domingo, 30 de junho de 2013

Maré Mansa

Andei procurando minha alegria
Passarinho contou, sabia
Onde dói meu coração

Me disse: menino, olha a vida e sorria!
O vento que assobia, não se assuste com o trovão
Às vezes parece que a coisa empena
E o perfume de açucena vira cinza de carvão
Mas sou feito mato na beira do rio
Não me esconda desafio
E não me entrego nunca não

Sou filho do mar
E na maré mansa
Basta um riso, uma esperança
Pra meu peito consertar

Sou filho do mar
E na maré cheia
Tiro o barco da areia
Vou-me embora navegar


CD Tabaroinha, Mariene de Castro

sábado, 29 de junho de 2013

Despertar Tardio

O Brasil está acordando, embora tardiamente, para muitos acontecimentos e gastos que já foram para o ralo ou para o bolso dos corruptos que empregam o dinheiro público de forma indiscriminada. Ficamos dormindo por muito tempo e achando bonito os acontecimentos e nos deslumbrando com a beleza das pontes, estádios, ruas, obras faraônicas e sem eficiência alguma. Gastamos o nosso precioso tempo esperando por benefícios quando deveríamos fazer algo para merecer tal remuneração.
Onde está o real investimento no que precisa?
As manifestações por todo o país mostram essa revolta tardia e demonstram como todos estão irados por descobrirem que o rombo é bem maior do que imaginavam e reflete não só na nossa vida atual como também na nossas vidas futuras, se tivermos. Como estarão os nossos sucessores daqui a algum tempo? Será que as minhas sobrinhas terão chances de ver um mundo interessante e bom de se viver? Não sei.
Estudantes que perdem a cabeça, destroem ruas e avenidas e entram em conflito num simples ato de cobrar os seus direitos, colocam em risco a nossa confiança por dias melhores e mais evoluídos. Eu sou totalmente a favor das manifestações, mas no tempo certo e sem incomodar a vida dos outros. Não gosto de chegar em casa tarde porque não consegui passar por uma rua bloqueada pelos manifestantes, não gosto de ter medo de passar por eles sem saber qual será a reação que irão tomar, não gosto de imaginar a gradação das agonias que já temos no cotidiano porque as manifestações tomam conta das ruas e das nossas vidas, fazendo com que tenhamos mais decepções do que conquistas.
Manifestantes, povo brasileiro, procurem se informar de tudo, sejam cuidadosos com a própria vida, como cidadão, e façam os pedidos ao Governo de forma evoluída, consciente e organizada. Ontem um grupo e maloqueiros fechou a via de acesso ao meu trabalho e passei horas para realizar um trajeto pequeno. O que buscavam? Nada. Simplesmente acharam bonito queimar um monte de pneus e bloquear tudo, fazendo com que a vida de todos se tornasse um caos. Eram desocupados que não tinham o que fazer e foram para as ruas protestar por nada e fazer a desordem na vida dos outros.
Nas outras manifestações, especialmente na que aconteceu na última quinta-feira, aqui no Recife, tivemos pancadaria, prisões, quebra-quebra e confusão em demasia. O fogo que irradiou as ruas foi suficiente para mostrar que ainda estamos longe demais dos nossos ideias e que o sono é mais profundo do que imaginamos.
Precisamos ler, nos informar, saber realmente o que estamos clamando, pedindo...
Se continuarmos falando besteiras e agindo por impulso ou por influência dos outros, seremos cada vez mais incapazes de acertar um futuro próximo para todos nós e também para o Brasil.
Apesar do despertar tardio, ainda podemos fazer muito pelo Brasil e basta que sejamos mais precisos nas nossas ações, sem juntar toda a sujeira para tratar de uma vez só. De repente, tudo ficou errado, tudo está ruim, tudo é roubo. 
Será que isso nunca existiu antes? 
Ou será que fizemos vista grossa para tudo e agora estamos querendo resolver tudo de uma só vez? 
Vamos aprender a agir na hora certa, não deixando passar as oportunidades de melhoria e dessa forma evoluir de verdade neste país, sem esquecer de respeitar o direito de ir e vir e a integridade física dos outros cidadãos.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Palácio Museu Olímpio Campos

A Praça Fausto Cardoso, no centro de Aracaju, abriga o Palácio Museu Olímpio Campos, que foi sede do Governo do Estado e hoje mostra a sua história para os visitantes que passam pela capital sergipana. Cada espaço retrata a época que foi construído e conta com um mobiliário rico e diversificado, onde os detalhes e o requinte contam a história do Estado e de todos os seus governantes.
A visitação acontece todos os dias, exceto feriados, e conta com monitor para explicar tudo e deixar o visitante informado de todos os detalhes do passeio que dura aproximadamente uma hora e passa por todos os cômodos, os quais possuem pinturas, teto e chão cheios de detalhes e feitos com materiais nobres.
As pinturas no teto e luminárias também são destaque e podem ser percebidas com riqueza de detalhes, assim como a maquete que existe no local e que mostra o centro da cidade em formato de jogo de damas, com ruas e avenidas retas e planas.
O espaço se tornou museu em 2010 e ainda recebe autoridades para que realizem atividades nas suas dependências, só que de forma restrita e com muita cautela para que nada seja danificado. Alguns móveis são grandes e pesados, feitos com madeira de primeira qualidade e com detalhes únicos. A sala de jantar possui uma grande extensão, sendo feita de uma única árvore, o que a torna ainda mais especial.
Os aposentos mostram os detalhes de época para homens e mulheres e as diferenças que cada quarto adotava. Andar por lá é possível somente com os pés protegidos para que o chão de madeira não seja riscado e nem acumule sujeiras, pois com a visita constante das pessoas, os devidos cuidados devem ser tomados para que o espaço não fique desgastado e precise de reparos constantes.
Não é possível registrar fotos do interior do museu, devido ao grande valor histórico e também para conservar as pinturas e obras que lá existem e que podem gerar a cobiça de muitos.
Eu gostei muito do passeio e recomendo. É uma aula de história e vale a pena se informar de tantos fatos que fizeram parte da história do Estado de Sergipe e que muito engrandecem a nossa história. Anotem este passeio na próxima visita à cidade de Aracaju.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Hediondo

