domingo, 30 de agosto de 2015

Existe

Existe um lugar lá dentro
E tudo dá sentido quando faz silêncio
Existe um lugar tão mundo
No pequeno gesto é que cabe tudo

Existe um lugar tão raro
Das cinzas faz-se pássaro e voa alto
Existe um lugar imenso
Palavra que não cabe na palavra
Disse o tempo

E o coração desconhece a razão
Contradiz quando diz e quer e não
Pode sentir, pode entender, pode ver e pode se perder
Tudo quer, ele é, homem e mulher
Tão bonito porque é infinito
Rasga, grita, louca, vida

Existe um lugar no peito
Que acende, entende, escolhe não ter medo
Existe um lugar em mim
Onde tu é maior e eu não, é sim

Existe um lugar na gente
Que ama o outro porque é diferente
Existe um lugar na mente
Que tudo é mar e todo mundo sente

E o coração desconhece a razão
Contradiz quando diz e quer e não
Pode sentir, pode entender, pode ver e pode se perder
Tudo quer, ele é, homem e mulher
Tão bonito porque é infinito
Rasga, grita, louca, vida

E o coração desconhece a razão
Contradiz quando diz e quer e não
Pode sentir, pode entender, pode ver e pode se perder
Tudo quer, ele é, homem e mulher
Tão bonito porque é infinito
Rasga, grita, louca, vida



Composição: Ana Cañas
Álbum Tô na Vida

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Depressão Congênita

Fala-se muito sobre a depressão nos dias atuais e para quem já conviveu ou convive com o mal, já sabe os sintomas que este pode nos proporcionar e causar ao nosso bem-estar. Acredito que todos nós somos depressivos e o que difere o sintoma da doença é a maneira como cada pessoa se adapta ao mal e faz com que ele possa interferir menos ou mais nas suas vidas.
Ninguém é feliz o tempo todo e quem vive rindo em demasia é porque tem algum problema psicológico. Alegria demais também é patologia e está associada a uma forma de estar inerte a uma realidade que todos nós temos e que está presente em todas as nossas vidas, contribuindo para as nossas alterações de humor cotidianas.
A felicidade pode até ser uma constante, mas não é constante...
O ser humano feliz e bem resolvido não aparece todos os dias nas nossas vidas e sempre bate aquela sensação de cansaço que nos acomete naquelas horas mais improváveis. O trabalho, as relações humanas, o barulho do trânsito, o canto dos pássaros, a beleza do dia, o luar ou qualquer outro acontecimento da vida podem remeter à depressão e isto não está relacionado ao fato das coisas serem divinas, mas porque a nossa mente não está preparada para receber tais influências e por isso entra em surto, gerando grandes agonias e fazendo com que o acúmulo de informações se transforme em um sentimento ruim, que nos perturba e nos faz ficar cansados da vida.
Nunca tive depressão, mas já fiquei depressivo. Todo mundo já ficou e quem me falar que nunca teve um sintoma qualquer, estará mentindo e falando besteira, já que, dependendo da causa, a tristeza e a indisposição para a vida podem nos perseguir.
Um relacionamento doentio, um chefe mal educado, uma vizinha barulhenta, uma conta atrasada ou até a morte de um artista famoso podem nos deixar tristes e isto vai influenciar cada pessoa de uma maneira e num surto maior de loucura poderemos até desenvolver uma alegria momentânea para cada caso.
O que queria falar hoje é que a depressão existe para todos nós, mas infelizmente nem todos sabem lidar com ela. Alguns conseguem brincar na praia com ela, mas outros se afogam e isso vai gerando as mais diversas situações que temos conhecimento e nos fazem crescer ou ficar no fundo do poço em busca de ajuda, a qual nem sempre é eficaz e termina comprometendo as nossas vidas.
Se alguns precisam de remédios pesados para aliviar a dor de uma depressão profunda, outros só precisam aliviar o peso da vida e serem menos importunados com tantas situações desnecessárias que diariamente convivemos e somos obrigados a engolir.
Melhor mesmo é agir com cautela em todos os sentidos e encontrar a solução melhorada para os nossos destinos, ainda que estes pareçam complicados demais e sem solução aparente. Um olhar atento pode nos mostrar que a depressão imaginada não passa de uma leve sensação de tristeza e que pode ser aliviada com um ato simples e bem dosado, sem neuras e com muita inteligência.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Ajustadinho

