quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Acalma, mas Dói...

A participação na vida de uma criança é essencial para que ela se desenvolva bem e isso termina sendo uma obrigação para que nós, adultos, consigamos dar o exemplo do que é certo ou errado em cada momento da vida, ainda mais quando desejamos que os nossos filhos sejam pessoas educadas e conhecedoras dos seus direitos e deveres.
Tentando deixar a minha sobrinha mais calma e atenciosa, dei de presente para ela uma coleção de livros para colorir e juntamente com ela fui mostrando as técnicas de pintura que conhecia e como ela poderia aproveitar bem o tempo livre para exercitar a criatividade de maneira adequada e sem que tivesse que ficar muito ligada ao que a internet ou televisão oferecem, pois na maioria dos casos o desenvolvimento intelectual é zero e não agrega nenhum valor.
Foi um momento ótimo, pois passamos um dia inteiro pintando, conversando, trocando ideias e aperfeiçoando o carinho já existente, algo que em outras atividades não faríamos tão bem. No final do dia tínhamos muitas histórias para contar e alguns desenhos coloridos para expor e mostrar com orgulho.
Sensacional o que ela fez e ainda mais o que eu pintei, pois nem imaginava que pudesse chegar a tanto. A proposta dos livros de colorir é relaxar e fazer com que as pessoas possam exercitar a mente de forma boa e deixando de lado o estresse do cotidiano que nem sempre possui uma válvula de escape.
Posso dizer que a distração é bem satisfatória e atende bem aos anúncios que são feitos para vender os mais diversos títulos que estão disponíveis no mercado, embora alguns desenhos sejam extremamente difíceis de serem pintados e terminam causando um efeito bem diferente do que imaginamos, já que a dor no pescoço e de cabeça podem ocorrer se não dosarmos a nossa carga de trabalho destinada para esta atividade simples, mas que vai, aos poucos, nos deixando mais exigentes e esperando por desenhos cada vez mais elaborados.
Fiquei com a mão e pescoço muito doloridos após a minha jornada de trabalho como pintor iniciante e isso me fez diminuir um pouco a minha rotina, percebendo que mesmo o que nos relaxa deve ser praticado dentro dos limites aceitáveis, pois o bem pode reverberar para outros males e nos deixar com mazelas que antes não existiam.
É aquela velha história que trata dos excessos...
Tudo tem que ser na dose certa, sem agonias desnecessárias.
E vamos pintando a vida com calma, sem estresse. Essa é a proposta e se for feita adequadamente, só benefícios trará e nos ajudará a entender que tudo deve ser praticado para o nosso bem e mesmo o que parece ser inofensivo pode nos trazer grandes problemas se a adequação aos nossos limites não for bem feita. Deve ser algo que não seja atropelado e nem desesperado para o término, pois algumas ações podem esperar muito tempo e nos ajudar em vários momentos da nossa vida corrida e sem contenção.

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