segunda-feira, 4 de abril de 2016

Boiou

Quando o preço está acima do normal, é bem evidente que sobrem produtos nas prateleiras, ainda mais quando o valor não é adaptado ao produto e faz com que ele fique mais caro do que realmente merece ser.
Se todos agissem com mais cautela e comprassem somente o necessário, evitando os supérfluos, o mercado teria uma reação diferenciada e certamente apresentaria preços e condições mais favoráveis para atrair o cliente e evitar que os seus estoques ficassem boiando.
Foi o que vi este ano acontecer com os ovos de páscoa, os quais sobraram muito nas lojas e comprovaram algo que é bem evidente e que atormenta todos nós: a crise econômica realmente está afetando os nossos bolsos e nos fazendo gastar somente com o que é válido. Se os ovos estivessem com preços justos, certamente isso não teria acontecido, mas o que encontramos foram situações gritantes, onde os valores estavam bem acima do normal e comprometiam o orçamento daqueles que desejavam presentear alguém no período da páscoa.
Fica mais vantajoso trocar o ovo de páscoa, totalmente perecível, por um produto que dure mais e tenha real utilidade por anos e anos e não somente no período da páscoa. Outra opção é não presentear, já que a data é puro comércio e ovos de páscoa não representam o real sentido da época.
Talvez seja melhor gastar com algo que não nos engorde e que traga mais satisfação aos nossos dias, pois de problemas desnecessários já estamos cheios e não precisamos buscar outros para deixar os nossos dias ainda mais conturbados.
Furar o bolso é bom quando verificamos que há retorno do investimento e não quando este é consumido na frente da TV, vendo um programa qualquer. Quando algo boia nas lojas é porque está caro ou não presta, podendo até apresentar as duas características conjuntamente, o que é muito natural, já que as empresas estão cada dia mais comprometidas com a carestia do que com a qualidade do que vendem.
Completamente normal num país onde os impostos só crescem e as oportunidades de melhoria minguam a cada momento, nos fazendo perceber que o problema é bem maior do que imaginamos e a embalagem termina nos iludindo mais que o conteúdo.
Quem não tem essência também boia igual a um produto e fica solto no mercado dos relacionamentos e das oportunidades. Somente com conhecimento e bons serviços é que poderemos oferecer sempre o melhor e conquistaremos os nossos espaços de maneira bem mais positiva e rentável.

Dia de Folga

Hoje não trabalhei e para aproveitar bem o dia de folga, comecei registrando algumas fotos da Praia de Boa Viagem, num dia calmo de segunda-feira. A agitação do local deu espaço à tranquilidade e presenteou os amantes da caminhada com ótimas iluminações douradas e paisagens belíssimas.
É tão interessante...
Se compararmos as fotos de hoje com as do dia anterior, teremos a impressão que as pessoas eram as mesmas. Quase eram. Algumas novas, mas a maioria eram os velhos caminhantes de sempre.
A resposta para isso é a seguinte: Faço caminhadas há muito tempo na praia e sempre encontro as mesmas pessoas; algumas vezes aparece alguém diferente. Na maioria são idosos. Não vejo jovens contemplando o dia e somente os encontro quando vou caminhar mais tarde. 
Porque na maioria das vezes a jovialidade não combina com o acordar cedo?
Parece que a praia logo cedo é dos mais velhos e depois para os mais jovens e que preferem o desfile dos corpos do que o exercício mental e espiritual que somente o nascer do dia nos proporciona. 
Eu acho que sempre fui velho, pois nunca me dei bem com a muvuca e farofa das praias agitadas. Para mim, a praia tem que ser meio exclusiva, quase deserta.
É isso que nos faz perceber sua beleza real e sem retoques.









Segue o Caminho do Boi da Macuca

O São João do Boi da Macuca, na cidade de Correntes, Pernambuco, acontece anualmente e reúne grande quantidade de pessoas que buscam nos fes...