaugurada há pouco e já trouxe um show de luzes para este Natal.
O Natal é luz, é inspiração, é vida...
É isso que o Recife demonstra nesta época e em cada espaço a beleza das luzes deixa a Veneza Brasileira ainda mais bonita e convidativa.

domingo, 19 de dezembro de 2010

A Gota d´água

Quando fotografei a imagem acima não imaginava que as pessoas iriam ficar desfocadas e que a máquina iria dar destaque justamente à gota d'água que estava no vidro do carro. Criou um efeito interessante e me fez lembrar sobre a nossa paciência e também sobre os estouros que algumas vezes temos em nosso cotidiano.
Acumulamos muitas sensações e sentimentos dentro de nós, mas na maioria das vezes o que nos faz perder a cabeça é a gota d'água que faz com que o copo cheio de tensões possa transbordar e nos fazer derramar uma série de problemas e coisas mal resolvidas.
A sensação pós gota d'água é terrível, pois há uma mistura de culpa, raiva, alívio...
Nem sempre esta gotinha nos favorece e para que isso não nos cause problemas maiores, temos que ter uma verdadeira consistência dos nossos atos e percepções para que assim não sejamos injustos ou precipitados nas nossas decisões e atitudes.
Sabemos que a raiva nos move, assim como pode nos derrubar também e nada mais consciente do que fazer tudo com cautela e muita harmonia, evitando atropelos e agonias diárias com as pessoas que convivemos e que precisaremos de contribuições nas nossas vidas. Não vivemos sozinhos e por isso é necessário que tenhamos a certeza daquilo que iremos fazer para que não venhamos a ficar sozinhos nos momentos que mais precisaremos de auxílio, seja na vida pessoal ou profissional.
Se a paciência tem limites, é importante limitarmos também as gotas d'água que possam contribuir para o nosso transbordamento de sentimentos e com isso tomarmos as melhores decisões para o nosso sucesso e bom relacionamento.
Evite desfocar as pessoas e não dê ênfase às gotas d'água...

sábado, 18 de dezembro de 2010

Trilhos Urbanos

Nas ruas por onde passamos, observamos muitas situações diferentes e as pessoas também são um atrativo; notamos os mais variados tipos de criaturas nessa imensa loucura que são as cidades.
Algumas mais apressadinhas, outras mais lentas...
Não importa, pois todos contribuem para que a vida seja fluida e tenha fundamento a cada segundo.
Os nossos trilhos urbanos nos levam a vários locais, sejam eles seguros ou não. Sabemos dos perigos que a cidade nos apresenta, assim como temos noção dos bons atrativos que poderemos encontrar. As opções são variadas e nenhuma delas é ruim para os nossos dias e sempre podem nos ajudar no que for necessário. Caminhando pelas ruas e cidades, encontramos muito mais do que lojas, pessoas, caminhos... Encontramos uma representação do perfil urbano em que estamos inseridos e que precisamos estar totalmente integrados para não sofrermos as conseguencias pela total falta de conhecimento dos nossos próprios caminhos.
Como desfrutar melhor a sua cidade e seu bairro se você não tem conhecimento deles ou se tem medo de conhecer o que está disponível para você diariamente?
Não precisamos ter medo das nossas cidades, mas cuidado para saber onde e quando deveremos estar. Se tivermos tal percepção, não vejo problemas e situações ruins para ninguém.
Aprendi a conviver bem com as cidades que morei, como Garanhuns e agora Recife e muitas vezes vejo pessoas que sempre nasceram aqui e que  desconhecem totalmente alguns locais por medo ou falta de iniciativa para sair de casa e descobrir as belezas da cidade ou então para perceber o seu mundo, o seu universo quase particular.
É inadimissível que alguém que mora há muito tempo num local não tenha a noção do que lá existe e com isso faça da sua vida uma prisão, onde a sua casa se torna um presídio confortável, mas que lhe impossibilita de descobrir o brilho do sol além da janela e também como andam as evoluções nas ruas e quais são as novidades que a cidade está lhe trazendo.
Aprenda a trilhar sua cidade e construa seus próprios caminhos dentro dela...