As manifestações realizadas pelo Brasil estão surtindo efeitos positivos e negativos, mas algumas coisas precisam ser vistas para evitarmos controvérsias e falatórios sobre o que nem é muito claro para a mente da maioria das pessoas, que não sabe discriminar o que é latrocínio de desonestidade. A aprovação da corrupção como crime hediondo é, no mínimo, um erro gramatical e de sintaxe, pois distorce o significado da palavra e faz com que a desonestidade seja igual a um crime praticado  com violência e maldade, o que não é. Se queriam punir os políticos com a impossibilidade de fiança no crime de corrupção, que assim fizessem e descrevessem melhor o que está no código penal, pois de leis mal explicadas já estamos cheios e isso sempre dá margem para que os crimes continuem sendo julgados pela metade, inocentando quem não presta ou punindo o inocente.
A ânsia de calar a boca do povo foi maior que a análise dos fatos.
Corrupção deveria ser punida com a perda total da elegibilidade, pois de político corrupto e safado já estamos cheios e acho um absurdo eles deitarem e rolarem e depois poder se candidatar de novo.
E não me venham falar de direitos iguais...
Direitos iguais merecem aqueles que respeitam a população, que cumprem os seus deveres, que realizam um mandato decente e que não comprometa o dinheiro público, que ainda é muito mal empregado e usado para financiar a podridão do País que só cresce a cada dia.
Devemos tratar os iguais como iguais e os desiguais como desiguais, assim rege o princípio da igualdade.
Tenho certeza que a limpeza seria muito grande se a lei agisse dessa forma, pois a perda do direito de elegibilidade é bem mais severa do que uma prisão que pode ser relaxada por uma boa defesa ou por bom comportamento.
Uma vez provada a safadeza, o infame deveria ter o seu cadastro sujo e jamais aparecer sua foto nojenta nas urnas para que o povo perca seu tempo indo às urnas para votar nele. O Brasil precisa de decência e não de leis com duplo sentido, pois enquanto continuarmos agindo assim, as chances de evolução serão as piores possíveis.
Um País que não sabe usar a própria língua para qualificar suas leis, termina caindo na agonia das manifestações equivocadas onde nem todos sabem o que estão pedindo e usam este artifício para criar mais um momento de "oba oba", onde o carnaval é grande e os fogos de artifício não são para São João e nem para São Pedro, são para a Santa Paciência.
Santa Paciência mesmo!

quarta-feira, 26 de junho de 2013

A Diferença

Algumas formas de vender ou expor os produtos já conhecidos, fazem com que muitas pessoas possam lucrar e chamar a atenção dos clientes para consumirem o que parecia óbvio demais até que alguém busque uma ideia inovadora ou mude um pequeno detalhe que faça toda a diferença.
Em Aracaju encontrei um vendedor de cocos que fazia demonstrações de como cortar o coco e expor o produto de uma forma diferenciada e engraçada, pois ele usava a faca não somente para cortar o coco, mas para demonstrar as mais variadas formas que o produto natural poderia adotar se uma simples faca amolada e precisa fosse usada corretamente e em favor da diversidade.
Ele cortava rapidamente os cocos e não fazia sujeira nas ruas, pois cada pedaço que era descartado, era jogado com cuidado num grande recipiente de lixo que utilizada na sua barraquinha de coco. Não cobrava nada mais por isso e o preço era inferior ao que encontramos aqui no Recife. A quantidade de água também era grandiosa e saciava a sede de forma única e com a ótima impressão de ter pago o valor cobrado com eficiência e justiça.
Eu até perguntei para ele se o coco era diferente, se a casca era mais mole que os demais, mas ele me falou que era igual e que o segredo estava na faca amolada e na vontade de atrair os clientes que muitas vezes paravam para olhar e terminavam comprando um coco para tomar a água e comer o recheio.
Geralmente as barraquinhas de coco oferecem o produto sujo, com muita poeira, mas lá isso não era visto e antes de realizar o corte preciso, ele limpava cada coco para tirar o excesso de sujeira que pudesse existir. A temperatura era ideal e proporcionava uma degustação prazerosa, adaptada ao calor que faz aqui no nordeste.
Assim como o vendedor de cocos, encontramos outros empreendedores que usam e abusam da criatividade para disponibilizar ao público coisas novas ou simplesmente renovadas com um toque certeiro e que agrada a todos. Nada melhor do que levar para casa ou consumir um produto que nos dá a sensação de novidade, de diferenciação, pois todos nós já estamos cheios de tanta mesmice; se o mundo evolui através das pessoas criativas, por que não se  inspirar num vendedor de cocos para isso?
As pessoas terminam sendo uniformes demais e caem no ostracismo antes mesmo de fazerem sucesso. É esse um dos fatores para que muitas empresas sejam esquecidas pelos consumidores, pois a igualdade é tanta que terminamos não diferenciando isto e aquilo, ficando na nossa mente a sensação de que tudo é muito igual e sem inovação alguma.
As inovações podem começar dos simples atos, basta que tenhamos a atitude necessária para isso.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Somos Quem Podemos Ser

Um dia me disseram
Que as nuvens não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos às vezes erram a direção
E tudo ficou tão claro
Um intervalo na escuridão
Uma estrela de brilho raro
Um disparo para um coração
A vida imita o vídeo
Garotos inventam um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez
Nós
Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter
Um dia me disseram
Quem eram os donos da situação
Sem querer eles me deram
As chaves que abrem essa prisão
E tudo ficou tão claro
O que era raro ficou comum
Como um dia depois do outro
Como um dia, um dia comum
A vida imita o vídeo
Garotos inventam um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez
Nós
Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter
 
 
Música de grande sucesso da banda Engenheiros do Hawai e que muito retrata todos os nossos sentimentos sobre a vida...

