quinta-feira, 31 de maio de 2012

O Cão Chupando Manga

Há no mundo pessoas extremamente capazes, desenroladas, ágeis, atentas e que geralmente são qualificadas como o "Cão Chupando Manga", embora alguns entendam que a frase pode denotar também uma pessoa feia e que não tem nenhuma beleza para mostrar a não ser a interior, se for o caso.
De qualquer forma, nos acostumamos a usar esta frase diariamente e prefiro acreditar que o primeiro significado apontado é o melhor, pois exalta qualidades e não defeitos. Seja como for é sempre bom ter por perto uma pessoa que faz de tudo e ainda chupa manga, que é uma fruta tão complicada de ser degustada, devido aos seus fios e calda que insiste em escorrer na nossa boca, braços e ainda sujar nossa roupa, pois manga que se preze deve ser provada assim, com muita sujeira. Cortar direitinho e deixar o caroço dando sopa não vale e isso não é nada interessante.
Boas sensações enchem o nosso peito quando temos colegas de trabalho e amigos desenrolados e que num piscar de olhos resolvem tudo ao seu redor, sem constrangimento e de uma forma muito simples, porém, eficaz. Nada pior do que ter como adjuvante uma pessoa que parece mais uma jaca dura, cheia de cola, que deixa nossos dentes cheios de resíduos e ainda nos dá aquela sensação de estômago furado.
Seja qual for a manga que iremos provar na vida, temos que ter o compromisso de fazer com que ela seja o mais doce possível, afastando a hipótese de podridão e gosto duvidoso. Temos o dever de diariamente lutar contra os obstáculos com mangas do tipo espada e com isso degustar no final das batalhas a manga rosa madura com todo o seu sumo amarelinho e cheio de vitalidade.
Nada de comer manga com sal...
O sal não combina com uma fruta tão doce e gostosa. Vamos colher as melhores frutas do nosso pomar de opções e com isso saber que a vida não precisa ser evitada por ser difícil de ser degustada, ao contrário, devemos puxar a casca de uma vez só e colocar as mãos limpas e cheias de força para provar todas as fibras que carregam consigo um dos sabores mais atraentes da vida, que é o sucesso.
Vamos degustar essa manga sempre e com a atitude de um cão que briga pelo seu dono e por ele mesmo.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Final de Semana Adorado

O que mais notamos nas redes sociais, além das mensagens desnecessárias, fotografias de mal gosto, notícias fantasiosas e besteirol ao quadrado, são as inúmeras formas de anunciar a sexta-feira e com isso o final de semana, como se durante os outros dias as pessoas não existissem ou não tivessem nada de interessante para realizar.
Toda semana é assim e basta a segunda-feira aparecer para que os lamentos e choros sejam os assuntos mais comentados e curtidos e cada um que use a sua criatividade para exaltar o final de semana e toda a sua falta de compromisso, pois geralmente nestes dias optamos por não realizar atividades que nos comprometam e passamos a aproveitar o tempo vago com aquilo que geralmente combina como descontração, especialmente com horários e ritos, que são geralmente os que mais ocorrem de segunda a sexta, quando temos trabalho, faculdade e tudo esperando por nós.
A criatividade para realizar montagens, charges e outros itens de divulgação é tanta que estas pessoas mereciam um lugar ao sol nas empresas de propaganda e marketing. É muito tempo gasto com uma atividade que poderia ser usada para outros fins mais salutares.
Antigamente quando fiz minha primeira faculdade, eu tinha aula até nos sábados e durante a semana as noites eram preenchidas com uma carga horária pesada que tinha início às 06:45 e se estendia até às 22:30, 05 aulas, inclusive na sexta-feira.
Hoje em dia, na sexta-feira, vão para a faculdade alguns gatos pingados e isso também ocorre na segunda-feira como se o fato fosse decorrente dos excessos praticados no bendito final de semana tão esperado e anunciado. Resumindo, os dias efetivos de aula são de terça a quinta-feira e mesmo assim com um número baixo de participantes.
Na minha sala atualmente temos 35 pessoas matriculadas, mas efetivamente 15 vão costumeiramente às aulas e isso não é só pratica nas escolas, pois na empresa que trabalho o número de atestados médicos só cresce, quando sempre engolem ou a sexta ou a segunda, num nítido movimento em prol do alongamento do final de semana.
Se o final de semana não está sendo suficiente para as pessoas aproveitarem o que precisam fazer, como será, então, o resto da semana que sofre com as baixas de produtividade e de ânimo causados pelo simples fato das pessoas não estarem dispostas a aproveitar a sua vida corretamente e com isso achar que nada mais importa, além de farras, bebedeiras e atividades improdutivas.
Onde vamos parar com tanta alienação?
Sou a favor de tudo, inclusive do descanso semanal, mas confesso que me sinto mal quando passo em casa muito tempo e quando percebo que a vida está passando e, nós, por alguns momentos deixamos de melhorá-la pela nossa inércia e falta de apego ao que é realmente bom e útil.
Que possamos saber dividir os nossos dias e com isso aproveitar cada um de forma organizada e sem comprometer as nossas realizações e percepções, pois se só valorizarmos os dias de ócio, terminaremos criando dentro de nós a certeza de que nós mesmos não somos capazes de realizar algo edificante e esse mal fará parte cada vez mais dos nossos dias já tão comprometidos e resumidos. Se o dia tem 24 horas, vamos aproveitar ao máximo as horas livres e saber dividir o momento certo de trabalho, lazer, descanso e, claro, besteiras.
Afinal, precisamos também do besteirol para que a inteligência seja despertada no momento mais oportuno, pois se ficarmos a vida toda levando a vida de forma solta e sem compromisso, chegará um momento em que ficaremos cansados até de nós mesmos.
Espero que este despertar não aconteça tarde demais...

