Escolhi esta foto de um cachorro que fotografei na Vila de Nazaré para falar da Fidelidade, pois para mim é um animal que retrata bem a palavra e o significado desta atitude que é um dos grandes desafios que todos nós possuímos.
Não vou falar da fidelidade no amor, mas da fidelidade a nós mesmos e aos nossos caminhos e desejos. Estamos a cada dia buscando ser fiéis a nós mesmos, mas por sermos pessoas indecisas, incompletas, não conseguimos construir uma forma de sermos fiéis e condizentes com aquilo que nos determinamos.
Deixamos de lado nossos princípios quando aparece algo tentador na nossa frente, mudamos nossa forma de tratar as pessoas por acharmos que elas não merecem mais, saímos do nosso caminho quando ficamos de olho no caminho dos outros e escolhemos a cada dia um produto ou meio novo de vida por achar que o atual não nos satisfaz.
A fidelidade está intimamente ligada com a satisfação e se esta não for bem forte, teremos grande tendência natural para trair ou para escolher outra forma de nos deixar felizes e satisfeitos. Ninguém gosta de ficar sendo fiel a algo que não tem fruto ou a alguém que não lhe dá atenção ou nem lembra da sua existência.
O cachorro mesmo tendo um dono rude e ausente, tem essa característica natural de aturar e de ter fidelidade. Basta o dono gritar por ele que ele estará por perto, abanando o rabinho e com aquele olhar carente.
Ser fiel a nós mesmos é o princípio para que tudo dê certo nas nossas vidas e isso pode ser conseguido observando aquilo que nos dá prazer e felicidade. Não precisamos ficar mudando tudo sempre e para que tenhamos mais continuidade naquilo que escolhemos, precisamos verificar antes de qualquer procedimento se seremos capazes de ser fiéis. Se algo de início já nos parece vazio e não nos dá meios de evolução, então nem acrescente na sua vida para que no futuro não sejas visto como uma pessoa infiel e descontinuada.
