Hoje foi celebrado o dia do Senhor do Bonfim e uma grande multidão percorreu os 8 km que separam a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia até a Igreja do Bonfim. A festa reúne um pouco de tudo e carrega consigo todas as tradições religiosas da Bahia, quando o catolicismo, o espiritismo e o candomblé se reúnem e falam a mesma língua para reverenciar o senhor dos orixás, Oxalá, Nosso Senhor do Bonfim.
Em Salvador, a igreja é, sem dúvida, a mais visitada e basta observar as inúmeras fitinhas que são amarradas diariamente nos portões da igreja para perceber que as pessoas querem deixar um pouco de si no local e, de certa forma, se apegar à fé que depositam em cada nó que é dado nas fitinhas coloridas que enfeitam cada pedaço da igreja, pois se antes elas se limitavam ao portão principal, hoje estão por toda a parte e terminam criando um colorido diferente e que contrasta com a arquitetura da edificação.
A igreja reúne uma série de objetos que foram fruto de alguma graça alcançada pela devoção atribuída ao Senhor do Bonfim e basta observar bem para percebermos que são muitas as variações de graças e pedidos que lotam o espaço destinado para este fim e o torna um cantinho de contemplação e de puro deleite, pois observar cada história ali retratada é como juntar pedacinhos de cada pessoa e dessa forma criar uma história com um enredo que muitas vezes é deduzido por nós. São noivos, crianças, aleijados, falecidos, políticos, formandos e muitos outros personagens que possuem uma única característica em comum: A Fé.
Fé que motiva as pessoas a realizar os mais diversos sacrifícios ou destinar um pouco do seu tempo para homenagear o Santo mais famoso da Bahia, que usa branco e que representa e paz do mundo e a união de todas as forças para que os dias sejam bem melhores para todos.
Na caminhada até a Colina Sagrada não vão somente anônimos e muitas pessoas famosas fazem questão de estar um pouco mais perto desta tradição que paralisa os principais pontos do cento da cidade e faz com que em muitos locais o trabalho seja deixado para outra hora, pois o momento é propício somente para o louvor do principal expoente da fé dos baianos.
Uma festa bonita, sem dúvida...
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