Muitas vezes adquirimos bens ou realizamos ações que estão além das nossas possibilidades, pois só fazem com que tenhamos a sensação de estarmos inflados, pois não conseguimos dar conta daquilo que compramos para o nosso dispor. A verdade é que nem sempre adquirimos o que precisamos de forma adequada e o nosso maior costume é pecar pelo excesso do que pelo zelo com o que é justo.
Cortar o que não é útil e que só nos faz perder tempo é uma tarefa que deve ser praticada diariamente, na nossa casa, no nosso trabalho e, principalmente, na nossa mente. Abolir o que não nos engrandece e nem surte efeito bom e duradouro é de grande valia para nos capacitar para vivermos sempre em harmonia com o que possuímos, gerando outros frutos a partir daquilo que deixamos de lado.
Engana-se quem acha que tudo que é tirado das nossas vidas tem o destino do desaparecimento, pois em alguns casos podemos aproveitar bem o que temos e construir novas situações para nos dar ótimos resultados. Um ato praticado em excesso e dividido por dois, mais ponderados, pode gerar os frutos que esperamos para conquistarmos os espaços necessários e que não nos permita ter o desânimo da falta de conhecimento e planejamento das ações que tomamos.
Agimos algumas vezes por inocência e vamos enchendo a nossa vida com o que não nos favorece e nem nos permite crescer, mas se isto for bem observado e ajustado no tempo correto, ficaremos com uma boa lembrança das mudanças que realizamos e saberemos conquistar cada situação com afinco, nunca esquecendo o que mais nos acrescenta e precisa do nosso zelo.
Se temos uma grande colcha de retalhos que sobra na nossa cama, a solução é sair dividindo cada pedaço e dessa forma cobrir a cama, a mesa, o sofá e decorar a casa toda com aquilo que sobrava e não gerava um efeito bonito. Sabendo usar os dons e ferramentas que temos, nunca teremos lembranças ruins das nossas conquistas, mesmo que em alguns momentos elas possam parecer equivocadas.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Crise de Identidade

A crise que atormenta o brasileiro é mais de identidade do que financeira, pois ainda não descobrimos como agir e reconhecer as nossas falhas e sempre esperamos que as situações mudem da noite para o dia sem nenhuma contribuição efetivamente sadia da nossa parte. Ninguém procura saber nada sobre o andamento das ações políticas do país e ainda reconhecemos esta área na base do favoritismo e dos benefícios pessoais, pois para a grande maioria ser político é "dar uma mãozinha e fazer um ajeitadinho" quando mais precisamos. Se isto for usado para outras pessoas é crime, mas para nosso próprio proveito não é. 
O brasileiro briga por direitos que nem sabe quais são e vai para as ruas brincar carnaval quando deveria lutar pelos seus ideais. A forma desordenada de reconhecer a si mesmos é a maior característica do nosso povo e terminam, desta forma, se espelhando nos outros países sem nem mesmo conhecerem o seu, com todas as suas mutações.
Se andarmos por lugares mais remotos dos nossos Estados, veremos que a grande maioria das pessoas não sabe o significado de nada e ainda esperam que o Governo decida tudo por eles, quando nem capacidade de jogar o lixo no lugar certo possuem. A atitude é o que nos falta e a incapacidade de reconhecer os nossos próprios erros é a grande característica que nos define e nos faz ter uma crise mental diária, onde não sabemos distinguir o que é crise financeira de crise de descontrole. 
A situação não está boa e isto é um fato, mas percebo que tanto os governantes quanto a população estão mais preocupados em inflamar do que resolver os assuntos que necessitam de intervenção e de grande cuidado. A ânsia maior é com o descaso, com o falatório desnecessário e com a falta e cidadania, onde não deixamos de querer tirar proveito de tudo e com isso obter vantagens acima da média.
O Governo repassa para a população os altos custos da sua inércia e esta não sabe nem como cobrar um respeito maior. Empresários ficam sufocados com altas tarifações de impostos, mas não procuram se unir para buscar melhorias e incentivos que favoreçam as suas operações. 
A crise é da vontade desmedida de ganhar muito, de achar que só podemos viver bem se estivermos gastando demasiadamente e sem preocupações com o saldo da conta. É hora de rever conceitos morais e assumir um papel que até hoje ainda não assimilamos bem, que é o de contribuir para uma Nação melhor e mais evoluída, onde as pessoas tenham consciência de quem são e de como podem unir forças para obtenção de melhores resultados e conquistas. 

