quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Final de Tudo

Todo fim de ano é a mesma coisa e pensamos que os últimos dias do ano serão a redenção dos nossos erros e que o início do ano será o advento de boas novas e ótimas situações.
Nada disso...
Não é porque o calendário aponta para mais um ano que tudo vai ficar claro e bonitinho na nossa frente. As nossas atitudes podem reverberar por muito tempo e fazem com que muitas das nossas ações sejam sentidas por meses, anos, séculos, infinitamente.
Temos que agir todos os dias como se este fosse o decisivo e pensar que cada atitude nos trará boas referências, nunca nos deixando à deriva e sem chances de melhoria e satisfação. Se pensarmos sempre em agir corretamente só amanhã, no mês que vem ou no ano que vem, iremos ficar cada vez mais inadequados aos nossos dias e faremos o caminho contrário do sucesso que sempre esperamos para nós.
O final de tudo é quando não temos mais chances de evolução e isso dificilmente ocorre, pois se observarmos bem sempre há uma chance de mudança, ainda que esta não traga a satisfação e reconstituição plena do que antes existia. Para o fim existir mesmo, deveremos estar totalmente descompromissados com o que existe e sem o mínimo de apego ao que fazemos e desejamos para nós e para os outros. Deixar tudo para amanhã e depois não é atitude de quem quer crescer e isso é algo que dificulta muito a melhoria das ações, seja a curto ou a longo prazos.
Quando queremos mudar algo de verdade, fazemos isso com afinco e sem pensar se é cedo ou tarde, já que estaremos pensando unicamente no sucesso e evolução dos fatos que nos interferem diariamente.
Que 2016 venha com boas influências e que cada dia seja de transformação e não de pensamentos vazios e sem atitude, pois se não tomarmos apego ao que é bom e satisfatório jamais deixaremos de lado essa terrível sensação de que os anos passam e nada muda.
O início do ano é mais um mês, igual a qualquer outro, mas que pode ser diferenciado se assim permitirmos. 

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Tudo Pela Metade

Inaugurar obras sem que as mesmas tenham sido finalizadas agora é moda e só denota o descaso realizado com o dinheiro público que termina sendo jogado no lixo, já que algumas realizações terminam ficando muito tempo sem manutenção e para que sejam terminadas, além dos reparos de costume, devem ser levadas em consideração as ações dos vândalos, que destroem tudo e fazem com que as obras tenham que ter um novo início, gerando mais custos e demoras.
As linhas do BRT aqui no Recife estão vergonhosas e cheias de problemas estruturais, tanto causados pelas construtoras incompetentes, quanto pela população mal educada, que destrói tudo de maneira constante.
O Cais do Sertão é outro exemplo e o que falta para terminar é bem significativo para o valor da obra, que está se deteriorando aos poucos. Instalaram uma central de ar condicionado que não está sendo usada e que fica exposta ao sol e chuva, somente gerando problemas que serão bem mais difíceis de serem resolvidos no futuro.
A reforma dos galpões do Porto do Recife também estão entregues ao esquecimento e ficam cada dia mais feias e com acúmulos de construção que não agregam nada e só fazem a paisagem ficar ruim e sem atrativo turístico.
As obras da Avenida Caxangá e o infiltrado Túnel da Abolição só mostram como o dinheiro mal empregado pode gerar transtornos, pois a situação é caótica e não gera melhorias para aqueles que circulam diariamente pelos locais. A avenida está cheia de obras e o túnel foi entregue cheio de infiltrações e com vias confusas e que terminam deixando as pessoas confusas na hora de realizar algum retorno. Só serviu para isolar o Museu da Abolição que agora agoniza ainda mais e dificulta a circulação de quem deseja conhecer o espaço.
Andando mais um pouco, podemos encontrar a Via Mangue, proposta como solução para o trânsito caótico do bairro de Boa Viagem, a qual está há algum tempo com uma das vias inacabada e a que foi inaugurada sempre tem ficado às escuras, deixando apreensivos aqueles que passam pelo local em determinadas horas da noite e madrugada.
A BR 101 Sul, que circula a cidade do Recife e Jaboatão, está entregue ao descaso e cheia de problemas que só fazem com que os buracos cresçam e ofereçam mais riscos à população e condutores de veículos.
Se formos analisar todas as situações, há má administração nas três esferas e o dinheiro é jogado fora de todo jeito, mostrando que nada funciona bem neste país da confusão, onde a corrupção é grandiosa e aflige todos nós.
"Eu faço tudo pela metade..."