terça-feira, 29 de maio de 2012

Pacta Sunt Servanda‏

Todo pacto deve ser responsável e cada pessoa deve responder pelos seus atos de maneira que não comprometa o que os outros irão realizar, pois se cada um não tiver o compromisso com a verdade e também para realizar tudo conforme acordado, a vida será um caos e ninguém poderá se dar ao luxo de confiar em alguém uma atividade ou alguma informação importante, pois a falta de responsabilidade geraria os mais diversos atropelos na vida das pessoas, não criando um clima amistoso entre as partes.
Gosto das pessoas que cumprem suas obrigações e que fazem disso uma realidade nas suas vidas, pois nada pior do que pactuar alguma atividade e perceber que elas se foram com o vento e que não restou nem o pó para contar história. Ontem mesmo um amigo me disse: “Quem tem responsabilidade sofre e morre mais cedo”.
Ele tem razão.
As pessoas responsáveis de verdade sofrem quando algo está fora do previsto ou quando sentem que a sua imagem ficará maculada devido ao descumprimento de algum fator importante para o bom desenvolvimento das ações que diariamente tomamos e que são fruto de vários pactos formais ou não que realizamos com as pessoas que estão ao nosso redor.
Quem é irresponsável não liga para nada e leva a vida folgadamente, sem se comprometer com ninguém e com nada, inclusive consigo mesmo e por isso ficam menos propensos aos problemas que surgem com a saúde, uma vez que nem sabem acumular dentro de si a responsabilidade necessária para resolver as ações que não fazem parte do seu imaginário e por isso geraram algum tipo de comprometimento.
Fazer uma atividade com alguém sem compromisso é algo muito ruim e isso gera muita discórdia para todos, sejam eles quais forem.
A maneira mais fácil de sermos responsáveis é simplesmente assumindo o que nos compete e que está dentro das nossas possibilidades. Acontecer e não fazer é muito ruim e faz com que todos percam a confiança em nós e, principalmente, nas nossas palavras que se tornam vagas e irresponsáveis. Arruinar uma carreira ou uma reputação devido a atos inseguros e inertes é bem fácil e conseguir colocar no pódio novamente o que foi perdido é algo que exigirá muito do nosso esforço e fará com que tenhamos um esforço adicional para manter vida a chama da responsabilidade em todas as pessoas que nos cercam e também em nós mesmos.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Monumentos

Cada cidade tem seu monumento de destaque e mesmo que este não seja um primor em beleza e história, termina deixando conhecido o local que o abriga e isso faz com que muitas pessoas o visitem somente para marcar a visita ao município como forma de dizer: “Estive Aqui”.
Como ir em Paris e não conhecer a Torre Eiffel ou ir no Reino Unido e não escutar as batidas do Big Ben?
Em qualquer lugar há um lugar de destaque que todos querem conhecer.
Aqui no Recife um dos monumentos mais famosos e que fica no Marco Zero é a torre que foi idealizada pelo artista plástico Francisco Brennand e que tem destaque num local que até o ano 2000 era deserto e alvo de muita bandidagem. Até hoje muitas pessoas ficam com medo de circular por lá após às 17:00h, pois o acesso é feito por uma estrada estreita e pouco iluminada. A reforma deste acesso já dura alguns meses e ainda não foi concluída. Quando estiver pronta, vai dar um pouco mais de conforto aos visitantes, além de proporcionar alguns mirantes para a apreciação do mar, que ali é bem forte e quando a maré está cheia, proporciona alguns banhos indesejados aos visitantes.
O pior inimigo do local é a própria natureza, pois a maresia corrói tudo em pouco tempo e sempre alguns reparos precisam ser feitos na área para dar vida ao que é lindo de se ver, mesmo com a ação do tempo muito presente. O que ainda acho muito precário é a travessia de barco no local, pois os que ficam disponíveis nas margens do marco zero são velhos e demonstram muita insegurança para os que querem visitar o Parque das Esculturas e ver mais de perto as obras que lá existem.
A prefeitura deveria tratar o seu monumento mais famoso com uma atenção redobrada e com isso favorecer uma travessia mais confortável e segura para os visitantes. Eu prefiro ir de bicicleta ou de carro pelo caminho que fica no final do Bairro de Brasília Teimosa, agora Brasília Formosa, já que suas ruas foram revitalizadas e deram espaço a uma orla mais organizada, sendo retiradas do local, também, inúmeras palafitas que ali existiam e faziam do bairro um cenário terrível de ser visto.
Nosso monumento é lindo e diferenciado. Não há como ir no centro da cidade, especificamente no Marco Zero, e não deixar de conhecer o local, mesmo que da outra margem do rio, vendo as esculturas maiores e imaginando como são as menores, que a uma certa distância não oferecem grandes visões.
O que me desgosta nas grandes cidades que visitei é que nem sempre os seus monumentos são bem cuidados e recebem o carinho necessário das autoridades públicas e também da população que insiste em sujar e não fazer a manutenção devida nos locais. Acho muito engraçado isso, pois geralmente estas grandes obras são realizadas e depois quando uma manutenção vem ser feita, o que era lindo já virou sucata e precisamos fechar determinados locais para fazer uma manutenção total.
Se estivéssemos sempre mantendo organizado os nossos locais turísticos, sempre conservaríamos a cidade bonita e seus monumentos preparados para receber qualquer um com toda a história que carregam nas cidades que foram edificados.

