quarta-feira, 24 de junho de 2015

Novas Direções

Após um período cansativo de atividades diversas, sinto que preciso de férias. Não para descansar, pois não consigo ficar parado por muito tempo, mas para vivenciar coisas novas e conhecer novos lugares. Nos últimos três meses já deu para perceber que o blog ficou meio esquecido e as postagens eram raras e aquela constância diária que eu tinha estava afastada. Pois bem, tive que me virar reformando a minha casa, fazendo atividades complementares e o estágio para a finalização do meu curso de Direito e ainda por cima ter que criar uma monografia, do zero, num prazo de 10 dias. 
Não me perguntem como consegui tudo, mas foi possível.
Nem eu imaginava que poderia conseguir tanto, mas com esforço e uma agenda programada para realizar muitas atividades, tive o resultado esperado e agora espero seguir novos caminhos, já que algumas metas foram conquistadas e a mente termina buscando outras perspectivas.
Diante disso tudo, percebi que temos que realizar algo sempre com o amparo dos melhores profissionais e isto quando falo lembro da reforma do meu apartamento, que era adiada e nunca conseguida e o motivo maior era a falta de coragem de quebrar tudo, de conseguir um bom pedreiro para fazer a empreitada e de passar a ter uma vida desordenada por algum tempo. Consegui e venci o medo. 
Percebi ainda que podemos viver com menos coisas do que imaginamos e que o fato de estar com tudo meu guardado, devido a obra, não me impedia de sobreviver com algumas peças de roupa e sem ter que usufruir de todos os itens que tenho em casa e que servem de divertimento nas horas mais calmas.
Deu tudo certo e a obra incrivelmente foi feita no prazo, sem agonias maiores. Só tive os imprevistos normais de qualquer obra. Seria perfeita demais se não tivesse um probleminha para me dar dor de cabeça e me fazer testar o meu perfeccionismo, moldando-o aos padrões mais baixos e me fazendo perceber que nem todos são tão exigentes como eu e que isso tem que ser levado em consideração na hora de avaliar as coisas, pois muitas das nossas manias são desnecessárias e podem ser mudadas para o próprio bem da nossa mente meio doentinha e com padrões de perfeição acima da média.
Eu já sabia disso por experiência anterior, mas comprovei novamente: fazer uma monografia não exige desespero e sim conhecimento do tema que vamos abordar. Escolhi o direito de imagem e a fotografia para traçar minha pesquisa e o resultado me agradou muito. 
Alguém advinha por que escolhi o direito de imagem?
Estava na cara esse tema, não é?
Em poucos dias o trabalho ficou pronto e apto para ser apresentado à banca examinadora da faculdade e os textos que sempre escrevi aqui no blog ainda me ajudaram a ter uma maestria grandiosa nas elaborações dos temas, pois muitos dos aspectos que citei não tinham em livros e nem na internet. Tive que falar a partir do meu conhecimento e usar alguns assuntos parecidos para ilustrar o tema. Terminei criando uma discussão e a minha conclusão terminou parecendo o início de uma nova pesquisa, tamanhos foram os questionamentos que trouxe para o pensamento de todos.
Agora, com a casa arrumada, corpo desintoxicado (sim, pois tive uma intoxicação com um produto que usei para retirar resíduos do piso) e aprendendo a me comportar dentro da minha própria casa, fico feliz e espero direcionar várias ações para construir novos rumos de vida e também para ter mais cautela naquilo que escolhi para a minha vida, já que percebi que nada é em vão se temos controle das situações e se planejamos bem os nossos atos.
Tudo virá e acontecerá de forma plena e saberemos como agir diante de cada ato, obtendo os melhores efeitos para as nossas vidas. Não adianta planejarmos e deixarmos tudo de lado, esperando um dia que nunca chega. A virada somos nós que devemos praticar, todos os dias, sem medo e com a certeza de que o caminho pode ser árduo, mas é possível de ser desvendado se estivermos confiantes e cheios de esperança.
Vamos seguindo...