Texto inspirado na música "Tudo Pela Metade", da Marisa Monte e Nando Reis

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

A Rainha do Axé

Daniela Mercury lançou neste mês o CD Vinil virtual, que tem muito do momento que a artista vive na sua vida pessoal, a começar pela capa que mostra ela e sua companheira de forma bem amorosa e livres de preconceitos. A mistura de ritmos é marcante na carreira da artista e neste álbum não poderia ser diferente, pois temos a oportunidade de encontrar de tudo, desde o eletrônico, samba e o inesquecível axé, que foi o marco inicial da carreira da cantora e compositora baiana.
São 15 músicas bem variadas e que nos deixam com a sensação boa de novidade, embora tenha achado a voz da cantora muito sussurrada em algumas melodias, deixando a musicalidade e ritmo um pouco comprometidos, pois a impressão é de que ela fala e não canta. O sincretismo religioso não poderia deixar de estar presente e basta escutarmos qualquer música para sentir isso, já que os orixás e a essência da Bahia são bem sentidos e pronunciados o tempo todo.
Seus dois últimos trabalhos foram bem musicais e este novo álbum tem uma tendência mais calma, porém com qualidades bem diferenciadas, de quem ousa na sua carreira e procura sempre mostrar uma proposta moderna e que agrada aos seus fãs que a acompanham desde o início da sua jornada.
A artista é bem completa e ao meu ver tem potencial grandioso dentro do universo que atua, mostrando que a capacidade inventiva supera os tempos e se faz mais forte a cada dia. Muitos artistas da época do surgimento dela ainda estão em evidência, mas a maioria sumiu no tempo, seja porque o axé perdeu um pouco o ritmo ou porque não tinham nada de novo para ser mostrado.
Daniela Mercury mostra uma carreira ascendente e sempre preocupada com a modernidade e faz isso com grande maestria, nunca perdendo as suas raízes, mas encontrando um caminho novo para seguir em frente, revisando muito pouco o que tinha no seu passado musical.
Ela não é artista de uma música só e as diversas letras autorais que apresenta neste novo trabalho confirmam a sua capacidade de se manter viva e sempre querida na mente de todos nós.
Uma rainha de verdade. Como ela mesma se qualificou: Uma Rainha Má.
Livre de todos os preconceitos e fraquezas que as mocinhas e medrosas poderiam ter, Daniela tem o poder nas mãos e pode usar a sua agilidade e simpatia para ser todas as rainhas possíveis, navegando muito bem entre os ritmos que desejar cantar e inovar.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Ei, Galego!!!!

