Nem sempre recebemos uma informação direta e com clareza; algumas vezes temos que lidar com as atitudes medrosas de quem não tem coragem de falar algo e termina agindo de forma velada e nunca explícita, jamais mostrando seus reais desejos e verdades.
A satisfação de ter um sentimento claro ao nosso lado é interrompida pela obscuridade dos sorrisos falsos e dos olhares desencontrados que não buscam a nossa elevação e sim a desgraça de tudo que temos para oferecer, já que nem sempre uma indireta busca uma solução, mas sim uma gradação de algo que nem precisava de tanto destaque e observação.
Indiretas acontecem quando as pessoas estão mais preocupadas em polemizar do que ajudar quem está passando por alguma situação que cause um pensamento distorcido do que realmente existe e precisa ser considerado.
Aliás, consideração é o que não existe para os praticantes das indiretas congênitas, as quais são difíceis de serem esquecidas e nunca se afastam dos olhares atenciosos e maliciosos de quem tem esta doença. Um olhar de desprezo, uma palavra desencontrada, um gesto mal feito ou quem sabe até um detalhe quase imperceptível são maneiras de observarmos toda a força das indiretas que nos atingem e fazem com que tenhamos muitas formas de pensar e de agir, sem nem mesmo sabermos como tudo aquilo surgiu e colocou em risco o nosso ânimo e disposição para enfrentar tantas coisas mal resolvidas e nunca vistas com bons olhos.
Se de um lado temos como medir as palavras, por outro não temos como fugir daquelas que são ditas mascaradamente e sem o mínimo de base, nos fazendo ficar alheios e sem muito ajustamento no que fazemos diariamente. Algumas pessoas ficam bem desgastadas com tudo isso e fazem dos seus dias infinitos momentos de desencontros, onde uma palavra errada vale mais que o preciso ato de buscar a verdade para tirar as conclusões sobre tudo.
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