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Comidas Juninas

A época junina nos oferece uma infinidade de alimentos gostosos e calóricos, mas vamos esquecer este segundo detalhe para a escrita ficar mais agradável...
Os pratos oriundos do milho são os mais pedidos e vão desde o tradicional bolo de milho, até a canjica, pamonha e outras especiarias. Apesar das chuvas terem chegado muito tarde este ano, ainda encontramos nos mercados e feiras as espigas de milho para que sejam usadas na preparação dos pratos, embora nem sempre compense pagar o preço que cobram, pois com a oferta pouca o preço tende a subir muito.
Há outras comidas feitas a partir da castanha de caju, do amendoim e da massa de mandioca, como é o caso do pé de moleque, da paçoca e do bolo de macaxeira. As delícias não param por aí e ressalto o cuscuz tradicional ou de coco, além do manuê, que é servido ainda na palha da bananeira e tem sabor marcante.
As tapiocas que já fazem festa o ano todo, neste período se tornam bem pedidas, assim como o beju recheado de castanhas ou simples. Para muitos o beju e a tapioca são a mesma coisa, mas aqui em Pernambuco adotam características e preparos bem diferenciados, pois enquanto uma tem massa fina e crocante, o outro tem massa grossa e mais seca, sendo ideal para comer acompanhado de um café bem quentinho.
O bolo de tapioca é sem comparação de gostosura e o quindim agrada no paladar, mas nos entristece na balança, pois tem açúcar e gemas em grande quantidade, o que faz elevar os eu teor calórico. Aqui em Pernambuco o Bolo Souza Leão e o Bolo do Rolo são patrimônios e cada um que seja mais gostoso que o outro e nos proporcione ótimos momentos de degustação.
Fugindo dessa quantidade de itens engordativos, vamos agora sentir o gostinho do milho cozido, assado e quem sabe provar um pouco do munguzá, que se for preparado somente com o leite de coco fica mais gostoso e mais energético. Tudo isso pode ser acompanhado por várias bebidas e a mais tradicional é o quentão, que é uma mistura de vinho e ervas, servida quente e com sabor encorpado.
Prefiro o café. Tudo que é típico do período junino combina com um cafezinho quente e bem elaborado e não há prazer maior do que degustar tudo de forma calma e serena, percebendo cada aroma e sabor de maneira singela, mas muito gostosa. Não há época melhor do ano para quem adora os petiscos bem regionais e que o Nordeste tanto valoriza.
Viva o São João!

domingo, 23 de junho de 2013

O Centro Diversificado

No centro de Aracaju há um grande mercado municipal que tem suas lojas separadas por tipo de produto e tem área específica para alimentação. É organizado, limpo, bem conservado e cheio de boas opções de presentes para quem deseja levar para casa algo bem pitoresco da cidade. 
Há áreas com artesanatos, sejam eles simples ou mais elaborados, vendas de flores, de ervas, utensílios domésticos, artigos religiosos, especiarias, doces, castanhas e muitos amendoins que são bem típicos na região e são vendidos em todas as partes, seja em lojas ou por vendedores ambulantes.
São muitas lojinhas e dar conta de todas elas é um trabalho que exige paciência e disposição, já que  a curiosidade fica mais intensa quando andamos pelos locais e percebemos que a variedade do nosso povo nordestino é realmente muito grande, uma vez que muitos artesanatos são bem específicos da região, assim como a culinária que apresenta aspectos diferenciados para cada prato que é servido.
Ali perto está montado o palco principal dos festejos juninos e isso atrai muitos visitantes para a área, tornando o movimento intenso e um pouco complicado em determinadas horas. Gostaria de voltar lá, numa época mais calma e menos festiva, pois tenho certeza de que irei aproveitar bem mais todos os atrativos e opções de compras que lá existem.
É difícil conservar um local como este bem organizado, pois a popularidade faz com que o movimento seja maior e nem sempre as pessoas tomam os devidos cuidados com a limpeza e conservação. Ainda bem que lá isso ainda é bem conceituado, pois é perceptível a forma como tudo é mantido em perfeito estado, favorecendo muito a visita e satisfação dos turistas.
Quem gosta de diversidade não irá se arrepender com a visita. O bom é sair andando pelo centro da cidade e conhecer outros locais que por lá existem, como os museus, igrejas e uma feira de variedades na praça da Catedral Metropolitana, que é internamente linda e tem belos trabalhos no teto e paredes.
As ruas do centro da cidade são retas e favorecem muito as caminhadas por lá, pois os passeios ficam mais visíveis e temos a noção de onde estamos e para onde queremos ir. As praças são limpas e não vi sujeiras acumuladas pelas ruas o que demonstra a preocupação das pessoas em manter os espaços comuns em ótimo estado e aptos para a contemplação dos visitantes.
Sem dúvida, uma boa opção de passeio e de compras.

sábado, 22 de junho de 2013

Aracaju

Há muito tempo tinha visitado a cidade de Aracaju, capital do Estado de Sergipe, e nem lembrava mais como ela era, pois quando lá fui ainda era criança. O que pude comprovar é o que já me falavam sempre, pois a cidade mudou muito e a famosa Praia de Atalaia estava renovada, bonita e cheia de novidades. Realmente encontrei tudo isso e fiquei impressionado com a diversidade de opções de lazer disponíveis na orla e como a conservação do local é impecável, favorecendo a contemplação dos visitantes que podem usufruir de vários espaços para ocupar o tempo.
Tudo começa com a Passarela do Caranguejo, um local onde há vários bares especializados em servir a iguaria mais famosa da cidade, que é o caranguejo, o qual vem acompanhado de uma pedrinha de granito e um martelinho de madeira para facilitar a degustação, pois o recheio do crustáceo só é encontrado após um trabalhoso ritual, onde a paciência fala mais alto. A maioria das pessoas quebra o danadinho com os dentes mesmo, pois segundo eles o aproveitamento do recheio é maior. Eu recorri ao martelo. 
Andando mais um pouco, encontramos uma pista de patins e alguns parques infantis, tudo em perfeito estado de conservação e aptos para o uso da população que faz bom uso e cuida bem do patrimônio, pois não vi sinais de depredação e nem da ação de vândalos que sujam tudo com grafite e cartazes, o que deixa os locais públicos com aspecto ruim e destrutivo.
Há monumentos em homenagem às pessoas que marcaram a história do Brasil, assim como muitos restaurantes, sorveterias, caixas eletrônicos, feira de artesanato e hotéis diversificados e para todos os bolsos.
Andando um pouco mais, encontramos a região dos lagos, local que possui três lagoas artificiais onde se pode andar de pedalinho e curtir um pouco a brisa que vem do mar. As pistas de caminhada são demarcadas, diversificadas e sempre atraem muitas pessoas para um bom passeio ou corrida na orla.
Pertinho dessa área, encontramos o Oceanário de Atalaia, que é mantido pelo Projeto TAMAR e apresenta algumas espécies de tartarugas marinhas, tubarões e outros peixes para que os visitantes possam conhecer e até sair de lá com boas recordações e também com uma lembrancinha que pode ser conseguida na loja de artigos da marca do projeto.
O Skate Park é grande, diversificado e possui vários desafios para os amantes do esporte. Um local bem frequentado pela galera jovem e que gosta de aventuras. Já no final da orla encontramos o centro de cultura e o pátio de eventos, que conta com um amplo estacionamento e bons restaurantes nas redondezas. Já no final da orla, encontramos o Farol, que marca o início da Praia de Coroa do Meio, outro bairro da cidade.
Aracaju é um local ótimo para quem gosta de paz, serenidade e ótimas opções de lazer gratuitos. Na orla há atrativos para todos os gostos e bolsos e o que mais chama a atenção é que terminamos esquecendo que ali há uma praia; foi a primeira vez que vi o mar ficar em segundo plano, já que antes de chegar a ele o visitante se encanta com as belezas da orla e fica por ali mesmo. 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Pobremaço!

