"Eu me vingo de tu no carnaval..."
Parecia perseguição, mas por onde eu andava no carnaval me deparava com a rajada de tiros da metralhadora que tocava insistentemente no carnaval e colocava mais uma modinha musical nas ruas e na boca do povo, influenciando os ritmos e vestimentas das pessoas, que neste ano estavam mais camufladas do que nunca.
Todo carnaval é assim e se não tiver algo para pegar moda, não vale a pena. É esse quesito que influencia as fantasias e a motivação das pessoas para saírem dançando por aí, mostrando um pouco das suas fantasias.
"Quem é essa papai?" também foi a frase mais destacada nas camisas que desfilaram no carnaval toda a sua criatividade e interatividade com os assuntos da atualidade, deixando tudo com um toque de brincadeira e fazendo com que determinados assuntos mais pesados fossem vistos de uma forma mais leve e que não nos levasse a ficar tristes.
Tudo se transformava em piada e até os bonecos de Olinda adotaram fisionomias de personagens conhecidos, sejam eles do bem ou do mal. Todos estavam lá reunidos e fazendo a festa da população, gerando uma grande euforia com as suas passagens pelas ruas estreitas e lotadas do centro histórico.
Metralhada mesmo foi de gente...
Por todos os lados e sem fim. Era turista que não acabava mais e parecia que estávamos num mundo paralelo ao que diariamente conhecemos, tamanha era a variedade de línguas e aparências que víamos circulando pelos pontos de animação.
Do Galo da Madrugada até o Arrastão do Frevo, tudo foi animação e pude registrar alguns momentos, dentro das minhas possibilidades de folião amador e pouco interativo com a folia da agonia. Preferia escolher um cantinho para chamar de meu e dele captar os melhores momentos de cada local que passei e das pessoas que vi. Era bem mais divertido e não me cansava tanto.
Foi tiro para todo lado, mas saí vivo dessa folia. Ainda bem!
Ano que vem tem mais.
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