domingo, 27 de maio de 2012

Equilíbrio Total

Sexta-feira passada foi o meu primeiro dia na prática da patinação e apesar das duas quedas que levei, pude perceber que o esporte não é tão difícil quanto eu imaginava. O segredo é dominar o corpo, mantendo o equilíbrio e não descuidando da velocidade, pois para quem não é experiente um descuido pode causar muitos males.
Consegui ficar de pé e com as instruções de outras pessoas que estavam no local, pude patinar tranquilamente, numa velocidade baixa e com muito cuidado. O resultado do dia foi uma marca roxa na mão e um pouco de dor, pois quando cai me machuquei, embora estivesse usando a proteção adequada. 
No Parque Dona Lindu existe um buraco que foi feito para os adeptos dos esportes mais radicias e lá os patinadores e skatistas fazem a festa com as suas manobras arriscadas, que podem comprometer até a vida de cada um deles, pois o descuido e a imperícia são palavras que não podem fazer parte do perfil das pessoas que escolhem aquele local para patinar. Mas mesmo assim é um espetáculo ficar observando as acrobacias e só imaginando os anos de treino que tiveram até chegar naquele nível de conhecimento e precisão.
Eu gostei muito dos primeiros momentos com os patins e ontem, meu segundo dia, não cai nenhuma vez e já comecei a fazer uma volta menos atrapalhada e com mais ordem. O que acho mais difícil não é patinar e sim manter o pé em equilíbrio, pois a tendência nossa é fazer com que os pés fiquem oscilando para um lado e para outro e isso causa uma enorme desvantagem no desempenho que fica comprometido e termina nos levando ao chão.
Outro detalhe importante é usar os apoios de punho, cotoveleiras e joelheiras, pois na hora da queda eles fazem a diferença e amortecem muitos impactos que poderiam causar danos ao nosso corpo e até causar algumas fraturas indesejadas e em locais difíceis de serem consertados.
Fiquei com um pouco de medo no início, mas depois fui relaxando quando vi crianças patinando sem a menor hesitação e fazendo bonito com a sua ousadia infantil que ensina muito aos mais velhos. Um esporte que cansa muito e gasta muitas calorias, pois a nossa disposição precisa estar bem elevada para conseguir patinar por muito tempo.
Vamos patinando e vendo os resultados...

sábado, 26 de maio de 2012

Andei, Andei...


Andei, andei, andei, andei, andei
O mundo já não tá no mesmo lugar depois de eu dar um passo
mas e eu que tanto andei que fui pro espaço
me sinto presa nas amarras do concreto e aço
Parece se encaixa a vida aos pedaços
parece colcha de retalho, só que é quebra cabeça, então
Que me chegue o que eu mereça!

Seu tempo não é o tempo do ano e do segundo
se for amor real e não amor vagabundo
não pode se perder
vai longe vai fundo
gira, gira, gira mundo

Andei, andei até me encontrar
me perdi no caminho
e tive que voltar
fui sem guia
na via da emoção
eu fui sem noção
segui o coração
sem ver razão
mas não acho que me arrependi
hoje eu posso te dizer que muito eu aprendi
há caminhos que é preferível não fugir
é bom passar por eles depois corrigir
e pegar o atalho certo
sair do deserto
têm dias que falho
mas têm dias que eu acerto
pois sou andarilha
que não engana a mais de milha
e hoje eu sigo a minha trilha

Liberdade e emoção além do meu quarteirão
sair do lugar comum
além do que é xavão
além do esperado
de certo e errado
por amor andei em já tanto chão e mar
pra procurar no topo mais alto
nas extremidades
dessa cidade
na privacidade de um lar
eu venho a pé e sempre cheguei onde queria
junto com quem sempre quis
sendo a mesma Maria
com alguma concessão,
às vezes a rebeldia
acho que procurei no sabor do dia-a-dia


Letra: Lurdez da Luz

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Precinhos e Impulsos


Um dos maiores males para o bolso do homem é cair nas armadilhas que as lojas nos aprontam quando oferecem produtos pela metade do preço e com a qualidade superior, nos fazendo gastar mais do que o necessário para aproveitar uma oferta que será impossível encontrar similar no mercado. Muitas vezes nem precisamos, mas terminamos comprando pela oportunidade e conveniência, já que ter de volta “aquele produto” por “aquele precinho” vai ser difícil e preferimos nem arriscar esperar outro momento e por isso quando notamos a corda já está no nosso pescoço.
Algumas ofertas são imbatíveis de verdade e a economia vale o aperto no bolso uma vez que o lucro virá depois com o uso e desfrute de um produto que foi comprado bem abaixo do valor de mercado, nos dando muita satisfação. Ontem cheguei numa loja e só estava olhando alguns produtos para aventura, especialmente botas de couro, e me deparei com um modelo que precisava para as minhas caminhadas. Estava bem caro, mas mesmo assim resolvi provar e comprar.
Quando fui passar pelo caixa, a atendente me informou um preço bem inferior ao que eu tinha visto e fiquei estranhando e perguntei logo se ela tinha feito a leitura correta do código de barras e ela me disse o seguinte: “Senhor, este item que o foi escolhido só tinha disponível no estoque na numeração 40. Este era o último par.”
Resultado: Paguei R$ 130,00 a menos num produto, somente porque era o último.
Sorte minha que tive o pé sorteado e  estava no momento certo para compra. Sai da loja muito satisfeito e com uma sensação ótima, pois além de ter comprado algo que precisava, o preço foi algo sem comparação.
Algumas vezes encontramos produtos variados em promoção e na maioria das vezes o que faz despencar o preço é a numeração irregular que o estoque possui. Sorte de quem tem o corpo ou pé adequados a este padrão de economia que só faz feliz as pessoas que adoram umas comprinhas de vez em quando. Procuro não comprar por impulso, mas às vezes o ato é necessário e favorece a compra de outros, pois com a promoção oferecida, podemos comprar um outro item que não estava previsto e com isso cair nos impulsos do consumo.
As ofertas podem ser também mascaradas e não acreditem nos descontos incríveis que encontramos, pois se a loja tem a possibilidade de vender um produto por um preço bem menor do que o anunciado, é porque mesmo assim está ganhando, e muito... Diminuir o preço em alguns momentos é até favorável para que o estoque se renove e que os números difíceis de serem vendidos sejam ligeiramente retirados do estoque para favorecer a vinda de padrões mais vendáveis e que geram mais lucro. A numeração 39/40 para homens é vista como pequena e geralmente encontro sapatos e sandálias com bons preços. Os números mais vendáveis são os 41 e 42, mas com o gigantismo das pessoas hoje em dia, numerações maiores são as que fazem a festa nas prateleiras. Ainda bem que meu pé tem um padrão econômico.
Meu bolso agradece...