A troca de letras na pronúncia ou escrita de algumas palavras é algo que acomete muita gente e termina sendo uma falta de atenção para muitas pessoas que não percebem pequenos detalhes e ficam falando errado sem necessidade.
Outro dia liguei para uma empresa e perguntei o nome do atendente, ele me falou: "É Cróvis".
Certamente o nome era "Clóvis" e ele nem sabia direito falar o próprio nome. Há, numa empresa que conheço, uma pessoa que fala "pobrema" e algumas vezes "pobremaço" quando a coisa é feia demais aos olhos dele. Problema é perceber que as pessoas que falam isso são até instruídas e cursaram níveis consideráveis de educação.
No caso do "pobremaço" ele é universitário.
Outro dia um colega de classe escreveu "saio" ao invés de "saiu". Eu achei o cúmulo da falta de atenção para uma pessoa que cursa o 6o. período do curso de Direito. Será que numa petição ele irá escrever errado assim?
Se for, poderá colocar em risco os processos que estiver comandando, pois uma palavra mal escrita ou mal interpretada pode gerar transtornos grandes para ambas as partes e causar prejuízos judiciais sem fim.
A fala possui seus sotaques, claro, mas a escrita tem que ser correta e não podemos ficar errando palavras simples com erros grosseiros e inadequados ao perfil de muitas pessoas que convivem conosco.
Uma vez um gerente de uma empresa que eu trabalhava escreveu assim "Duque se trata?" Eu pensei.. Pensei... e depois percebi que ele queria escrever: "Do que se trata?" A primeira impressão minha foi pensar quem era o "Duque" que ele estava querendo citar.
Nem sempre os erros são por descuido e muitas vezes são por ignorância mesmo, pois o nível educacional da maioria das pessoas é baixo demais e aliado a uma leitura limitada dos livros que a vida nos oferece, o problema se torna ainda maior. Mesmo que não tenhamos uma educação além da conta, se temos o costume de ler, já vamos acumulando experiências e aprendendo como se escreve corretamente para que na hora adequada possamos usar as palavras ordenadamente e não ficar passando vergonha com a divulgação de frases e textos cheios de erros.
Nas redes sociais isso é muito comum e muitas vezes nem entendemos o que as pessoas querem falar porque a quantidade de erros é tão grande que afeta qualquer entendimento, seja qual for o assunto. O pior é quando utilizam a linguagem virtual, que engole letras e retira acentos das palavras, os substituindo por vogais ou consoantes.
É um problema sem fim, mas temos que tratar.
"Pobremaço" é ficar achando bonito tantos erros e não prestar atenção aos detalhes para correção de tantas afrontas ao nosso vocabulário.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Nem Tudo Está Perdido...

Quando menos esperamos, aparece algo na vida que nos faz refletir e pensar que poderia ter sido pior a situação que vivenciamos e que de certa forma contribuiu negativamente para a nossa felicidade e satisfação. A maioria dos casos precisa apenas de uma observação, de um detalhe para ser visto de outra forma, bem mais elaborada e feliz.
Uma frase de efeito, uma atitude revista e um ajuste perfeito podem causar um impacto gigantesco nas nossas vidas e quem pensa que isso é algo irreal se engana redondamente, pois o espírito aventureiro e ousado está presente em cada momento que vivemos, mas necessita ser despertado quando necessário para que realmente seja visto e tenha duração essencial e sem limites.
Há um pensamento comum, de gente medrosa, que remete ao medo, a hesitação pelo que é diferente e que precisa ser revisto sempre. Ora, se temos a capacidade de pensar e de agir, porque não fazer isso sempre em prol das atitudes ousadas e que podem gerar modificações significativas nas nossas vidas?
O caminho para esta mudança não é fácil para todos e alguns penam até entenderem a forma mais adequada de se livrarem dos congestionamentos que a vida nos apresenta e que só nos fazem perder a paciência e com isso não buscar atalhos que facilitem o nosso acesso ao que é bom e proveitoso para cada um de nós.
Se faltam oportunidades, vamos criar soluções, meios de obtenção. Se faltam pessoas para nos ajudar, vamos capacitar os que tem potencial e assim dar continuidade ao que precisa ser feito diariamente e com olhar atento e preciso. Nenhuma maneira de viver em sociedade é totalmente errada e basta observarmos os efeitos para sabermos se o resultado foi adequado ou não para os nossos propósitos e sonhos. 
Alguns possuem chances de sair da agonia cotidiana, mas se não tiverem sempre a alma desarmada, ficarão cada vez mais incapazes de enxergar o que é bom e frutífero para o sucesso.
Estava hoje parado no trânsito, quando fotografei a traseira deste ônibus que ilustra a postagem e veio, então, a inspiração para escrever um pouco sobre ousadia, que é o combustível que precisamos para melhorar cada passo nosso, ainda que as buzinas contrárias sejam altas demais e os nossos companheiros de estrada estejam a todo momento querendo passar na nossa frente, machucando, riscando a nossa imagem e destruindo tudo que já foi edificado por nós.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Amassadinho é Melhor

