A Pedra do Altar era uma trilha que já estava querendo fazer há algum tempo e finalmente consegui realizar o passeio, após algumas datas trocadas e viagens canceladas. O local fica na Paraíba, na cidade de Barra de Santana, numa região que mistura um pouco do agreste e do sertão, algo que é bom pois a vegetação fica mista e podemos fotografar diferentes espécies, onde todas elas contribuem para a beleza dos biomas.
A caminhada até a região de cachoeiras é leve e somente no final do passeio é que temos uma ladeira mais desafiadora, mas nada que atrapalhe. O espaço é lindo e possui belas formações rochosas, além de pinturas rupestres que precisam de um pouco mais de cuidado por parte das pessoas que administram o local, já que não ficam isoladas e alguns visitantes menos cuidadosos, e afoitos, terminam criando suas próprias pinturas nada rupestres.
No dia que visitei, a correnteza estava muito forte e isso foi devido às chuvas que caíram na região no dia anterior, o que fez a água ficar um pouco barrenta, mas nada que tirasse o encanto do local. As pedras esculpidas pelo tempo e pela água formavam várias molduras para fotografias e procurar os melhores ângulos se tornou a diversão enquanto estive por lá, pois com o tempo muito instável uma chuva poderia cair a qualquer momento e atrapalhar a captação de imagens, algo que fiz com muitas cautela para trazer bons registros e não danificar a câmera.
O administrador do local tem um bom restaurante para refeições e o caminho é fácil e pode ser acessado facilmente sem que um guia mais experiente seja acionado. Quem for preguiçoso para andar, pode ir de carro até a metade do caminho e deixar o veículo estacionado numa planície bem espaçosa e que conta com um ponto de apoio para compra de bebidas e pequenos lanches.
O último trecho só andando mesmo e para pessoas com mobilidade reduzida, a caminhada não é recomendada, uma vez que o risco de queda é muito alto, especialmente na descida.
Cachoeiras diversas embelezam o local e a famosa Pedra do Altar pode ser vista logo na chegada, algo que remete a um grande cenário de sacrifícios e festas por parte dos habitantes antigos da região. Vi acampamentos também e algumas pessoas vão bem preparadas para aproveitar bem a diversão garantida ao lado da natureza.
Para quem sai do Recife, siga por Caruaru e Toritama que logo chegará ao local e gastará umas 4 horas de viagem. Vale muito a pena conhecer e confesso que fiquei com um gostinho de quero mais, pois não tomei banho nas cachoeiras devido a correnteza estar muito forte e isso se tornar um pouco perigoso. Melhor não arriscar e voltar para casa com uma sensação boa de ter aproveitado bem o passeio, sem perigos e exageros. Foi isto que fiz. A natureza é algo que sempre nos ensina e não devemos desafiá-la quando ela nos dá sinais de que algo está alterado e merece cautela.
Sigamos em frente e até breve!
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