Sem dúvida alguma, o roteiro mais interessante desta viagem à Chapada Diamantina foi o que fiz para a Cachoeira do Buracão. Viajamos 260 km pelas estradas da Bahia até chegar ao ponto onde iríamos iniciar uma caminhada de mais ou menos uma hora e meia para então descobrirmos um mundo insólito e que muito nos encantou.
No caminho, encontrei também outra queda de água muito bonita, chamada de Caminho Verde, pois no local onde está situada, as pequenas vegetações tomaram conta das pedras formando um paredão verde e muito bonito de se ver.
Para termos uma visão da Cachoeira do Buracão, temos que nadar uns 300 metros entre paredões, onde a corretenteza de águas escuras nos amedronta e nos faz ficar descrentes se vale tanto esforço para ver uma cachoeira. Valia sim o esforço.
Quando chegamos ao local onde a queda de água finalmente ficava aparente, tive a visão mais incrível da minha vida e jamais tinha me deparado com uma beleza natural tão impressionante. A força da água não deixava nem que o nosso olho ficasse aberto por muito tempo e os que se aventuraram em chegar mais perto da cachoeira, puderam tomar um banho nas águas fortes, movidas por uma chuva que caiu neste dia, deixando o fluxo de água mais intenso e mostrando para todos que a beleza da Chapada Diamantina se renova a cada nova visita que fazemos em algum ponto turístico que os roteiros de aventura nos mostram.
Algumas pessoas não tiveram coragem de enfrentar o rio para ver a cachoeira e confesso que eu também fiquei com receio de ir, mas como os guias nos disponibilizaram coletes salva-vidas para a travessia, fiquei mais seguro e confiante.
O nado de ida e volta é meio cansativo e em alguns momentos fiquei nadando de costas para dar um descanso à minha coluna e com isso aproveitar para observar a imensidão de pedras que nos cercavam e nos faziam ver um espetáculo da natureza que nenhuma fotografia será capaz de retratar verdadeiramente.
A foto acima que tirei foi do trajeto que fazemos até chegar ao local e percebam que o caminho é só de águas profundas, de até 70 metros. O guia levou as nossas câmeras por um caminho nas pedras, que é mais perigoso que o das águas, e lá pude pegar a máquina e fotografar o local, devolvendo depois para que ele evitasse que fosse molhada.
Recomendo o passeio, mas o ideal é dormir em alguma cidade mais próxima e logo cedo curtir o local, já que a maior parte do meu dia foi na estrada indo e vindo e aproveitando muito pouco dos banhos frios e refrescantes desta linda cachoeira.