Quando era criança e ficava fazendo bico para comer feijão e verduras, minha mãe, sabiamente, iludia a minha infantilidade e dizia: "Amassadinho é melhor". 
Realmente era. Comia e achava bom e não reclamava mais.
Acho que a maioria dos motoristas tem esta mesma reflexão, pois a quantidade de carros amassados por pequenos descuidos no trânsito é enorme e acho que acreditam eles que assim os veículos ficam mais belos ou trafegam melhor nas ruas já complicadas e congestionadas.
Ninguém tem paciência de esperar um segundo e terminam "encostando" onde não devem e criando os terríveis amassados que só dão prejuízo e depreciam os veículos de quem não teve nada com a agonia toda.
Amassadinho é melhor para evitar roubo, para deixar o carro com um visual despojado, underground, moderno. Carro arrumadinho demais é coisa de almofadinha que não tem o que fazer e fica lambendo o carro o dia todo.
Acho que é isso que pensam os infratores do trânsito...
Talvez o ferro do feijão que comem esteja afetando a sua mente e fazendo com que tenham reflexos cada dia piores, daqueles que causam transtornos na circulação dos carros e põem em risco a vida de muitas pessoas. A moda é correr e ultrapassar, nem que isso valha prejuízos nem sempre remediáveis e pagos pelo seguro.
Vejo, além dos carros, pessoas amassadas, inválidas com tantos acidentes e incidentes, já que nem sempre algo em grandes proporções é fator de desastres realmente consideráveis. A maioria das pessoas está com o cérebro amassado de ideias e de gentilezas e terminam prejudicando quem está alheio e inocente ao turbilhão de coisas erradas que diariamente são plantadas nas ruas e estradas que circulamos.
Amassadinho não é melhor...
É melhor que tenhamos mais cordialidade, mais atenção no trânsito, usando a saúde gerada pelo feijão e verduras comidas, e que foram fruto da paciência de Jó da nossa mamãe, que fazia desvios e viagens imaginárias para nos tornar adultos responsáveis e respeitosos.
Ela não queria os filhinhos amassadinhos, mas fortes e cheios de vida.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Jogos, Lixo, Trânsito e Blá, Blá, Blá...

Vendo os comentários e reportagens sobre a Copa das Confederações neste final de semana, pude perceber que ainda estamos despreparados para um evento de grande porte como a Copa do Mundo, pois situações básicas ainda não foram sanadas e causam transtornos graves à população que ainda insiste em ir aos estádios.
Aqui no Recife faltou o básico e até o lixo não tinha onde ser acomodado, gerando problemas nos banheiros e pátio da Arena Pernambuco. O Metrô estava lotado, ineficiente. A BR que dá acesso ao local, inviável e congestionada.
Gastamos milhões com a construção de um estádio e esquecemos de viabilizar um trajeto seguro, confortável e que comporte a grande quantidade de pessoas que participarão do evento durante os dias de jogos.
Vaiaram a presidente Dilma, alegando que governo está ineficiente por não investir em coisas mais importantes, mas como esta vaia pode ser sentida com eficácia se as mesmas pessoas que falam mal estão ali, pagando caro para assistir a um jogo?
Conheço pessoas que viajaram para Fortaleza e Rio de Janeiro só para assistirem aos jogos deste final de semana. Mesmo gastando absurdos, colocam nas suas redes sociais a insatisfação com isso, com aquilo... Fazem da própria imagem algo banalizado, pois indiretamente falam mal de si mesmos com tais atitudes.
A verdadeira oposição ao que está acontecendo, seria a evasão dos estádio, pois somente com o prejuízo na venda dos ingressos, os governantes iriam perceber que a indignação era verdadeira.
Enquanto continuarmos lotando os estádios, pagando absurdos por um ingresso e achando bonito andar num metrô lotado, nada mudará. As manifestações ocorridas em São Paulo na semana passada demonstram que a população está indignada com tantas injustiças e refletem a descrença por dias melhores, que valorizem mais o que realmente é necessário ao povo, que é a segurança, saúde e educação.
Se as pessoas não forem supridas destes itens, terão cada vez menos capacidade de lutar pelos seus ideias e ficarão buscando nos programas inspirados no Bolsa Família a solução para os seus problemas, ao invés de batalharem para conseguirem superar as edversidades da vida cotidiana.
Não adianta falar e não agir. Temos que buscar atendimento de qualidade para os serviços essenciais da população e não se encantar com cada obra faraônica que for criada e que só valorize os bolsos dos grandes empresários e do Governo, que arrenda tais locais a preço de outro e cobrindo todos os custos realizados.
Precisamos jogar fazendo gol e não batendo na trave.

domingo, 16 de junho de 2013

Canjica

Hoje fiz canjica e para minha surpresa a grande quantidade de espigas que tinha não renderam nada, mas o resultado foi uma deliciosa iguaria que nos festejos juninos não pode faltar.

Receita de Canjica

Ingredientes?

20 espigas de milho
15 colheres de sopa de açúcar
500 ml de Leite de Coco
02 colheres de sopa de manteiga ou margarina

Como fazer?
Ralar o milho e peneirar. Juntar os demais ingredientes e levar ao fogo médio, mexendo sempre até se transformar numa massa homogênea e que solte da panela.

Rendimento?
Seis pratos de sobremesa

Servir com canela em pó polvilhada

sábado, 15 de junho de 2013

Pocket Nada, Grande Show!