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Galo de Campina

A exposição do artista plástico Fernando Areias, no Aeroporto do Recife, me fez lembrar a minha casa lá em Garanhuns nos tempos em que meu pai era vivo e criava vários passarinhos, de muitas espécies.
Era uma cantoria sem fim logo cedo e isso nos dava a sensação de estarmos no mato, em contato com a natureza. A obra que mais me arrebatou foi a que retratava o Galo de Campina, que era um dos pássaros que tínhamos lá em casa. Sua plumagem tricolor era encantadora e o vermelho da sua cabeça era destaque dentre os demais, que, na maioria das vezes, traziam cores pardas e sem muita luz.
Grande parte dos quadros que vi eram de pássaros, embora muitos outros retratassem animais, folhagens, pessoas, festas... Ficou evidente pelo traço forte do artista sua predileção pelos pássaros e, em especial, pelo Galo de Campina.
Hoje em dia não temos mais os pássaros, pois o cuidado que era requerido tomava muito o tempo da minha mãe, que não teve paciência de ficar com esta tarefa. Dou razão para ela, pois os danadinhos cantavam, mas em compensação sujavam a casa com restos da ração, do alpiste e pedaços de frutas que comiam. Meu pai tinha extremo cuidado com todos e comprava produtos de qualidade e frutas fresquinhas para todos eles.
As gaiolas eram lindas, feitas sob encomenda.
Ele diariamente acordava às 04:00 para cuidar de todos, um por um, limpando suas gaiolas e mantendo a água e o alimento em ordem. Eles cantavam de alegria e percebiam a nossa chegada. Tínhamos um que não durou muito, pois seu canto estridente incomodava logo cedo, era a Crauna. Ave preta e muito gritante.
Os pássaros estão melhor hoje em dia, pois foram soltos e ganharam liberdade, que é o maior dom da nossa vida.

PS - Galo de Campina pintado por Fernando Areias

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Olhar Crítico

Nem todos desenvolvem um olhar crítico para as suas ações diárias e preferem ficar percebendo o mundo com um olhar mecânico, onde as ferramentas para as descobertas não são necessárias, ficando evidente o cumprimento de um processo sem que tenham noção do que estão fazendo.
Pobres destas pessoas...
Quem não aprende a descobrir ao invés de ficar a vida toda perguntando, não aprimora os seus conhecimentos e não faz dos seus dias momentos diferenciados e cheios de melhorias. As várias atividades que diariamente executamos são repletas de pequenas letrinhas que temos a obrigação de ler para poder entender melhor o que executamos e também para não se perder no grande número de folhas de papel que dispomos na nossa mesa e que comprometem nossa visão e nos fazem cegos em alguns momentos.
Muitas pessoas são mestras na arte de perguntar por perguntar e com isso não constroem dentro de si a segurança necessária para mudar de rumo a sua vida e com isso passarem a ser informantes de si mesmas, sempre buscando as respostas daquilo que precisarão para os dias de trabalho e para desenvolvimento das atividades a que estão destinadas.
Gosto de informar, de instruir, mas não gosto de ser repetitivo. Detesto ter que estar falando a mesma coisa para uma pessoa milhões de vezes e acredito que este procedimento pode acontecer por dois motivos: ou a pessoas não entendeu o comando ou simplesmente tem dificuldade de assimilar e de perceber o óbvio.
Portanto, sempre pergunte se não entendeu e se há dificuldade de percepção, trabalhe isso no seu cotidiano para não vir a ter problemas maiores.
Já me deparei com muitas situações que desconhecia totalmente e resolvi a maioria delas somente com a investigação dos fatos e sem muitas vezes precisar de orientação.
A orientação é necessária, mas precisarmos também nos orientar para seguirmos um rumo crescente e cheio de avanços e não ficarmos somente esperando que as respostas venham prontas e que todos os nossos problemas sejam solucionados como num passe de mágica.