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Trabalho Organizado

Hoje quando fui trabalhar, fiquei observando o serviço que os coletores de lixo estavam fazendo nas ruas próximas à minha casa e percebendo como eles realizavam a atividade com desdém, fazendo com que um rastro de sujeira fosse deixado nos locais onde pegavam as sacolas de lixo. A agonia era tanta para jogar os sacos, de qualquer jeito, no compactador, algumas sacolas se rasgavam, deixando a rua suja, quando deveria ficar limpa.
Sempre digo: Faça seu trabalho da melhor forma que puder, não importando as adversidades que passar. O que vale é a sua certeza de ter realizado um serviço completo e sem restrições.
Fazer algo por faze é comprometer o nosso conhecimento e tratar como lixo toda a experiência que adquirimos e passamos anos para cultivar, nos fazendo ser conhecidos e admirados pelo que realizamos. Nada é mais importante do que termos a credibilidade naquilo que fazemos e deixar de realizar algo de maneira construtiva é uma forma de desprezarmos a nós mesmos, mostrando uma total falta de zelo e atenção aos detalhes.
Todas as atividades são importantes e precisamos ter cuidado ao realizá-las diariamente, pois somente assim saberemos colher os frutos que cada uma delas irá nos proporcionar e com isso mostrar a nossa competência para tudo aquilo que nos foi designado. Se deixamos de lado o apego ao esmero, ficaremos, aos poucos, preguiçosos e descrentes de nós mesmos e num dado momento a sensação é de não conhecermos mais aquilo que realizamos há tanto tempo e que agora está ficando sem sentido devido a nossa maneira incompleta de realizar algo.
Se fazemos um relatório e o deixamos cheio de erros, a credibilidade vai ser pequena naquilo que entregamos, mesmo que seja de forma pontual e bem apresentada. Se o lixo deixado na rua compromete a aparência do ambiente comum, imagine um erro médico criado por uma ação mal observada, sem o estudo necessário.
É disso que precisamos: do apego aos detalhes, da sabedoria em fazer algo, do comprometimento com o certo e agradável a todos.
Não sejamos profissionais do erro e nunca vamos permitir que o nosso esforço se transforme em lixo, pois este deve ser banido das nossas cabeças, dando lugar a boas influências e sabedorias para a elevação da nossa inteligência e capacidade laboral.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Cadê o Modelo?

Não gosto quando alguém me faz aquela típica pergunta de gente preguiçosa e sem criatividade: Cadê o modelo?
Onde fica a criatividade nesta história?
Sei que algumas atividades devem ser realizadas seguindo um padrão, pois em determinados casos isto é exigido, seja para atender à burocracia ou para satisfazer o ego das pessoas centralizadoras e que gostam de tudo da mesma forma, milimetricamente falando.
Eu prefiro adotar uma postura mais criativa e gerar as minhas necessidades a partir da minha personalidade e gosto pessoal e isso se reflete muito no meu cotidiano, quando geralmente uso poucos modelos para compor o que preciso. Acredito que tendo o assunto e ferramentas adequadas, podemos gerar muitas formas de solução das nossas necessidades, sejam elas para a satisfação dos nossos desejos cotidianos ou profissionais. 
Não acho sadio uma pessoa fica bloqueada numa ação pelo simples motivo de não ter um modelo para seguir, quando possuem em mãos muitos outros itens que podem contribuir para a execução da tarefa de maneira eficaz e bem louvável. O modelo serve para dar um norte e não para nos deixar parados em busca de um caminho que pode ser trilhado de várias formas diferentes e nos satisfazer da mesma forma.
Cada vez que criarmos um meio de realizar algo, nos acostumaremos a esquecer os modelos que existem nesta vida, pois, se observarmos bem, a maioria deles nem precisam ser seguidos ao pé da letra e um desvio qualquer não irá comprometer o resultado final.
A nossa essência deve estar acima de tudo e ser usada para o desenvolvimento e aperfeiçoamento da nossa criatividade, algo que se não for bem lembrado sempre, terminará virando um modelo mental ultrapassado e sem chances de evoluir em nada.
Antes de pensar no modelo a seguir, imagine que você é o criador de tudo e que nada é impossível para a sua eficácia. Perceberemos que as chances de criar algo realmente inovador e próspero são bem maiores que as possibilidades de erro que são alimentadas pelo medo e insegurança de nunca tentarmos algo novo ou de ficar esperando o apego a um modelo que pode nem ter a nossa cara e refletir aquilo que os outros pensam, menos o que está na nossa essência.

sábado, 22 de agosto de 2015

Meu Mundo Ficaria Completo (Com Você)

Relembrando o espetáculo Cássia Eller, o Musical, deixo aqui no blog uma das músicas que mais gosto, a qual foi interpretada de forma grandiosa pela artista que nos deixou cedo demais...