terça-feira, 23 de junho de 2015

Espere sua Vez

Ninguém espera a sua vez.
Esta é uma certeza que tenho a cada dia e percebo isso quando me deparo com as várias situações cotidianas que nos são apresentadas, pois a agonia das pessoas para realizar algo é gritante e terminam atropelando atos e pessoas em prol da falta de paciência e de educação.
Se estamos numa fila, no trânsito, no médico ou em qualquer local que exija um pouco de espera e paciência, percebemos que as pessoas ficam agoniadas pelo simples fato de estarmos com o sinal fechado ou com uma demora a mais no serviço que estamos aguardando. Claro que as esperas são ruins e deixam a paciência de qualquer cristão no chão, mas algumas vezes percebo que a falta de educação é o que move as pessoas e faz com que não tenhamos consciência da nossa oportunidade, buscando ultrapassar os limites alheios.
Se eu espero, você também tem que aguardar a sua vez e não imaginar que tem prioridade acima da média para receber atendimento VIP enquanto eu fico com cara de besta na fila ou em qualquer outro tipo de atendimento.
Esperar é um fato da modernidade e do crescimento excessivo da população e todo mundo sabe disso, mas não podemos esquecer que os direitos de todos são iguais e merecem ser respeitados para garantir a unidade de muitos fatos e preservar o livre andamento da Nação, que se aproveita dos melhores momentos para tirar proveito do que não deve. 
As pessoas andam nas ruas atropelando os outros e fazem isso com consciência, criando um impulso desnecessário e nos fazendo pensar que estamos num mundo de desordem onde o respeito foi perdido e as pessoas desaprenderam a viver em sociedade, um lugar que há muito habitamos e que a cada dia fica pior e cheio de gente com péssima educação, as quais não terão chances de se aperfeiçoar e se tornarem mais humanas, pelo simples fato de desconhecerem o significado da palavra "cortesia".
Ser cortês é estar atento ao direito alheio e fazer isso com boa vontade, sem imposição. Muita gente só funciona na base dos avisos e das multas e se olharmos muitas orientações que encontramos por aí, veremos que estamos dando avisos a uma sociedade irregular, sem apego algum ao que é correto e que deve ser praticado como um costume diário.
Espere a sua vez de ser educado, de ser atendido, de fazer o que é certo e não tenha isso como uma obrigação. Temos que analisar nossos atos e verificar quando estamos sendo invasivos e desnecessários, pois somente com esta noção de perigo é que poderemos ser pessoas com mais vergonha e menos caras de pau.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Reclame

Trato azedume, mau-olhado
Quebrante, vício
Trato treta de trabalho
Trabalho com amarração

Resolvo o seu problema com baralho
Com pôquer, bingo
Para bituca de cigarro eu tenho a solução
Trago seu amor de volta se me fizer uma visita
A gente faz uma combinação, você acerta e acredita

No duro, dá certo
Nunca houve reclame
Nada que atrase ou difame
Ninguém ainda falou mal
O que importa é a eficácia
Do serviço garantido
Ou eu vou devolver o seu dinheiro todo


Quando vi este anúncio, nas ruas do Recife, lembrei desta música da Tulipa Ruiz, pois até garantia a cartomante oferecia. Combinou a letra e o contexto...

terça-feira, 16 de junho de 2015

Estratosférica

Algumas palavras chamam a atenção e fazem com que determinados álbuns sejam aclamados como promessas de um período ruim da nossa música brasileira, quando a baixa incidência de lançamentos e as crescentes diminuições nas vendas, devido ao compartilhamento indevido de mídias, fez com que o mercado se tornasse carente de novidades e terminasse lançando o que é mais comercial e deixando de lado o que realmente é bom e válido para os nossos ouvidos.
Assim percebemos com a maioria dos artistas que temos hoje em atividade, que migraram para lançamentos independentes e poucos ainda se apegam às grandes gravadoras para terem seus trabalhos distribuídos no mercado fonográfico. Gal Costa lançou neste mês o CD Estratosférica e num primeiro momento achei que o álbum estivesse totalmente compatível com o seu nome e acima de todas as coisas do plano terrestre, pois é isto que o nome demonstra e faz com que tenhamos uma expectativa além do que encontramos na realidade. O grande diferencial da artista é ter facilidade para cantar bem e de ousar na escolha dos seus compositores e arranjos, sempre trazendo algo inovador e fugindo um pouco da mesmice que muitos apresentam, pois não há ação pior do que passar anos para lançar um álbum e quando ele definitivamente aparece, encontramos músicas batidas e já regravadas à exaustão.
Gal Costa não fez isto e trouxe 15 canções inéditas para o seu novo trabalho e mostrou que nem só de cabelos vive uma artista, mas também de voz. Isso ela tem de sobra para nos presentear e faz bonito nas canções e nos toques eletrônicos, algo que poucos artistas mais antigos fazem e terminam optando por timbres mais tradicionais e de gosto popular.
As melodias são simples, com letras cotidianas e sem muita invenção criativa, mas satisfazem pela facilidade de serem cantadas e assimiladas num primeiro momento, dando ao disco um aspecto leve e adaptável aos momentos mais calmos da nossa vida. Nenhuma música nos eleva a estratosfera e, no máximo, nos fazem abrir os olhos com mais força para escutar os timbres apresentados e sentir que as melodias são tênues demais para nos causar um estímulo maior.
A única coisa realmente estratosférica é a voz de Gal Costa, que continua a mesma e faz com que sintamos a harmonia de notas e afinação em cada momento que ela canta, nos fazendo perceber que uma grande artista não perde a sua majestade e pode ser ouvida em todos os momentos que forem necessários.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Regeneração