Lendo uma reportagem sobre um cantor que foi obrigado, pelo Ministério Público, a mudar a letra da sua música porque falava da "chapinha" que as mulheres fazem no cabelo, fiquei refletindo sobre a forma que as pessoas hoje tratam a discriminação, que tem mais o perfil de briga e recalque do que de conciliação. Aconteceram denúncias que informavam que a letra era racista e que agredia as mulheres que tem cabelo ruim. E o pior era saber que o cantor sempre cantou a negritude e a mistura de raças. 
Será que ele teve má intenção ou só queria falar de uma realidade?
Bem, se a letra foi mal elaborada eu não sei, pois cada um analisa como pode e com o grau de preconceito que tem dentro da sua mente. Eu não achei nada demais e apenas o artista retratou uma realidade que acontece muito hoje em dia, quando as mulheres, ao invés de assumirem suas carapinhas, preferem alisar e fazer malabarismos para terem os fios mais alinhados. 
Hoje em dia as discriminações raciais estão virando piada, pois tudo é motivo para ofensas e parece que é proibido até olhar para as pessoas, pois logo pensam que estamos tendo observações maldosas e que tentam denegrir a imagem alheia.
Outro dia a minha vizinha jogou lixo na minha janela e quando eu fui reclamar ela disse que eu a estava discriminando porque ela era negra. Eu disse: Estou reclamando porque a senhora é mal educada e não sabe o que é civilidade. Até para a síndica ela foi reclamar... Me poupe! Desde quando ser nojento está relacionado com a raça? Tem gente imunda em todo canto, de toda cor, de toda raça. 
Ei, Galego!!!
É assim que muita gente me chama quando não me conhece e eu atendo normalmente e prontamente digo o meu nome, pois se tem uma coisa que detesto é apelido. Qual a diferença de chamar alguém por: "Ei, Negão!!!"
Ele não é negro?
O fato de chamar alguém pela cor não é uma forma discriminativa, exceto se for usada por pessoas mal intencionadas. Eu deveria me ofender da mesma forma, pois se formos pensar bem grosseiramente, estou sendo discriminado também pela minha cor branca. Deveriam dizer: Ei, Rapaz!!! ou quem sabe para os mais ofendidos: Ei, Senhor!!!
As pessoas perderam o senso da realidade dos fatos e não sabem distinguir o que é ruim do que é bom. Tudo é generalizado e terminam criando ações desnecessárias em órgãos jurídicos que deveriam se preocupar com atos mais reais e não com banalidades.
Se analisarmos as mais variadas músicas que temos na nossa MPB veremos que grande parte delas tem conotação racista, seja para os negros ou para os brancos. Será que vamos proibir a execução de todas elas ou multar os cantores que expressam sua arte através da realidade da sociedade?
Conheço uma música, de uma artista da MPB, que fala de carapinha e de cabelo alisado também. A canção nunca foi vista como ofensiva e talvez isto esteja relacionado ao fato da cantora não ser muito conhecida do grande público. Tudo que é massificado se transforma em piada, pois nem todo mundo sabe lidar com as situações que aparecem e terminam falando besteiras. 
Daqui a pouco, se o cantor for cantar na Globo, vão dizer que a emissora patrocina a discriminação racial. Não duvido nada que isso aconteça... A Globo sempre é a culpada de tudo mesmo, não é?
Seria bem melhor que as mulheres não gastassem fortunas com as chapinhas e isso estaria resolvido, pois o assunto morreria e não teríamos do que falar, já que ninguém desejaria ter o cabelo diferente da sua natureza. 
E o que dizer do branco que faz de tudo para dar um pouco mais de volume aos seus fios e tenta ter uma carapinha digna dos mais bonitos negros africanos?
Não é só o negro que tem cabelo ruim e em ambas as raças temos variação na qualidade dos fios, já que a mistura do Brasil não nos permite distinguir quem é puro ou não.
Somos todos iguais e já está na hora de pararmos com tantas besteiras e viver a vida com mais dignidade. Menos psicose e mais alegria ajuda muito e isso começa quando as pessoas aprenderem a se gostar do jeito que são, sem chapinhas, alisamentos, pinturas e demais artifícios para mudar o que a natureza criou de forma tão sublime.
Mais amor, por favor!
A paciência agradece...

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Natal Luz Garanhuns

Garanhuns se vestiu com o brilho das luzes para celebrar o Natal e trouxe para os pontos principais da cidade a alegria da época e a celebração da comunhão entre as famílias. A cidade estava linda e festiva, o que é muito bom nesta época. Destaque para as apresentações temáticas, de artistas locais, que animavam o pátio da prefeitura, que estava bem iluminado e saudando a todos os visitantes.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Feliz Natal


Feliz Natal a todos e que a paz divina habite em todos os espaços, nos fazendo mais irmãos e companheiros.
Este é o sentido do Natal e da comunhão que ele nos oferece.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Vida Fácil