Não é porque eu sujei a roupa bem agora que eu já estava saindo
Nem mesmo porque eu peguei o maior trânsito e acabei perdendo o cinema
Não é porque não acho o papel onde anotei o telefone que eu tô precisando
Nem mesmo o dedo que eu cortei abrindo a lata e ainda continua sangrando
Não é porque fui mal na prova de geometria e periga d'eu repetir de ano
Nem mesmo o meu carro que parou de madrugada só por falta de gasolina
Não é por que tá muito frio, não é por que tá muito calor

O problema é que eu te amo
Não tenho dúvidas que com você daria certo
Juntos faríamos tantos planos
Com você o meu mundo ficaria completo
Eu vejo nossos filhos brincando
E depois cresceriam e nos dariam os netos

A fome que devora alguns milhões de brasileiros
Perto disso já não tem importância
A morte que nos toma a mãe insubstituível de repente dela, já nem me lembro
A derrota de 50 e a campanha de 70 perdem totalmente seu sentido
As datas, fatos e aniversariantes passam
Sem deixar o menor vestígio
Injúrias e promessas e mentiras e ofensas caem fora pelo outro ouvido
Roubaram a carteira com meus documentos
Aborrecimentos que eu já nem ligo
Não é por que eu quis e eu não fiz
Não é por que não fui
E eu não vou

O problema é que eu te amo
Não tenho dúvidas que eu queria estar mais perto
Juntos viveríamos por mil anos
por que o nosso mundo estaria completo
Eu vejo nossos filhos brincando com seus filhos
E depois nos trariam bisnetos

Não é porque eu sei que ela não virá que eu não veja a porta já se abrindo
E que eu não queira tê-la, mesmo que não tenha a mínima lógica nesse raciocínio
Não é que eu esteja procurando no infinito a sorte
Para andar comigo
Se a fé remove até montanhas, o desejo é o que torna o irreal possível
Não é por isso que eu não possa estar feliz, sorrindo e cantando
Não é por isso que ela não possa estar feliz, sorrindo e cantando
Não vou dizer que eu não ligo, eu digo o que eu sinto e o que eu sou

O problema é que eu te amo
Não tenha dúvidas pois isso não é mais secreto
Juntos morreríamos, pois nos amamos
E de nós o mundo ficaria deserto
Eu vejo nossos filhos lembrando
Com os seus filhos que já teriam seus netos

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Rainha das Luzes

Alice Caymmi chega ao Recife com o Show Rainha dos Raios, espetáculo muito elogiado e que mostra uma produção cheia de luzes e com um repertório bem moderno, onde o som eletrônico faz a diferença e encontra na voz forte da artista um abrigo necessário para o sucesso.
Hoje a apresentação aconteceu no Teatro Guararapes e comprovei o talento da artista, que estava muito à vontade e mostrou domínio musical, tendo uma boa presença de palco e diversidade visual.
A plateia estava tímida para o tamanho do espaço escolhido para a apresentação, já que a artista ainda não tem um público muito extenso e inicia sua carreira de maneira calma, mas conquistando uma legião de fãs e admiradores. O CD Rainha dos Raios traz músicas fortes e bem interpretadas e a versão da canção "Homem", de Caetano Veloso, é um dos pontos altos, fazendo com que seja um destaque grandioso nos arranjos eletrônicos e mixagens que música recebeu para exaltar o tom erótico que tem.
A Banda Tono também é lembrada na faixa inicial, "Como Vês", que ganhou uma versão forte, com muita personalidade e bem mais sofrida que a canção original. O nome "Rainha dos Raios" é uma homenagem a Iansã, orixá que comanda os raios e trovões, uma das maiores forças da natureza e que tem na voz de Alice uma boa representação.
O espetáculo foi bem recebido pelo público e gostei muito do que vi, pois demonstrou bem o espírito do álbum e fez com que todos pudessem conhecer um pouco mais do talento da artista de voz forte e bem marcante. Vinda de uma família com tantos talentos, não poderia ser diferente e tenho certeza que suas investidas musicais serão bem mais sentidas ao longo da sua trajetória na música popular brasileira, a qual começa a dar os primeiros frutos.
Consegui registrar algumas imagens e deixo aqui no blog para que tenhamos uma visualização da apresentação da artista.
O show passou muito rápido; acredito que foi a sensação de envolvimento que foi criada com as luzes, efeitos visuais e ótimo repertório escolhido pela artista. Uma apresentação sensacional e surpreendente, pois não havia banda, apenas um DJ. Mesmo assim a sensação musical foi intensa e fez com que todos ficassem hipnotizados com a apresentação da Rainha dos Raios, digo, Rainha das Luzes.



















quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Desesperados

É ruim demais o desespero e ele fica pior ainda quando contamos com pessoas sem pulso ao nosso lado o tempo todo, mesmo que isso não seja necessário para a existência delas. O desespero para mim é quando algo não tem solução e temos que usar a criatividade para driblar um problema que terá que ser resolvido de uma forma diferenciada ou com alternativas que nem sempre satisfazem aos nossos desejos.
Fiquei pensando nesta palavra hoje, quando andava de metrô aqui no Recife, pois a agonia das pessoas para entrarem nos vagões em busca de um lugar para sentar era de assustar e o desespero terminava dando a impressão que estávamos numa praça de guerra, onde todos fugiam de bombas explodindo.
Entendo que o caos urbano na cidade é muito grande, mas o mínimo de educação e calma devem ser cultivados para que os dias não fiquem ainda mais desorganizados e cheios de momentos ruins.
O desespero ocorre porque as pessoas desconhecem a forma de se comportar diante de uma situação e por estarem totalmente vulneráveis e cheias de dúvidas, terminam achando que o mundo acabou ou que a sua vida não vai ter mais sentido diante da situação apresentada.
Não é bem assim...
A cada momento ruim que passamos, temos que buscar observar o que podemos aprender e como isto deve ser usado para a nossa melhoria pessoal, elevando o nosso conhecimento e fazendo com que as novas situações do tipo sejam vistas de forma diferente e causem um espanto menor e mais equilibrado. Se nos desesperarmos com tudo que aparecer na nossa frente, seremos a cada dia pessoas mais vulneráveis e medrosas e nunca assumiremos o nosso papel como cidadãos, trabalhadores e seja lá que qualificação tivermos nessa vida tão agoniada.
Não basta saber algo, temos que saber lidar com algo...
Quando aprendemos o manejo das coisas e desfrutamos dos melhores momentos da vida, temos a consciência de que os nossos esforços não foram em vão e que conquistamos possibilidades de acrescentar ao nosso destino tudo aquilo que nos favorece e nos faz evoluir verdadeiramente.
Agir com cautela e determinação só nos mostra a certeza de que temos um caminho certo a seguir e que nada vai ser em vão se estivermos dispostos a ajudar a nós mesmos, transformando o nosso desespero habitual em algo ocasional e muito fora da nossa realidade.
Desespero mesmo só quando faltar papel higiênico num banheiro sujo e sem água. Nessa hipótese, pode gritar que a coisa está feia...

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Reclame Aqui, Ali...

Algumas pessoas desenvolvem um mal terrível e terminam cansando os outros com a sua total falta de noção em alguns momentos, pois a mania de reclamar de tudo e por tudo é algo que deixa a paciência de todos nós minada e faz com que os ambientes, sejam de trabalho ou familiares, se transformem num triste momento de convívio, onde a aprendizagem e a satisfação ficam comprometidas.
Reclamar de algo que não está bom e tem fundamentação é um caso, mas ficar só falando besteiras sem analisar cada situação profundamente é uma chatice e não é nada bom de estarmos desfrutando de forma continuada.
O melhor, ao invés de reclamar, é buscar soluções para as ações mal resolvidas e perguntas mal respondidas, pois somente assim poderemos gozar de bons frutos e ter melhorias constantes nas nossas vidas. A maioria das pessoas que reclamam é porque desconhecem os assuntos que estão tratando e acham melhor usar o bocão para mascarar uma falha terrível que possuem, que é a falta de conhecimento.
Quem conhece os assuntos e tem domínio do que faz, quase não reclama e faz das suas ações um modo construtivo de elevar a vida e suas atitudes, sempre com confiança e muita sabedoria. Nada pode ser totalmente elucidado se não for conhecido profundamente e quem tem preguiça de se informar, termina desenvolvendo a doença da reclamação, pois o excesso de dúvidas na cabeça faz com que falem mais besteiras e consequentemente criem situações que podem ser evitadas.
Se temos a oportunidade de nos informar, deveríamos usar isso de uma maneira elevada, buscando a informação certa e deixando de lado as formas contraditórias de tentar resolver as nossas dúvidas com o falatório sem limites e que não leva a lugar nenhum. Algumas vezes a reclamação é fruto do excesso de liberdade que muitas pessoas julgam ter e passam a usufruir disso de uma maneira negativa e sem limites.
A reclamação só é válida quando tem fundamento, quando é construtiva e pode gerar frutos. Se nos acostumamos a reclamar sem apontar soluções, seremos vistos como pessoas indecisas e despreparadas para gerir a grande problemática que o mundo nos apresenta diariamente e que devemos vencer com muita determinação e sabedoria.
Antes de reclamar, pense um pouco e esgote o assunto proposto. A resposta pode estar mais perto do que você imagina.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Zona de Conforto

