segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Show de Arte Sacra

Salvador é um lugar fascinante, cheio de diferenças, mas rico culturalmente e com uma coleção de arte sacra como poucas cidades possuem. Tive oportunidade de visitar hoje alguns lugares incríveis e comecei indo na Igreja de São Francisco, que possui grande variedade interna nas esculturas e muito ouro nos detalhes que foram criados para encantar os visitantes. Além desta, visitei outras como a Catedral Central de Salvador, a Igreja de São Domingos, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, a Igreja do Carmo, a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, dentre outras. O que fica bem claro em todas elas é que alguns espaços precisam ter mais cuidado e conservação, pois fica perceptível o desgaste de espaços que mereciam uma melhor conservação para que pudessem ser perpetuados por mais tempo. 
A entrada cobrada deveria ser revertida integralmente para a conservação e limpeza, pois em alguns locais a poeira é constante e o chão de alguns locais só precisa de um pouco mais de limpeza para se tornar mais agradável visivelmente. As taxas cobradas variam de R$ 2,00 a R$ 5,00 e a única que não cobra acesso é a Igreja da Nossa Senhora da Conceição da Praia, que passa por uma reforma no teto e está com um aspecto terrível por fora devido a alguns desabamentos de casarios antigos que ficam nos arredores. Se fossem ajustados alguns detalhes, o contexto ficaria com um aspecto bem mais agradável. 
Andando pelo Pelourinho, percebi que ele está melhor, mais organizado, mais limpo, policiado e com muitas restaurações em andamento. Muito bom, pois da última vez que fui até lá, os casarios estavam agonizando e pedindo socorro, devido ao grande desgaste em que se encontravam. Lá podemos encontrar de tudo um pouco e com variações entre o sofisticado e o popular, já que é possível encontrar lojas de gemas caríssimas, antiquários, museus e muitos restaurantes, desde os mais tradicionais aos "pés sujos", que assim são chamados aqueles que não reúnem boas características higiênicas e vendem sempre comidas bem baratinhas. 
Na Baixa dos Sapateiros o movimento é constante e predomina o comércio de roupas e calçados, mas podemos encontrar outros itens também, mas tudo com muita simplicidade e agonia. No Elevador Lacerda, a fila estava gigantesca e demorei um pouco para poder descer até a cidade baixa e enfim visitar o Mercado Modelo, que estava lotado e cheio de itens de artesanato, que precisam ser bem pesquisados, pois de uma loja para outra a variação e a esperteza dos vendedores é gritante.
Andando mais um pouco, passei pelo centro da cidade, agoniado, com trânsito caótico e muitos estacionamentos irregulares e cheguei até a Feira de São Joaquim, que está com duas faces, a reformada e a tumultuada. As obras ainda não terminaram, mas o local esbanja desorganização em ambos os espaços e mudar esta situação será muito difícil para a prefeitura, pois a área é muito antiga, tem grande fluxo de pessoas e oferece o que há de mais popular em artesanato, alimentos, especiarias e artigos de umbanda, que  são diversos e estão por toda a parte com suas ervas, contas e imagens dos mais variados orixás.
Segui para o Solar do Unhão e no caminho me deparei com um despacho com duas galinhas pretas numa encruzilhada. Normal, pois esta não foi a primeira vez que isso me aconteceu em Salvador. O local é lindo, às margens da Baía de Todos os Santos e abriga o MAM, Museu de Arte Moderna de Salvador, reunindo várias obras para que o visitante possa perceber a mistura do moderno e antigo. Não gostei muito do acesso, pois favorece mais quem está de carro e até os ônibus são escassos pela região que tem pontes, com acessos sujos e perigosos após determinados horários.
Depois deste local, voltei para o Rio Vermelho e fui descansar um pouco, pois amanhã o dia é cheio e ainda tenho muito que conhecer aqui na Bahia.

Segue o Caminho do Boi da Macuca

O São João do Boi da Macuca, na cidade de Correntes, Pernambuco, acontece anualmente e reúne grande quantidade de pessoas que buscam nos fes...