PS - Imagem que ilustra a postagem de hoje é do Artisa Pernambucano Fernando Areias e alguns dos seus quadros estão em exposição no Aeroporto do Recife.
Lindas obras, confiram...

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Quando nem o Santo ajuda...

Sabe aquelas pessoas inconsistentes que não sabem o que querem? Aff..
Nem me fale.
Sempre possuem atitudes vagas, distantes, sem noção... Mas na hora de cobrar dos outros atitudes e justificativas, são mestres exímios e sem piedade.
Nenhum Santo ajuda...
Nem eu, claro.
É comum nos depararmos com pessoas assim e a maioria deles nos deixam um pouco irritados, pois não enxergarmos motivo para tanto desgaste. Se justificar nossos passos é complicado, imagine quando temos tantas coisas para nos preocupar que tal cuidado se torna algo insignificante diante das imensas responsabilidades que assumimos diariamente. Temos mais que nos preocupar com o necessário e não ficar como João e Maria, marcando os caminhos por onde passamos para que saibam o nosso destino.
Se estamos vagabundando por aí é uma situação, mas se estamos comprometidos com o trabalho e com nossas atividades diárias não cabe transformarmos nossas vidas num enorme cenário de avisos e justificativas.
Quando temos uma vida independente, perdemos um pouco essa noção e confesso que a nossa necessidade de dar paradeiro dos nossos caminhos é algo que raramente passa pela nossa mente, pois na maioria do nosso tempo ficamos esquecidos pelas pessoas que nem lembram que existimos ou que contribuímos para as suas vidas de alguma forma.
Se a reza para o Santo é forte, desejo que estes ilumimem a vida das pessoas complicadas e cheias de problemas pessoais, pois a minha é descomplicada demais para ser afetada com tantas turbulências que não levam a nada e só afetam o nosso humor.
Reza forte para todos os complicados...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Avarandado

A nossa visão do mundo é percebida de várias formas, mas a maioria delas é contemplativa e nos dá uma sensação de estarmos numa varanda bem tranquilizante onde podemos encontrar uma paisagem deslumbrante para o nosso deleite. É o que posso chamar de "Avarandado", ou seja, estarmos sempre dispostos numa varanda esperando que os acontecimentos venham nos arrebatar.
Será que isso é bom?
Não tenho tanta certeza assim...
Se vez ou outra pulamos a varanda para verificarmos o que nos espera lá em baixo ou embarcamos num vôo com os pássaros que por ali passam, posso dizer que estamos tendo uma atitude real e preocupada com o nosso sucesso, mas se assim não fazemos ficamos contemplativos demais e deixamos que as folhas se acumulem no local, o deixando sujo e sem receptividade para um convívio sadio e pleno.
Nossas varandas estão em todos os lugares e nos dão muitas visões... Muitas vezes nem temos varanda, mas construímos essas visões com os nossos desejos, atitudes, e, principalmente, com os grandes sentimentos que acumulamos e que diariamente distribuímos para o mundo e pessoas que nos cercam.
Não custa nada enfeitar nossa varanda com objetos que nos fazem bem, com flores que nos perfumam e com comidinhas que nos fortalecem. Tudo que for necessário é válido para aprimorar a nossa felicidade e para elevar o nosso potencial diante do mundo que sempre nos pede mais realizações e mudanças.
Deixe o vento mover a cortina da sua varanda, mas sempre use materiais leves para tornar o local simples, bonito e muito fácil de ser vivenciado.
Nossa vida já é desgastante demais para ter peso em demasia.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Maceió