Pensar que a nossa vida é somente uma brincadeira é algo que não deve ser muito imaginado por todos nós, ainda mais quando temos objetivos definidos e que nos levarão a obter aquilo que idealizamos, seja a curto ou a médio prazos.
Arriscar-se é um dos fatores que mais influencia na tomada de decisão e quando nos damos o prazer de sair do lugar comum, temos a oportunidade de desvendar mundos ainda não conhecidos e que farão a diferença nas nossas vidas.
Achar que a vida é fácil e que tudo pode ser resolvido sem maiores esforços é um pensamento que persegue muitas pessoas, mas não é bem assim que isso funciona e temos que nos apegar ao que é bom e satisfatório para termos a certeza de que nossos desejos serão conseguidos, não por um passe de mágica, mas pelos esforços certeiros e que farão o sucesso ser cada vez mais definido na nossa mente.
Acertamos, erramos, erramos e acertamos de novo...
É assim mesmo e dessa forma vamos construindo a nossa vida, seja ela mais fácil ou mais complicada. Um dia, com a dedicação necessária, faremos a diferença em muitas situações e poderemos imaginar que o esforço valeu a pena, já que nunca deixamos de lado o que mais nos favorecida na tomada de decisão: a iniciativa.
Se temos iniciativa de fazer algo, mesmo que a incerteza domine a nossa mente, iremos fazer e buscar as melhores formas para que tudo dê certo e possa ser visto como válido nas nossas vidas, que só precisam de um impulso simples para terem melhores resultados e conquistas.
Nada vem tão fácil, mas isso não é regra.
Alguns são abençoados com a sorte, já outros pelo esforço.
Como não sabemos o nosso destino, é bom aliarmos o esforço com a sorte e nos prepararmos para os melhores momentos da vida, onde estaremos de prontidão e esperando a hora certa de agir, mesmo que algumas vezes a certeza não se mostre por completo.
Caso tenhamos o mínimo de vontade e de atenção aos detalhes, tudo vai ficando mais claro e a vida vai se tornando fácil de ser conquistada, sem que para isso a nossa força seja consumida em vão por tarefas mal planejadas e sem nenhuma realidade.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Xanha

"Cachorro que muito anda pega rabujo"
Essa frase era muito comum nos meus tempos de infância que servia para mostrar que a gente quando se mistura demais com o mundo termina se contaminando com as suas mazelas e pagando o preço do descuido e falta de atenção consigo mesmo.
É a popular "xanha" que tanto falamos e que é sempre associada às enfermidades que estão relacionadas ao contato mais próximo e que faz com que as pessoas troquem muitas informações, gerando uma contaminação exagerada e muitas vezes difícil de ser contida.
Também há pessoas que entram nas nossas vidas como uma "xanha" e nunca mais nos deixam em paz. Algumas trazem coisas boas, outras não e só ficam ao nosso lado para tentarem consumir o que temos de bom e isto não está relacionado a dinheiro, mas sim a paciência e atitudes, já que tentam se aproveitar a todo instante da nossa boa vontade com as suas intermináveis solicitações, muitas vezes desnecessárias.
A pior coisa do mundo é quando alguém assume um papel de predador e fica sugando tudo que podemos oferecer, como se a sua falta de capacidade de realizar atos fosse totalmente compensada pela disponibilidade inocente de quem se oferece para ajudar.
A coceira começa pequena e depois vai aumentando e se tornando incômoda, pois nunca para de existir e sempre vão surgindo outros fatores que possibilitarão novos pedidos sem que nenhuma ação seja tomada para que aquilo mude. Os predadores enxergam as pessoas como uma fonte de energia fácil para a sua fraqueza congênita. 
Quando andamos pelo mundo encontramos vários tipos de pessoas e temos que nos relacionar com todas, de forma sábia e sem que nada ruim nos aflija. Ficar acumulando as mazelas dos outros é demais e já basta a quantidade de situações que vivenciamos e que precisam do nosso apego. Cuidar da nossa coceira já é o suficiente e desgasta a nossa vida de forma significativa e por isso não é saudável ficarmos acumulando, também, as "xanhas" alheias.
Cada um com a sua bronca...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Amarrar o Cavalo