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Confiança

É possível conquistar uma confiança perdida?
Geralmente ficamos pensando nisso e dependendo da situação, podemos até entender os motivos que levaram alguém a agir de alguma forma e que criaram dentro de nós um desabamento grandioso dos muitos atos que foram construídos em tempos de conhecimento, pois não confiamos de imediato nas pessoas e isso só é possível com o passar do tempo, quando todos vão mostrando o que realmente possuem dentro de si e dessa forma formalizam as atitudes externas que cada um de nós tem.
Algumas pessoas nunca confiam e isso é causado pela insegurança que possuem guardada nos corações, quando algum aspecto da suas vidas não foi bem resolvido, causando um descontrole muito grande e impedindo que possam entender as pessoas como cooperativas e não como competitivas.
A confiança, quando existe, facilita muita coisa e faz com que tenhamos mais liberdade para viver bem conosco e, principalmente, com as pessoas que nos cercam, já que é mais fácil confiarmos em nos mesmos do que nos outros. Quando a confiança nem existe em nós, temos um sério problema para ser resolvido, uma vez que nem sabemos ao certo o que queremos da nossa existência.
Em relacionamentos e no ambiente profissional, a confiança é algo indispensável, pois se assim não for, teremos grandes perdas e ficaremos impossibilitados de realizar muitas ações e com isso ter a felicidade necessária para tudo que desejamos. Imagine delegar uma atividade ou iniciar um relacionamento com alguém se ter um conhecimento prévio da sua vida?
Tudo isso vem com o tempo e trocar informações e sentimentos não são tarefas fáceis de serem executadas. Cada dia que passamos nesse mundo vai nos mostrando várias respostas para o que queremos encontrar e cada uma delas aponta se o caminho que estamos seguindo é correto ou não e se as pessoas que estão ao nosso lado, são importante para a nossa felicidade.
Nunca despreze o sexto sentido...
Ele geralmente liga uma luz vermelha intermitente quando a falta de confiança aparece e termina descobrindo coisas que nem imaginamos e que terminam nos entristecendo ou colocando no chão toda a confiança conquistada e acumulada.
Voltar a confiar novamente, quem sabe...
O que sabemos é que nada será como antes e tudo dependerá dos novos acontecimentos.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Boneco Sem Manual

Outro dia estava realizando uma prova na faculdade e o professor tomou uma atitude similar a que os concursos fazem, ou seja, colocou no início da prova um rol de instruções que falavam não só dos quesitos, mas também das atitudes dos alunos, como deixar de usar o celular, por exemplo. Em menos de cinco minutos, aconteceu de tudo e surgiram várias perguntas sobre o que já estava dito e bem explicado, fazendo com que o professor ficasse irritado e causando um pouco de transtorno na sala de aula.  
São situações assim que se tornam muito comuns e afetam as relações entre as pessoas e com os recursos disponíveis para o nosso entendimento.
As instruções e avisos estão por toda a parte e podem ser escritas ou visuais, quando usamos figuras para mostrar o impedimento ou atenção a alguns detalhes que devemos ter e por isso necessitam da nossa leitura e apreciação para que não venhamos a ter um constrangimento desnecessário em vários momentos da nossa vida. Todos nós temos dificuldade de ler instruções, porque é bem mais fácil escutá-la do que ter que interpretar uma resposta da nossa mente. A preguiça é a causadora disso e sempre é bem mais fácil ficarmos nos escorando nas pessoas do que buscando a informação para a nossa mente e também para o nosso sucesso, onde ficaremos cada vez mais esclarecidos e sem chances de errar.
Cada vez que acostumamos a nossa mente a pensar e a refletir sobre o que lemos, construímos a segurança necessária para as diversas decisões que iremos tomar e isso só nos ajuda em tudo, seja em que aspecto de vida for. Imagine uma pessoa que só pergunta no ambiente de trabalho, mesmo quando já sabe a resposta ou quando a informação está bem acessível em manuais ou legislação específica. É o caos para quem responde, pois tem a sensação de ser um livro ambulante ou um letreiro luminoso onde todas as informações brilham na testa e mostram as pessoas o que elas precisam saber.
A informação está para todos, mas nem todos ficam disponíveis para ela.
Essa é a verdade e faz parte do nosso cotidiano, pois se não estivermos cientes do que a captação da informação pode nos dar, ficaremos cada vez mais distantes do conhecimento e da sabedoria, pois alguns dados necessitam de alguma leitura e isso é uma prática que só depende da nossa atitude e também da nossa dedicação diária para conseguir bons resultados, sempre.
Não deixem as instruções passarem despercebidas e vamos fazer de tudo para que elas sejam cada dia mais efetivas em tudo que realizamos, pois quanto mais informações e instruções tivermos, seremos pessoas com menos dúvidas e com mais respostas sobre o mundo e também sobre nós mesmos. É chato às vezes ficar lendo um monte de informações que nem sempre explicam tudo o que queremos, de forma objetiva e certeira, mas ignorar esta acessibilidade ao mundo do esclarecimento é algo que não deve ser deixado para trás.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Estacionamentos Suprimidos