Após um bom tempo, retornei à Maceió e pude comprovar que a cidade está bem diferente do que vi há doze anos. Seu desenvolvimento não foi gritante, mas houve avanços em várias áreas e vemos que a cidade está mais organizada e voltada para melhorias contínuas, nas mais diversas áreas.
Se a indústria não é o seu forte, na área comercial podemos ver um local bem desenvolvido e cheio de opções para os visitantes. Há muita cultura no comércio de ruas em Maceió e podemos encontrar várias opções de compra nos bairros, sem que seja necessariamente ir a um shopping center.
Os shoppings da cidade possuem nomes quase idêntidos, pois um se chama Maceió Shopping e o outro Pátio Maceió. Ambos pequenos, mas com muito movimento. Algo que me chamou a atenção no Shopping Maceió, que foi o que eu conheci, foi a praça da alimentação, que fica localizada numa área de circulação de pessoas, fazendo com que as refeições se tornem um ato complicado e cheio de atropelos, pois temos que disputar as mesas com as pessoas que por ali passeiam e que comprometem totalmente a privacidade de quem está efetuando uma refeição. O ideal seria uma praça de alimentação mais reservada, calma...
Uma agonia só...
As praias urbanas da cidade conservam as características do litoral alagoano e trazem muito azul e coqueiros de sobra para enfeitar a orla. Notei que o mar avança a cada dia e que em pouco tempo a cidade terá que fazer uma contenção como já foi feita aqui no Recife, na Praia de Boa Viagem.
É o sinal dos tempos e das mudanças climáticas.
O tempo é agradável, apesar do calor intenso. Não se compara ao abafado de Recife, que a cada dia se torna mais insuportável e desconfortante. O artesanato é variado e ao visitante são oferecidas opções caras e baratas. Apesar da capital não ser muito grande, o custo de vida é um pouco caro, pois percebi o preço de muitos itens são superiores aos que são praticados no Recife. Não vou nem falar do combustível, pois seria uma afronta, já que o Estado é grande produtor de cana-de-acúcar...
Movimento não falta nas ruas, mas a cidade ainda não sofre com os congestionamentos gigantescos que o Recife enfrenta diariamente. Há muitos edifícios em Maceió, mas a selva de pedra de Recife é insuperável.
Linda cidade... Visite Maceió e se encante...

domingo, 12 de dezembro de 2010

Arte em Toda Parte

Neste ano, o projeto "Arte em Toda Parte" da cidade de Olinda completou 10 anos e este tem como proposta mostar aos visitantes da cidade patrimônio o que ela tem para oferecer na arte, gastronomia e diversão, pois a cidade está cheia de opções e de mostras dos mais variados tipos para encher os olhos de quem aprecia o que é bonito e criativo.
Apesar da pouca divulgação, o evento teve muitas opções de diversão no período de 02 a 12 de Dezembro e procurou trazer um pouco de tudo que Olinda nos oferece. É um momento bom para encontrar as igrejas abertas ao público, os museus com horários diferenciados, os ateliês cheios de novidades e as lojas de artesanato com muitas opções de compra.
Andei um pouco hoje pelas ruas da Olinda histórica e gostei muito do que vi, mas o movimento de pessoas ainda era pouco para o grande acervo que estava exposto ao público e que fazia parte deste momento tão especial na cidade, que respira cultura e sempre tem uma novidade no ar.
Já é carnaval em Olinda e as prévias agitam as ladeiras nos finais de tarde fazendo com que neste período a brincadeira de rua seja ainda mais atraente, pois com o público menor, podemos apreciar melhor o que o carnaval de Olinda tem para nos oferecer. Não fiquei esperando a agitação das prévias e meu interesse foi mais em ver as mostras de arte e visitar as igrejas que hoje estavam abertas em horário especial. É muito bom poder contar com tantas opções de arte ao nosso dispor e com isso notamos que os caminhos para a criativiade são infinitos e sempre acessíveis ao público que tem a possibilidade de escolher a que melhor se adapta ao seu bolso e gosto.
O Alto da Sé ainda está em obras, mas notamos que as melhorias são contínuas e visam dar mais espaço aos visitantes, buscando organizar o comércio de alimentos e de artesanato, que se espalha por todos os locais e toma conta das ruas. As tapiocas são saborosas, mas achei o preço inflacionado e fora da realidade. Preço para quem paga em dólar. O meu dinheiro é real.
Mesmo assim, indico as tapiocas do Alto da Sé, que são recheadas de sabores, doces e salgados, e compatíveis com os mais variados paladares dos visitantes do local.
Quem teve oportunidade de visitar Olinda nesses dias deve ter gostado, mas quem não foi pode conferir quase tudo em épocas normais e notará que Olinda é arte sempre e não somente na época dos eventos.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Tem alguém aí?

