O Facebook está precisando de uma atualização urgente.
Além do botão “Curtir”, deveria existir outro chamado “Não Curti”, ou quem sabe “Comentário Desnecessário”, pois a quantidade de asneiras que diariamente as pessoas compartilham é incrível e em alguns momentos é ruim ficar tendo que deletar ou bloquear todos os insistentes avisos, frases e aplicativos que chegam diariamente no nosso mural. Se eu for falar dos comentários que são realizados, dos erros de português, das banalidades, das piadas sem graça, dos insultos religiosos, das cenas chocantes, das fotos picantes, passarei um dia inteiro só citando os mais diferentes casos e acasos que acometem a rede social e todos aqueles que se acostumam com esta onda de besteiras que diariamente leva e traz as notícias batidas e abomináveis da internet, sem contar que muitas delas são mentirosas e inventadas, fazendo com que muitos caiam em pegadinhas desnecessárias.
Eu gosto muito do Facebook, pois acho uma ferramenta incrível de comunicação e informação, desde que usada de forma consciente.
Gosto de publicar fotografias que registro, links de reportagens interessantes, textos que escrevo e fazer da minha página algo com a minha cara e não com a podridão do mundo. Muitos detestam a página social alegando que existe muita exposição, mas desde já rebato esta afirmação, pois é possível controlar tudo na sua rede, desde a privacidade das fotos, até as pessoas autorizadas a escrever no seu mural. O Facebook servirá ao seu dono, mas é nesse ponto que muitos se perdem e terminam se transformando em escravos de algo tão útil e muitas vezes necessário para que consigamos manter contato com os amigos mais distantes e também se informando sobre assuntos do nosso interesse.
O mal gosto é visto como algo essencial e as opiniões sobre determinados assuntos são distorcidas e fora da realidade. É mais importante perder o amigo do que a piada ou quem sabe até ficar mal visto pelos incríveis e impensáveis comentários que diariamente encontramos nos vários compartilhamentos que só tem um único intuito: nos cansar de ficar clicando no mouse para apagá-los.
Quando criei minha conta no Facebook ele era chato porque todos estavam no Orkut, uma praia que de tão poluída ficou entregue às baratas. Agora a população está no novo point e estão poluindo o que era muito atrativo e tinha cheirinho de novidade. Outro dia li na internet alguns comentários sobre os usuários brasileiros das redes sociais e a reportagem falava da forma abusiva como eles utilizam o espaço, distribuindo tudo que é spam e mensagens animadas, sejam elas instrutivas, nocivas, engraçadas, sem graça nenhuma, desnecessárias...
Esta semana vi algumas aberrações e foi quando percebi que a situação estava caótica. No dia dos namorados colocaram um casal transando e uma frase enorme: “Atola, macho!”, outra mostrava uma criança cheia de feridas na pele, mas como se isso não bastasse, um acidente que mostrava corpos destroçados foi exposto sem nenhuma preocupação e pena.
É disso que não gosto no Facebook. Da falta de noção, do excesso...
Nem tudo que recebemos, lemos ou escutamos deve ser repassado. Algumas coisas são particulares demais para caírem na rede mundial, onde todos podem ter acesso e copiar facilmente o que foi mostrado, quando na verdade nem deveriam ter saído do nosso pensamento.
Isso vale como exemplo para as nossas vidas, pois se mostramos tudo isso num local tão exposto, onde muitos adicionam amigos para criar um número e não para criar relacionamentos, imagine o que poderemos fazer em outras situações? Terminaremos, dessa forma, sem entender ao certo o que é normal e anormal e sem construir nas nossas vidas páginas que realmente mereçam ser visitadas.
É tão bom quando visitamos as páginas dos nossos amigos e os encontramos realizando coisas boas, falando o que é necessário e publicando imagens realmente bonitas e que retratem um pouco da sua vivência e conhecimento.
Ao contrário, é ruim nos depararmos com absurdos e disso temos que fugir.
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