Neste final de semana visitei pela milésima vez, acho, o Instituto Ricardo Brennand e fica claro que nunca o local se mostra cansativo, pois sempre está rico de novidades e isso faz com que o público seja cada vez mais presente no local. No último sábado a quantidade de pessoas era enorme e muitos tinham ido para conhecer tudo que lá existe, além da exposição do colombiano Botero, Dores da Colômbia, que mostrava cenas do cotidiano com muita veracidade e riqueza de cores. Adorei.
O IRB inaugurou mais duas alas e está a cada dia mais cheio de obras, a maioria em estilo medieval e sacro, o que muito me atrai. A coleção de armas brancas á algo impressionante e desta vez as novas aquisições eram canhões de guerra antigos que deixaram o acervo do Castelo São João ainda mais bonito e rico.
Aconteceu algo interessante quando estava visitando o local, pois um dos orientadores informou para os visitantes que o IRB estava completando 10 anos de existência e nos convidou para preencher um formulário com informações pessoais e também sobre expectativas de vida para hoje e daqui a 10 anos. Todas estas informações serão guardadas e serão abertas somente em 2022, quando tudo será divulgado e as pessoas poderão observar como ficaram os seus pensamentos sobre si mesmos e sobre o IRB.
Eu quero estar presente neste evento daqui a 10 anos e comparar as informações que escrevei para ver se realmente irão corresponder ao que imaginei e planejei.
O local está bem diferente do que conheci há 10 anos, seja na grandiosidade e na diversidade, pois hoje o acervo é bem maior do que quando as atividades foram iniciadas. Até o público, que hoje paga para entrar, é maior. Antes ninguém ia ao local, mesmo sendo de graça, pois achavam longe e essa era a desculpa para não visitarem um local tão lindo e cheio de belezas, sejam elas em forma de obras de arte ou na própria natureza que é um atrativo à parte no local.
A lanchonete interna vende os melhores petiscos pernambucanos e lá encontramos o bolo de rolo, bolo souza leão, tapioca, bolo de bacia e um café cheiroso de dar água na boca. Recife tem desses lugares incríveis para serem visitados e fico besta quando encontro pessoas que ainda não conhecem o IRB. A amiga que foi comigo, nunca havia ido e ficou encantada com tudo o que viu. Ela me disse que demorou 10 anos para conhecer algo tão lindo e que esperava não passar tanto tempo novamente para voltar lá.
Espero que cumpra a promessa.
Eu nem faço esse tipo de prece, pois o meu desejo de ir por lá é mais constante que o meu tempo disponível. É um prazer andar e fotografar tudo que lá encontro.