A crise que atormenta o brasileiro é mais de identidade do que financeira, pois ainda não descobrimos como agir e reconhecer as nossas falhas e sempre esperamos que as situações mudem da noite para o dia sem nenhuma contribuição efetivamente sadia da nossa parte. Ninguém procura saber nada sobre o andamento das ações políticas do país e ainda reconhecemos esta área na base do favoritismo e dos benefícios pessoais, pois para a grande maioria ser político é "dar uma mãozinha e fazer um ajeitadinho" quando mais precisamos. Se isto for usado para outras pessoas é crime, mas para nosso próprio proveito não é.
O brasileiro briga por direitos que nem sabe quais são e vai para as ruas brincar carnaval quando deveria lutar pelos seus ideais. A forma desordenada de reconhecer a si mesmos é a maior característica do nosso povo e terminam, desta forma, se espelhando nos outros países sem nem mesmo conhecerem o seu, com todas as suas mutações.
Se andarmos por lugares mais remotos dos nossos Estados, veremos que a grande maioria das pessoas não sabe o significado de nada e ainda esperam que o Governo decida tudo por eles, quando nem capacidade de jogar o lixo no lugar certo possuem. A atitude é o que nos falta e a incapacidade de reconhecer os nossos próprios erros é a grande característica que nos define e nos faz ter uma crise mental diária, onde não sabemos distinguir o que é crise financeira de crise de descontrole.
A situação não está boa e isto é um fato, mas percebo que tanto os governantes quanto a população estão mais preocupados em inflamar do que resolver os assuntos que necessitam de intervenção e de grande cuidado. A ânsia maior é com o descaso, com o falatório desnecessário e com a falta e cidadania, onde não deixamos de querer tirar proveito de tudo e com isso obter vantagens acima da média.
O Governo repassa para a população os altos custos da sua inércia e esta não sabe nem como cobrar um respeito maior. Empresários ficam sufocados com altas tarifações de impostos, mas não procuram se unir para buscar melhorias e incentivos que favoreçam as suas operações.
A crise é da vontade desmedida de ganhar muito, de achar que só podemos viver bem se estivermos gastando demasiadamente e sem preocupações com o saldo da conta. É hora de rever conceitos morais e assumir um papel que até hoje ainda não assimilamos bem, que é o de contribuir para uma Nação melhor e mais evoluída, onde as pessoas tenham consciência de quem são e de como podem unir forças para obtenção de melhores resultados e conquistas.
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