Nada melhor que o descanso para regenerar as nossas forças, ainda mais quando passamos por um período de grande agonia e trabalhos exaustivos, que nos tiram as noites completas de sono e nos fazem acordar com a sensação de "quero mais". A vontade de ficar na cama é maior que a nossa disposição para sair dela e isso faz com que tenhamos uma terrível sensação que só passa após um bom período de descanso e relaxamento, onde a nossa mente fique livre de tudo que é ruim e possa comprometer a nossa satisfação vital, pois não há nada pior nesta vida do que não se sentir bem e ficar com sintomas estranhos que afetam os nossos dias e minam a nossa disposição para a boa convivência com tudo e com todos.
Quando estamos bem e confortados com a nossa saúde, tudo se torna mais fácil e podemos respirar mais aliviados para receber todas as influências que os nossos dias nos trazem e com elas perceber que a vida é bem fácil de ser aproveitada, bastando um pouco da nossa empolgação para que tudo se transforme de maneira agradável e possa nos trazer ótimos frutos.
Não adianta lutar contra as nossas forças e cada vez que o nosso corpo pedir um descanso é bom atender ao chamado para que não tenhamos nenhuma surpresa desagradável e que venha a comprometer os nossos desígnios. A fortaleza diária que construímos deve ser firme e não deve deixar que as interferências surgidas afetem a nossa satisfação e saúde.
Com o corpo em plena atividade podemos desfrutar melhor de uma vida cheia de satisfação, onde cada momento é visto como essencial e faz com que tenhamos grandes chances de aprimorar nossos conhecimentos e desejos, nunca deixando de lado as nossas expectativas e promessas vindouras. Nada é tão importante quanto a nossa regeneração diária, seja na mente, corpo ou atitudes. Tudo deve passar por um momento de transição e a renovação sempre se faz necessária para que saibamos o que realmente importa e nos faz bem.