Algumas pessoas tem uma falta de atenção muito grande em relação ao mundo que vivem e também se formos perceber o detalhe que destinam aos que estão por perto. Parece que temos que ficar batendo na porta deles a todo instante para lembrar atitudes que são bem perceptíveis e fáceis de se realizar.
A percepção não é igual para todos e alguns desenvolvem isso de uma forma mais perfeita, mas outras pessoas se desligam do mundo e parece que viajam para um lugar imaginário onde a realidade não é o forte deles, sendo quase impossível terem momentos de comunhão com tudo e com todos.
Perceber o mundo e as pessoas é essencial para a vida de qualquer um e se não soubermos fazer isso bem, terminaremos caindo num descaso terrível e esquecendo coisas e pessoas importantes da nossa vida, por mero descuido e falta de cuidado com os pequenos detalhes que diariamente aparecem na nossa frente e deixamos passar sem que o nosso olhar possa verificar as reais necessidades de tudo aquilo que é importante para nós, mas que deixamos fugir como um gás muito volátil.
Bater na porta dessas pessoas desatentas diariamente se torna uma tarefa árdua para os perceptivos demais e conviver com este tipo de relação é um desgaste terrível, pois o choque de atitudes e de sentimentos se torna uma mina cheia de bombas que podem explodir a qualquer momento, nos fazendo infelizes e cheios de ressentimento guardados no coração.
A vida nos ensina a observar o mundo, mas se assim não praticarmos iremos notar que aos poucos ele vai nos dando as costas e tudo o que não é valorizado por nós acaba encontrando outro rumo ou outra forma de realizar a felicidade que até então estava concentrada num local que criou teia de aranha por não ter manutenção de sentimentos e de cuidados necessários.

PS - Quando vi este batedor de porta em Olinda, logo fotografei e achei interesante falar sobre o tema aqui no blog.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Afeição

Sentimentos não podem ser medidos, ainda mais quando estes se tornam mais fortes que as nossas possibilidades e fazem dos nossos dias únicos e inesquecíveis. A vontade de estar perto de quem gostamos é muito forte e não há como suportar a dor da despedida ou da ausência quando o nosso desejo maior é ter por perto alguém que muito estimamos.
A vida nos presenteia com pessoas assim e sabemos que nossa felicidade depende muito da existência de tais seres, que fazem dos nossos dias momentos de muita luz e alegria, simplesmente pelo fato de existirem pessoas que nos emocionam, nos fazem felizes, nos confortam e, principalmente, nos deixam cativos.
Estar cativo não é estar preso, mas estar feliz e dependente de um sentimento que nos arrebata e nos faz inquieto e sereno, sempe desejando mais e mais da presença daquelas pessoas que nos fazem bem e podem contribuir para a nossa felicidade plena e sem limites. Não há como negar e esconder a emoção que temos quando estamos ao lado de quem gostamos e que sentimos que também depositam por nós grandes sentimentos e carinho de sobra para nos preencher cada dia mais e nos deixar sempre desejosos de outros momentos de alegria e de grandes descobertas.
Não precisamos de muito para descobrir que a felicidade está no simples fato de pessoas importantes existirem e que isso é o que move a nossa alma e faz com que os nossos olhos brilhem com mais intensidade a cada dia.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Não Ultrapasse