As Levianinhas estão em cartaz no Teatro Marco Camarotti, no SESC Santo Amaro, segundo elas em Pocket Show, mas o que eu vi hoje foi um grande show, com divertimento, técnica, jogo cênico, figurino impecável, adereços criativos, instrumentos inusitados, um primor, sem dúvida!
As quatro palhaças usam toda a versatilidade que possuem para mostrar a criança que existe em cada um de nós o melhor da música e também da arte da interpretação, sem que isso se torne excessivo e inacessível ao público, já que este entende bem as brincadeiras e interage com cada uma delas. 
As palhaças Mary En, Aurhelia, Baju e Tan Tan misturam características bem particulares, mas complementares, pois a loucura de uma é a sanidade da outra e todas terminam realizando uma apresentação musical harmoniosa e com muitas formas de divertimento onde cada detalhe, bem pensado e ricamente planejado se transforma numa aula de diversão para todas as idades. 
Além deste espetáculo, o grupo apresenta "As Levianas" para o público adulto e a seleção musical é mais diferenciada e viaja por algumas épocas musicais interessantes da música brasileira.
Em "As Levianinhas" mostram um repertório bem infantil, mas presente na vida de todos nós, e fazem com que todos brinquem durante a hora de apresentação, onde os nossos olhos não param de observar cada detalhe do quarteto competente e que mostra que a palhaçada pode ser algo sério e bem montado.
Vale a pena conferir este grande show que de "pocket" não tem nada, pois para realizar algo tão bem elaborado precisamos reunir não só muita criatividade, mas recursos financeiros, determinação e planejamento em cada fala e música, pois o público infantil é bem mais sincero que o adulto e caso não gostem do que viram, certamente irão fazer cara feia e ignorar. 
Não foi o que ocorreu, pois a participação foi intensa e a alegria de todos na saída, ao cumprimentar as atrizes, era algo bonito de ser visto e que merece destaque no cenário artístico pernambucano.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Sim, Sandy!!!

Sandy lançou o seu segundo CD em carreira solo e mostrou maturidade neste novo trabalho que só traz músicas e letras bonitas. A garotinha cresceu e se tornou uma cantora promissora. 

Ninguém é Perfeito

Já tentei esconder o que eu sinto
Mas o teu olhar me revela
Ninguém é perfeito 
E você é a exceção que confirma a regra

Você me pegou pela mão
E me levou pra ver um mundo
E tinha tanta coisa que eu nem sabia que existia
Tanto bem quanto mal, tanto céu, tanto sol
E a escuridão que se escondia
Hoje já não faz sombra no meu dia

Já tentei esconder o que eu sinto
Mas o teu olhar me revela
Ninguém é perfeito 
E você é a exceção que confirma a regra

Você me pegou pela mão 
E me convidou a olhar dentro de mim
E eu vi tanta coisa que eu desconhecia
Tantas portas abertas, tantas fechadas
Tanto a ser dito, tanto a ser vivido
E só com você, eu vejo o caminho

Já tentei esconder o que eu sinto
Mas o teu olhar me revela
Ninguém é perfeito 
E você é a exceção que confirma a regra

Agora eu quero ver tudo
Dizer tudo, viver tudo
Eu sei que só vai ser tudo
Se for com você

Já tentei esconder o que eu sinto
Mas o teu olhar me revela
Ninguém é perfeito 
E você é a exceção que confirma a regra

Já tentei esconder o que eu sinto
Mas o teu olhar me revela
Ninguém é perfeito 
E você é a exceção que confirma a regra

quinta-feira, 13 de junho de 2013

As Confrarias

A Companhia Teatro de Seraphim volta novamente com um grande espetáculo e que fala de temas marcantes da sociedade, mostrando que ela pode ser mais atual do que nunca, já que dinheiro, status e articulações nunca saem de moda. 
A riqueza dos diálogos, do figurino e das brilhantes interpretações fazem da apresentação um grande deleite a todos que prestam atenção ao enredo que conta a luta de uma mãe para tentar enterrar o seu filho, buscando com isso auxílio em diversas confrarias, recebendo de todas elas portas fechadas e muitas perguntas que remetem ao merecimento, já que não acham os lugares apropriados para enterrarem uma pessoa com ele, sem status, sem dinheiro, sem influência, supostamente mestiço, envolvido amorosamente com uma mulata e ator. Uma reunião de adversidades para a época.
O ponto forte da peça de teatro é a forma como as cenas vão se apresentando, fazendo com que ao mesmo tempo tenhamos a visão da mãe e do filho, no passado e no presente, sem que isso se torne uma grande agonia para as nossas mentes. É fácil compreender, mesmo com a imensa carga dramática que o texto carrega e o tema que fala de tristeza e morte.
As cenas de nudez fazem contraponto com o figurino rico das personagens e mostra que podem ser usadas de uma forma adequada e sem causar nenhuma surpresa do público que entende bem o contexto e interage bem em cada nova cena mostrada.
O Teatro Barreto Júnior é o palco escolhido pela Companhia e a peça estará em cartaz até 30 de junho, sempre de quinta a domingo, às 20h, a preços bem populares e acessíveis ao grande público que muitas vezes não vai ao teatro com a desculpa do valor que é cobrado.
O texto é de Jorge Andrade e a encenação de Antônio Cadengue, competente neste ofício e capaz de nos surpreender sempre com suas montagens bem elaboradas e ricas de detalhes.
Gostei muito do espetáculo e me fez relembrar a primeira apresentação que vi do grupo lá em Garanhuns, nos primeiros anos do Festival de Inverno, percebendo como eram competentes e cheios de técnica para nos mostrar, pois nenhuma das montagens que realizam ficam a desejar em matéria de texto, cenários e figurino. Seja com mais ou menos recursos cênicos, eles conseguem mostrar um resultado espetacular e que encanta a todos os públicos.
Realmente uma confraria de coisas boas, de ótimos atores e de muitas surpresas interessantes para as pessoas que adoram o teatro e aprendem a cada dia um pouco mais com as suas apresentações, sejam estas dramáticas ou cômicas, não importa, o que vale é a capacidade de nos fazer refletir sobre situações pessoais ou da sociedade e desta forma enterrar de vez toda e qualquer falta de entendimento. Que o ouro tão idolatrado pelas confrarias seja o brilho que a Companhia Teatro de Seraphim necessita para nunca ficar esquecida nas nossas lembranças boas nos palcos pernambucanos e do resto do mundo.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Existe Razão?

