terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Sem Noção

Outro dia pedi um orçamento a uma artesã para que ela confeccionasse uma cortina para a minha cozinha. Algo simples, mas bem colorido.
Falei como queria e no outro dia liguei para ela para saber o preço. Ela me assustou com o valor insano que cobrou para fazer o trabalho. Agradeci, mas não mandei fazer o artesanato, pois estava muito além do que eu desejaria pagar.
Nada contra a arte dela, pois para mim isso não tem preço. O problema era meu bolso mesmo, que estava furado com tantas despesas de final de ano.
Fui passear em Porto de Galinhas, que é um local de preços salgados, devido ao turismo que circula por lá, e encontrei a mesma cortina por um preço que me assustou mais ainda. Custava nada mais nada menos do que 10% do valor proposto pela artesã.
Pensei... Ou a mulher estava louca ou o preço dessa loja está desatualizado.
Na dúvida, achei melhor comprar a cortina e voltar para casa feliz e com a ótima sensação de ter economizado dinheiro suficiente para comprar mais nove cortinas iguais a que eu adquiri.
Em tempos de economia aquecida, muitas pessoas perdem a noção do real valor daquilo que vendem e pensam que o dinheiro está sendo achado no chão ou chove notas de cem reais a cada momento.
Nada disso...
O dinheiro para muitos chega de uma forma apertada e suada e isso nem sempre é visto pelas pessoas que tentam a todo o momento explorar as outras. No shopping outro dia via na vitrine um vestido que mal cobria as partes íntimas de uma mulher, imagine as outras...
Seu preço era acima de dez mil reais!
Isso mesmo: Dez mil reais!!!
Tudo isso era cobrado não pelo tecido ou pela beleza, mas sim pela marca que estava impressa no modelo. Pagamos muitas vezes pelo que é intangível, que são os conceitos e as referências de moda que estão ligadas aos estilistas ou marcas famosas.
A artesã que me cobrou um absurdo pela cortina vendia seus objetos numa feira ao ar livre. Imagine o dia que essa mulher estiver com uma loja no shopping?
Ninguém segura ela. Ela vai cobrar o peço de uma casa por uma cortina, não tenho dúvida.
A loja que eu comprei a cortina ainda recebia cartão e emitia nota fiscal. Na feira eu tinha que pagar com dinheiro vivo.
Quem está louco? Eu?
Valorize mais o seu dinheiro e veja as possibilidades na hora de gastar. Não desperdice à toa o que você levou algum tempo para conseguir.
Veja as possibilidades e pesquise sempre que for possível. A melhor forma de ficar bem com você mesmo é obter o equilíbrio para ter tudo que você quer, de uma forma que não o desgaste.
Boas compras...

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