quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Banho no Capibaribe

Sábado passado fui visitar o Parque das Esculturas de barco, navegando pelas águas do Rio Capibaribe. Um passeio curto, mas muito bonito porque temos uma visão privilegiada do Porto do Recife e também das esculturas de Brennand.
O que mais me chamou a atenção não foi o parque e sim a ousadia dessas crianças que fotografei; a água do Rio Capibaribe não é propícia para banho, pois como todo rio que corta as grandes cidades, sofre com os efeitos da poluição.
Eles brincavam na água como se fosse a piscina mais limpa do mundo e a espuma que se formava a cada mergulho era algo impressionante. Não vou nem falar do cheiro para não assustar muito.
Esses foram somente um exemplo, mas outro dia vi alguns meninos tomando banho no canal de Boa Viagem, que é puramente esgoto. Essa imagem eu não registrei, mas gostaria de estar com minha máquina naquele dia.
A imunidade deles deve ser alta e brincar naquela água faz parte do cotidiano de cada um. Quando eu mostrei a fotografia para eles, foi como se eles estivessem ganhando um troféu. A maré estava cheia e as águas não muito tranquilas; mesmo assim encararam firme o desafio de nadar nas águas do Rio Capibaribe, que há tempos não tem a pureza aceitável para um bom banho.
Notei que o que vale é a disponibilidade para as ações. A forma que eles encontraram para se divertir foi aquela e isso os deixavam muito felizes. Era o momento deles.
Para mim aquele banho era inaceitável, mas para eles não.
Outras coisas para mim podem ser bem naturais e para eles impróprias; depende do ponto de vista de cada um e da forma como estamos inseridos no processo de vida.
Quem se arrisca a tomar esse banho?

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