Estava observando as pessoas esta semana no Parque Dona Lindu e percebendo que todas vivem em grupos e dificilmente encontramos pessoas sozinhas ou isoladas. Há casos deste tipo, mas notamos logo que são pessoas do tipo “nerd”, com uma cara terrível de abestalhado e que pensam que o mundo gira somente em torno de si.
Em um espaço tão pequeno encontrei skatistas, patinadores, namorados, capoeiristas, evangélicos, dançarinos, atores e muita gente reunida com uma finalidade única: o divertimento.
É bem melhor se divertir em grupo, trocar ideias, rir junto e chorar com as decepções. Nada melhor do que ter alguém por perto para nos ajudar num momento de agonia ou alegria e isso nenhuma escola ensina, pois escolhemos de forma intuitiva as pessoas que mais se adaptam ao nosso perfil e que satisfazem as nossas necessidades por completo nos deixando realizados e com uma sensação maravilhosa de preenchimento.
Até gosto de ir para alguns lugares sozinho, mas determinadas atividades são ruins se realizarmos sem a companhia de pessoas amigas. Gosto de ir sozinho comprar roupas, sapatos e tudo que seja de uso pessoal, pois a minha opinião sempre diverge das demais, já que gosto não se discute e o meu para algumas coisas é aguçado demais, ficando totalmente diferente das opiniões que escuto.
Fazer uma viagem sozinho até vale, mas quando o nosso intuito é realizar atividades que geralmente não agradariam aos outros, por serem cansativas demais e por exigirem uma atenção que geralmente as pessoas não possuem nesses instantes, pois em viagens a palavra de ordem para muitos é o divertimento, sem o mínimo de esforço e contemplação. Para mim é diferente, pois gosto de conhecer cada lugar, andar muito e fotografar tudo que vejo.
Algumas pessoas não seguem esse ritmo e por isso em alguns instantes a melhor forma é viajar sozinho e curtir as descobertas que os locais nos oferecem.
Fazer uma trilha só em grupo. A diferenciação da atividade faz com que sejamos mais vulneráveis aos erros e por isso existe a necessidade de uma ajuda na hora certa ou quando o cansaço bater mais forte. Andar de bicicleta é ótimo em grupo e ainda mais quando todos possuem a mesma disposição para passar horas andando pela cidade, sem compromisso com o horário.
Não tenho neuras de ir ao cinema sozinho, pois os filmes que gosto são totalmente fora do circuito comercial e não agradam a maioria das pessoas que preferem os sensacionalismos hollywoodianos que nem sempre acrescentam um aprendizado a nossa vida.
Gosto de atividades que nos preencham, seja em grupo ou sozinho.
É bonito ver as pessoas interagindo e os grupos atuando de forma plena e satisfatória neste mundo que de tão diferente precisa se dividir em vários conjuntos para poder ter efeito e, dessa forma, se tornar uma grande tribo cheia de diferenças, mas todas elas necessárias para o desenvolvimento humano.