Escrever corretamente e interpretar algumas das frases que diariamente encontramos pelo mundo é uma atividade que exige um pouco de atenção, pois, dependendo do caso, podemos ter entendimentos nada agradáveis para as coisas simples da vida.
Determinados avisos podem se transformar em situações constrangedoras e gerar um momento de grande pirraça para aqueles que foram os agentes causadores das comunicações inadequadas. Algumas frases nos deixam pensativos e nos fazem imaginar qual seria a vontade do criador da informação e como ele queria realmente passar a informação.
Alguns escrevem como falam, outros de acordo com o som das palavras, enquanto alguns engolem as letras e criam novas palavras que são mais difíceis de serem escritas do que as originais.
Verdade seja dita: A maioria das pessoas não tem noção do que está escrevendo e não conhece o significado das palavras para realizar seus trabalhos "literários" e dignos de estudo de caso. São muitas situações que observamos e que vão da mais simples troca de uma letra a mais gritante escrita errada de palavras que podem ser difíceis mas também muito fáceis e, que, inacreditavelmente, estejam gerando dúvidas na hora da escrita, tamanha é a sua facilidade de encontrarmos nos mais variados textos e conversas que estamos inseridos.
Gostar de escrever e de ler é algo que a maioria das pessoas tem aversão e por isso costumam errar tanto, deixando a língua portuguesa ainda mais complexa e difícil de ser interpretada. A variedade de fonemas e de formas de escrita que dispomos na nossa língua também atrapalha os menos estudiosos, mas a grande maioria também não presta atenção no que escreve e acaba cometendo várias situações dignas de análise.
A fotografia desta publicação demonstra de forma simples como isso pode ser possível, pois não temos certeza do que realmente o autor da placa queria dizer. Ninguém sabe se é para amar, amarrar ou amar à...
Vai entender...

domingo, 20 de dezembro de 2015

Lançamentos Musicais


Com mais de 40 anos de carreira, a cantora Maria Alcina lança o seu DVD com repertório do seu último álbum, De Normal Bastam os Outros. Imperdível.


Em Vinil Virtual, Daniela Mercury se firma como compositora e consagra o título de Rainha do Axé com muito mérito. Ritmo, amor e igualdade são os temas mais constantes neste trabalho de grande valor para a nossa música popular.


Marina Lima reaparece com um registro ao vivo, No Osso. Cantora de grande qualidade musical e com composições que fazem parte das nossas vidas e boas lembranças.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Um, Dois, Três

Esta semana fui comprar um presente e terminei voltando para casa com três. 
O problema é que fui adquirir algo que gosto muito e terminei levando mais dois para mim. Foram três presentes, um para meu amigo secreto e outros dois para mim. 
Muitas vezes isso ocorre conosco e terminamos "caindo na tentação" das compras quando gostamos muito de algo e isso não representa um custo adicional, pois a satisfação de ter o bem é maior do que a despesa inesperada. O consumo ocorre, mas temos que dosar nossa sede de gastos para evitarmos que o prazer se torne uma preocupação e a boa lembrança do bem adquirido seja um tormento no nosso bolso.
Geralmente estes excessos ocorrem quando aproveitamos alguma promoção ou não planejamos bem o que iríamos gastar, deixando de lado as seguranças financeiras e partindo sem rumo para os gatos excessivos e que nos deixam a ver navios no início do ano, quando muitas outras despesas aparecem e nos fazem ficar preocupados.
O comércio fica movimentado no final do ano e isso faz com que a vontade de consumir seja maior, motivando compras não programadas e que acontecem por impulso, somente pelo desejo de sentir o gostinho de ser presenteado, nem que seja por si mesmo.
Outra ação boa é que devemos nos presentear também. Eu sempre escolho datas para fazer isso e percebo que é essencial para a nossa motivação, já que o esforço que desempenhamos diariamente nesta vida tão complicada deve e pode ser revertido em alguns mimos para a nossa alegria e usufruto.
Quem não gosta de ganhar um presentinho?

