sábado, 25 de junho de 2016

São Luís, Maranhão

Fui conhecer a capital do Estado do Maranhão, São Luís, local que há muito tinha vontade de visitar e que por falta de oportunidade ainda não tinha descoberto. Escolhi o período junino para fazer esta visita pois queria unir um pouco de história com o folclore da região, já que as diversidades são bem presentes neste pedacinho do Brasil.
Vou falar um pouco sobre o Centro Histórico, que foi a minha primeira parada. É um local bem interessante de ser visitado e possui várias construções bem preservadas, embora a maioria esteja precisando de cuidados urgentes para poderem perpetuar a história que carregam por mais tempo e fazer com que a visitação seja mais atrativa. A característica mais interessante são as cores e formas dos azulejos que encontramos nas paredes dos casarões e isso termina sendo a nossa maior curiosidade pelo local, que tem um detalhe que vale a pena ser destacado, que é a iluminação embutida e não exposta em postes cheios de gambiarras que só afetam a paisagem e a fotografia do espaço.
Fotografei muitos azulejos, alguns bem preservados, outros nem tanto, mas todos com uma particularidade singular e que formalizam bem a cultura do local que teve forte influência portuguesa na sua colonização. Passei por vários becos, ruas e bares e fui visitar a Casa das Tulhas para comprovar um pouco das variedades que a culinária maranhense nos oferece. Foi lá que provei o famoso Guaraná Jesus e o Doce de Espécie. O guaraná não é muito refrescante devido ao seu paladar, que demonstra muito açúcar na sua composição, além de uma variedade aromática que nos leva a perceber a canela com mais intensidade. O doce famoso é feito a partir do coco, muito parecido com uma queijadinha, e oriundo da cidade de Alcântara, a qual não tive tempo de conhecer pela falta de tempo. Observei também uma infinidade de ervas com nomes diferenciados, além de óleos, cachaças e outras bebidas oriundas de raízes típicas da região. Provei também o Sorvete de Bacuri e admirei os belos artesanatos feitos a partir da Palha do Buriti, que tem característica bem maleável e pode ser usada para muitas finalidades, desde os enfeites mais tradicionais até os mais inusitados. Com esta palha é possível ser feito um crochê, o que facilita ainda mais a criatividade na sua utilização.
Passei pela Fonte do Ribeirão, local bem visitado no Centro Histórico e que possui uma água bem clara e até peixes para apreciação. Reforço aqui a necessidade de manutenção do local, pois a quantidade de lixo nas redondezas era gritante, o que tornava a fotografia meio complicada, pois tive que retirar muitos restos dos visitantes para poder limpar a visão do espaço.
Na hora do almoço provei o Arroz de Cuxá para ter ideia de como era o sabor do prato e posso dizer que gostei muito, embora o paladar seja bem apurado e não muito atrativo para quem não gosta de pratos muito elaborados. Na verdade, a culinária maranhense é bem carregada e alguns pratos não me atrevi a comer, pois sempre levam muita gordura e temperos bem exóticos. Estava num momento ruim para apreciar tais delícias, já que no dia anterior tive uma indisposição terrível na viagem e o restinho da enxaqueca ainda me perseguia. Achei melhor não arriscar para não perder o resto do meu dia.
Passei ainda pelo Teatro Arthur Azevedo, uma das únicas construções bem preservadas de todo o Centro Histórico, como também o Museu Histórico e Artístico do Maranhão, onde tive uma bela aula de histórica sobre escravos tigres, culturas portuguesas, costumes de época e desenvolvimento cultural. Em outras publicações falarei um pouco mais sobre tudo isso, pois os assuntos são variados e merecem um pouco mais de comentários.
Saldo do dia: muito conhecimento e lembrancinhas variadas para enfeitar a casa, já que o colorido da arte do Maranhão atrai os nossos olhos e nos faz ter vontade de guardar um pouco para relembrar em momentos futuros. 
O que falta no Centro Histórico é um pouco mais de vigilância, de limpeza e de manutenção. Todos precisam colaborar e não poderemos jamais ter um espaço digno para visitação se nós mesmos, visitantes, não estivermos atentos aos detalhes e cuidados que qualquer cidadão deveria ter com as suas cidades. Percebi que o lixo espalhado pelo local era antigo e não se tratava de fato de ocasião. Uma organização melhor dos espaços já ajudaria muito e traria mais vivacidade ao belo conjunto arquitetônico que sofre com a falta de educação das pessoas que insistem em destruir tudo e depois cobrar melhorias do poder público. Vi muitas paredes históricas de azulejos totalmente pichadas e como se isso não bastasse, prédios monumentais, como a casa do escritor Aluísio Azevedo, caindo aos pedaços e sendo o retrato do descaso que o Brasil tem com a sua cultura. 
Adorei conhecer o Maranhão e pretendo voltar com mais calma para visitar as relíquias que não tive tempo de apreciar, as quais só precisam de disposição e de pessoas livres de preguiça e de impedimento para desbravar casa cantinho deste país tão diferenciado que chamamos de Brasil.





























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