domingo, 7 de junho de 2015

Três Mundos

Hoje a trilha foi pelos municípios de Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho, mais precisamente pelas praias de Barra de Jangada, Paiva e Itapuama. Três mundos tão distintos que fica impossível não sentir as desigualdades que cada um apresenta já que os detalhes que os separam são mais gritantes do que podemos imaginar.
Começamos a caminhada pela Praia de Barra de Jangada, no final do município de Jaboatão dos Guararapes e o que pudemos comprovar foi que a praia, apesar da visível degradação, passou por melhorias e hoje tem aspectos bem melhorados se compararmos a sua situação há 15 anos. A Ilha do Amor, na verdade, é uma penísula que separa os municípios e proporciona um local adequado para o convívio dos pescadores que ali fazem a sua rotina acontecer, pois o encontro do rio e mar torna as águas mais tranquilas e a profundidade mais adequada para a navegação. O ruim é perceber que os próprios pescadores e donos de barracas de praia fazem a bagunça no local e o acúmulo de entulhos e lixo é muito grande, deixando o local com um aspecto descuidado e ajudando a prefeitura do município, que é famosa pelo descaso que tem com os seus espaços. Há uma quantidade considerável de carros roubados pelo caminho e não é difícil encontrar esqueletos de veículos que foram totalmente estragados e queimados, contribuindo ainda mais para que o local ficasse com uma aparência ruim. No período da noite a área deve ser bem perigosa...
Seguindo mais adiante, passamos pela Ponte Arquiteto Wilson Campos, ou popularmente chamada de Ponte do Paiva, que nos leva até o município do Cabo de Santo Agostinho, local onde está implantada a Reserva do Paiva, empreendimento imobiliário que abriga construções diversas, de alto padrão e com acabamento impecável. Lá estão situados os empreendimentos mais caros da região e abrigo do Sheraton Reserva do Paiva, hotel e centro de convenções que tem ao seu lado um complexo empresarial e gastronômico de causar admiração. Tudo lá é muito organizado, limpo e não encontramos sinais de destruição, já que tudo é privado e até o acesso às praias é monitorado por vigilantes, o que termina gerando uma certa intimidação aos visitantes. Nesta praia só encontraremos belas paisagens e algumas áreas possuem piscinas naturais e muita sombra nos coqueiros. Farofeiros não existem e aquelas agonias de praias movimentadas é bom esquecer, pois lá é tudo muito reservado e adaptado ao alto poder aquisitivo dos seus moradores.
Na Praia do Paiva podemos ver muitos surfistas devido a alta concentração de ondas, mas as placas de aviso informam que os tubarões estão por perto e todo cuidado é pouco para que nenhuma surpresa ocorra. 
Chegando ao nosso destino final, a Praia de Itapuama, percebemos a diferença gritante que separa as praias vizinhas, pois neste espaço a farofa é bem comum e os barraqueiros fazem a festa tornando o local agitado e bem procurado pelos banhistas. Uma praia pequena, que tem alguns montes de pedras e nos leva ao belo litoral do município do Cabo de Santo Agostinho.
O dia estava chuvoso, mas ainda pude fotografar imagens boas, porque o sol sempre aparecia e nos dava um pouco do seu conforto. O que ficou bem claro neste passeio é a disparidade que temos em cada área da cidade, principalmente nos espaços que são públicos, pois nestes a falta de conciência das pessoas que os frequentam é grande e termina comprometendo uma paisagem bela e paradisíaca. Ao contrário dos ambientes privados, como é o caso da Praia do Paiva, tudo é muito organizado e planejado e dá gosto ver o trato que os espaços possuem e como a natureza pode ser contribuir para que tudo se torne ainda mais atrativo e belo.
Passeio válido e muito interessante, algo que pode ser feito sozinho, de bicicleta, numa manhã de domingo...
Fomos em grupo e isso foi bom para que descobríssemos juntos as belezas destes três mundo tão próximos e ao mesmo tempo tão distantes. Realidades paralelas que são difíceis de serem juntadas.




















quarta-feira, 3 de junho de 2015

A Sequência das Coisas

Muitas vezes na ânsia de finalizar as nossas atividades, começamos a realizar ações diversas sem seguir uma sequência lógica de execução, criando um transtorno absurdo para quem verá o trabalho finalizado, pois é nesse momento que as falhas de execução serão observadas e os espaços terão ajustes inevitáveis para serem feitos, a fim de garantir que um melhor convívio com as novidades seja sentido e possa gerar os bons frutos tão esperados.
Não adianta arrumar um espaço se este está cheio de poeira e pode comprometer tudo que será realizado e organizado. Temos primeiro que remover a sujeira e depois ajustar o espaço para receber tudo que precisa de organização. Nada ficará bem se não seguirmos um padrão de organização e se não forem tomadas as medidas cautelares necessárias para que cada atividade possa ser proveitosa e contribuir para as demais.
Se começamos algo de forma desmedida, terminamos de uma maneira descontrolada, causando um transtorno enorme e fazendo com que nada seja eficaz e possa gerar uma boa efetividade. O conforto nas atividades que desenvolvemos não é visto somente pela sua realização, mas sim pela forma organizada de fazer algo e de medir antecipadamente as influências que poderão por em risco as mais variadas ações que desencadearão um resultado final de grande valia e sabedoria, pois fazer tudo de forma desmedida e sem controle é antes de tudo um ato de desconsiderar a nossa inteligência, colocando em risco a forma como nos comportamos diante de tudo que encontramos na nossa vida.
Todas as vezes que agimos com cautela e inteligência, obtemos resultados verdadeiros do nosso esforço e percebemos claramente que a vida merece atenção para que se torne real e bem distribuída, pois caso contrário só teremos esforço demasiado, cansaço além da conta e resultado ruim, bem abaixo do esperado.
Antes de realizar algo, faça uma sequência lógica do que vai desempenhar e veja todas as interferências que serão sentidas no processo para que uma mínima, mas certeira efetivação seja sentida, já que mesmo com os grandes obstáculos que poderão ocorrer, tenhamos um pouco mais de certeza naquilo que está no nosso caminho e nos desafia diariamente.
De que adianta encher o prato sem esperar que a comida fique pronta? O sabor não será o mesmo...

Segue o Caminho do Boi da Macuca

O São João do Boi da Macuca, na cidade de Correntes, Pernambuco, acontece anualmente e reúne grande quantidade de pessoas que buscam nos fes...