sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

O País do Carnaval

Este ano o carnaval será no início de fevereiro e o mês de janeiro é totalmente dedicado às festividades prévias do período mais festivo do ano, quando todos os brasileiros e estrangeiros esquecem os seus problemas e caem literalmente na folia, mostrando que a crise não existe quando o assunto é beber até cair, com confetes e serpentinas, claro.
O carnaval nunca foi uma das minhas festas favoritas e falo isso pela extrema falta de limites que ela apresenta, mas gosto de ver as variedades de ritmos e criatividades apresentadas e por isso sempre vou a algumas apresentações e vejo tudo do meu jeito, mais contido, sem cair muito nos embalos de sábado, domingo, segunda e terça à noite. Ufa...
Ainda sobra umas cinzas para a quarta-feira, que é mais inútil, para o trabalho, que um sapato furado em dia de chuva. 
O Brasil nunca deixa de ser o país do carnaval e, nós, brasileiros, aprendemos que a vida deve ser levada como um bloco carnavalesco, com muita anarquia e pouco compromisso, já que um dia a ressaca passa e tudo volta ao normal ou tem as características um pouco alteradas, não é mesmo?
As obras urbanas do Recife, que irão favorecer gerações, estão paradas por falta de verba, mas as estruturas do carnaval são montadas em tempo recorde e fazem com que o dinheiro apareça rapidinho para financiar uma festa que só dura três dias e nos traz muitas "alegrias", além de muita sujeira pelas ruas e doenças pelo resto da vida; em alguns momentos temos a ligeira impressão que o carnaval é uma festa exclusiva do sexo, pois ao invés de distribuírem água para hidratar a população do "samba, suor e cerveja", doam camisinhas para mascarar o sexo desordenado e que é feito sem o mínimo de proteção, já que na hora do "vamos ver" é difícil encontramos alguém com a mente sã e consciente.
O bloco do "Deixa a Rolha Entrar" bate forte e não se veste com a fantasia adequada na hora mais necessária. É um estouro só e tudo fica melado...
A festa é linda e não há igual, mas temos que ter compromisso com tudo, inclusive com os limites que assumimos com a nossa vida pessoal e profissional. Gosto de ver a festa, de fotografar e certamente terei imagens legais para deixar aqui no blog, mas ainda assim prefiro pensar que podemos ter mais responsabilidade e brincar de maneira mais ajustada, sem gerar violência e deixando de lado todo e qualquer ato que nos preocupe futuramente.
Vamos brincar outros carnavais nesse país gigante e que tem uma ampla tradição festiva e ilimitada, como é o caso do Recife que se veste para receber a manifestação popular mais aplaudida e acessível que conhecemos.
O bom do carnaval é isso: Todo mundo brinca, do seu jeito, mas brinca...

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