Um grande problema nas cidades é a disponibilização de estacionamentos, seja nas ruas ou em estabelecimentos comerciais, pois a quantidade de carros é tão grandiosa que compromete todas as vagas disponíveis e indisponíveis, já que os lugares mais impróprios são utilizados para acomodarem os carros, motos e bicicletas que circulam nas cidades.
Ontem mesmo testei toda a minha capacidade na direção para conseguir retirar o carro de um estacionamento estreito e complicado e que além de tudo tinha movimento constante. Os carros ficam espremidos e sem espaço entre eles, podendo causar arranhões ou colisões que poderiam ser evitadas.
Outro fator que também dificulta muito a circulação de veículos e seus possíveis estacionamentos é a forma como as pessoas são acomodadas, não podendo parar o carro um pouco mais distante ou quem sabe em outra rua menos movimentada. Parece que se o carro não estiver parado na frente da loja não vale a pena ir a algum lugar, sendo impossível dar alguns passos para ingressar nos ambientes.
Eu sempre que vou a algum lugar, procuro saber como é o estacionamento e se não há disponível e a movimentação é grande nas redondezas, procuro um meio alternativo para não me estressar ou me atrasar por ficar procurando um lugar ao sol, quando só temos nuvens negras pairando nas nossas cabeças. Quando vou ao Centro do Recife, prefiro ir de ônibus e agora com o metrô, já que tenho uma estação pertinho da minha casa e isso já facilita muito a minha vida.
Sem carro em lugares movimentados só nos preocupamos com nós mesmos e nem ligamos para os congestionamentos que são formados pelo excesso de carros e de gente. Até no shopping é uma agonia estacionar e olhe que lá tem espaço de sobra e ainda pagamos caro por cada hora que deixamos o veículo guardado.
Dependendo da situação, o caro é bem útil e precisa ser levado quando temos grandes volumes para carregar, mas se nossa intenção não é essa, a posse pode ser desnecessária e menos traumática se tivermos como usar os meios alternativos ou uma leve caminhada se o trajeto não for longo e puder ser feito a pé.
Esse é o caos das grandes cidades e Recife padece deste mal, infelizmente.
A cada dia se torna mais difícil se locomover nas ruas e não encontramos maneiras de ver isso sanado a curto prazo. Os investimentos particulares e públicos devem ser feitos e precisam organizar a nosso trânsito e também as nossas formas de estacionamento, que a cada dia estão mais rarefeitas e sem possibilidade de cura.
E os franelinhas?
Vou deixar para falar dos “Donos das Ruas” em outra oportunidade, pois o assunto é denso demais e causaria um colapso mental no entendimento.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Protestos e Blá, Blá, Blá...

Ontem vi algo incomum no Recife Antigo, pois uma grande multidão de pessoas estava fazendo um protesto a favor da legalização da maconha e também sobre a forma como são tratados os maconheiros, que segundo eles, não são ladrões e nem marginais.
Concordo.
Não é porque alguém fuma maconha que será um bandido ou fará mal à sociedade.
O que eu não vejo fruto é encontrar nas ruas um monte de gente gritando por um assunto tão banal e desnecessário, pois acredito que o Brasil tem muitas outras coisas para se preocupar e as pessoas deveriam ocupar o seu tempo num domingo de sol para relaxar e quem sabe fumar a sua maconha, em casa, descansado e livre de interferências, seja da polícia ou de outras pessoas.
A forma como cada um leva a sua vida é particular e cabe a cada um escolher o que quer fumar, beber ou comer. Se estão bem dessa ou daquela forma, não cabe a ninguém reprimir ou achar que isso é errado. Se a maconha fosse desde cedo utilizada e vista de outra forma, talvez as pessoas não estivessem nas ruas gritando por ela e pedindo igualdade.
Eu acho a maconha igual a um cigarro qualquer, só que os seus efeitos alucinógenos devem ser bem maiores que os que são encontrados num cigarro comum. Eu como nunca fumei nem um e nem outro só posso dizer que o cheiro dos dois é insuportável e incomoda muita gente, seja em que ambiente for. Mesmo que a maconha seja legalizada, acho impossível ser bem aceita pela população, pois o seu cheiro insuportável causa muito enjôo em quem não tem o costume de praticar o seu consumo.
Na passeata tinham pessoas de todas a idades e os fotógrafos dos jornais da cidade estavam de prontidão para registrar aquele momento que qualifico como inoportuno, pois enquanto a multidão passava, pairava no ar um cheiro insuportável de maconha no ar, fazendo com que os visitantes e turistas que ali estavam ficassem até receosos com a situação. O cortejo teve seu ponto principal na Rua da Moeda, reduto de muitas pessoas que gostam da erva. Não que todos que estejam por ali sejam maconheiros, mas o odor é um dos mais comuns que podemos encontrar por lá.
Aliás, detesto a palavra “Maconheiro”, pois dá a impressão de ser um “Maloqueiro”, “Baderneiro”... O nome por si só é marginal e coloca as pessoas que praticam o consumo da erva num local bem diferenciado e discriminado da sociedade. Quem nunca olhou diferente para alguém que consome a maconha que atire a primeira pedra.
Vamos protestar por mais empregos, pelas obras sociais inacabadas, pela falta de educação, pela segurança corrupta, pelos políticos que não fazem nada, pelo dinheiro público empregado inadequadamente...
Isso sim é motivo de protesto.
Acho que todos que estavam na passeata de ontem realmente estavam sob o efeito da maconha, pois somente assim encontro justificativa para tamanha perda de tempo e alienação. Se a morosidade é um dos efeitos da maconha, acho que todos padeceram deste mal no dia de ontem.
Apaguem os cigarros, minha gente, e respirem outras necessidades mais importantes!!!

