Vivemos num mercado de trabalho que muda a cada dia e o pior disso tudo é que nunca sabemos a forma certa de nos relacionarmos com ele, pois se para algumas empresas um quesito é mais importante, para outras não recebe tanto destaque assim.
Fui para uma palestra sobre o tema outro dia e fiquei impressionado com a quantidade de suposições que o palestrante fazia, nunca nos trazendo uma informação mais concreta sobre o assunto e nos fazendo crer que o mercado é realmente um mundo diverso e cheio de possibilidades, já que nunca teremos uma atuação completamente ajustada ao que ele nos pede.
Ficar muito tempo numa empresa é bom?
Experimentar sempre uma nova empresa é boa atitude?
Isso ou aquilo refletem acomodação ou inquietação?
Nem sempre; essas e outras respostas ficaram no ar para que os participantes da palestra tirassem as suas próprias conclusões, já que num período de crise como este que vivemos, a maioria dos profissionais termina ficando com medo de assumir riscos em prol da garantia da sobrevivência, que tem no emprego certo e salário garantidos, a certeza de dias melhores.
Na minha opinião, vale a satisfação. Se estamos satisfeitos com o que fazemos e temos oportunidade de aprendermos cada dia mais na empresa que estamos, evoluindo e compartilhando conhecimentos, não vejo necessária a mudança pela mudança. Vale, sim, estarmos atentos às oportunidades surgidas, as quais são impossíveis de serem negadas.
Nessa hora, a mudança é satisfatória.
Aquelas oportunidades que nos causam dúvidas ou que acrescentam pouco ou quase nada ao que já temos, são desnecessárias e só nos fazem perceber que o mundo é igual aqui e ali e as empresas terminam sendo o combustível para tudo isso. Sorte de quem tem um lugar adequado para trabalhar e desempenhar suas atividades, pois a ilusão das grandes corporações termina sendo uma prisão para as outras atividades que iremos realizar na vida, quando nem piscar é permitido e temos ainda como companheiros diários os piores sugadores profissionais que não medem esforços para nos derrubar e nos fazer perder a cabeça nas horas mais necessárias.
Faça o que lhe agradar, o que lhe der felicidade. Se isso refletir em dinheiro, ótimo, pois é com ele que pagamos as nossas contas.
Se o dinheiro não for tão grande assim, aproveite a satisfação de fazer o que gosta e de ter sua vida merecida e sempre agradável aos nossos olhos inquietos e cheios de desejos que nem sempre nos fazem bem.
Saí da palestra com uma certeza: Não há certeza neste mundo dos relacionamentos profissionais.
Tudo pode acontecer e temos que nos preparar para vivenciar tudo isso.
A sabedoria nos mostrará o caminho.
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