"Quem um dia irá dizer, que existe razão nas coisas feitas pelo coração?"
Realmente não existe.
O amor, quando é amor de verdade, age pela emoção, pelo coração, e faz dos nossos dias imensos turbilhões de sentimentos e alegrias, ora inexplicáveis, ora com todo o sentido do mundo.
Ninguém é totalmente feliz se não tiver um amor para fazer parte da sua história e basta ver a amargura das pessoas que não conseguem se relacionar e ter momentos diferenciados ao lado da pessoa amada.
Muitos pensam que o amor é posse, ciúme, sofrimento, mas não é.
Ele é sim, renúncia.
Quem estiver namorando ou casado, tem que renunciar um pouco dos seus desejos pessoais para conseguir ter uma vida saudável ao lado de quem ama. Não há essa conversinha de total independência, pois se não pensarmos um pouco no outro fica impossível termos momentos de satisfação e alegria.
Não podemos, porém, deixar que tais renúncias acabem com a nossa identidade. Temos que continuar sendo nós mesmos e dessa maneira respeitar a identidade do outro também. Não é porque eu sou chato e desorganizado que irei me tornar doce e metódico porque estou namorando. Haverá adaptação, mas a essência mais forte ainda exalará um cheiro insubstituível e que denotará sempre o perfil de cada pessoa, seja ela quem for.
Amor é amor...
Amor não se compra, não se idealiza. Ele apenas acontece. Se formos esperar demais pelo amor perfeito, que não existe, ficaremos sozinhos e sem chances de contar a história das nossas vidas, que é tão mais interessante se tivermos alguém para dividir os sonhos e nossos dias.
O amor ideal é o que está sempre ao nosso lado, que briga de vez em quando, que aguenta os nossos defeitos, que exalta as nossas qualidades e que, principalmente, se mostra amoroso.
Amoroso para recompor os dias, para acordar juntinho e com um abraço feliz sabermos que não estamos sozinhos, que temos alguém para conversar, reclamar e também dizer: Como é bom ter você por perto...
Alegrem-se os que podem dizer isso.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Vai TIMbora!!!

Antigamente ter um telefone fixo em casa era sinônimo de status social e não era todo mundo que podia ter esse luxo, pois o sistema era caro e restrito aos mais abastados. Na minha casa mesmo quando minha mãe comprou um telefone, após anos e anos de tentativas frustradas através da falecida TELPE, foi uma alegria só e eu me sentia a pessoa mais incrível da face da terra, pois agora tinha um número fixo para compartilhar.
Ligar de um orelhão, abastecido com fichas, era algo incomum, sendo mais costumeiro ir até a sede da TELPE para solicitar uma ligação a uma telefonista, pagando os olhos da cara por poucos minutos de conversa. 
Ainda lembro minha mãe solicitando as ligações e indo falar nas cabines telefônicas... Isso passou e agora até os orelhões estão esquecidos e abandonados, pois além de sujos e cheios de bactérias, só vivem com defeito.
Agora o celular impera no mercado e faz com que as pessoas tenham várias linhas ao mesmo tempo para aproveitar as promoções que as operadoras oferecem e que são apenas um pretexto para que os pais de santo não fiquem só "recebendo" ligações e façam, pelo menos uma vez no mês, um crédito de míseros R$ 5,00.
Mais vale ter um celular top de linha sem créditos do que não ter. O meu tem três chips e só. Ainda tenho esse excesso de linhas devido aos trabalho e as comodidades das operadoras que optei. Não tem câmera, não acessa internet, não, não e não. Gosto do celular só para ligar, até porque as operadoras agora oferecem serviços que não funcionam direito e só fazem os bestas ficarem gastando os créditos diários para acessar um serviço que não existe.
Agora estão anunciando a conexão 4G, mas só queria saber de quê? 4G de mentiras? Só pode, pois o 3G é uma droga e em determinados horários o sinal é péssimo e lembra muito aquelas conexões discadas do início da internet, quando ficávamos horas esperando abrir uma página que sempre estava fora do ar.
Algumas operadoras nem possuem sinal adequado e fazem com que os nossos créditos acabem num piscar de olhos, nos fazendo ter acessos de raiva quando, de repente, no melhor da conversa, escutamos um pequeno "bip" sinalizando que a linha caiu e que teremos que gastar mais alguns centavos para completar a nossa conversa.
Vai TIMbora!  É o que me dá vontade de dizer sempre, pois se não fica Claro para mim enxergar um serviço adequado e Vivo, como poderei dizer Oi para os meus amigos?

segunda-feira, 10 de junho de 2013

O Segredo do Dinheiro

Quando estive andando pela orla do Rio Vermelho, em Salvador, encontrei esta oferenda, que pela aparência deveria ser para atrair dinheiro, já que o pão estava recheado de mel e moedas. Bem, não sei se a pessoa conseguiu ou não realizar os seus pedidos, mas a fórmula para isso é bem fácil e pode ser seguida por todos nós. Anotem:

Simpatia para atrair dinheiro: Economizar e só gastar o necessário.

Não há mágica. Em algumas situações, há interferências como a falta de emprego, salários baixos, altos preços dos produtos, mas se mesmo assim não direcionarmos os nossos gastos, ficaremos sempre reclamando do bolso furado, mesmo que a nossa conta receba polpudos depósitos no final do mês. 
O pão nosso de cada dia está cada vez mais caro e buscar alternativas para conter as despesas é algo que pode ser feito por todos nós, seja lá qual for o nosso desejo e necessidade. Se temos o desejo de comprar uma roupa cara, mas o nosso salário é minguado, imagine o problema que estamos criando sem que tenhamos chances de consertá-lo de uma maneira construtiva e sem agonias.
Estava lendo uma reportagem de uma senhora que reclamava do valor que ganhava no programa "Bolsa Família", que segundo ela não dava para comprar uma calça para a filha adolescente. O valor recebido era próximo de R$ 200,00 e a calça que citava era R$ 300,00. Estava indignada porque há mais de três anos ela não tinha aumento do valor do auxílio, enquanto a calça sempre tinha e ficava inviável manter o estilo da filha, que deveria estar comendo com o dinheiro ao invés de usar tal recurso como fonte de boniteza.
Será que explicaram para ela a finalidade do "Bolsa Família"? Acho que não.
O recurso é utilizado de forma indevida por muita gente e isso é um dos fatores que favorecem a falta de interesse das pessoas em lutarem para conseguirem o que desejam, ao invés de sempre ficarem esperando que os recursos caiam do céu ou sejam oriundos de algum presente das entidades ou dos santos que tanto conhecemos.
Deus nos deus saúde, disposição e inteligência justamente para que consigamos tudo que é necessário para a nossa sobrevivência, mas não é bem isso que acontece e terminamos encontrando aberrações e reclamações sem fundamento como a da reportagem do "Bolsa Família".
Estava eu na parada do ônibus em Salvador e chegou um rapaz perto de mim mostrando o crachá dele, de uma loja de roupas do Shopping Iguatemi, segundo ele para provar que era uma pessoa de bem e trabalhadora. Eu, curioso, perguntei logo: Sim, e daí?
Ele disse: Você poderia pagar minha passagem, pois o dinheiro que eu tinha, gastei.
Gastou como? Perguntei.
Fui para uma festa no Pelourinho e não deixei o dinheiro para voltar para casa, respondeu ele com uma cara de sapo do brejo.
Eu só disse uma coisa para ele: Que bom, andar é tão bom... Da próxima vez você reserva o dinheiro e volta de ônibus.
Economize-me, por favor...
Trabalhar ninguém quer e gastar tudo com farra é bem mais fácil do que ter a responsabilidade com o que é devido.
Peguei o ônibus e fui embora. Nem sei o destino dele, mas espero que não esteja pegando as moedinhas da oferenda no Rio Vermelho...