Nesta loucura em que vivemos, terminamos algumas vezes tomando atitudes ou fazendo atos pouco incomuns e perdemos um pouco a noção dos nossos limites e também a visão das ultrapassagens que poderemos realizar com segurança e sem afetar ninguém.
Quando fazemos isso por inocência é uma coisa, mas existem aqueles que fazem isso com pura intenção e fazem dos limites diários palavras vagas e sem muito sentido. Pessoas assim não tem visão de uma boa convivência em sociedade e pensam que o mundo roda somente para eles. As derrapadas que podemos cometer por causa das ultrapassagens impróprias e nas horas erradas são as piores, pois marcam as nossas vidas e a nossa estrada, deixando nela um freio negro e muito perceptível.
Não gosto de ultrapassar os limites de ninguém e fico irritado quando alguém invade meu espaço sem me informar. Acho uma falta de educação e pode até comprometer os mais sólidos relacionamentos existentes, já que ninguém gosta de ficar notando seus caminhos tomarem novo rumo sem que assim você tenha planejado ou desejado.
Se antes de ultrapassar qualquer limite é solicitada a observação, por que não olhar e com isso cometer menos erros na vida e também com as pessoas? Saiba que nem sempre é sábio ser apressadinho demais, já que isso pode remeter a uma inconveniência que poderá não ter fim e desfavorecer sua vida de forma significativa.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Navilouca

Assim como a revista de única edição, Navilouca, lançada em 1974, pelos poetas Torquato Neto e Wally Salomão, o novo CD da Banda Pedro Luis e a Parede é único e tem sonoridade espetacular. É a cara do grupo inovar e sempe nos trazer grandes arranjos e músicas investigativas, críticas e cheias de informações precisas.
O grupo tomou maior vulto nacional a partir do CD Vagabundo, cantado em parceria com o grande Ney Matogrosso. Tive oportunidade de ver o show e a química dos artistas foi perfeita. Em Garanhuns, eles já estiveram duas vezes, no Festival de Inverno. Uma delas com o Ney Matogrosso e outra em carreira solo. Sempre mostraram shows perfeitos e cheios de ritmo.
Como mesmo dizem "O samba é um santo remédio para quem quer viver". Não é só de samba que vive a banda e a mistura de ritmos é impressionante, soando sempre muito convidativa aos nossos ouvidos mais exigentes e ávidos por novidades. A banda é inventiva demais e gosto muito de todas as músicas, das analogias e neologismos que criam nas letras e se formos notar tem um pouquino deles em todos os artistas que conhecemos, pois muitas das suas músicas são amplamente cantadas por aí.
Se era da poesia que a Navilouca dos anos 70 se alimentava, a banda vai além e une a poesia com muita música e nos faz felizes a cada audição de faixa.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Quando falta o ar...