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Pica Doce

Assistindo a série de TV "Californication", entendi definitivamente o significado de "pica doce", "fornicação", "chave de buceta" e tudo o que isso representa numa sociedade louca e desvairada, como a que é apresentada no seriado. O protagonista, um escritor louco e sedento por sexo, não encontra meios de saciar a sua fúria de sedução e termina cometendo as mais variadas traições e aberrações sexuais, sem nem pensar nas consequências que isso lhe trará, agindo sempre como uma pessoa imatura e sem limite algum.
É fácil encontrarmos pessoas desta forma e a compulsão desmedida pelos prazeres da carne é algo que é bem fácil de ser encontrado, ainda mais num mundo como o nosso, onde as facilidades e liberdades sexuais estão cada dia mais evidentes e nos trazem muitas situações complicadas de serem resolvidas, como é o caso das doenças e filhos indesejados.
Não é fácil percebermos que crianças estão iniciando a vida sexual muito cedo e isso termina sendo uma obrigação num mundo onde as informações são muitas e fáceis de serem conseguidas. Não é como no meu tempo que o assunto era um tabu e escondido a sete chaves pelos nossos pais, que só de pensar em palavras com conotação sexual ficavam rubros de tanta vergonha e medo.
Lá em Garanhuns tinha um amigo da nossa família que era apelidado de 'pica doce' porque toda mulher se encantava por ele e não era difícil ele ir para a cama com algumas delas, sendo conhecido como um garanhão. E olhe que ele não era bonitão, fortão, sedutor, nada disso. Acho que o apelido era bem aplicado à pessoa, pois de uma forma ou de outra as mulheres queriam provar o gostinho que ele tinha para oferecer, que podia até ser doce como todos diziam.
"Pica Doce" na verdade era aquela pessoa que tinha facilidade de comer as mulheres, como se o gosto da transa fosse algo tão agradável que elas desejassem sempre mais, como uma lata de leite condensado que termina sendo consumida por inteiro por aqueles que são viciados pelo sabor doce que ele tem.
Pois bem, só consigo lembrar dele quando assisto ao seriado e não é a aparência que me faz ter essa impressão, mas a facilidade que ele possuía de deixar as mulheres totalmente apaixonadas e sedentas pela 'pica doce' que ele oferecia, a todo momento, sem cerimônia nenhuma. Muitas vezes ele nem queria, mas mesmo assim vinha uma e lhe dava aquela "chave de buceta" que ele não tinha como fugir, ficando preso naquele ato sexual mal resolvido e nem sempre duradouro.
O protagonista da série "Californication" é do mesmo jeito.
É isso...
Quantas "picas doces" e "chaves de buceta" não encontramos por aí, não é?
O mundo mudou e as pessoas estão cada vez mais liberais quando o assunto é sexo sem controle e por nada.
É uma fornicação só.
Outro dia explico melhor o que é a "chave de buceta". É muita informação para uma publicação só.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Verba Volant, Scripta Manent

Muitas vezes é melhor escrever do que falar algo, principalmente quando queremos que o entendimento seja melhorado e não distorcido pelas palavras que voam e terminam aportando em lugares errados e que podem não ter as melhores finalidades e aprendizados.
Escutar algo é bem diferente do que ler algo e compreender exatamente o que foi dito, pois geralmente o que escutamos é falado da nossa maneira, às vezes com acréscimos, ou quem sabe com diminuições. Acontece também as distorções, que é o mais comum e que incomoda todos nós. Repassar algo de forma diferente ou contar uma história de maneira pessoal, deixando de lado a verdade é algo bem comum e que acontece diariamente no nosso meio, o que nos faz padecer de um mal terrível que é a mentira e difamação.
Hoje em dia esta doença é ainda bem maior, pois os meios de comunicação procuram ganhar crédito com as notícias fantasiosas e não com a realidade dos fatos, pois parece que o que chama a atenção da população é a mentira e divulgação do que não presta e que só serve para agredir as pessoas que muitas vezes são totalmente inocentes na história.
Já me deparei muitas vezes com anúncios bem gritantes de notícias na internet e jornais, mas quando fui ler o texto com mais exatidão, percebi que nada tinha fundamento e tudo era tratado somente com suposições ou fatos não comprovados.
Um comentário qualquer pode viajar o mundo e ter várias interpretações, mas o que está escrito sofre menos desse mal e termina sendo mais fácil de ser controlado, evitando que soframos com o mal da língua descontrolada e sem nenhum compromisso com a verdade.
O perigo da língua solta é bem menor que o da interpretação errada, embora que os dois fatos possam ocorrer devido a falta de atenção das pessoas na hora de escutar ou ler algo. Pegam o que é mais importante e desprezam os complementos das situações, tornando a união dos fatos uma tremenda confusão.
Não precisamos deixar de falar, pois a comunicação verbal é a que mais estreita os laços, mas é necessário que nas horas mais específicas e que necessitem de uma formalização adequada, a escrita entre em vigor e faça valer a verdade dos fatos e não as distorções de um entendimento mal feito, criado por mentes férteis e que só querem gerar atrito por nada.
Palavras ditas voam, as escritas permanecem...

