domingo, 16 de fevereiro de 2014

Ilha de Paquetá

Visitar a Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, me fez lembrar o romance "A Moreninha" de Joaquim Manuel de Macedo e também o desfile de uma escola de samba que agora não lembro o nome, mas que vi a transmissão na TV, na época que ainda morava em Garanhuns. Foi um desfile engraçado e lembro bem do carro alegórico que fechava a apresentação, pois trazia muitos farofeiros, com tudo que tinham direito.
É bem fácil chegar até Paquetá e basta pegar a barca na Praça XV e seguir até lá, numa viagem de quinze quilômetros, que dura aproximadamente uma hora e tem navegação leve e contemplativa da Baía da Guanabara, onde podemos desfrutar da paisagem do Rio Antigo, Niterói e a famosa ponte que liga as duas cidades. 
Infelizmente a neblina estava muito intensa no dia que fiz o passeio e pude contemplar muito pouco da paisagem, deixando as melhores impressões para o arquipélago que contém 09 morros e 12 praias. Fiz uma caminhada pelos principais locais e deu para sentir um pouco do clima e perceber que no passado o local deveria ser um paraíso, já que hoje a poluição da Baía de Guanabara compromete um pouco a paisagem e deixa as praias com um aspecto de sujeira. Somente as mais distantes são mais convidativas, mas as que ficam próximas ao centro da ilha estão com a beleza comprometida devido ao excesso de alterações realizadas na orla.
A família real desencadeou o crescimento da ilha, com as visitas constantes de Dom João VI e hoje o bairro da cidade do Rio de Janeiro, conta com aproximadamente 5000 habitantes fixos. Durante a época de veraneio, a população aumenta muito e o que mais deve atrair as pessoas é o aspecto calmo da ilha, que ainda conta com uma mansidão daquelas cidades bem pequenas do interior.
Logo na entrada principal, próximo à estação das barcas, encontramos a Igreja de São Roque, que tem estrutura bem diferenciada e conservada, sendo um dos cartões postais mais visitados. O comércio é simples e possui estabelecimentos variados, mas nada que favoreça grandes compras. 
Na ilha não circulam automóveis, exceto os que fazem a coleta do lixo, e toda a circulação de pessoas e coisas são feitas através de bicicletas adaptadas e charretes que servem como táxis e transportes fretados. Os moradores se locomovem caminhando ou utilizando suas próprias bicicletas. As edificações são na maioria ocupadas pelas pessoas que fazem veraneio no local e muitas delas conservam o estilo colonial, embora em algumas áreas mais altas possamos notar a ocupação desordenada, gerando pequenas favelas. 
Eu passaria mais tempo na ilha, mas não foi possível. Quando o sol começou a surgir, uma vez que o dia estava muito nublado, tive que voltar para o Recife. Foi bom conhecer o local e matar a minha curiosidade de infância e perceber que tudo era como eu imaginava, embora a poluição também esteja presente no local, comprometendo algumas áreas. Acho que esse é um mal da Baía da Guanabara, pois como tudo que está ao seu redor é bem habitado, o homem termina sujando demais o que deveria ter mais preservação.
A calma de Paquetá merece uma nova visita num dia com mais sol, onde o aluguel de uma bicicleta possibilitará um passeio mais longo para conhecer melhor os tão falados encantos da ilha que foi muito querida no período colonial.
Ainda hoje é querida.
Na barca que utilizei o que não faltou foram pessoas dispostas a passar um domingo por lá, munidos com muita cerveja, farofa e disposição para enfrentar a viagem e o sol que esperavam e não apareceu. 

Adeus

Charretes

Meios de Transporte

Canhão Histórico 

Igreja de São Roque

Praia

Comércio

Igreja do Bom Jesus do Monte

Namoradeira

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