Está tudo bem?
Parece que sim, tenho certeza, está muito bom assim...
A zona de conforto nos coloca numa situação de acomodação, mas algumas vezes esta assume outro papel, que é o de satisfação. Muitas pessoas acham que passar muito tempo agindo de uma forma, evitando mudanças bruscas é uma prova de acomodação, mas isso não é bem assim...
A satisfação com algo que realizamos pode ser tão grande que mudar aquilo é algo fora de cogitação, já que ao invés de nos trazer o sentimento de felicidade, fará com que tenhamos a frustração e o arrependimento. Melhor é ficar inovando naquilo que gostamos muito e fazer com que a nossa serenidade não possa ser entendida como uma acomodação, que para mim é quando estamos parados no tempo, sem perspectivas de melhoria alguma ou quando as nossas atividades não representam mais um papel significativo e que nos faça ter felicidade e realização.
Confortável é aquilo que nos relaxa, nos deixa num estado de pura contemplação e faz com que o nosso desejo de mudança seja mínimo. Isso nem sempre ocorre com as nossas atitudes, pois mesmo quando estamos num momento confortável, buscamos a melhoria desta situação e tentamos obter ainda mais plenitude daquilo que vivenciamos e temos como ideal para as nossas vidas. 
O ruim é quando deixamos que este conforto se transforme em preguiça e nos cause estragos ruins na vida, nos fazendo perder oportunidades e tornando a nossa visão de futuro ruim ao ponto de cegarmos para tudo e para todos.
Não vejo como benéfica a mudança pela mudança, pois demonstra muita ansiedade ou até rebeldia daqueles que nem sabem ao certo o que querem e terminam criando um jogo de acertos e erros que compromete muito a vida de todos e faz com que a tranquilidade e estabilidade em algumas ações seja comprometida e afete muitas fases vivenciais.
Sabedoria acima de tudo para identificar os melhores momentos e oportunidades e desta forma construir de maneira sólida uma carreira existencial de uma maneira evoluída e sem muitos atropelos. A maneira desordenada de tentar sair da zona de conforto que todos nós temos é atitude infantil, sem o mínimo de planejamento.
Devemos evoluir sempre e para que isso seja real, a melhor forma é vencer a nossa falta de atitude com muita observação, cuidado e criatividade. As melhorias virão mais facilmente e saberemos lidar melhor com as dificuldades que ainda possam entrar nas nossas vidas. Se estivermos fortes, destemidos e bem observadores, a vida se tornará mais ágil e nunca sentiremos na pele as agonias que uma zona de conforto verdadeira nos proporciona.
Identifique o que é Zona de Conforto e Zona de Felicidade e viva bem melhor com as suas escolhas.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O Que Realmente Precisamos?