domingo, 20 de maio de 2012

Tremeu Tudo

Que meus vizinhos me perdoem, mas desde ontem eu só escuto o novo CD da Gaby Amarantos nas alturas e isso é fruto da bela musicalidade e divertimento que ele tem, pois músicas antigas e novas ganharam arranjos eletrônicos e brejeiros e mostram o porquê desta artista estar sendo tão divulgada nas rádios e programas de tv.
Existe um motivo simples: Talento.
O estilo dela não é o meu favorito, mas não posso deixar de considerar a imensa contribuição musical que ela está nos trazendo e como o seu momento nacional demorou a acontecer, pois lá no Pará ela já era conhecida há tempos e suas músicas tocavam muito na região.
Vamos analisar o CD desde o início e veremos as suas qualidades, pois ela trouxe a música "Xirley", que inicialmente foi cantada por Zé Cafofinho e suas Correntes no CD que lançou em 2009. Enquanto este, que é o autor da música, a deixou descompassada e sem muito ritmo, Gaby renovou totalmente a música e fez com que ela ficasse atrativa e abrisse o CD com um "Chá de Calcinha" que não tem tamanho.
Eita caldo bom...
Logo após, veio a "Beba Doida", que é engraçada e mostra as loucuras de uma mulher que passa do ponto na hora da bebida. "Ex Mai Love" é a mais conhecida, sendo até tema da abertura da novela das sete. Um clássico brega, em ritmo alucinante e dançante e que vale bem mais que R$ 1,99.
A lambada é lembrada fielmente na música "Suingue Latino" e isso faz com que qualquer um dance muito e tenha muitas lembranças da época em que este ritmo tomava conta do mundo. O improvável acontece quando Fernanda Takai aparece para cantar "Pimenta com Sal" e com isso fazer uma participação especialíssima na faixa, onde as vozes das cantoras se contrastam, mas se complementam, Enquanto Gaby tem voz forte, Fernanda tem leveza. Realmente a branca e a preta se complementaram.
A música "Vem me Amar" veio direto do repertório do Alípio Martins que teve sua música renovada e obtendo um resultado espetacular. Sempre escutava esta música numa zona de prostituição lá em Garanhuns e era a pedida mais constante das putas que cantavam para os homens que passavam nas ruas. Era criança e lembro disso, pois a Rua da Madeira ficava perto da Boa vista, bairro onde morava.
A rua ainda existe, mas as putas estão soltas no mundo e mais adaptada à sociedade.
Zezé di Camargo teve sua música "Coração está em Pedaços" adaptada para a versão tecnobrega e ficou o máximo. Demorei um pouco para lembrar que era dele e acho que agora está bem melhor e menos dramática.
Até Thalma de Freitas e Iará Rennó, compositoras da MPB mais clássica emprestaram uma música ao trabalho e a faixa "Chuva" é uma das mais lindas e poéticas e fala de um  amor que deseja a chuva para ter nos braços a pessoa amada.
Gaby fez tremer tudo e o seu álbum já está nas lojas; bem produzido, bem arranjado, com preço extremamente popular e com encarte bonito e bem diferenciado.
A capa pode parecer uma afronta para alguns, mas para mim representa a forma que a cantora encontrou para metralhar a hipocrisia musical que o Brasil ainda tem e mostrar para todos nós que a música popular não tem nada a ver com baixaria. Ele representa a alegria que todos nós devemos ter e suas canções estão aí para nos mostrar isso.
Recomendo a audição e a diversão...

sábado, 19 de maio de 2012

Chuva


Ar quente vai subir
Ar frio vai descer
Vapor que vem do mar
Geleiras vão derreter

O vento vai soprarTudo pode acontecerAs nuvens vão se condensarE, depois, vão dissolver
Porque quando o sol aquece a TerraMuita água se liberaE a gravidade da atmosferaFaz pressão que nem panela
Quando faz chover bem muito
Você vem para o meu mundo
E eu te conto como acontece a chuva
E eu te conto como acontece a chuva


Chuva molha, molha, cai
Chuva chove, chove, sai
Chuva molha, molha, vem


Chuva, chuva
Chuva molha, molha, cai
Chuva chove, chove, sai
Chuva molha, molha, vem
Chuva, chuva
O ciclo d'água é uma dança eterna!


Chuva molha, molha, cai
Chuva chove, chove, sai
Chuva molha, molha, vem
Chuva, chuva


Chuva molha, molha, cai
Chuva chove, chove, sai
Chuva molha, molha, vem
Chuva, chuva.

Música: Thalma de Freitas e Iara Rennó
Fotografia: Daniel Costa 

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Vício Desnecessário

Alguns vícios que acumulamos na vida são totalmente desnecessários ao nosso desenvolvimento e também para a nossa saúde, pois nos deixam com sérios problemas de relacionamento, comprometendo o nossos meios de vida e também o dos outros. Um dos piores é o uso do celular, seja em que situação for.
Nem todos percebem que o uso destes aparelhos no cinema, trânsito, sala de aula, restaurantes e outros ambientes devem ter um pouco do nosso bom senso, pois se assim não for terminaremos causando muitos malefícios, acidentes, reclamações e constrangimentos.
Imagine você perceber que o trânsito está lento porque alguém diminuiu a velocidade ou parou o caro em local inapropriado para atender a uma ligação? Ou quem sabe escutar um bate boca de namorados num restaurante através do celular? Ou ainda te que prestar atenção de forma redobrada ao filme quando alguém que está próximo a você insiste em conversar no celular?
São situações como estas que colocam a educação em jogo e precisam ser bem formalizadas na cabeça das pessoas para que estes não entendam de forma errada o que é direito ou o que é abuso. Todos podem usar seu celular da forma que desejarem ou falar da forma como bem entenderem, mas esse entendimento precisa estar vivo nas situações para que seja percebida a hora de regredir e dar direito ao próximo que também tem direito a uma escolha ou forma de continuar sua vida sem interferências e tendo, com isso, perturbações e desgastes.
Antes, quando o celular não era tão popular, ou quando nem existia, as pessoas realizavam suas atividades normalmente e não tinham essa neurose em vários momentos das suas vidas e, de certa forma, eram mais saudáveis e menos dependentes. Esta semana estava numa fila para comprar um produto e em menos de cinco minutos uma mulher que estava na minha frente ligou 3 vezes para o marido para perguntar a mesma coisa, ou seja, se levava ou não os biscoitos que estavam na cesta de compras. Se esta criatura não tivesse celular, iria voltar para casa e não comprar o produto?
Certamente não. Ela iria pensar um pouco e evitar ficar perguntando besteiras às pessoas. Ou ela tinha bônus para usar ou estava com tédio de ficar na fila e usou este tempo para falar besteira com o marido. Ou quem sabe estava com saudade dele...
Tudo é possível nesta vida, inclusive termos um pouco mais de sensatez em tudo que realizamos e com isso observar até quando estamos sendo normais ou inconvenientes, colocando em dúvida a nossa imagem perante as pessoas.
No ambiente de trabalho isso é bem comum e muitas pessoas passam mais tempo no celular do que trabalhando efetivamente e dando fruto às empresas que precisam da sua atenção e dedicação. Alguns deveriam vir em outra encarnação com ume telefone acoplado às orelhas e assim facilitar a natureza humana que sofre com tantas interferências aos meios de vida e sobrevivência que são tão fáceis de serem usufruídos, mas as pessoas terminam dificultando tudo e causando essa entropia terrível.
E vamos nos falando...

