quarta-feira, 4 de junho de 2014

Devo, Não Nego, Pago...

Assumir dívidas além das nossas possibilidades é algo que faz parte da vida de muita gente, especialmente daqueles que possuem uma atração muito forte pelo cartão de crédito e pelo consumismo sem medida, que termina entupindo nossas vidas e armários sem que saibamos realmente para que serve tudo aquilo.
Vamos comprando, comprando e quando percebemos os nossos limites estão estourados e as dívidas crescentes e sem chances de serem liquidadas com facilidade, com os nossos recursos financeiros que nem sempre crescem na mesma proporção e terminam gerando um saldo negativo nas nossas vidas, as quais precisam de renda suficiente para terem um pouco de conforto e suprir as necessidades básicas de cada cidadão.
Vejo as dívidas como um mal, mas é algo necessário, desde que controlado e tendo como base as reais possibilidades de cada pessoa, onde o trabalho formal ou a autonomia vão indicar até onde cada um pode gastar e usufruir. O que é ruim não é comprar fiado, mas sim comprar demasiadamente fiado. Quem compra além da conta só percebe o estrago quando as contas não conseguem fechar e geram as buscas incansáveis aos empréstimos e também a geração de uma grande onda de atrasos no pagamento, podendo muitos deles nem serem solvidos, já que existem pessoas honestas e endividadas e os picaretas que fazem dívidas para não pagar.
Há um grupo que sempre compra além do que pode e faz da sua vida um mar de lamentações quando na verdade tudo poderia ser diferente e mais tranquilo. Podemos realizar tudo que desejamos, desde que usando a nossa capacidade de pensar e de verificar o que realmente é necessário ou não, excluindo todos os gastos irrelevantes ou até deixando para o momento oportuno algo que pode esperar um pouco mais, já que nem tudo que compramos é utilizado de imediato e termina gerando um acúmulo além do normal nas nossas vidas já tão complicadas e cheias de interferências.
A sensação de vivermos com a corda no pescoço depende de nós mesmos e se estivermos preparados para enfrentar os nossos deslizes financeiros, evitando os gastos desnecessários, veremos que tudo pode ser feito e consumido, sem que nossa renda seja comprometida e nos cause um mal que nem deveria existir, quanto mais nos preocupar.
Fiado, cartão de crédito, empréstimo, crediário e toda essa corja, são farinhas do mesmo saco, daquelas bem grossas, que deixam o nosso feijão com um aspecto estranho e difícil de ser mastigado. Um descuido qualquer e podemos quebrar os dentes, as pernas, a paciência...
Renda-se ao necessário e evite todas as dívidas que não contribuem para as suas reais necessidades de vida. Sei que isso é complicadíssimo, mas temos que tentar.

Segue o Caminho do Boi da Macuca

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