terça-feira, 22 de julho de 2014

Gente Encantada...

"Era lindo mas eu morria de medo. Tinha medo de tudo, quase.
Cinema, parque de diversão, de circo, ciganos...
Aquela gente encantada que chegava e seguia. 
Era disso que eu tinha medo, do que não ficava para sempre" 

A Trapezista, Antônio Bivar

Finalmente conseguimos ingressos para assistir ao Circo no Festival de Inverno de Garanhuns e logo de cara percebemos o porquê de tanta concorrência, pois o espetáculo é o mais popular de todos e atinge todas as classes sociais, uma vez que no circo podemos ter a impressão de sermos pessoas diferenciadas, maravilhosas e encantadas. 
Quem não gostaria de voar por cima dos seus problemas, equilibrar-se na corda bamba das preocupações sem receber nenhuma interferência negativa ou quem sabe rir dos seus próprios defeitos?
Pois bem, é nesse ambiente que podemos ter um pouco deste lado encantado da vida, onde tudo que nos é apresentado é fora do comum, ou quase isso. Os truques mostram a criatividade das pessoas que usam esta arte como meio de vida e viajam por várias cidades em busca do aplauso e do sorriso sem fim da criançada e dos adultos.
Tem pipoca, algodão doce, balões, poleiro, picadeiro, lona, luzes e tudo que é necessário para uma grande apresentação, com extremo gosto popular e muitas cenas interessantes. Ontem vimos o Circo Disney, da família pernambucana Vital, que já está na quinta geração encantando os diversos públicos que encontram pelo Brasil.
A vida errática dos artistas de circo é o grande diferencial que possuem, pois sempre estão pousando em lugares diferentes e em cada um deles deixando um pouco da sua alegria e talento. Parece fácil, mas realizar tudo aquilo que é mostrado exige muita técnica e sabedoria, porque um erro pode ser fatal e deixar toda a alegria de lado.
O Festival de Inverno nos proporciona mais essa grande oportunidade de divertimento e faz com que o circo seja bem recebido por todos, de forma gratuita, e sempre com casa lotada. 
Ontem percebi nas paradas de ônibus da cidade algumas intervenções artísticas feitas com fotografias do cotidiano e isso é mais uma forma de aproximar o público em geral da arte que acolhe a cidade nestes dez dias de evento.
Fui ver também o filme "Azul é a Cor Mais Quente", na mostra de cinema que ocorre no Cine Eldorado e pude perceber a sala cheia de gente atenta, mesmo enfrentando três horas de duração de um filme que tratava de um relacionamento lésbico e cheio de situações vivenciais. 
E o Festival de Inverno continua...








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