quinta-feira, 17 de maio de 2012

CAIXA Cultural Recife

Nesta semana o Recife ganhou mais um espaço destinado a arte e cultura, que foi o CAIXA Cultural, que ficará sediado no Marco Zero, num prédio belo e totalmente reformado para abrigar exposições, palestras e pequenos shows, já que conta com um cine teatro de 180 lugares. Desde a sua reforma, o espaço já mostrava indícios de grandiosidade, pois todos os detalhes da restauração do edifício construído no início do século XX já mostravam que ele faria a diferença.
No início do mês, quando fui à Fortaleza, pude comprovar as obras do CAIXA Cultural da capital cearense, que terá suas atividades implantadas ainda este ano e ficará ao lado do Centro Cultural Dragão do Mar. Um belo edifício e o destaque fica para a dimensão, pois ao contrário do nosso contará com amplo estacionamento para os visitantes.
O CAIXA Cultural do Recife possui três andares para várias apresentações, mas ainda não tem agenda definida até o final de ano e conta apenas com uma exposição para visitação ao público, do artista plástico Siron Franco. Este belo monumento a arte ficará praticamente ao lado do Santander Cultural, que tem uma história já consolidada na cidade e passou por várias mudanças de nome, as quais foram geradas pelas incorporações bancárias que ocorreram, quando este inicialmente foi fundado com o nome de Bandepe Cultural, passando a ser Real Cultural e agora Santander Cultural. Ainda bem que as sucessivas vendas e negociações entre empresas não afetaram o andamento do espaço, que continua firme, com programações variadas e cada dia mais lindo e conservado.
Fico imensamente satisfeito quando vejo estas mudanças ocorrerem no Bairro do Recife, pois aos poucos a paisagem desgastada dos casarões antigos da área vai ganhando novo rumo e perdendo o tom apagado e ganhando cores vivas para abrigar diversos segmentos, sejam eles artísticos ou comerciais.
Em breve teremos a inauguração de outros casarões que estão sendo finamente restaurados, como o que abrigará o Espaço Cultural Chanteclair e o Museu do Frevo. O Recife Antigo está cada vez mais atual e cheio de novidades, mantendo mesmo assim suas características originais e trazendo para a área a vida que faltava há alguns anos. Os galpões antigos do Porto do Recife estão em reforma e abrigarão museus, cinemas, teatros, lojas, restaurantes e uma infinidade de opções para os visitantes da cidade que não para de crescer e se tornar referência no cenário nacional.
CAIXA Cultural é mais um dentre vários e será também de grande contribuição para que possamos usufruir de grandes valores da nossa cultura, em um espaço refinado, bem localizado e no ponto original da cidade, o Marco Zero.
Que venham mais realizações e que a cidade fique cada dia mais interessante e cheia de belezas. Pernambuco merece e o Brasil também.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Café Coado na Calcinha

Café coado na calcinha é o remédio que muitos dizem que deve ser usado para enfeitiçar os homens e com isso tê-los por mais tempo. Existem outras crendices que afirmam que a “Chave de Pernas” é mais poderosa e eu digo que somente o carinho é necessário para cativar as pessoas e qualquer outra artimanha só será realmente útil para as relações passageiras e que tenham o fogo da paixão como combustível.
Não existe chá que sustente uma relação desgastada e que não tenha como fundamento o amor. Nada pior do que ter alguém no pensamento e ao concretizá-lo verificar que a pessoa que está ao nosso lado, na verdade, é um pesadelo dos piores e cheio de cenas nada engraçadas e emotivas. Relações possuem tempos distintos e algumas duram anos, que podem ser de felicidade ou de tristeza. Outras são passageiras, porém marcantes.
Dependendo do caldo do café, o efeito pode até acordar as paixões, mas se não tivermos o cuidado de deixá-lo sempre fresquinho, a azia que ele pode causar será terrível e comprometerá todo o sabor da relação que sempre começa gostosa, apimentada, passando por momentos onde o sabor fica mais suave e se não forem tomadas as devidas precauções para que o tempero volte a ser sentido, ficará “choca” e sem condições e ser degustada.
Não existe fórmula secreta para o amor; ele simplesmente existe e se torna especial nas nossas vidas.
Como explicar alguém que degusta diariamente do mesmo sabor por anos e nunca enjoa?
Somente um sentimento acima da média pode explicar e para isso não há receita de bolo que explique.
A mistura é feita geralmente de forma aleatória, intensa e com muito fervor. Todos os ingredientes são batidos rapidamente formando uma massa bem homogênea que fica difícil identificar o que é um e o que é outro. Estão unificados numa só carne e num só pensamento e nenhuma atitude que seja tomada é para o resultado unilateral, mas, sim, para a realização de ambos.
Não precisamos ficar colados como chiclete, mas a goma deve permanecer com sabor até o fim e deixar aquele gostinho de “Babalu” explodindo na boca e com a calda intensa e marcante. Até o “Babalu” de hoje não presta. Perdeu-se no seu próprio sabor e de marcante não tem mais nada.
Como seria bom se os amores de hoje tivessem realmente a profundeza do sabor de um café marcante, aromático e que isso ficasse bem presente nas nossas vidas, nos tirando o sono e deixando todos os nossos sentidos aguçados e cheios de vida...
Hoje coamos o nosso café amoroso nos papeis descartáveis e jogamos fora a cada uso.
Eu prefiro o coador tradicional, que começa branquinho e fica pretinho com o tempo, pois foi acumulando registros de todas as emoções que viveu e que contribuíram para que o caldo fosse ficando, a cada dia, mais gostoso e espesso.
É melhor coar na calcinha de algodão, porque a de renda não tem poder de retenção...
Reter o amor é a melhor forma de perpetuar o sabor por muito, muito tempo.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Menos é Mais

