Dependendo da situação, algumas frases ou imagens podem assumir significados diferentes do que realmente seriam e isso é fruto de vários fatores, seja pelo nosso pensamento, que, de tão criativo, pode entender os sinais de uma maneira que seja compatível com a nossa satisfação e não com a de quem criou a frase ou imagem.
Quando vi esta placa, que originalmente indicava o sentido dos carros numa rua, tive a certeza disso, pois agora ela é um peixe e denota algo diferente do que precisava expressar. Como ela estava situada numa área de praia, percebi que talvez a intenção da pessoa que fez a interferência foi demonstrar que ali é uma área de pesca e que os peixes podem estar próximos.
Talvez tenha sido vandalismo mesmo...
Não sei a resposta, mas se formos observar quantas coisas perdem o sentido pela ação das interferências em obras de arte, monumentos e placas indicativas, ficaremos cientes de que a ação do homem nem sempre é favorável ao entendimento e nem todos possuem o mesmo intuito de informar e criar, mas sim de destruir.
Vi nesta mesma cidade, que foi Fortaleza, um monumento belíssimo de uma igreja que tinha sido totalmente danificado com as tintas preta e vermelha e notadamente o intuito foi de destruir e ao mesmo tempo mostrar poder, já que este era muito alto e tinha pouca acessibilidade, mas mesmo assim foram lá e destruíram o que era para ser muito bonito e favorecer a contemplação dos visitantes.
Gosto da arte nos muros em forma de desenhos e quando estas enchem os nossos olhos com a criatividade e colorido dos grafites e tintas, mas não acho interessante quando sujam a cidade e criam intervenções em obras que servem de contemplação para muitos que visitam as cidades e esperam ter um pouco de contemplação e conhecimento do que encontram.
A placa só causava dúvida e vi outros pontos turísticos cheios de riscos sem nexo e que demonstram na maioria das vezes a revolta de pessoas que ainda não encontraram o seu lugar e a maneira certa de viver em sociedade, respeitando o seu espaço e, principalmente, o dos outros.
Fica a observação inquieta e o registro na fotografia.
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