sexta-feira, 14 de março de 2014

O Lixo Difícil

Nesta semana uma senhora caiu no Rio Tejipió, na região metropolitana do Recife, e seu corpo só foi encontrado 04 dias depois, após muitas buscas sem sucesso devido ao acúmulo de lixo que dificultava o trabalho dos bombeiros. Quem vê a fotografia da reportagem se assusta e termina não acreditando como as pessoas podem morar em lugares tão sujos e contribuírem com isso, pois se toda aquela montanha de resíduos está ali é porque alguém jogou. O problema do lixo, seja em que lugar for, depende da nossa compreensão e educação para jogarmos adequadamente o que não serve no seu devido lugar, afastando problemas diversos como a proliferação de doenças e entupimento de galerias de saneamento.
Muitos devem achar que o problema é do governo, mas é de todos nós. Temos que nos acostumar a ter mais cuidado com a nossa cidade, evitando qualquer tipo de problema que venha causar maiores danos à sociedade. Vejo muita gente jogando lixo na rua e basta olhar ao seu redor para perceber que a doença generalizada do descaso é bem maior do que possamos imaginar. 
Hoje as escolas ensinam determinadas formas de civilidade, mas muito pouco se pratica realmente. Crianças e adultos estão sempre juntos quando o assunto é sujeira e terminam dando um mal exemplo de como deixar a cidade cada dia mais suja e inadequada para a vida. Passar todos os dias pela nossa rua e encontrá-la limpinha, não porque a coleta foi feita, mas porque ninguém sujou é bem melhor do que sujar e ficar esperando providências, que nem sempre são rápidas e podem dificultar a remoção da sujeira que estava aqui e agora está ali. 
O lixo se locomove como uma doença que vai tomando conta de tudo e acaba com a vida que todas as cidades possuem. Não vejo ninguém que seja normal acumular lixo dentro da sua casa, pois sabem o resultado que irão obter. Era bom que todos fizessem esse teste para sentir na pele como é estar num ambiente sujo e descuidado. Em casa organizamos, na rua destruímos e sujamos. Num ambiente nosso, o incômodo da sujeira é maior, mas num local público e aberto não sentimos isso, haja vista que os nossos olhos não irão permanecer ali para observar todas as interferências que o nosso saquinho de plástico mal descartado causou ao meio ambiente.
Era vergonhoso ver o corpo da mulher em meio a tanto lixo, mas o pior era perceber a falta de atitude das pessoas que residem nas redondezas por terem deixado que o quintal das suas casas se transformasse num lixão sem limites e que contaminava toda a água de um rio que não existe mais, pois com os terríveis desgastes que sofreu, pode agora ser chamado de esgoto. Acho que a mulher não morreu afogada, mas sim envenenada.
Difícil conter o lixo e mais ainda a falta de educação das pessoas...

Segue o Caminho do Boi da Macuca

O São João do Boi da Macuca, na cidade de Correntes, Pernambuco, acontece anualmente e reúne grande quantidade de pessoas que buscam nos fes...