terça-feira, 26 de julho de 2016

Bariloche


Árvores cobertas com crochê. 
Uma forma criativa e bonita de decorar a cidade e de mostrar que ali o frio não é brincadeira.


A Fantástica Fábrica de Chocolates
Foi esta a impressão que tive quando passei em frente à loja da Rapanui Chocolates Artesanais.
Cheiro bom, cascata de chocolate quente e muitas delícias expostas na vitrine.
Preços? Salgadinhos, né?


Bariloche é lugar de tomar sorvete, digo, helados!
Era bem tarde e as sorveterias ferviam com o movimento intenso. Parecia que o frio não existia e as pessoas tomavam os "helados" com muito fervor.
A Mamuschka sempre estava movimentada.


Cerro Catedral
Para chegar até o local mais famoso das montanhas geladas de Bariloche, usamos o ônibus urbano e pagamos passagem com o mesmo cartão magnético de ônibus que usamos em Buenos Aires.
Em qualquer lugar do país o mesmo cartão é utilizado e o "SUB" termina sendo um aliado para as viagens, já que os ônibus, metrôs e trens aceitam a forma de pagamento.
Sim, outra curiosidade... 
Os ônibus não possuem catraca e cada pessoa paga a sua passagem noleitor disponível na entrada do coletivo, sem agonias, invasões ou baixaria.
Motorista trabalha sozinho e não há cobrador, somente a informatização e, claro, a civilização.


Quando chegamos lá, a neve estava caindo e o frio era intenso, o que favorecia as nossas intenções na neve; como todo mundo era matuto, a vontade era aproveitar o que viesse pela nossa frente.

Claro que afundamos na neve, enfrentamos nevasca, fizemos boneco de neve, fizemos guerra de neve, provamos da neve, congelamos o nariz e ficamos bestinhas com tudo aquilo.
Normal para quem vive num lugar quente como o Recife e gelo só existe nos congeladores antigos, pois nos modernos é tudo "frost free".


Hotel no meio da neve em Bariloche...
Divertido mesmo é ficar no Centro Cívico e o isolamento dos hotéis na neve servem apenas para aqueles que não querem contato com o mundo.
Mesmo isolados, os hotéis possuem nas suas redondezas restaurantes e lojas para os turistas, ainda que isso possa representar estratosféricos preços para os produtos mais elementares.


Totalmente adaptado à neve...


A água congela antes de cair do telhado...


O sol também brilha na neve, embora isso não faça o menor efeito...
O frio é intenso e o astro rei serve apenas para deixar o dia mais claro, até que uma nuvem gelada apareça e faça a neve cair novamente.


Os teleféricos nos levam ao alto, muito alto...
A sensação é muito boa e ver um mundo gelado lá de cima parece cena de um filme...


Cada montanha possui um ou mais refúgios, que são os locais onde podemos tomar um café, chocolate quente ou simplesmente aquecer o corpo para enfrentar a neve novamente.
Passar muito tempo exposto ao frio é bem complicado, pois tem horas que o corpo dói e você começa a não ter muita sensibilidade em algumas partes, como o nariz e ponta dos dedos.


Chegamos ao ponto mais alto do nosso desafio e a visão era bela...
Foi nesta hora que afundei na neve e lembrei de uma trilha que fiz em Campina Grande, Paraíba.
Lá afundei na lama e fiquei desesperado, pois não tinha mobilidade alguma para sair dali.
A neve veio na minha coxa e fiquei afundado. A solução foi jogar o corpo, literalmente, e sair rolando para tentar pisar em um local mais seguro.
A neve engana, pois como ela é flocada e vai se acumulando, você termina pisando em terreno inseguro e que não oferece uma boa aderência.


Cafeteria Giratória, no Cerro Otto.
Ficar lá no alto, tomando um cafezinho e vendo a paisagem em 360 graus, é bem interessante. 
Ela gira bem devagar e vai nos mostrando as belezas da cidade.

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