A melhor forma de viver bem é ter a consciência de que todos nós temos necessidades a serem supridas, mas estas não precisam ter a saturação como ponto principal, pois se conseguirmos suavizar os nossos caminhos e atitudes, certamente ficaremos mais satisfeitos com o que iremos realizar e conquistar.
Usar uma roupa adequada, saber se comportar nos lugares, falar de forma compatível e usando a linguagem certa, ser educado, ter paciência, são ações que nos ajudam muito a ter os melhores desempenhos nas nossas vidas, embora todas elas andem um pouco esquecidas pelos seres humanos que só pensam em tirar proveito de tudo, inclusive do que não tem necessidade, como se isso fosse um meio de êxito e também uma necessidade vital.
Esquecem que a vida em sociedade é bem mais complexa do que imaginamos e que a facilidade é encontrada em todos os lugares e pessoas, bastando que tenhamos a vontade de realizar os atos necessários e adequados para obter sempre os melhores resultados e nunca ficar pensando nas melhorias que poderíamos ter feito e não foram colocadas em prática.
Quando optamos por falar menos e escutar mais, aprendemos a observar a vida com outros olhos e com isso aprimorar o nosso conhecimento sobre os fatos que terminam ficando mal explicados se não forem bem iluminados com ideias e atitudes construtivas e que tenham como meta a construção dos valores humanos aos invés de degradá-los e deixá-los cada vez mais incipientes e obscuros.
Se oferecemos mais disponibilidade para a ajuda ao próximo e também para nós mesmos, aprendemos que a visão do mundo exterior está dentro de nós e todas as respostas que precisamos encontrar estão bem visíveis e precisam somente de um pouco do nosso emprenho para construí-las e com isso formar uma edificação sólida e cheia de recursos necessários para a nossa felicidade.
Menos preocupações são necessárias para os nossos dias e mais soluções precisam ser pensadas para evitar que fiquemos andando em círculos e não aprimorando nossos passos para a elevação pessoal e também profissional. Nenhuma atitude falha deve ser permitida e caso ocorram precisam ser ajustadas rapidamente para evitar uma entropia grandiosa de uma das grandes necessidades do homem, que é ser útil e necessário.
Menos falhas refletem em mais sucesso e consequente felicidade.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Animais nas Estradas


Na viagem que fiz para Garanhuns neste final de semana, contei 06 animais mortos na ida e 08 na volta. Todos eles eram cachorros e gatos e tinham sido mortos por atropelamento e pelo estado que se encontravam, há pouco tempo. Sempre vi animais mortos nas pistas, mas como agora, nunca.
É comum encontrarmos estas situações nas estradas, que podem parecer inofensivas para os carros maiores que passam por cima sem dificuldade e não perdem a estabilidade, mas para os carros de passeio, é um caos, pois temos que ficar desviando o caminho para evitar algum problema nas rodas ou também na carroceria, pois muitas vezes os animais são grandes e causam a diferença na hora da passagem por cima deles.
Ou os animais estão em busca de alimento ou os motoristas estão matando por maldade mesmo e não buzinam para afastá-los das estradas, evitando, assim, a morte de tantos bichos. Além disso, as pessoas criaram uma mania de disputar corrida nas estradas e terminam impulsionando os motoristas a correrem além da velocidade permitida e usam para isso de vários artifícios como a luz alta e luz cortada, além de não darem uma distância regular entre um veículo e outro, causando uma agonia terrível no trânsito e deixando o movimento cheio de conflitos e inseguro, pois uma freada brusca, por qualquer motivo, irá gerar um engavetamento de veículos, podendo causar danos materiais e pessoais.
Dirigir é uma arte, mas muitos não aprendem as técnicas necessárias e terminam pensando que estão jogando vídeo game, onde toda a velocidade do mundo é permitida e os acidentes não causam mortes reais e os danos não reverberam nos bolsos dos menos precavidos. Detesto dirigir quando alguém fica me apressando e me forçando a correr mais do que o normal. Ontem mesmo um motorista fez isso e fiz questão de observar o meu velocímetro e constatei que a velocidade que eu estava era bem acima da que a rodovia permitia e que eu estava sendo impulsionado a fazer o errado e arriscar minha vida. Mesmo assim ele ficou me apressando, mas eu não cedi, uma vez que a estrada era duplicada e ele podia passar facilmente para a outra faixa e correr à vontade. Quando ele se cansou de gastar o farol dele, mudou de faixa e seguiu em frente, com toda a sua raiva e falta de civilidade.
Isso não ocorre somente nas estradas e dentro da cidade é comum também. Na semana passada houve um engavetamento perto da minha casa e pelo estrago dos carros, notava-se logo que todos vinham em altíssima velocidade e, certamente, não deram a distância regulamentar entre um carro e outro, ultrapassando todos os limites de velocidade permitidos numa área urbana.
Se o sinal fica verde, as buzinas não param e parece que uma corrida vai começar, onde todos precisam ultrapassar o mais rápido possível os seus adversários para conseguirem um lugar no pódio da falta de noção e limites.
Os motoristas precisam aprender muito, pois o lugar dos animais nas pistas pode ser substituído pelos corpos deles se os devidos cuidados não forem tomados urgentemente.
Atenção sempre!!!

Segue o Caminho do Boi da Macuca

O São João do Boi da Macuca, na cidade de Correntes, Pernambuco, acontece anualmente e reúne grande quantidade de pessoas que buscam nos fes...