Não precisamos de tudo na vida e o essencial já nos basta...
Por que ainda insistimos nos excessos e naquilo que não engrandece em nada a nossa sabedoria e alma?
Simples: Pelo fato de estarmos mais preocupados com os outros do que com nós mesmos. 
Se observarmos bem, fazemos de tudo para ter um padrão que a sociedade nos impõe, de forma velada, sem que percebamos a invasão que a nossa vida recebe, em todos os momentos. Passamos a assumir um papel esquisito em muitos aspectos e isso faz com que nem saibamos ao certo o que realmente é necessário para as nossas vidas e se a felicidade plantada através dos "objetos de desejo" realmente é satisfatória para nós. 
O certo é que precisamos de muito pouco para vivermos satisfeitos e quem acha que isso é pensamento de fracassado está enganado, já que a sabedoria de viver bem não tem relação com dinheiro ou bens materiais e encontra nas atitudes simples a sua maior sustentação.
Valorizar os momentos bons, as pessoas certas e o prazer de saber encontrar nas pequenas coisas a felicidade maior do mundo são atitudes que devemos preservar sempre para colhermos bons frutos e não desperdiçarmos as chances de melhoria que a vida nos oferecer. 
Precisamos realmente encontrar o nosso rumo na vida e com ele conquistar a nossa felicidade, jamais desperdiçando o nosso tempo e pensamentos com aquilo que não engrandece o nosso ser e termina ficando como um peso desnecessário nos momentos que mais precisamos ter alívio e melhorias na vida. Estamos sempre em busca de melhorias e nem nos damos conta que algumas delas nem são necessárias e o que deve ser feito é somente uma adaptação para encontrarmos a real forma de estarmos felizes com aquilo que temos e muitas vezes não valorizamos. 
Se aprendermos a dar o real valor a nós mesmos e a tudo que temos, saberemos o quanto é importante ter uma vida limpa, sem excessos, mas com muitos momentos felizes e cheios de ótimas mudanças construtivas. 

Precisamos mesmo é da felicidade que deixamos perdida e julgamos não encontrar nas nossas vidas mal administradas e cheias de desvios que não nos levam a lugar nenhum. Encontrar o caminho adequado é mais do que necessário para que tudo seja visto de uma forma diferente e possa ser usada em favor da nossa felicidade e crescimento.

domingo, 16 de agosto de 2015

Olhos de Luzes

O meu coração flutua nessa tua divindade
É tão bom a gente amar, sentir felicidade
E eu que sou um beija-flor, quero o pólen do seu amor
Para te dar muito carinho, mil beijinhos de mansinho
Envolvido nos teus braços eu me sinto um carneirinho
A sua temperatura aquece o meu corpo todinho
Seu jeito de amar me faz imaginar que eu sou uma nuvem a flutuar
E esse seus olhos de luzes
É só olhar pra eu me apaixonar

Baby do Brasil

sábado, 15 de agosto de 2015

Buracão Revisitado

Após termos pernoitado na cidade de Ibicoara, o que facilitou muito o nosso deslocamento, saímos em direção ao nosso último destino na Chapada Diamantina: a bela e desafiadora Cachoeira do Buracão.
Saímos cedo para aproveitar bem o dia e o caminho de terra que nos deu acesso ao Parque Municipal do Espalhado estava até em boa conservação, embora as dificuldades existissem em alguns trechos que receberam interferências das chuvas da noite anterior. Chegamos cedo e contratamos um guia local, o Alessandro. 
A caminhada para chegar até a Cachoeira do Buracão é bem leve e passamos por alguns lugares interessantes, como a Cachoeira das Orquídeas e a Cachoeira do Recanto Verde, esta última bem diferenciada por suas águas descerem para o subsolo, formando um rio subterrâneo e deixando os visitantes ainda mais admirados coma sua beleza.
No caminho é possível avistar a Cachoeira do Buracão por cima e de qualquer ângulo ela é bonita e nos provoca. Ao chegarmos ao início da aventura propriamente dita, temos que usar um colete salva-vidas para seguir em frente, pois a grande correnteza do local é um perigo para aqueles que não possuem muita habilidade com a arte na natação, como é o meu caso.
Eu nem fôlego tenho, imagina habilidade para nadar...
Tinha que usar o colete mesmo e ir devagar até o ponto mais bonito da trilha, que é a visão da queda d'água da cachoeira. Algumas pessoas se arriscam e vão pelas pedras, mas eu não confiei e achei melhor seguir pela água mesmo, ainda que por alguns momentos o medo falasse mais alto e me deixasse apreensivo naquele mundo de água escura e que não nos possibilitava uma boa visão do que tínhamos ao nosso lado. Parei algumas vezes mas consegui chegar até o fim da corredeira que é cercada por paredões de pedra, altos e bem escuros. Um espetáculo da natureza que só vendo para crer.
Tomei banho e fiquei contemplando a Cachoeira do Buracão e ainda registrando algumas fotos, pois a minha câmera chegou lá intacta sob os cuidados do guia que a levou pelo caminho seco, que fica nas pedras.
Na volta, deixei o rio me levar e segui lentamente pela corredeira até o ponto inicial da aventura das águas. Era hora de contemplar com calma a grandiosidade do espaço e guardar na memória cada detalhe.
Foi este o desfecho de uma semana maravilhosa, em contato com a natureza e que ainda serviu para comemorar o meu aniversário que aconteceria no dia seguinte. Voltamos para a cidade de Lençóis e a viagem durou aproximadamente três horas, numa estrada que variava de boa a ruim, dependendo da quantidade de buracos que encontrávamos. Ainda pegamos uma chuva muito forte no caminho e em alguns momentos a visibilidade ficou péssima nos fazendo diminuir bem a velocidade e redobrar a atenção. Chegamos na cidade de Lençóis no início da noite, sob chuva fina e constante e com muito movimento de visitantes. Saí do município no dia do meu aniversário e a volta para casa foi tranquila; passar este dia viajando foi algo inusitado, porém com um gostinho diferente de missão cumprida, com muita satisfação.
Gostei muito desta nova passagem pela Chapada Diamantina e o desejo de voltar é muito forte, algo que pretendo realizar em breve.


















sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Vale do Pati - Quinto Dia

Saímos cedinho da casa de Dona Léa para termos mais tempo disponível naquele último dia no Vale do Pati e logo de cara tivemos uma subida bem acentuada, porém sem lama. Se descer o Mirante da Rampa foi bom, não posso dizer o mesmo do caminho inverso, pois o desgaste foi grande e o frio e neblina tornavam a caminhada ainda mais difícil. Se no primeiro dia a visão do local era de pura beleza, neste último, a sensação foi um pouco frustrante, pois a neblina fechada não nos deu possibilidade de nos despedirmos do local com muita contemplação. Mesmo assim valeu a visão e seguimos em frente.
Os Gerais do Rio Preto estavam sem muita lama e a caminhada foi bem tranquila, acho que por já conhecermos o caminho ele ficou menos árduo e pudemos andar mais rápido. A descida da Serra da Rampa foi bem rápida e conseguimos chegar ao nosso destino final no início da tarde, o que possibilitou uma viagem tranquila para a cidade de Ibicoara, o nosso último destino e que serviria de base para a nosso desafio final, a Cachoeira do Buracão.
No final do passeio, encontramos um grupo de mulas transportando alimentos e outros materiais para os moradores do Vale do Pati, sendo esta uma das formas de locomoção mais comuns depois das caminhadas, claro.
Saindo de lá, seguimos para o Poço Encantado, na cidade de Itaetê, um local belo e com um acesso terrível, já que a estrada ruim é um desrespeito aos visitantes e faz com que a visitação seja feita de forma rara, o que era possível de ser percebido na baixa movimentação do local. Defendo que locais belos devem ser preservados, mas o acesso, mesmo simples, deve ser digno. Considero o acesso ao Poço Encantado uma vergonha, algo que afasta os visitantes do local e deixa este belo espaço esquecido nos roteiros dos guias turísticos.
No caminho de volta, passamos pela cidade de Mucugê, onde conhecemos o museu da cidade, que abriga muitos objetos da época do garimpo e que demonstram um pouco de como as pessoas viviam naquela época. A cidade é bem charmosa e possui muitos artesanatos e restaurantes, além de cafeterias bem adaptadas ao clima local.
A recém reformada Igreja de Santa Isabel foi uma das nossas paradas, assim como o cemitério que leva o mesmo nome, mas que é conhecido como Cemitério Bizantino pelo tipo das suas construções, edificadas em pedras.
Dormimos em Ibicoara e encontrar hotel disponível foi uma tarefa meio complicada, já que a maioria dos estabelecimentos comerciais do ramo estão alugados para empresas que desenvolvem trabalhos na área de energia no Estado da Bahia. Mais uma vez o turismo local é colocado em segundo plano e o que fala mais alto é o aproveitamento econômico que leva em consideração tudo, menos a comodidade dos visitantes.
Nesta pequena cidade provei uma pizza vegetariana e posso dizer que foi uma das melhores que degustei. Delícia que me surpreendeu e encerrou o nosso dia nesta cidade fria e pouco movimentada. Ficamos numa pousada simples, com estrutura mediana e boa recepção da proprietária, que conversava muito e sempre tinha um assunto para dividir com os visitantes.
Agora era dormir e seguir a última jornada no dia seguinte, onde poderíamos contemplar a bela e desafiadora Cachoeira do Buracão, um marco na Chapada Diamantina e referência de muitos passeios.
















Segue o Caminho do Boi da Macuca

O São João do Boi da Macuca, na cidade de Correntes, Pernambuco, acontece anualmente e reúne grande quantidade de pessoas que buscam nos fes...