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Chatô, O Rei do Brasil

Valeu a pena esperar tanto pelo filme que Guilherme Fontes produziu sobre a vida de Assis Chateaubriand, pois a maestria com que as cenas foram realizadas mostram que o artista estava no caminho certo e mesmo após tantas polêmicas, o seu trabalho pode ser visto de uma forma positiva, pois trouxe ao público brasileiro um belo exemplar do cinema nacional e fez com que os momentos dedicados ao filme sejam de puro deleite e muita alegria.
O Chatô que é mostrado na tela do cinema é um homem extremamente nacionalista e muito inteligente, apesar de usar este fator algumas vezes para fazer ações nada dignas e que corrompiam a sua capacidade de ser um bom empreendedor. Usava da influência com abuso e fazia isso para obter benefícios e reverter quadros nada satisfatórios ao seu favor. Era um visionário com os pés no chão e criou um império das comunicações, o tornando um homem muito rico e influente.
Para quem começou do nada, ele foi muito, muito longe.
O filme mostra os devaneios que ele, acometido de uma trombose, teve ao relembrar a sua vida e os acontecimentos mais marcantes, onde as mulheres, o trabalho, as amizades e a forma abusada de agir o conduziram a um julgamento inusitado que refletia bem o espírito televisivo que por ele foi idealizado também, já que foi o fundador da TV Tupi, um marco na nossa história da comunicação.
O filme é ágil e não deixa nossa mente parada, pois faz com que as situações propostas pelo cineasta sejam mostradas com rapidez e sem a impressão de que estamos contando uma história sem o mínimo de vivacidade. Os atores que participaram do filme pareciam que ficaram parados no tempo e isso é visto pelas cenas de todos, já que hoje, após muitos anos, ainda se mostram jovens e bem parecidos com o que eram na época das gravações.
Atenção aos figurinos, reconstituições de época e todas as demais investidas cênicas que foram empregadas no desenvolvimento da obra que teve uma montagem primorosa, com cores bem reais e situações bem relacionadas.
Foi bom ver a obra no cinema e a curiosidade que me despertou não foi a mesma que vi na sala onde estive, pois estava vazia e não contei nem 20 pessoas para assistir à sessão que fui no último sábado. Talvez o local tenha influenciado, pois é um local que geralmente exibe filmes de arte e pouco comerciais. 
É um filme com a cara do Brasil e todas as loucuras que Chatô cometeu em nome da sua forte atitude mostram que sempre temos um pouco de corrupção dentro de nós, pois muitas das ações que foram praticadas por ele, ainda são realizadas de forma velada por muitos profissionais capazes de manipular a grande massa da população desinformada e carente de informação.
Ganha quem tiver mais influência e souber ajustar direito o comando das comunicações e de tudo que ela pode nos oferecer, seja para o lado bom ou ruim.
Ele vai para o trono ou não vai?

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Museu do Homem do Nordeste


Um passeio pelo Museu do Homem do Nordeste, na cidade do Recife, nos faz conhecer um pouco da história do povo nordestino, suas influências culturais, religiosas e sua evolução através dos tempos. 
Um retrato dos dias atuais e que vai aos poucos voltando ao passado nas várias galerias que abrigam obras de arte singulares, que cativam pela simplicidade, mas com riqueza de detalhes e informações.
Passagem obrigatória para quem gosta de cultura e história.














domingo, 13 de dezembro de 2015

sábado, 12 de dezembro de 2015

Ópera Cordelista Lua Alegria


Paulo Matricó comanda a Ópera Cordelista Lua Alegria, que teve temporada esta semana, aqui no Recife. A musicalidade regional conta a vida de Luiz Gonzaga e faz o público se emocionar com os ritmos e sentimentos retratados em cada ato da apresentação.
Um espetáculo que mistura teatro, dança e música, com muita criatividade. Sem dúvida, um momento para ficar guardado aqui no blog, através das fotografias que registrei.












Segue o Caminho do Boi da Macuca

O São João do Boi da Macuca, na cidade de Correntes, Pernambuco, acontece anualmente e reúne grande quantidade de pessoas que buscam nos fes...