domingo, 9 de junho de 2013

#AC

Após algum tempo com trabalhos remissivos e sem muitas novidades, Ana Carolina retorna em alto estilo, bem produzida, seja nas fotos ou músicas que o novo álbum apresenta. As letras são simples e refletem a alma da artista questionadora e formadora de opinião que é.
São 11 faixas com novidades eletrônicas, baladas românticas e sonoridades inusitadas, mas que não perdem a essência da cantora, que para mim é a "Garganta" da MPB e traduz muito bem a música que a consagrou no início da carreira.
Ainda não vi o CD nas lojas, apenas as fotos que já estão na internet, assim como as músicas para baixar, embora fisicamente isto ainda não seja possível, já que nem em pré-venda as lojas estão disponibilizando o trabalho.
Seja fazendo comentários sobre o sexo fácil na música "Pole Dance" ou nos fazendo viajar na romântica "Combustível" ou nos fazendo ferver na pista de dança com a música "Bang Bang 2", ela faz da audição das músicas algo inesquecível e tenho certeza que agradará ao seu grande público, cativo e fiel.
A única música que me pareceu estranha foi a "Resposta da Rita", que conta com a participação do Chico Buarque. Ele não canta com a cantora, mas faz uma participação especial com comentários que nem sempre se encaixam no ritmo do sambinha que ela cantou tão bem. A voz do Chico fica incômoda em alguns momentos, pois não conseguimos escutar nem um nem outro de forma concreta e isso deixa a melodia um pouco confusa, algo que poderia ter sido resolvido se tivesse acontecido a conjunção de vozes e não somente uma junção, como ocorreu.
Ela fala de atualidades nas suas novas músicas, reverencia artistas, escritores, fotógrafos, tecnologias, enfim, mostra-se atual e sempre antenada com os fatos que estão acontecendo na vida de todos nós e que devem, sim, ser musicados para se tornarem alívio para os nossos ouvidos.
Os ritmos são parecidos com os mesmos dos álbuns anteriores, mas senti falta do pandeiro, que anda meio esquecido pala cantora. Talvez ele esteja presente nas músicas, mas não de uma maneira  marcante como foi o que aconteceu em muitas músicas que ela já cantou.
#AC é um nome resumido para um álbum tão rico de novidades e sonoridades. Que o vermelho da roupa que Ana Carolina usa na capa traga vivacidade e que a água hidrate os nossos sentidos para sentir com mais intensidade cada música apresentada.

sábado, 8 de junho de 2013

Blues da Piedade

Agora eu vou cantar para os miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Para essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas
Para as pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm
Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas mini certezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia
Pra quem não sabe amar...
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Para essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Dê-lhes grandeza e um pouco de coragem
Quero cantar só para as pessoas fracas
Que estão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça
Vamos pedir piedade
Pois há um incêndio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Para essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Dê-lhes grandeza e um pouco de coragem

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Basta!

Basta mesmo...
Andando pelas ruas das cidades é que percebemos como este desenho que vi numa parede de Olinda faz totalmente sentido. Na cidade histórica, ele remetia ao uso indiscriminado de carros pelas ruas da cidade e que dificultam a circulação de turistas pelo local, que é cheio de prédios históricos e igrejas antigas.
No recife, a frase já tem outra conotação, pois lembra o trânsito caótico, fervente e cheio de interferências que diariamente enfrentamos, pois como se não bastasse a grande quantidade de carros, ainda temos que nos deparar com os motoristas ruins, obras viárias inacabadas e buracos enormes nas ruas, sejam eles causados pelas chuvas ou pelas obras intermináveis da Compesa e Prefeitura, que complicam mais do que explicam e terminam deixando a população com a paciência esgotada.
Um carro é útil e muito necessário nas horas de maior necessidade, mas se usado de forma abusiva, termina causando danos a todos e fazendo com que a vida na cidade se torne um inferno e cause grandes agonias para todos.
Ontem utilizei um ônibus e fiquei imaginando o que realmente o motorista queria fazer, se era transportar gente ou realizar uma corrida no vídeo game imaginário da mente dele, pois a fúria com que tratava o volante, me fazia perceber que ele não tinha a menor noção do que era dirigir e que aquela, que deveria ser a sua profissão, na verdade era uma guerra travada entre ele e os outros carros que circulavam, sendo ele o causador de muitos equívocos cometidos no trânsito e que colocavam em risco a segurança de todas as pessoas que estavam ali, utilizando o transporte público da capital pernambucana.
Dirigindo não encontro situações diferentes e não é difícil perceber que as pessoas não entendem mais de sinalização e de educação, pois o desejo é sempre ultrapassar e não ceder um segundo para ninguém, nem que isso acabe em muitos arranhões e danos ao veículo que é tratado como item de guerra e não de locomoção. 
Uma vergonha...
Gostaria que não fosse assim e que todos pudessem ter melhores dias no trânsito, pois se é difícil suportar a grande quantidade de carros e também os congestionamentos, imagine ter que suportar, de quebra, a ignorância e falta de preparo das pessoas no trânsito.

Segue o Caminho do Boi da Macuca

O São João do Boi da Macuca, na cidade de Correntes, Pernambuco, acontece anualmente e reúne grande quantidade de pessoas que buscam nos fes...