Sabe aquela sensação de sufoco misturada com aperto no coração?
Nem imagine.
Eu fico meio assim quando tenho algo para concluir num prazo muito curto e quando não há tempo disponível para que tudo seja feito com mais precisão e cautela. Detesto fazer atividades no escuro e sem ter o tempo suficiente para a análise e precisão dos dados.
Determinadas situações até provam a nossa expertise em alguns campos e nos sentimos gloriosos quando no final tudo consegue ser feito e posto em ordem, mas até que isso chegue ao seu ideal, ficamos com uma mistura de sensações dentro de nós que não tem fim e nem explicação.
Falta a sede, o apetite se vai e o humor despenca na velocidade da luz. Tudo isso é motivado por um fator chamado "tempo" e que transforma as nossas 24 horas diárias em apenas 5 e nos dá a impressão de que tudo passa mais rápido que um piscar de olhos. Olhar o tempo sem ter uma atividade urgente é uma coisa, mas olhar o relógio enlouquecer os ponteiros quando estamos disputando com ele um espaço é coisa de louco e isso não desejo a ninguém.
Hoje passei um sufoco daqueles no trabalho e tudo foi concretizado dentro do tempo previsto, mas até que isso fosse efetivado, corroí todos os meus neurônios e enfrentei as piores dores estomacais da minha vida, pois para cada um o corpo reflete de uma maneira.
Uns choram, se desesperam, gritam...
Eu prefiro ir até o fim e saber que a capacidade está acima dos problemas.
Se Deus nos dá a sabedoria para encontrarmos um erro, nos mostra a luz para podermos deixar tudo em ordem, e, com isso, nos preparar e sensibilizar para outras situações do mesmo tipo, nas quais saberemos como lidar de olhos fechados.
Foi um dia complicado, mas terminou bem, muito bem...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Muita agonia por muito pouco...

Ontem fui ao Recife Antigo para ver a apresentação da cantora Elza Soares, que faria um show totalmente com músicas que foram cantadas por Luiz Gonzaga. Bem, o show foi tão ruim que não vou nem comentar para não perder meu tempo, ainda mais, pois esperei durante três horas e meia para comprovar que a cantora não sabia as letras das músicas e quem na verdade estava cantando era um dos vocalistas da banda que a acompanhava. Deixa para lá... Talvez se ela tivesse vindo com o repertório dela e feito uma homenagem ao Rei do Baião com duas ou três músicas, a decepção teria sido menor.
É o velho dito popular: Não se meta a fazer o que não sabe...
Os organizadores do evento deveriam ter trazido pessoas da nossa terra, que conhecem melhor os nossos ritmos e possuem as letras gravadas na memória. Elza sofreu tentando ler as letras numa partitura que o vento insistia em folhear. Não deu certo.
Falei que não iria comentar e já escrevi várias linhas sobre esse show. Parou.
Outra agonia foi chegar ao Recife antigo, pois estava acontecendo, também, os festejos de 100 anos da arquidiocese de Olinda e Recife, com um grande show na praça do Marco Zero. Ruas interditadas, gente passando por todos os lados, sem estacionamento, um caos...
Parecia carnaval e na verdade era. Carnaval de ambulantes, de espetinhos, de artesanatos, de shows, de gente. Foi bom ver a decoração de Natal e notar que toda ela foi muito bem programada para brilhar e para trazer mais luz ao bairro mais antigo da cidade. A árvore de natal foi totalmente feita com CD's piratas apreendidos e o efeito ficou lindo e grandioso nas margens do Rio Capibaribe. Foi a única coisa que gostei, somada a um suco de limão, laranja e acerola que tomei. Ficaram duas coisas boas do passeio e a companhia da minha amiga Cristina foi essencial para que eu pudesse ficar até quase o fim. No final deu tudo certo e chegamos em casa bem e despreparados para outra. Num outro momento, iremos verificar melhor os acontecimentos do dia para não ficarmos num mar de gente sem que tenhamos a mínima vontade de nadar nessa maré louca e complicada, onde as ruas estreitas confundem qualquer neurônio mais cansado.
Fica a imagem da árvore...

domingo, 5 de dezembro de 2010

Virei Estrela...

