O que é mais importante?
Seguir tradições que não funcionam ou assumir novos rumos em busca do novo?
Nosso apego ao que é tradicional reflete um pouco de segurança naquilo que acreditamos fielmente ser o ponto de partida para que tenhamos muita resistência em nossos atos e sejamos cada dia mais apegados ao que não representa nenhum valor para a nossa existência e nem favorece os nossos atos diante da vida, já que se formos observar tudo que nos acomete estaríamos comprovando a nossa ineficácia em muitos aspectos que poderiam ser mais importantes e dignos.
Foi com este contexto que percebi o enredo da peça teatral "Doroteia", de autoria de Nelson Rodrigues e com encenação de Antônio Cadengue. Um texto sóbrio que fala da resistência à mudança e como ela afeta a nossa vida drasticamente, pois somos capazes de realizar os mais variados atos contra a nossa pessoa e ainda comprometer a dos outros, já que a nossa doença por manter o que é visto como correto termina desmerecendo uma grande quantidade de situações que podem ser boas para nós, mas que nos fechamos para receber com toda a sua intensidade.
Se de um lado é difícil mudar, imagine permanecer a vida toda atolado num caos que nem sabemos explicar e que só possui significado para alimentar a nossa doença psicológica que nos afasta do mundo e das possibilidades que ele nos oferece.
Ser feio, rico, bonito, alto, magro...
O que importa estas diferenças para alguém que sente necessidade de ter em sua vida algo melhor e mais evoluído?
Nada demais e ela ainda verá como ponto de melhoria.
Por outro lado, pessoas perturbadas sentem necessidade de resistir e de ficar achando tudo ruim ou complicado, pois nada na suas mentes vazias possui sentido e merece realização ou mudança que favoreça seus dias já tão cansados e predestinados ao fracasso e a falta de beleza, pois o olhar fechado é incapaz de enxergar o que é bom e que pode representar uma ótima evolução.
Nenhum comentário:
Postar um comentário