sexta-feira, 8 de junho de 2012

Eu Despedi o Meu Patrão...

Esta frase do texto de hoje retrata bem o momento que temos hoje em dia no mercado de trabalho, pois muitos profissionais, digo, relapsos profissionais, tem deixado as empresas à deriva e sem condições de mantê-los trabalhando, uma vez que o descuido às atividades para que foram contratados é muito grande e terminam se tornando pesos mortos dentro de setores que precisam do seu trabalho com mais afinco e determinação.
Na empresa que trabalho, por exemplo, um rapaz faltou por 15 dias consecutivos e quando finalmente apareceu deu a desculpa que estava fazendo “um bico” para ganhar um dinheiro extra. Na minha época, essas atividades eram realizadas fora do horário de trabalho, de forma que não comprometesse o contrato que foi estabelecido com o empregadores. Agir da forma como ele fez é simplesmente esquecer que existe este contrato firmado e que o seu trabalho é, na verdade, a segunda opção de muitas que ele pode ter.
O que se passa na cabeça de uma pessoa dessas? Existe a consciência de que ele está registrado, com carteira assinada e tendo obrigações e direitos resguardados por lei?
Acho que ele só sabe o que é conveniente para ela e esquece que a legislação trabalhista o impõe, também, severas punições caso ele descumpra a sua parte. É o erro de muitos empregados acharem que a legislação só existe para os favorecer e que o empregador não tem direitos e cobranças a fazer. Iremos descontar os dias, claro, pois se ele ganhou dinheiro no “bico”, certamente não precisará do pagamento que a empresa, a qual o registrou legalmente, oferece, pontualmente e garantindo todos os direitos trabalhistas. Será que o “bico” lhe dará todas estas garantias atuais e também futuras?
Sem contar que a legislação prevê que o salário seja pago pelo trabalho realizado e engana-se quem pensa que independente das faltas, a empresa tem que garantir o salário integralmente.
Outro caso foi de um rapaz que faltou por 30 dias ininterruptos e depois de dois telegramas enviados para a sua residência, ele apareceu na empresa com a cara mais lisa do mundo dizendo que não iria retornar ao trabalho porque não queria mais trabalhar e que não adiantava mandar outros telegramas para ele.
Resultado deste segundo: Foi demitido por justa causa, por abandono de emprego.
O pior não foi isso, foi ter que escutar ele dizendo: “Eu vou perder tudo? E o meu seguro desemprego?”
Seguro desemprego e direitos trabalhistas existem para os responsáveis e para aqueles que cumprem o seu papel no contrato de trabalho que foi firmado. Se em algum momento algum profissional ou a própria empresa acharem que o pacto deve ser dissolvido, cabe a quem está insatisfeito romper o vínculo e buscar outras oportunidades que satisfaçam mais o desenvolvimento do trabalho diário.
Despedir o patrão por nada não vale.
Temos que saber até onde vai os nossos direitos e onde começa a nossa obrigação. Ser incorreto e descompromissado é algo que causa muitos transtornos e compromete relações de trabalho que poderiam ser bem confortáveis se a maioria das pessoas tivesse a noção do que é correto e errado e, assim, cumprissem o seu dever todos os dias.

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