domingo, 8 de dezembro de 2013

Moderno e ...

Hoje é o dia de Nossa Senhora da Conceição e a devoção à Santa Imaculada, que representa Maria concebida sem pecado, é bem forte aqui no Recife, já que ela é uma das Santas mais cultuadas. Apesar de Nossa Senhora do Carmo ser a padroeira da cidade, é para o Morro da Conceição que todos vão no dia 08 de Dezembro, fazerem suas preces para uma das Marias mais queridas da religião católica.
Eu subi o Morro da Conceição ontem e aproveitei para observar algumas coisas e vi que a maioria das pessoas não está ali para celebrar a Santa e sim para tirar proveito das situações, seja vendendo produtos caros, se fazendo de vítima ou simplesmente enganando os outros, o que é pior. 
Vi também algumas novidades, como os terços com estrelinhas, borboletas e com o símbolo hippie da paz dos anos 70, que representa mais as drogas e a transgressão do que a fé. 
Será que a substituição foi válida? 
O terço é um objeto de oração ou um mero adorno?
Foram as perguntas que me fiz.
Tenho muito gosto pela modernidade das coisas, mas somente quando sinto que elas estão sendo frutíferas. Vi os terços sendo usados por jovens que não sabiam sequer o que é um Pai Nosso e a Ave Maria pode até ser para eles um simples remix do Edson Cordeiro. Não é nada disso. 
O terço representa muito mais do que isso e deve ser tratado com respeito por todos nós, assim como qualquer simbolismo que estiver ligado à religião, seja ela qual for. Render graças, de graça, sem fundamento é algo ruim e compromete a fé do homem, já que terminamos indo para uma celebração sem nem mesmo saber o que estamos fazendo ali.
Foi isso que senti ontem no Morro da Conceição, pois a alienação das pessoas era muito grande e muitos estavam mais preocupados com a festa que iria acontecer à noite do que com a missa que ainda não tinha começado porque a igreja estava vazia. Os coroinhas estavam mais interessados em vender calendários e camisas do que com a celebração à Nossa Senhora da Conceição.
A modernidade das situações vão ocorrendo, mas terminamos esquecendo que algumas coisas são imutáveis e o respeito e a fé estão neste quesito, que fica esquecido a cada dia na cabeça das pessoas que só pensam em se aproveitar dos momentos para ter mais um dia de lazer e divertimento. A modernidade dos terços ou outros itens religiosos estava bem representada nos materiais alternativos, nas cores, nas formas, mas no simbolismo não. A maneira como misturamos determinadas coisas nos faz perder um pouco a noção do que é certo e errado e até onde vai a nossa ousadia em busca de transgredir a sociedade ou procedimentos que só tem finalidade específica se forem feitos com muito respeito, sem deixar que a falta de entendimento seja maior que o real sentido das situações em que estamos inseridos.
Sim, o terço era flexível...
Ótimo para guardar, lavar e evitar a quebra. 
Isso é ótimo de ser visto, mas não vamos exagerar e perder o rumo da nossa crença e achar que tudo pode ser feito e associado como se não houvesse limites para a cabeça frutífera das pessoas que nem percebem muitas vezes as besteiras que fazem em prol da comercialização. 
Os terços faziam um sucesso total para enfeitar, principalmente as meninas que queriam combinar com a roupa que estavam usando. Pergunte se elas sabem rezar?
Aí são outros quinhentos...

Segue o Caminho do Boi da Macuca

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