Quando temos bons amigos, podemos dizer que são anjos que aparecem nas nossas vidas e fazem o nosso céu mais estrelado e cheio de brilho, sem possibilidade de ficarmos sozinhos e desamparados. A verdadeira amizade não pergunta nada, pois já percebe o nosso desejo e nos faz feliz.
Anjos de todos os tipos aparecem nas nossas vidas e não somente os que estamos acostumados a ver, que são os anjos brancos, de olhos verdes ou azuis e cachinhos dourados. Os nossos anjos são das mais variadas espécies e nos guardam sempre, nos destinando grandes felicidades e não permitindo que sejamos sozinhos no mundo.
A visão mais perfeita do mundo é aquela que podemos ver através do coração e quando este se enche de amizades perfeitas, nossos olhos só conseguem visualizar o que é bom e o que nos engrandece. Receber demonstrações de carinho quando menos esperamos é algo singular e sem preço, pois o valor está além do que possamos imaginar, mesmo que a nossa rede de amizades seja pequena, valendo, portanto, o sentimento e a transferência de afeto e consideração.
Bem, é esta a mensagem do domingo que queria deixar...
Falar um pouco sobre a amizade, sobre afeto e carinho, que são alguns dos sentimentos mais sublimes que dispomos na vida e que muitas vezes deixamos passar sem notarmos.

Amor, Festa, Devoção

Esta música é o momento mais sublime do show de Maria Bethânia, "Amor, Festa, Devoção"
Linda interpretação da grande musa da MPB.


Balada de Gisberta


Composição: Pedro Abrunhosa

Perdi-me do nome, hoje podes chamar-me de teu
Dancei em palácios, hoje danço na rua
Vesti-me de sonhos, hoje visto as bermas da estrada
De que serve voltar quando se volta para o nada?

Eu não sei se um Anjo me chama, eu não sei dos mil homens na cama
E o céu não pode esperar
Eu não sei se a noite me leva, eu não ouço o meu grito na treva
E o fim vem me buscar

Sambei na avenida, no escuro fui porta-estandarte
Apagaram-se as luzes, é o futuro que parte
Escrevi o desejo, corações que já esqueci
Com sedas matei e com ferros morri
Trouxe pouco, levo menos

E a distância até ao fundo é tão pequena
No fundo, é tão pequena... A queda
E o amor é tão longe, o amor é tão longe…
E a dor é tão perto

sábado, 4 de dezembro de 2010

Dócil, Gentil...

No último domingo, fiz uma trilha ecológica na cidade de Belo Jardim e desta vez fomos ao encontro das várias cachoeiras existentes na região, o que fez da nossa aventura um convite à emoção, com muita adrenalina em todos os momentos. A subida da Serra dos Ventos ocorreu de forma muito tranquila e logo após começamos a ouvir o barulho da água, o qual se tornaria o nosso companheiro até o final da jornada que teve aproximadamente 10 km, sendo metade deste trajeto de descida e com muitas quedas d’água.
O meu banho de cachoeira no final ficou frustrado pelas sangues sugas que estavam habitando as águas frias do local e não me atrevi a arriscar que alguma delas pudesse me pegar. Mas gostaria de falar do cachorrinho que encontrei no caminho e que num primeiro momento ficou irritado comigo e com medo, mas que após uma breve palavra de carinho, pude sentir que ele se tornou meu amigo e passou então a me seguir, como se quisesse mostrar o caminho a seguir.
Andou ao meu lado por um bom tempo e só saiu de perto quando viu que o caminho estava praticamente finalizado. Após este ato, ele voltou para a sua casa e olhou para mim com uma carinha de despedida, que eu pude captar na fotografia acima e que ilustra esta postagem.
A caminhada foi longa e cansativa, mas voltar para casa com aquele olhar carinhoso foi a melhor coisa e isso me fez pensar um pouco sobre as despedidas que diariamente temos que ter nas nossas vidas. Nada é para sempre, mas alguns momentos e pessoas sim. Ficam guardados na nossa memória e com isso nos alegram todas as vezes que insistimos em lembrar.
Era um animal dócil e demonstrava ser companheiro, algo que em muitos humanos falta e fica a desejar...
Fica a lembrança e a imagem.

Segue o Caminho do Boi da Macuca

O São João do Boi da Macuca, na cidade de Correntes, Pernambuco, acontece anualmente e reúne grande quantidade de pessoas que buscam nos fes...